sábado, 29 de maio de 2010

DOM PEDRO DE ALCÂNTARA DE ORLEANS E BRAGANÇA
S.A.I.R., Dom Pedro de Orleans e Bragança, avô materno de S.A.R., Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança.
Dom Pedro de Alcântara Luís Filipe Maria Gastão Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança (Petrópolis, 15 de outubro de 1875 – Petrópolis, 29 de janeiro de 1940), príncipe do Grão-Pará (18751891), príncipe Imperial do Brasil (18911908) e príncipe-titular de Orléans e Bragança (19091940), era filho primogênito da princesa Imperial D. Isabel Leopoldina de Bragança e Bourbon e do príncipe imperial consorte, D. Luís Gastão de Orléans e Saxe-Coburgo-Gota, conde d'Eu. Consta que a dificuldade da Princesa em conseguir engravidar a levou a Caxambu, na província de Minas Gerais, onde submeteu-se a um tratamento com as águas minerais daquela cidade. Em contacto com religiosos, a Princesa fez a promessa de levantar um santuário no local caso conseguisse conceber um filho. Foi o que aconteceu, e até hoje existe na cidade a Igreja de Santa Isabel da Hungria, erguida por esta razão.
Dom Pedro de Alcântara foi educado por preceptores, chefiados por Benjamim Franklin Ramiz Galvão, barão de Ramiz, e viveu no Paço Isabel (atual Palácio Guanabara), no Rio de Janeiro junto com seus irmãos mais novos D. Luís Maria Filipe e D. Antônio Gastão até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, quando tinha catorze anos de idade. Deve-se a ele um dos gestos mais pungentes por ocasião da partida da Família Imperial Brasileira para o exílio, quando sugeriu ao avô D. Pedro II, "a idéia de soltar-se uma pomba branca, em alto mar, a fim de que levasse as últimas saudades da Família Imperial para o Brasil". A pomba foi solta à altura da ilha de Fernando de Noronha com uma mensagem assinada por todos da família, mas acabou caindo ao mar sem cumprir com seu propósito.
Estabeleceu-se no exílio com sua família no
Castelo d'Eu, na Normandia, França e estudou na Áustria, onde fez seu curso militar e serviu.
Matrimónio e Renuncia
Após oito anos de namoro e noivado, casou-se em Versalhes, França, em 14 de novembro de 1908 com a Condessa checa Isabel Maria Adelaide Dobrzensky de Dobrzenicz, filha do [1] de antiga família nobre da Boémia, do Império Áustro-Húngaro, e da Elisabeth Baronesa Kottulin und Krzischkowitz e Condessa Kottulinsky. [2] O Conde Dobrzensky von Dobrzenicz foi elevado ao título de conde em 1906, a pedido da mesma D. Isabel Leopoldina[carece de fontes?].
Isabel, de jure
chefe da casa imperial brasileira, era contrária por motivos dinásticos e talvez até políticos. Desejava que o herdeiro contraísse casamento dinástico, ou seja, com princesa de casa dinástica reinante; ou renunciar aos seus direitos de sucessão - e exigiu isto. Ora, Elisabeth não preenchia o requisito, nascida em família da média nobreza da Boémia, recentemente elevada a pedido da própria sogra.
Apesar de, à altura, a monarquia ter sido abolida do Brasil havia 19 anos, e de não se dispor de um governo imperial de exílio, tratavam-se essas qüestões de forma muito séria, um tanto por ainda se haver esperanças de restauração do regime. Também, porque deveriam legitimar-se junto aos nobres e monarquistas de outros países, fossem de monarquias vigentes ou abolidas. Primeiramente, D. Isabel procurou elevar a condição nobiliárquica da família da nora[carece de fontes?]. Posteriormente, D. Gastão procurou legalizar juntamente aos orleanistas, sua condição de herdeiro do trono francês, criando um novo título para D. Pedro de Alcântara em 1909[carece de fontes?] que estava na eminência de renunciar no ano seguinte.
Finalmente, D. Isabel, como chefe da casa dinástica dos Orléans-Bragança, exigiu a renúncia do filho. Assim, os estilos e direitos dinásticos brasileiros passaram a seu irmão D. Luís Maria Filipe, ao passo que D. Pedro de Alcântara manteve-se como príncipe-titular de Orléans-Bragança, garantindo-se assim que tanto ele quanto seus descendentes poderiam casar-se com nobres sem o ser morganaticamente.
Até morrer em 1940 em Petrópolis, onde residia no Palácio Grão-Pará, D. Pedro honrou a renúncia. Morta a Princesa Isabel em
14 de novembro de 1921, encaminhava questões ao sobrinho[carece de fontes?] D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança, que sucedeu à Princesa Isabel (já que seu pai, Dom Luís Maria Filipe, morrera em 1920, um ano e oito meses antes da mãe). O filho de D. Pedro de Alcântara, D. Pedro Gastão, nunca aceitou a renúncia do pai, apesar desse ter apoiado o sobrinho[carece de fontes?] que nascera quatro anos antes e já detinha os títulos de Príncipe do Grão-Pará e Príncipe Imperial do Brasil.
Renúncia -
Eu o Principe Dom Pedro de Alcantara Luiz Philippe Maria Gastão Miguel Gabriel Raphael Gonzaga de Orléans e Bragança, tendo maduramente reflectido, resolvi renunciar ao direito que pela Constituição do Imperio do Brazil promulgada a 25 de Março de 1824 me compete à Corôa do mesmo Pais. Declaro pois que por minha muito livre e espontanea vontade d’elle desisto pela presente e renuncio, não só por mim, como por todos e cada um dos meus descendentes, a todo e qualquer direito que a dita Constituição nos confere á Corôa e Throno Brazileiros, o qual passará ás linhas que se seguirem á minha conforme a ordem de successão estabelecida pelo Art. 117. Perante Deus prometto por mim e meus descendentes manter a presente declaração.
Cannes, 30 de Outubro de 1908
D. Pedro de Alcântara retornou ao Brasil na década de 1930, estabelecendo-se no Palácio Grão-Pará, em Petrópolis. Tornou-se figura obrigatória nas comemorações e realizações locais, sendo muito admirado pela maneira afetuosa e simpática com que sempre se dirigia aos seus compatriotas. Nessa mesma cidade o príncipe faleceu, aos 65 anos de idade, vítima de uma doença respiratória, e foi sepultado no cemitério local com honras de chefe de estado. Em 1990, seus restos mortais foram trasladados junto com os de sua esposa para o Mausoléu Imperial, na Catedral de São Pedro de Alcântara, onde repousam ao lado das tumbas de seus pais e avós, num jazigo simples.
Descendência
Fonte: Wikipédia

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