quarta-feira, 4 de maio de 2011

REI, PRESIDENTE, DEMOCRACIA, O ESTADO DA NAÇÃO VISTO POR DUARTE SEABRA CALADO

Esta semana é nosso convidado o meu amigo Duarte Seabra Calado, Presidente da Juventude Monárquica de Lisboa.
Rei, presidente, democracia, o estado da nação visto por uma das figuras cada vez mais influentes no mundo monárquico.
1. Se Portugal atravessa uma crise, em que é que um regime monárquico poderia ajudar?
Não se pode ver a questão da Monarquia como o Sebastianismo, que vinha salvar todos os problemas, era a resolução dos males nacionais, não é isso. Vejo na Monarquia imensas vantagens que não consigo ver no regime republicano (Português).
Todos os ex-Chefes de Estado viram o barco afundar e como “naturais maus comandantes”, deixaram o “barco” ir ao fundo e hoje, não estando no “PODER” fogem às responsabilidades e até se juntam para pedir união e esforços, dessa forma penso que mudar parte do problema seria um enorme começo.
O Rei é o natural Chefe de Estado e é símbolo de confiança, de responsabilidade no cargo, transparência para com o Povo e acima de tudo, união Nacional! O regime Monárquico tem esta enorme vantagem / qualidade, como o Rei vive para o Povo e do Povo, não para uma maça específica nem sequer precisa da dita máquina financeira e partidária, está acima de qualquer pressão, é sem dúvida o garante da resolução das crises politicas.
Com os Presidentes da República isso não acontece, pode-se ver o actual Presidente da República, constantemente “ atiçar a guerra partidária”, a ser uma das principais caras das tristes histórias políticas actuais, é parte do problema e não da solução!
Na tomada de posse do PR (segundo mandado), assistimos ao incrível e triste discurso, que animou os anti-socrates e desiludiu os pró-socrates, e a mim Monárquico deu me mais certezas que esta República não pode nunca funcionar, é contra-natura.
É engraçado pensar na incoerência da tomada de posse do Chefe da Nação, a suposta figura que garante independência Nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas, começar os seus trabalhos às avessas com mais dum terço do parlamento! E é nisto que vejo os benefícios duma Monarquia, não se vê o Rei de Espanha por exemplo abrir guerras com qualquer governo, ao nível de telefonemas e comentários na internet! A Rainha de Inglaterra é Chefe de estado de Austrália, Irlanda do Norte, Canadá, Granada, Bahamas, Barbados, Jamaica e entre outros e nunca houve qualquer tipo de problemas deste nível entre governo e Chefe de Estado, é por natureza símbolo de isenção.. 2. Como classifica o actual estado da Nação?
Se disser que estamos óptimos, estaria a imitar o nosso Primeiro-ministro (em gestão) e não seria coerente e acima de tudo consciente do real estado económico e político do Pais.
Penso que a fraca elite política que nos é apresentada é uma das grandes origens desta crise. Infelizmente e sem querer fazer o “cliché”, já não se aguenta estes políticos. Custa-me pensar que um homem como José Sócrates, que nos levou ao abismo sempre com coroa de glória, que nos fazia crer que estava a levar a rumos certos e produtivos, possa vir a ganhar uma terceira eleição, isto é duma falta de responsabilidade Nacional e de loucura geral sem explicação. Mas também não se encontra no maior partido da oposição qualquer diferença. Por isso os tempos que se advinham não vão ser fáceis. Seja o que Deus quiser!
3. Se pudesse constituir uma equipa de Salvação Nacional, quem seria e o porquê?
Não sei se isso seria o mais viável neste momento, mas a fazê-lo, punha sem dúvida, pessoas com experiência e provas dadas, como por exemplo a Dra. Manuela Ferreira Leite de quem tenho a melhor impressão e admiração, pela sua honestidade pessoal e política, e competência profissional, Prof. Medina Carreira, Dr. Bagão Félix, Dr. Jaime Gama, Dr. Oliveira Martins, Dr. Luís Amado, o economista Vítor Bento, nomes que conseguem ter um consenso alargado e uma confiança essencial para os dias de hoje.
4. Qual a Real possibilidade da República Portuguesa passar a ser uma Monarquia Constitucional Portuguesa? O quê que é preciso?
Terá de perguntar isso aos grupos parlamentares, visto que só eles o podem responder, está nas mãos do Parlamento, pensar em referendar a democrática República Portuguesa, isso seria sem dúvida a melhor maneira de festejar os 100 anos de República, perguntar ao Povo Português se queria viver nela…
5. Quem gostaria de ver entrevistado?
Sem a menor dúvida, O Senhor Dom Duarte, que tem sempre umas opiniões muito interessantes sobre diversos assuntos.

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