sábado, 31 de março de 2012

MAIS UM PALÁCIO REAL OCUPADO POR REPUBLICANOS!

Depois de quase meio século de abandono e de ter atingido um estado de incúria e desleixo que o levou a pré-ruína, foi finalmente recuperado o Palácio Real da Cidadela de Cascais.
O edifício, originalmente mero aposento integrado no aquartelamento militar que ocupava a Cidadela, foi adaptado a Palácio Real em 1870 quando o Rei Dom Luís I e a Rainha Dona Maria Pia escolheram Cascais como estância de veraneio. Do final do Verão e até meados do Outono, a Casa Real Portuguesa e os membros da corte instalavam-se em Cascais para vir a banhos e, no caso específico do Rei, para que ele pudesse usufruir de forma sentida da paisagem marítima de Cascais.
Embora sem grande importância arquitectónica, contrastando, aliás, com o fausto de alguns dos palacetes construídos em Cascais por membros da Corte, o Palácio Real da Cidadela é uma das mais importantes e significantes peças do património histórico desta Vila piscatória. Depois da chegada da Família Real, e até final do regime monárquico, em 1910, Cascais foi completamente transformada naquilo que ainda é hoje. Os laivos da pequena e desinteressante aldeia destituída de motivos de interesse e sobre a qual corria o ditado “A Cascais uma vez e nunca mais”, transformaram-se numa das mais requintadas, cosmopolitas e extraordinárias terras de Portugal, levando a que o dito popular se transformasse numa coisa completamente diferente “A Cascais uma vez e muitas mais!”.
As obras de recuperação que agora terminaram, exigidas pelo povo de Cascais desde há muitas décadas, deveriam ser uma boa notícia nestes tempos turbulentos que atravessamos. Mas não são.
Não são, porque apesar de ser unânime que a vocação de Cascais é o turismo, e que para fomentar a excelência nessa área é essencial que a região possua equipamentos de diversas índoles que sirvam de atractivo para uma visita, o Palácio Real de Cascais vai continuar a estar sob a tutela da presidência da república e, na prática, inacessível aos Cascalenses.
Apesar de ter servido pontualmente de residência de alguns presidentes da república, o Palácio Real da Cidadela de Cascais nasceu e afirmou-se (fazendo nascer e afirmar a própria estância turística de Cascais) sob a alçada do enorme amor dos Reis Dom Luís e Dom Carlos ao mar e à Baía de Cascais. Foi, dessa maneira, o cerne da modernização que estes Monarcas trouxeram ao País, ali se centrando muito do pensamento científico e cultural do Portugal contemporâneo. É por isso, aliás, que a designação oficial do edifício é “Palácio Real” e não palácio presidencial…
O acto de manter o Palácio Real da Cidadela sob a alçada da presidência da república, numa altura em que Cascais necessita de um espaço que possa funcionar como local de excelência para a realização de grande parte das acções de charme que estão por detrás da captação para a Região do Estoril dos grandes eventos que alavancam a afirmação deste espaço como destino de excelência na Europa, é um contra-senso total e absoluto pois priva o município de poder potenciar a sua vocação essencial. Depois, em termos da afirmação da Identidade Municipal, é também um contra-senso, numa altura em que o vínculo das comunidades locais aos espaços onde habitam é condição fundamental para a criação dos laços de cidadania da qual depende a superação das dificuldades que actualmente atravessamos.
O Palácio Real da Cidadela de Cascais é o cadinho no qual nasceu, cresceu e se impôs o Cascais que hoje conhecemos e, como tal, deveria estar acessível, de forma livre e incondicional, para que os Cascalenses de todas as idades o pudessem ver, conhecer, sentir e tocar.
Só assim, libertando-se este edifício do jugo imposto legalmente pelas vicissitudes históricas que constrangeram Portugal em 1910, se poderá fazer jus à grata memória que Cascais mantém relativamente ao que lhe trouxe a Monarquia e, dessa maneira, se poderá cumprir a vontade reiteradamente expressa pelo Rei Dom Carlos de que a estadia da Corte em Cascais fosse sinónimo de desenvolvimento e qualificação da vida dos Cascalenses.
O Palácio Real da Cidadela deve ser devolvido aos Cascalenses. Até porque, como dizia o Rei Dom Carlos: “Cascais é a terra onde o povo é mais nobre e na qual a nobreza é mais popular!”

sexta-feira, 30 de março de 2012

COISAS DE FERIADOS

Corre por aí alguma confusão sobre os dois feriados civis nacionais mais importantes, o 10 de Junho(de 1580) e o 1º de Dezembro (de 1640).
Esta confusão ou discussão existe, fundamentalmente, por causa de saber qual deles deve representar o dia da Independência de Portugal.
Como se sabe, apesar de Portugal ser dos países mais antigos do mundo, de constituir o Estado-Nação mais perfeito da Humanidade (o Japão é um arquipélago e só ficou unido, em 1603), e de ter as fronteiras estáveis mais antigas (Tratado de Alcanizes, de 1297 – perturbado por causa da ocupação ilegal de Olivença, por parte de Espanha), nunca foi estabelecido uma data em que se comemorasse, especificamente, a sua Independência.

Possivelmente porque tal nunca foi preciso dada a fortaleza da nossa individualidade e identidade.

Também não era fácil estabelecer essa efeméride.

De facto se quisermos destacar o acto autonómico primordial, teremos que nos reportar ao dia 24 de Junho de 1128, data do combate de S. Mamede em que o Infante Afonso se rebelou, contra os barões galegos e a suserania leonesa.
Pode, pois, considerar-se essa data como “de facto”, mas não “de jure”. Esse reconhecimento demorou 51 anos a ser conseguido.
Começou com a elevação de Afonso Henriques a Rei, alçado a essa dignidade pelos seus guerreiros após a batalha de Ourique, em 25 de Julho de 1139; mas o 1º documento existente em que Afonso I se assina como Rei, é de 1140.

De seguida devemos considerar o dia 5 de Outubro de 1143, em que foi assinado o Tratado de Zamora, no qual O Rei de Leão, Afonso VII, reconheceu a independência do Condado Portucalense.

Este tratado era, porém, um tratado regional, faltava o reconhecimento internacional e esse só poderia ser concedido pelo Papa.

Tal reconhecimento obrigou a negociações morosas e complexas e só veio a acontecer através da Bula “Manifestis Probatum”, de 14 de Maio de 1179.

Esta Independência veio a ser interrompida, em 1580, com a ocupação militar de Lisboa pelo Duque D’Alba e o Marquês de Santa Cruz. Tal ocupação militar, teve o seu epílogo político nas Cortes de Tomar, de 16 de Abril de 1581, onde Filipe foi aclamado rei de Portugal (sem embargo dos Açores só terem sido subjugados, em 1583).

É preciso dizer que, teoricamente, Portugal não perdia a sua individualidade, já que Filipe apenas cingia a coroa portuguesa à espanhola (a coroa dual), segundo os ditames sucessórios da época, ao passo que o consignado nas Cortes de Tomar estipulava a mais ampla autonomia e manutenção dos foros próprios dos portugueses. Só quase faltou a Filipe, ter mudado a capital para Lisboa…

Porém esta nova situação encerrava uma questão dramática e insolúvel e que era esta: Portugal, como tal, estava impossibilitado de ter política externa própria e herdou, automaticamente, todos os inimigos da Espanha. Daqui resultava o seguinte paradoxo: Filipe, como rei de Espanha, não podia estar em guerra, e como rei de Portugal gozar a paz…

Resultado: os portugueses passaram a ser atacados em todo o lado pelos inimigos da Espanha.

Com os sucessores de Filipe I, a nação portuguesa passou a ficar esmagada com impostos e requisições militares ao passo que se deixava de cumprir o estipulado em Tomar. A tirania atingiu o auge com o Conde – Duque Olivares e, aproveitando uma revolta na Catalunha, os três braços do reino (Clero, Nobreza e Povo), novamente unidos, revoltaram-se nessa luminosa manhã de 1 de Dezembro de 1640 e correram com os representantes de Madrid e com os traidores, voltando a colocar no trono português, um português.

A assumpção dos destinos portugueses por eles mesmos originou uma duríssima campanha política, diplomática e militar que durou 28 anos e se espalhou por quatro continentes e outros tantos mares e que envolveu não só a Espanha mas numerosas outras potências e potentados. No fim os portugueses saíram vitoriosos, apesar das imensas perdas em vidas e cabedais, e bem se pode considerar tal vitória um verdadeiro milagre!

A Santa Sé só reconheceu a independência nacional dois anos após o tratado de paz que celebrámos com a Espanha…

Pois é esta gloriosa gesta – que não tem paralelo na História mundial – que um governo que se diz português, mas repleto de portugueses pequeninos – quer apagar da memória pátria, acabando com a dignidade do feriado concedido há muito (e sempre foi comemorado no país antes de o ser), ao dia primeiro da Restauração.

Este termo também se pode prestar a confusões, já que para uns quer dizer a restauração da independência e, para outros, refere-se à restauração de uma dinastia portuguesa. Aliás, a “Restauração” começou por ser chamada de “Aclamação” (de D. João IV). E cremos que é mais neste sentido que o termo é usado até porque nunca verdadeiramente perdemos a independência (pelo que atrás dissemos).

Independentemente destas semânticas, não há dúvidas de que o 1º de Dezembro é um grito de liberdade, de individualidade e de querer o retorno da soberania plena, que faz todo o sentido comemorar e, até, estabelecer como símbolo da nossa independência.

O 10 de Junho é diferente.

Nunca ninguém tinha ligado à morte de Camões à independência de Portugal, ou de algum modo a relacioná-lo com uma festa nacional, até que o Partido Republicano resolveu aproveitar o tricentenário da sua morte, em 1880, para retirar dividendos políticos.

Desse modo fizeram de Camões, o vate que tinha exaltado e cantado em verso as glórias do apogeu nacional, confrontando-as com a decadência da época – o que, obviamente, se devia ao regime ser monárquico…
Quando ocorreu a tragédia do 5 de Outubro de 1910 (de facto de uma tragédia se trata), o novo governo, por decreto de 12 do mesmo mês, estabeleceu os feriados nacionais, onde constava o 1º de Dezembro (já proposto, do anterior, pela Sociedade Histórica para a Independência Nacional – fundada em 1861) e, naturalmente, o 5 de Outubro, entre outros.

Mas não proclamou o 10 de Junho feriado nacional, ficando apenas como feriado municipal de Lisboa (na esperança que o mesmo destronasse o 13 /10, dia de Santo António…).

Foi verdadeiramente o Estado Novo que, a partir de 1933, tornou o 10 de Junho feriado nacional, promovendo comemorações em todo o País, chamando-lhe “Dia de Portugal e da Raça, ou dos portugueses”.

Desde 1963 e por via das últimas campanhas ultramarinas, passou-se a homenagear os combatentes e as Forças Armadas, nessa data.

Depois do 25 de Abril de 1974, o feriado do 10 de Junho só voltou a ser comemorado, em 1978, sendo rebaptizado como “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”. Porém, os novos poderes retiraram, inexplicavelmente, as FAs de todas as comemorações, o que só veio a ser emendado(!) no primeiro ano de C.S. como PR.
Uma humilhação funesta para com a FAs e todos os combatentes de todos os tempos, à qual a Instituição Militar não reagiu e a população – de cérebro lavado – nem deu conta…

Assim se passam as coisas no nosso País: ora quando somos Portugal, ora quando somos… portugalinho.

quinta-feira, 29 de março de 2012

S.A.R., DOM DUARTE VISITOU O INSTITUTO MARIA DA PAZ

Dom Duarte, Duque de Bragança, visitou esta quarta-feira o Instituto Maria da Paz Varzim, numa visita “familiar” para conhecer a Instituição.
Numa das primeiras iniciativas do padrinho chef Hélio Loureiro, o Duque de Bragança visitou o Instituto. Dom Duarte começou por elogiar a “casa”, dizendo que é “muito bonita”, sublinhando depois o modelo de intervenção na sociedade: “ é um excelente modelo trabalho o que está aqui a ser feito e devia ser copiado noutras regiões. Esta é uma obra feita com muito amor e por isso tem estes resultados”.
Quanto à Póvoa, Dom Duarte lembrou que esta cidade é também “um exemplo de inter-ajuda porque sempre teve instituições deste carácter. É uma terra que sempre admirei pela sua cultura, desde a piscatória à de solidariedade”.
Odete Costa revelou que receber esta figura pública é mais um motivo de orgulho para a Instituição e confessou que já ansiavam por esta visita há algum tempo. No mesmo sentido, lembrou que o Duque veio à Póvoa “como visita, para nos conhecer de perto, porque já ouviu falar da causa e quis conhecer minimamente quem somos. É uma pessoa que sempre lutou por causas sociais e que sempre nos incentivou a defender os valores da família, e vai encontrar aqui uma instituição que procura dar a crianças com uma retaguarda mais frágil, uma segunda família, se não muitas vezes a primeira”.

S.A.R., DOM DUARTE VISITOU A EXPOSIÇÃO DAS CAMÉLIAS EM SINTRA

In Jornal da Região - Sintra- 21-03-2012

quarta-feira, 28 de março de 2012

MAIS UM CRIME CONTRA O PATRIMÓNIO!!

Parte das colunas de iluminação já foram arrancadas 
Luz oitocentista do Terreiro do Paço vai ser apagada
As seis colunas oitocentistas de iluminação pública que ainda resistem no topo norte do Terreiro do Paço serão em breve substituídas pelos altos postes iguais aos que já pontuam as laterais da placa central.
Esta decisão está gerar protestos de grupos de cidadãos, que em carta dirigida ao presidente da Câmara de Lisboa pediram que os candeeiros sejam preservados.
Os trabalhos em curso naquele espaço, iniciados em 20 de Fevereiro, para conclusão da requalificação do espaço público do Terreiro do Paço - essencialmente o rearranjo dos pavimentos da ligação entre as ruas do Arsenal e da Alfândega -, prevêem também a remodelação da iluminação pública e do mobiliário urbano. Segundo os serviços de comunicação camarária, aqueles trabalhos ficarão concluídos em Junho próximo.
A colocação das novas colunas de iluminação, de estética nada consensual, ditos "periscópios" na blogosfera, foi decidida pela Sociedade FrenteTejo, entretanto extinta, a quem foi confiada a requalificação da frente ribeirinha de Lisboa, projecto que mereceu a aprovação do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico.
Na carta dirigida a António Costa, os signatários, do grupo Fórum Cidadania Lx, defendem o interesse histórico e estético daquele tipo de luminárias pública que correm o risco de desaparecer, datadas de finais dos anos 80 e inícios de 90 do séc. XIX, de inspiração parisiense, e que, segundo os críticos, deveriam ser recuperadas e preservadas.
O modelo, diz o grupo que contesta a sua substituição, está referenciado em literatura dedicada a Lisboa, semelhante a muitos outros ainda existente em alguma praças europeias, e é considerado mais ajustado a territórios históricos consolidados do que as peças contemporâneas que lhes tomam o lugar.
Aqueles históricos candeeiros mantêm-se no topo norte do Terreiro do Paço, nas laterais da placa central, diante do café Martinho da Arcada e do Ministério da Administração Interna, e nos bordos do Cais das Colunas.
Público, 27 de Março de 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

VILA VIÇOSA TORNA-SE MEDIEVAL


Vila Viçosa vai recriar factos históricos que marcaram a história da localidade e de Portugal numa Feira Medieval a decorrer entre 30 de Março e 1 de Abril. O evento faz-se com gastronomia, artesanato, encenações de época, entre outras actividades.
A iniciativa vai recriar momentos da história de Portugal que marcaram a vida local desde o reinado de D. Afonso III à Fundação da Casa de Bragança por D. João I e D. Nuno Álvares Pereira.
O castelo medieval da vila alentejana vai servir de cenário para a recriação dos momentos históricos. Da atribuição do Foral à vila por D. Afonso III, em 1270, até à Fundação da Casa de Bragança por D. Nuno Álvares Pereira, «Vila Viçosa foi local estratégico para as batalhas de consolidação das nossas fronteiras», tendo estado ainda ligada à independência de Portugal, em 1640. A iniciativa inclui, ainda, a vertente gastronómica, o artesanato, a encenações de época, espectáculos de malabares de fogo, os trovadores e jograis e os jogos medievais.
«Toda a riqueza histórica e patrimonial de Vila Viçosa transformam esta localidade num local de eleição, um lugar ímpar onde se pode sentir e viver a História. Este é o lugar das histórias da História», salienta o presidente do município, Luís Caldeirinha Roma.
A Feira Medieval de Vila Viçosa surge igualmente integrada nas actividades promovidas no âmbito do projecto de «Rede de Cidades e Vilas Medievais - Agrupamento Europeu de Interesse Económico», que reúne mais onze localidades espanholas e portuguesas, e conta com «a arte de fazer sentir o mundo» da Companhia de Teatro Viv'Arte.
café portugal

segunda-feira, 26 de março de 2012

O ACORDO ORTOGRAPHICO

O MANTO DE TREVAS

A Revolução republicana portuguesa, ao contrário de outras congéneres, optou por enfatizar, de forma dramática, a ruptura com o passado de Portugal. Optou por cobrir o nosso azul e branco fundacional de vermelho e verde, revestindo o Portugal que hoje, infelizmente, já não conhecemos, com um manto de trevas e com um tecido de valores invertidos aos de progresso que antes nos davam destaque planetário.

Em suma: Hoje, repito hoje, somos o que somos e estamos como estamos comparativamente às nossas antigas congéneres que lideram, no Presente e para o Futuro, o Índice de Desenvolvimento Humano e o Índice de Democracia.


domingo, 25 de março de 2012

16º ANIVERSÁRIO DE S.A.R., DOM AFONSO DE SANTA MARIA, PRÍNCIPE DA BEIRA

S.A.R., Dom Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael de Herédia de Bragança, filho primogénito de SS.AA.RR., Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Braganaça e Chefe da Casa Real Portuguesa e de S.A.R., Dona Isabel de Herédia de Bragança, Duquesa de Bragança, nasceu numa segunda feira, 25 de Março de 1996, às 7h38 da manhã, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa. Detém os títulos de 9º Príncipe da Beira e de 20º Duque de Barcelos.
Quero neste dia especial de aniversário desejar a Sua Alteza Real muitas felicidades, saúde, paz, alegria e que todos os Seus desejos se realizem. Muitos parabéns, que Deus O guarde e abençoe este dia!
VIVA O PRÍNCIPE DE PORTUGAL!

sábado, 24 de março de 2012

A REPÚBLICA É UMA COISA TERRIVELMENTE FRANCESA, MAL CONTADA, IMPOSTA...

Para abrir o apetite aqui vos deixo um excerto da entrevista de Pedro Mexia a Miguel Esteves Cardoso hoje publicada na Revista do Expresso.

(…) Pedro Mexia - Ao mesmo tempo que há essa dimensão quotidiana, também há um lado mais ideológico: a fundação Atlântica, o prefácio a um livro de Teixeira de Pascoaes e a monarquia. O prefácio ao livro de Pascoaes sobre Portugal é uma verdadeira carta de amor.

Miguel Esteves Cardoso – Portugal é um país especial, os portugueses são especiais. Há aqui qualquer coisa de muito bom, qualquer coisa que merecia ser acarinhada e guardada, a nossa maneira de ser, a nossa boa educação. (…) Já desisti há muito tempo de lutar pelos princípios. Fiz a minha tentativa, as pessoas têm o direito quando são novas, fazem jornais, fazem uma tentativa de editora, tentam mudar a cultura do país, mas a partir dos trinta, trinta e tal, pronto. Tinha princípios, como restaurar a monarquia, tinha sonhos políticos para Portugal, mas abandonei-os completamente.

Pedro Mexia – Parece haver uma ligação entre esse amor por Portugal e o ideário monárquico.

Miguel Esteves Cardoso – Há. A República é uma coisa terrivelmente francesa, mal contada, imposta.

Pedro Mexia – Como chegou à Monarquia?

Miguel Esteves Cardoso – Eu nunca cheguei foi à República. Comecei pelo D. Afonso Henriques e fui por aí adiante. Eles é que fizeram a alteração, não fui eu.

Pedro Mexia – Mas do ponto de vista das convicções pessoais…

Miguel Esteves CardosoConhece o Senhor Dom Duarte? Uma coisa se nota, quando se fala com ele, é a maneira como se preocupa, mesmo, com toda a gente, com tudo o que faz parte de Portugal. Não há nenhuma noção de sectarismo. É uma pessoa obrigada a uma responsabilidade, recebeu esse legado e tem de tomar conta, saber as coisas. Isso é muito impressionante, não é para glória dele, é uma continuação.
Expresso Revista 24 de Março 2012

QUANTAS E QUANTAS VEZES É NECESSÁRIO DIZER A MESMA COISA?

Quantas e quantas vezes já foi dito, por mim e outros, que a Monarquia ou melhor dizendo, a Instituição Real está totalmente separada dos Partidos Políticos? E quantas e quantas vezes se disse também que o papel da Coroa é de Unir e nunca dividir e de respeitar as tendências político-partidárias dos Cidadãos? Quer isto dizer que podem haver Monárquicos ligados a um partido da esquerda à direita. O combate Monárquico não tem nada a ver com Partidos, mesmo existindo um partido monárquico em Portugal – que tem todo o direito em existir!. Como se sabe e se não se sabe, fica-se a saber que há, por exemplo, associados da Real Associação de Lisboa militantes do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista, entre outros Partidos. Nada os impede de serem Monárquicos! A Monarquia que defendemos é DEMOCRÁTICA! Continuar a ligar a Monarquia apenas a uma parte do eleitorado, é absolutamente nefasto para a Causa Monárquica em si. No combate Monarquia vs República – esqueçam os Partidos! Concentrem-se nas vantagens e inconvenientes das Chefias de Estado Monárquica e Republicana – este É O DEBATE! Mas realmente continua a haver, uma enorme falta de doutrinação. Misturam-se alhos com bugalhos. A situação do País que é um problema da república, com a Chefia do Estado representativa do TODO NACIONAL que é a Instituição Real. O Rei numa Monarquia Democrática reina e não governa! Quantas vezes é necessário dizer isto?
O Rei no Parlamento representa a Ligação Institucional fundamental entre a Nação e a Tradição Real ligada ao Património herdado do Povo. No Parlamento estão todas as “cores políticas” e o Rei é de todos, daí ser Aclamado – Aclamação – Eleição por UNANIMIDADE, de acordo com as Regras Constitucionais que o Rei jura cumprir e fazer cumprir!
Real Portugal

quinta-feira, 22 de março de 2012

PENSEM NISTO (XIII)

O primeiro (e mais importante) passo para gerir bem Portugal é compreender e respeitar o País e a sua identidade. Assim nos ensina a história nacional.
Ao longo dos séculos a Monarquia mostrou que conhecia, compreendia e respeitava Portugal. E por esse motivo foi capaz de dar a Portugal tantos e tão grandes motivos de orgulho. Essas capacidades da Monarquia ainda hoje isso são visíveis em Dom Duarte, Duque de Bragança e Chefe da Casa Real Portuguesa, que, nas suas intervenções, mostra ser um profundo conhecedor da Portugalidade.
Perante a clara incapacidade da República em gerir Portugal, não seria melhor chamar a Monarquia? - Portugal Futuro


ENTRONIZAÇÃO DE S.A.R., A SENHORA DONA ISABEL NA CONFRARIA DO PÃO DE LÓ TRADICIONAL, A CAMINHO DO ALMOÇO DE CONVÍVIO - 17 DE MARÇO DE 2012

Desfile das Confrarias e seus acompanhantes pelas ruas do centro histórico de Guimarães
Bem merecida recepção à chegada ao restaurate histórico, onde se realizou o almoço de convívio.
ALMOÇO DE CONVÍVIO
Fotos retiradas daqui

quarta-feira, 21 de março de 2012

S.A.R., DOM DUARTE DE BRAGANÇA APRESENTA O LIVRO "A DOENÇA E A MORTE NA DISNATIA DE BRAGANÇA"

Lisboa, 19 mar (Lusa) -- O médico José Barata afirma que os grandes flagelos como a sífilis, tuberculose e até a loucura "atormentaram a última dinastia" portuguesa, tendo "apenas três Monarcas ultrapassado os 60 anos".
A obra "A doença e a morte na dinastia de Bragança" é apresentada quinta-feira, dia 22 de Março, às 18:30, numa sala da igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa, onde está instalado o Panteão Real.
José Barata enumera de forma exaustiva, "numa perspetiva evolutiva do conhecimento médico em Portugal", as diferentes observações clínicas dos últimos 14 Monarcas portugueses.
Alerta o autor para a ampla documentação que existe na medida em que "a medicina prestou sempre grande atenção às figuras reais".
"A doença do Rei era institucionalmente assumida como matéria de interesse", escreve José Barata, acrescentando que "a saúde da Família Real, enquanto assunto de Estado, constituía também preocupação diplomática".
Há assim muita documentação comentando a saúde dos soberanos e familiares mais próximos, além de, "em cada época, os clínicos darem o seu melhor para mitigar o sofrimento da Família Real, com recurso às mais avançadas terapêuticas disponíveis", muitas vezes recorrendo a médicos estrangeiros.
O autor dá conta da existência documental de "curiosos e detalhados registos das observações clínicas e das terapêuticas aplicadas aos régios pacientes".
Relativamente aos Bragança, que reinaram de 1640 a 1910, escreve o autor que "a mortalidade infanto-juvenil marcou presença dramática e constante" tendo "a morte precoce" ceifado "a vida à maioria dos varões primogénitos".
Por outro lado, dos 19 Monarcas -- José Barata não considera Dom Pedro II, tio e marido de Dona Maria I, -, apenas três ultrapassaram os 60 anos; foram eles Dom João V, Dom José e Dom Luís. O último monarca, Dom Manuel II, morreu no exílio devido a um edema na glote, aos 42 anos.
José Barata dá notícia da suposta maldição que um frade medicante lançou a D. João IV, fundador da dinastia, por este não lhe ter dado esmola, e refere que a família sofreu todos os flagelos da época como a sífilis, a tuberculose, a febre tifoide, patologia vascular cerebral e a morte violenta, como foi o caso do Rei Dom Carlos e do Príncipe Herdeiro, assassinados em Fevereiro de 1908, em Lisboa.
O livro "A doença do Rei era institucionalmente assumida como matéria de interesse", editado pela Sociedade Portuguesa Medicina Interna que celebra o 60.º aniversário, é apresentado por Dom Duarte Pio de Bragança, Herdeiro da Dinastia.
NL.
Lusa/Fim.

125º ANIVERSÁRIO DE NASCIMENTO DO PRÍNCIPE REAL DOM LUIZ FILIPE

Príncipe Real, filho de Dom Carlos I e da Rainha Senhora Dona Amélia.
N. em Lisboa, em 21 de Março de 1887, fal. vitima do atentado de 1 de Fevereiro de 1908, assim como seu pai. O seu nome completo era Dom Luís Filipe Mário Carlos Aurélio Fernando Victor Manuel Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Benito.
Fez o seu juramento como Príncipe Herdeiro do Trono, em Junho de 1901, contando 14 anos de idade, realizando-se a cerimónia na Câmara dos Pares, na presença de seus pais, da Côrte e do Parlamento convocado em grande gala. Acompanhou juntamente com seu irmão, o Infante Dom Manuel, actualmente Rei de Portugal, sua mãe, a Rainha Senhora Dona Amélia, na viagem feita ao Mediterrâneo, em 1903. Tomou posse do seu lugar no Conselho de Estado em 13 de Abril de 1906, como lhe competia nos termos do artigo 112.º da Carta Constitucional, que dá esse direito ao Herdeiro da Coroa desde os 18 anos de idade. Em 1906 teve a regência do reino de 11 a 16 de Março, por causa da viagem de Suas Majestades a Madrid. Em 1907 fez uma viagem a África visitando diversas das nossas colónias, acompanhado pelo ministro da Marinha, então o Sr. Conselheiro Aires de Ornelas de Vasconcelos. O Príncipe Dom Luís Filipe era Duque de Bragança e de Saxónia capitão honorário de Lanceiros n.º 2. A sua morte trágica causou a mais horrorosa impressão, pois não passou do assassínio de um adolescente, que não a merecia. Um seu biógrafo, traçando-lhe o elogio, jura que na alma daquele mancebo se continham os predicados morais de um futuro grande Rei. E acrescenta: «Ninguém mais lhano e afectuoso do que Ele; ninguém mais cheio de boas intenções. Tinha toda a elegância da bondade (permita-se esta frase), todos os resguardos de um bem intencionado, todas as tolerâncias de um cristão. Á mesa do estudo, dócil e atento, escutando as prelecções de um estudioso, que (à falta de outros méritos) possuía a experiência, e lhe falava sempre franco, à maneira de um avô com um neto era para ver a sagacidade com que pedia explicações, e acompanhava de comentários sensatos as palavras do seu mestre. Com os seus servidores era polidíssimo, e agradecia sempre, com o seu sorriso de Príncipe benévolo, o mínimo serviço que lhe prestavam, um livro que mandara buscar, uma carta que lhe traziam, a mínima coisa. Já cultíssimo, apesar dos seus poucos anos, senhor da História Pátria, da Geografia, do Desenho, da Matemática, etc., falava como um nacional o francês, o inglês, o alemão, além de perítissimo no jogo das armas, na equitação, em todas as prendas de um homem da sua esfera. No que dizia, e no que sabia calar por polidez, era um verdadeiro homem do mundo, ele que do mundo apenas conhecia os primeiros passos. Na sua figura nobre e atraente revelasse o Grande e o Bom.»
Portugal-Dicionário Histórico 

terça-feira, 20 de março de 2012

ENTRONIZAÇÃO DE S.A.R., A DUQUESA DE BRAGANÇA NA CONFRARIA DO PÃO DE LÓ TRADICIONAL: NO CENTRO HISTÓRICO DE GUIMARÃES E A CAMINHO DO PAÇO DOS DUQUES DE BRAGANÇA

No Largo do Toural
Deslocação de autocarro para o Paço dos Duques de Bragança
Recepção no Paço dos Duques de Bragança, pelo Dr. Gonçalo dos Reis Torgal
Presidente da C.M. de Felgueiras, Dr. Inácio Ribeiro, recebe S.A.R., A Senhora Duquesa de Bragança
Sua Alteza Real com o Presidente da C.M. de Guimarães
Discurso de boas-vindas pelo Presidente da Câmara de Guimarães, Dr. António Magalhães
Oferta de um livro alusivo a Guimarães pelo presidente do município Drº António Guimarães
Junto à estátua de Dom Afonso Henriques, o Pai de Portugal
Fotos retiradas daqui 

segunda-feira, 19 de março de 2012

HOJE É DIA DE SÃO JOSÉ E DIA DO PAI

No dia 19 de Março celebramos a festa de José de Nazaré, o carpinteiro, patrono da Igreja Católica.
José recebeu de Deus uma missão sem igual: ele foi escolhido para ser o marido de Maria e o pai adoptivo de Jesus. (Mt 1,18-25).
Por ter sido educador de Jesus quando menino, adolescente e jovem, José teve grande importância na história da salvação. São José é visto como o homem do trabalho para sustentar sua família; é o homem justo, recto, obediente, de fé profunda, totalmente disponível à vontade de Deus.
José tinha a profissão de carpinteiro. Era um artesão simples e modesto. E foi esta profissão que ele ensinou a Jesus.
Comemora-se o «Dia do Pai» neste dia:
Parabens a todos os pais!

FOTOS DE S.A.R., A SENHORA DUQUESA DE BRAGANÇA COMO CONFREIRA DE HONRA NA CONFRARIA DO PÃO DE LÓ TRADICIONAL - 17 DE MARÇO DE 2012


Igreja de S. Pedro onde decorreu a cerimónia
Fotos tiradas daqui
Depois da cerimónia realizou-se um passeio pelas principais ruas da Cidade. No Paço dos Duques de Bragança, o Presidente da Câmara presidiu a uma sessão de boas vindas aos visitantes. Seguiu-se um almoço de confraternização num Restaurante do Centro Histórico