segunda-feira, 31 de outubro de 2011

S.A.R., O PRÍNCIPE DA BEIRA FOI PADRINHO DE BAPTISMO PELA 1ª VEZ

S.A.R., Dom Afonso faz o sinal da cruz na testa do afilhado António Maria
Ritual da Vela





Os Padrinhos, S.A.R., Dom Afonso e a prima Joana de Sousa Mendes

Os Senhores Duques de Bragança com a sobrinha Joana de Sousa Mendes e com os filhos, Dom Afonso, Dona Francisca e Dom Diniz.

SS.AA.RR., Os Duques de Bragança com o Dr. António Gentil Martins

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Aos quatro meses, António Maria de Herédia, o filho mais novo de Luísa Ana e Sebastião de Herédia, sobrinho de S.A.R., Dona Isabel e de S.A.R., Dom Duarte de Bragança, foi Baptizado na Igreja de São Roque, em pleno coração de Lisboa. A cerimónia, que durou cerca de hora e meia, foi conduzida pelo bispo brasileiro D. João Terra, muito amigo da família Herédia, como esclareceu Luísa Ana: “Gostei muito da cerimónia, foi lindíssima. Foi um momento muito planeado e desejado. O D. João Terra é muito amigo da família e foi ele que também Baptizou a nossa filha Catarina.”Para padrinhos de António Maria, Luísa Ana e Sebastião de Herédia – irmão de S.A.R., Dona Isabel de Bragança – escolheram os sobrinhos Joana de Sousa Mendes e S.A.R., Dom Afonso de Bragança, e ainda Margarida e Augusto de Al­buquerque de Athayde, respetivamente avó e tio do bebé. No dia em que recebeu o Sacramento que o inicia na vida cristã, António Maria usou um vestido oferecido pelo padrinho Dom Afonso, que viajou propositadamente de Inglaterra, onde está a estudar, para participar neste momento. Muito próxima da família e católica praticante, a Duquesa de Bragança viveu intensamente o Baptismo do sobrinho. “Fico muito orgulhosa por o meu filho e a minha sobrinha terem sido convidados para padrinhos. É um compromisso que tem que ver com a fé e coerência da nossa família. O António Maria é o primeiro afilhado do meu filho, mas sei que ele não estava nervoso nem ansioso, porque estamos numa festa de família. Mesmo depois de nos casarmos, os meus irmãos e eu continuámos muito próximos e falamos quase todos os dias”, partilhou S.A.R., Dona Isabel de Bragança, que contou ainda como tem sido para si estar longe do filho mais velho: “Ele ficará dez dias e estamos a aproveitar. Tem sido uma experiência muito boa, tanto para ele como para nós. Desde que estuda fora, o nosso filho está mais maduro e aprendeu a enfrentar as situações de outra maneira que antes não fazia, por nossa culpa, que o protegemos. É bom ver que os nossos filhos começam a bater as asas com consciência e responsabilidade.”Augusto de Albuquerque de Athayde, irmão de Luísa Ana de Herédia, foi outro dos padrinhos. “Para mim, é o assumir de uma grande missão à luz da fé. E como católico praticante e presidente de uma Ordem Religiosa, a Ordem So­berana Militar de Malta Portugal, é para mim uma responsabilidade acrescida, mas uma grande honra. Achei a cerimónia muito bonita: a presidência da cerimónia, o local em si e a dignidade que a música trouxe”, declarou o conde de Albuquerque. Depois da cerimónia religiosa, a festa prosseguiu no Grémio Literário.

Fonte: Caras

A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA EM MOÇAMBIQUE, 1959

Há uns tempos referi que a única vez que um membro da família real portuguesa havia estado em Moçambique fora em Julho/Agosto de 1907, aquando da visita do Príncipe Real, S.A.R., Dom Luiz Filipe.
O meu amigo no Facebook, José Crespo de Carvalho, anotou que não era bem assim. Na verdade, a família real portuguesa visitou Moçambique em 1959, como se pode ver em baixo. Adicionalmente, S.A.R. Dom Duarte Pio, actual Duque de Bragança e Chefe da Casa Real portuguesa, prestou serviço militar no Norte de Moçambique entre 1965-1967. Diz o José: ” S.A.R., Dom Duarte Pio por volta de 1965/67 voltou à Beira (estava a prestar serviço militar no Norte nos helis) era Tenente. Ficou instalado na casa de hóspedes (casa existente nos jardins da casa do Engº Jorge Jardim). Houve um beberete na casa dele para os Monárquicos que quisessem lá ir com os tradicionais discursos. Houve também um jantar com Dom Duarte mas mais restrito, com os “dirigentes” da Causa Monárquica.
Eis as fotos, tiradas pelo Sr. Engº Crespo de Carvalho, que foram gentilmente facultadas pelo José, cujos pais guardaram até esta data, e que foram restauradas por mim.

S.A.R., Dom Duarte Nuno à chegada à Beira. É o do meio. Segundo relata o José Crespo de Carvalho, "quem os esperava: as forças vivas da terra, o Senhor Bispo D. Sebastião Soares de Resende, o Governador do Distrito de Manica e Sofala, o Capitão do Porto da Beira, o Comandante das Forças Armadas da Região Centro, directores de serviços , Obras Públicas (Engº Serpa Pinto), o Director de Agricultura e Florestas, Engº Manuel Crespo de Carvalho (representante da Causa Monárquica e quem acompanhou na visita a Família Real), a minha Mãe que era directora e inspectora do exercicio Farmacêutico , Maria Luisa Crespo de Carvalho. Havia muita gente à espera vê-se atrás de uma cerca de onde vem S.A.R., Dom Duarte depois de os ter ido cumprimentar."
Dom Duarte Nuno na aerogare da Beira.
Num outro vôo (como era de protocolo) vieram os filhos de S.A.R., Dom Duarte Nuno. À direita S.A.R. Dom Duarte Pio, o actual Herdeiro ao trono português.
S.A., O Infante Dom Miguel
SAR D. Henrique, assistido pela mãe, SAR D. Maria Francisca de Órleans e Bragança.
S.A.R., Dom Duarte Nuno numa machamba algures nos arredores da Beira.
S.A.R., Dom Duarte Nuno com os filhos e outras pessoas que ainda não identifiquei.
S.A.R., Dom Duarte Nuno, S.A.R., Dom Duarte Pio e S.A., Dom MiguelS.A.R., Dom Duarte Pio, o actual Duque de Bragança, entre José Crespo de Carvalho e o seu irmão, na varanda da residência dos Crespo de Carvalho na Beira, depois de tomar o "matabicho" (pequeno almoço).
S.A.R., Dona Maria Francisca
S.A.R., Dom Duarte Nuno com S.A.R., Dom Duarte Pio. S.A.R., Dom Duarte Nuno na Gorongosa SAR D. Duarte Nuno na Gorongosa a ver a bicharada.


Um leão na Gorongosa naquele dia da visita real.

(Clique nas imagens para ampliar) - Fonte: The Delagoa Bay Blog

domingo, 30 de outubro de 2011

S.A.R., DOM DUARTE PARTICIPOU NO JANTAR DE ENCERRAMENTO DA FIDALMAR EM CASCAIS


Entre as numerosas personalidades homenageadas na sessão de encerramento da XXVI Assembleia Anual da FIDALMAR, na messe da Marinha, na Guia, destaque para o armador George P. Potamianos, grande amigo de Portugal.




A XXVI Assembleia Geral da FIDALMAR - Federação Internacional de Ligas e Associações Marítimas e Navais ocorreu entre 19 a 24 de Setembro de 2011 - Cascais, Portugal.

sábado, 29 de outubro de 2011

EVITAR A DECADÊNCIA

A decadência do homem contemporâneo foi ontem definida pelo Papa, em Assis: resulta da ausência e negação de Deus e realiza-se silenciosamente, de modo subtil e, por isso, perigoso.
Gradualmente, o Homem, em vez de adorar a Deus, passa a adorar o dinheiro, o ter e o poder. Passa a sobrepor o interesse pessoal a tudo o resto, tornando-se cada vez mais violento. E assim se destrói a paz. E, ao destruir a paz, o Homem destrói-se a si mesmo.
É um terrível retrato, perante o qual nenhum de nós está imune, pois, mesmo que teoricamente nos afirmemos do lado de Deus, a Sua ausência no concreto da nossa vida é uma triste possibilidade. Como aqueles que dizem ter de uma religião, mas não praticam...
Está, pois, nas nossas mãos evitar a nossa própria decadência!
Aura Miguel, Renascença

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

INSTANTÂNEO...

(Clique na imagem para ampliar)
Fonte: O Diabo de 25-10-2011
Publicado por Real Associação do Médio Tejo

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

JANTAR DOS CONJURADOS 2011 - 30 DE NOVEMBRO DE 2011

Uma vez mais, irá realizar-se em 30 de Novembro, o tradicional Jantar dos Conjurados, presidido por SS.AA.RR., Os Senhores Duques de Bragança, numa iniciativa da Causa Real com apoio da Real Associação de Lisboa. Este ano o evento terá lugar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pelas 19 horas, e como habitualmente, será iniciado pela leitura da Mensagem de Sua Alteza Real, O Senhor Dom Duarte de Bragança.

INSCRIÇÕES
A partir do dia 2 de Novembro  aqui para a sede da Real Associação de Lisboa. Mais informações, pelo telefone:  21 342 81 15, até ao dia 25 de Novembro.

PAGAMENTOS
Em dinheiro, cheque ou transferência bancária para o NIB 0007 0000 0005 8539 6952 3.
Comprovativo enviado para secretariado@reallisboa.pt servirá como confirmação de reserva.
Os convites serão enviados por correio.
Não serão entregues convites no local do Jantar.

Preços:
Adultos - € 40,00 
Jovens (as primeiras 150 inscrições) - € 15,00


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

209ª ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DE SUA MAJESTADE EL-REI DOM MIGUEL I

El-Rei Dom Miguel I, O TRADICIONALISTA. Pela Graça de Deus, Rei de Portugal (1828-1834) e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
Dom Miguel nasceu no Palácio de Queluz, a 26 de Outubro de 1802, recebendo o nome de Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo, e faleceu em Carlsruhe, na Alemanha, a 14 de Novembro de 1866.

UM ANDAR COM HISTÓRIA

A Causa Real não é um Partido, nem existe para ser um centro conspirativo para derrube violento de qualquer uma das Repúblicas que temos vivido. Embora no seu alvorecer tenha representado a revolta que se levantou contra a prepotência do estado de coisas instalado pela força em 1910, o passar dos anos levaram-na a enveredar pelo caminho da marcação de uma presença constante, aquele prudente mas firme sinal de aviso a uma certa forma de ver Portugal. Atravessou períodos de maior notoriedade e no início da década de 50, houve momentos em que pareceu muito perto de conseguir o propósito da restauração da Monarquia em Portugal. As gerações sucederam-se e com elas, a forma de pensar a sociedade que era própria do tempo.
Quem visite os numerosos sites monárquicos na blogosfera ou no Facebook, poderá verificar uma certa impaciência pela "inacção" da Causa, entendendo-se equivocadamente o seu papel, como uma sede aglutinadora à imagem de um Partido político e neste caso, o único corpo visível que combate o regime. Nada de mais errado. A verdade é que por muitos milhares de filiados que tenha - e tem-nos, agrade ou não agrade este facto "aos do sistema" -, a Causa não quer, não pode e nem sequer tem como fim, a imitação espúria daquele que um dia se chamou PRP. Diferentemente dos republicanos decididos pela destruição de uma Monarquia que julgavam ser por si a razão das desgraças nacionais, a Causa Real concita a simpatia e a participação nas suas listas, de milhares de portugueses com as mais díspares opiniões políticas, avultando nomes bem conhecidos do actual regime. "Inimigos" nos pressupostos partidários, aliados no grande objectivo comum. Será ainda necessário sublinhar, a progressiva adopção pelo chamado mainstream do actual regime, de muitos dos mais importantes postulados veiculados pela Casa Real, através da pública tomada de posição por elementos a ela ligados e que nas academias ou imprensa, têm indicado caminhos a trilhar para o bem comum: quem recorde qual era o posicionamento dos monárquicos quanto à descolonização, o caso de Timor, os Tratados assinados com a então CEE, a política portuguesa na geoestratégia do Atlântico ou da aproximação política e económica aos países da CPLP, facilmente reconhecerá este mérito que não pode ser negado. Por muito que isso desagrade aos "aflitos do regime", esta é a verdade que a poucos escapará.
Outro dos equívocos consiste na alegada "blindagem" da CR à livre participação dos seus filiados - que na maioria não são de forma alguma "militantes" - nos órgãos dirigentes. Há que notar o facto da CR ser um braço daquilo a que em sentido amplo se chama o gabinete da Casa Real, não podendo ser por isso, sujeita a golpes de aventureira oportunidade que se verificam noutro tipo de organizações, nomeadamente certos partidos políticos. Se as eleições são completamente livres, a escolha dos dirigentes deverá ser sempre objecto da aquiescência real e este aspecto é tão relevante quanto a existência da própria Causa e das suas ramificações plasmadas nas Reais Associações. Alguns sectores mostram-se impacientes e clamam por acção!, sem que essa prometida azáfama seja plenamente explicada à generalidade daqueles que se reclamam de monárquicos. Assim sendo, como será possível passar a Causa a tomar posições de recorte partidário no âmbito da política nacional, sem que isso implique a sua transformação num Partido político? É evidente e desejável o surgimento de múltiplas organizações que pretendam "ir a eleições gerais" e que incluam nos seus programas, aquela medida essencial que implica a reconstrução do Estado: a opção pela Monarquia. No entanto, tal não pode ser exigido à Causa Real, por muito que isso desgoste muitos dos seus filiados que aliás, nela encontram pares que obedecem a outras linhas de acção e mais importante ainda, de pensamento. Se existe gente válida nos Partidos, poderão os militantes subir às respectivas tribunas e do alto proclamarem o seu apego à necessidade da restauração da Monarquia. No PS, no PSD, no CDS, BE ou qualquer outro, seria um inestimável serviço prestado, organizando tendências e grupos de pressão. Essa é a ideia chave.
Sendo de uma geração muito distante daquela que fundou a então Causa Monárquica, parece-me de elementar justiça, reconhecer o trabalho porfiado que os fundadores e seus imediatos sucessores tiveram para a manutenção da chama. Critiquem-se os Integralistas, desdenhe-se agora o labor dos genealogistas ou dos "loucos pela Bandeira", há que concluir terem sido eles os homens que impediram a extinção da ideia do princípio monárquico da organização do Estado português. Acabaram por muito contribuir para o derrube da ditadura "democrática" dos Costas e Bernardinos, fincaram o pé e irritaram Salazar e Marcelo Caetano e abriram as portas à renovação da Causa nos anos 60, acabando por adequar a ideia da Restauração, a algo perfeitamente normal e exequível no plano dos princípios. Se tal não foi até agora conseguido, isso dever-se-á às contingências dos diversos períodos que têm pautado a vida da actual "situação" e que mais terão a ver com os interesses que durante anos, têm encontrado amplo respaldo além-fronteiras, traduzindo-se isto no eterno numerário que faz amodorrar a vontade de tantos. Uma época que está a chegar ao fim.
A Causa Real podia fazer mais? Decerto. Para isso, seria necessária a total dedicação de todos os filiados e a sujeição ao vai-vem das conferências, reuniões fora da cidade de residência e do trabalho, a contribuição com uma parte, mesmo que ínfima, do património de cada um. Ora, isso é o que tem acontecido no muito restrito núcleo dirigente da CR, com o claro sacrifício da tranquilidade da vida familiar e do incontornável recurso às contas bancárias de cada um. Faz-se o que e possível e esse é o papel daqueles que se encontram filiados na organização. Ser membro* implica deveres, não apenas o iniludível direito de criticar.
Os regimes constitucionais vão passando e a Causa lá continua, como sempre na mesmíssima localização. Se tempos houve em que parecia perto da extinção, hoje é um testemunho daquilo que por ela fizeram as gerações dos nossos bisavós, avós e pais. E assim continuará, para grande irritação de alguns nossos "inimigos".
* Não sou filiado na Causa Real.
Nuno Castelo-Branco, Estado Sentido

FOTOS: 143º ANIVERSÁRIO DA REAL ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE LISBOA - 18 DE OUTUBRO DE 2011

Chegada de S.A.R., Dom Duarte Pio às cerimónias do 143º aniversário.
Momento em que o anterior Guião é arreado pelo Porta Guião Chefe Paulo Vitorino, apradinhado por S.A.R., Dom Duarte Pio.
Já com o novo e real guardião de 1886
Entrega a S.A.R. Dom Duarte do Titulo de Sócio Honorário pelo Presidente da RAHBVLISBOA Dr. Pedro de Montargil, Visconde de Montargil. - Palácio de Quintela
S.A.R. Dom Duarte Pio entrega ao Duque de Palmela o Titulo de Sócio Honorário da RAHBVL - Palácio di Quintela.
Imposição por S.A.R. Dom Duarte Pio da Medalha de Mérito da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. - Palácio Quintela
Bolo de Aniversário
Fotos: Facebook
Ler notícia AQUI

terça-feira, 25 de outubro de 2011

60º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE S.M., A RAINHA DONA AMÉLIA DE ORLÉANS E BRAGANÇA

«Emmenez-moi au Portugal; je m’endormirai en France, mais c’ést au Portugal que je veux dormir pour toujours.» - Rainha Dona Amélia
A 25 de Outubro de 1951 foi recebida em Portugal, a triste noticia de haver falecido, em Versailles, a Augusta e Venerada Senhora Dona Amélia de Orléans e Bragança, Rainha de Portugal.
A Rainha Senhora Dona Amélia, pelo muito amor e afeição que teve a Portugal de que foi Rainha e pelo que muito honrou e tão dignamente serviu a Pátria, bem mereceu todas as honras e homenagens que lhe foram prestadas.
Ela tornou-se justamente credora em todos os corações portugueses que tiveram o prazer de a conhecer. Como que uma respeitosa veneração, todos continuaram a tê-la, na sua memória, como a Rainha de Portugal. Ela era amada e querida por todos.
Não podia o Governo português mostrar-se insensível a tantas provas de amor patriótico e de civismo, dadas por uma Mulher que se encontrava exilada da sua amada Pátria.
 Foi enviado a França o NRP Bartolomeu Dias, para trazer o seu corpo para Portugal, missão confiada ao Exmº Capitão-de-Mar-e-Guerra, Oliveira Lima ao 2º Comandante Aragão e ao Reverendo Padre Correia da Cunha. Foi no dia 26 de Novembro de 1951, que a urna com os restos da Rainha D. Amélia Rainha de Portugal foi transportada a bordo do navio da Armada Portuguesa, no Porto de Brest.
Dignificou-se o Governo Português em dar fiel cumprimento dos desejos expressos por Sua Majestade, promovendo a vinda para Portugal dos seus restos mortais, que ficariam no Panteão da Dinastia de Bragança, em São Vicente de Fora, junto aos túmulos de Seu Marido e Filhos. Coube a este mesmo Governo, fazer-lhe um funeral nacional, com as honras devidas à Sua dignidade de Rainha de Portugal e de considerar luto nacional o dia 29 de Novembro.
Revestiu-se de grande imponência e da mais esplendorosa solenidade o funeral da Rainha Senhora Dona Amélia, que se realizou oficialmente em Lisboa.
O cortejo fúnebre teve início no Terreiro do Paço, conforme podemos verificar na presente foto. Marinheiros do Bartolomeu Dias, transportando a urna, formavam um cortejo, encabeçado por Padre José Correia da Cunha – capelão da Marinha Portuguesa.
Estas cerimónias tiveram o cunho impressionante da gratidão e da saudade portuguesa, manifestada no comovido recolhimento e no religioso respeito com que muitas centenas de milhares de pessoas, que assistiram à passagem da urna, que encerrava o corpo da excelsa e querida Rainha dos Portugueses.
O povo permaneceu monárquico e apesar duma república imposta, não esqueceu a sua Rainha.
Foi me testemunhado que, quando a urna foi retirada do Coche para ser conduzida para o templo, uma força militar, formada por soldados de Infantaria 1 deu as descargas da ordem, ao mesmo tempo que os clarins tocavam a sentido. As bandeiras, os estandartes e os guiões baixaram em funeral e uma banda de música executou a marcha fúnebre de Chopin.
Às cerimónias religiosas realizadas na Igreja de São Vicente de Fora assistiram  o "chefe de estado" membros do governo, Reis e Príncipes estrangeiros, altas patentes do Exército e da Armada, Corpo Diplomático, altas autoridades civis, Sua Eminência o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa e outras dignidades eclesiásticas, onde se incluía o Padre José Correia da Cunha.
Antes de se dar início à Missa fez-se ouvir a marcha fúnebre de Schumam, tendo depois a orquestra executado a missa de Perosi.
O Senhor Visconde de Asseca e o Senhor Capitão Júlio da Costa Pinto foram inclusive a bordo do NRP Bartolomeu Dias, agradecer ao Comandante e à tripulação do navio, da armada portuguesa, a forma respeitosa e o serviço religioso, assim como o patriótico recolhimento, com que toda a tripulação do navio se associou ao luto da Nação. Este episódio foi-me relatado por Padre Correia da Cunha, dando a entender que o cadáver de Sua Majestade foi velado piedosamente durante todo o trajecto desde o Porto de Brest até ao Terreiro do Paço, em Lisboa.
No dia que passam 60 anos sobre essa data não poderia deixar de recordar esta última guarda de honra, ou seja, a homenagem saudosa e comovida da dedicação e da lealdade dos seus antigos súbditos.
Embora francesa de origem, tornou-se portuguesa pela afeição à sua Pátria adoptiva, que a ela se prendeu com todos os afectos. Era esta afeição que lhe aprimorava a alma e o coração. Ficou gravada em pedra, no seu túmulo, em letras gravadas a ouro:
AQUI DESCANSA EM DEUS
DONA AMÉLIA DE ORLEÃES E BRAGANÇA
RAINHA NO TRONO, NA CARIDADE E NA DOR.
Legenda simples mas expressiva e altamente honrosa para a memória de tão ilustre, excelsa e venerada Rainha.
Pe. José Correia da Cunha
09 de Agosto de 1951 - A última foto da Rainha Dona Amélia, captada durante as filmagens feitas pelo cineasta Leitão de Barros em Bellevue que as faria publicar no jornal "O Século" e em livro.