AS OPINIÕES DE S.A.R., DOM DUARTE SOBRE...
Integração Europeia: a verdadeira Europa é a Europa Portuguesa, virada ao Atlântico e ao Mundo. A Europa virada sobre si própria, a Europa do Norte e a Europa Central, essa não nos interessa muito. Nela, seremos sempre marginais e nela não encontraremos a nossa vocação (...) A Europa só se justifica como unidade espiritual se for cristã. Eu sou a favor da unidade europeia. Mas de uma unidade europeia em que cada povo mantenha a sua cultura, a sua independência, onde haja uma grande solidariedade no campo da defesa, no campo dos valores que interessam ao conjunto, tal como a ecologia, e também no campo dos valores espirituais. (...) a Europa só terá possibilidades de sobreviver como unidade se tiver valores profundos de natureza espiritual. (Portugueses, Revista de Ideias, nº 1. Dezembro de 1987). «A federação é, apenas, um dos modelos possíveis para a futura estrutura da Comunidade Europeia e é certamente o que mais atinge a independência nacional. (...) A nossa liberdade fundamental é perfeitamente compatível com uma colaboração ainda mais estreita com os restantes membros da Comunidade Europeia. Devemos, mesmo, participar com afinco na construção deste espaço de interesses comuns e de independências, sempre na medida em que melhor possamos salvaguardar os nossos interesses próprios e a independência nacional».(Mensagem do 1º de Dezembro de 1989). Minorias - «É, sobretudo, o garante das minorias que não interessam do ponto de vista eleitoral. Quem é que hoje em Portugal se interessa pelos ciganos? Interessa-se a igreja por razões espirituais, mas nenhum político o faz. Não há nenhum deputado de raça cigana. Nem sequer deputados africanos no Parlamento, e no entanto, há muita população de cor que ainda hoje continua a ter o direito de ser portuguesa (...). Seria normal que estivessem representados no Parlamento para preservar a sua identidade cultural. (...) De facto, as únicas minorias respeitadas são as que são extremamente violentas e subreversivas da cultura dos povos. As minorias que pretendem continuar a viver os seus valores próprios em paz não são respeitadas.» (Portugueses, Revista de Ideias, nº 1, Dezembro de 1987)
Imprensa - «A grande imprensa já fala de muitos temas. Assim, porque é que vale a pena fazer mais uma revista face a todos os jornais que já existem? Os grandes jornais têm de vender papel, pelo que têm um grande número de notícias divertidas, curiosas mas irrelevantes. Por outro lado, quem tem informação tem o péssimo hábito de guardá-la como fonte de poder e não a quer partilhar. (Portugueses, Revista de Ideias, nº 1, Dezembro de 1987).
Progresso - «Há uma religião fanática do Estado, que é a única autorizada e que consiste no chamamado "progresso". Os seus «sacerdotes» são ampllamente remunerados e gratificados por aquilo que fazem. O fanatismo é tal que nem chega a ser um materialismo, porque, se assim fosse, os «sacerdotes» do progresso defenderiam os bens materiais, defenderiam a natureza - as águas, a atmosfera, etc. Mas não! Pode-se destruir a água com resíduos nucleares, pode-se destruir o ar com toda a espécie de poluições, desde que seja em nome do progresso. Portanto, não é uma lógica materialista. É uma religião fanática da nossa época. (Portugueses, Revista de Ideias, nº 1, Dezembro de 1987).
Conjuntura nacional - «Portugal atravessa uma crise de consciência colectiva, e essa crise deriva, essencialmente, do vazio intelectual, da ausência de debate de ideias orientado para a afirmação da nossa independência como valor da Humandade. (...) A crise que todo o País sofre resulta em larga medida, se não essencialmente, da crise do Estado. O Povo Português tem necessidade de um Estado forte; não de um Estado absorvente e tentacular. Forte para servir e, se necessário, defender; não forte para dominar». (Mensagem do 1º de Dezembro de 1984, Correio da Manhã). «Não creio que soframos hoje, de crise de identidade. Receio, porém, que soframos agora, de uma crise de finalidade» (Mensagem do 1º de Dezembro de 1988, Portugueses, Revista de Ideias, nºs 6/7 - Fevereiro/Março de 1989).
O papel de Portugal no mundo - «Portugal é vocacionado para as relações com o mundo. (...) Penso que a nossa sobrevivência como Nação passa pela capacidade que tivemos para manter os laços com os países de língua portuguesa. Há também um dever moral. Foram povos que viveram connosco durante séculos. Temos pouca força económica, mas temos o conhecimento e a capacidade humana» (Independente, 5 de Outubro de 1989).
Povo Português - «Somos um povo muito bondoso, emotivo, mas que não guarda ódios. Também somos de uma grande abertura de espírito. Foram estes sentimentos - de caridade e respeito pelas diferenças - que nos levam a todo o mundo, às Áfricas e às Ásias. Onde chegamos, fazemos logo amigos. Os Portugueses integram-se, casam-se com as mulheres e os homens de outros países. Isso dá-nos uma enorme capacidade de influência, e foi isso que nos permitiu criar o Império que criámos sem termos a força da França ou da Inglaterra» (Independente, 5 de Outubro de 19899).
Degradação do património - «A degradeção do património é uma loucura e um suicídio colectivo. Num país pouco preocupado com o seu passado, não só o turismo desaparece como o próprio povo vai perdendo a pouco e pouco a sua alma, o sentimento da sua nacionalidade, o amor pela pátria». (Les couronnes de l'exil, 1990).
O papel do Rei - «O Príncipe deve assumir a memória e o sentido do dever que são características da Instituição Real. Cabe-lhe por outro lado, a defesa dos valores permanentes». (Mensagem do 1º de Dezembro de 1990).
Descolonização e cooperação - «Não penso que nos possamos orgulhar da forma como partimos porque não ignoro as consequências previsíveis e, em alguns casos, dramáticas dessa partida. Penso, porém, que que é tempo de nos descomplexarmos por não termos promovido uma descolonização exemplar. Não conheço descolonização que o tenha sido, ou simplesmente boa. É que, em meu entender, a atitude moral de todos os descolonizadores foi, sem excepção, a de abandono. Pouco importa para o facto de nuns casos, a descolonização, isto é, o corte dos vínculos entre a potência colonizadora e o território colonizado foi pacífico e até cerimonioso ou se foi violento e brusco. (...) Todas as descolonizações, tomando por referência os valores por elas proclamados, isto é, a Autodeterminação, a Democracia e o respeito pelos direitos humanos, foram um fracasso. (...) O fim do ciclo do Império não foi se não o termo de uma etapa na relação entre Portugal e a África. Importa que o relacionamento com os Estados africanos se alargue e cresça, pois só desta forma se poderá desenvolver o projecto de uma Comunidade Lusíada influente no mundo», (Mensagem do 1º de Dezembro de 1994, extraída do Correio da Manhã de 02.12.1994).
Imprensa - «A grande imprensa já fala de muitos temas. Assim, porque é que vale a pena fazer mais uma revista face a todos os jornais que já existem? Os grandes jornais têm de vender papel, pelo que têm um grande número de notícias divertidas, curiosas mas irrelevantes. Por outro lado, quem tem informação tem o péssimo hábito de guardá-la como fonte de poder e não a quer partilhar. (Portugueses, Revista de Ideias, nº 1, Dezembro de 1987).
Progresso - «Há uma religião fanática do Estado, que é a única autorizada e que consiste no chamamado "progresso". Os seus «sacerdotes» são ampllamente remunerados e gratificados por aquilo que fazem. O fanatismo é tal que nem chega a ser um materialismo, porque, se assim fosse, os «sacerdotes» do progresso defenderiam os bens materiais, defenderiam a natureza - as águas, a atmosfera, etc. Mas não! Pode-se destruir a água com resíduos nucleares, pode-se destruir o ar com toda a espécie de poluições, desde que seja em nome do progresso. Portanto, não é uma lógica materialista. É uma religião fanática da nossa época. (Portugueses, Revista de Ideias, nº 1, Dezembro de 1987).
Conjuntura nacional - «Portugal atravessa uma crise de consciência colectiva, e essa crise deriva, essencialmente, do vazio intelectual, da ausência de debate de ideias orientado para a afirmação da nossa independência como valor da Humandade. (...) A crise que todo o País sofre resulta em larga medida, se não essencialmente, da crise do Estado. O Povo Português tem necessidade de um Estado forte; não de um Estado absorvente e tentacular. Forte para servir e, se necessário, defender; não forte para dominar». (Mensagem do 1º de Dezembro de 1984, Correio da Manhã). «Não creio que soframos hoje, de crise de identidade. Receio, porém, que soframos agora, de uma crise de finalidade» (Mensagem do 1º de Dezembro de 1988, Portugueses, Revista de Ideias, nºs 6/7 - Fevereiro/Março de 1989).
O papel de Portugal no mundo - «Portugal é vocacionado para as relações com o mundo. (...) Penso que a nossa sobrevivência como Nação passa pela capacidade que tivemos para manter os laços com os países de língua portuguesa. Há também um dever moral. Foram povos que viveram connosco durante séculos. Temos pouca força económica, mas temos o conhecimento e a capacidade humana» (Independente, 5 de Outubro de 1989).
Povo Português - «Somos um povo muito bondoso, emotivo, mas que não guarda ódios. Também somos de uma grande abertura de espírito. Foram estes sentimentos - de caridade e respeito pelas diferenças - que nos levam a todo o mundo, às Áfricas e às Ásias. Onde chegamos, fazemos logo amigos. Os Portugueses integram-se, casam-se com as mulheres e os homens de outros países. Isso dá-nos uma enorme capacidade de influência, e foi isso que nos permitiu criar o Império que criámos sem termos a força da França ou da Inglaterra» (Independente, 5 de Outubro de 19899).
Degradação do património - «A degradeção do património é uma loucura e um suicídio colectivo. Num país pouco preocupado com o seu passado, não só o turismo desaparece como o próprio povo vai perdendo a pouco e pouco a sua alma, o sentimento da sua nacionalidade, o amor pela pátria». (Les couronnes de l'exil, 1990).
O papel do Rei - «O Príncipe deve assumir a memória e o sentido do dever que são características da Instituição Real. Cabe-lhe por outro lado, a defesa dos valores permanentes». (Mensagem do 1º de Dezembro de 1990).
Descolonização e cooperação - «Não penso que nos possamos orgulhar da forma como partimos porque não ignoro as consequências previsíveis e, em alguns casos, dramáticas dessa partida. Penso, porém, que que é tempo de nos descomplexarmos por não termos promovido uma descolonização exemplar. Não conheço descolonização que o tenha sido, ou simplesmente boa. É que, em meu entender, a atitude moral de todos os descolonizadores foi, sem excepção, a de abandono. Pouco importa para o facto de nuns casos, a descolonização, isto é, o corte dos vínculos entre a potência colonizadora e o território colonizado foi pacífico e até cerimonioso ou se foi violento e brusco. (...) Todas as descolonizações, tomando por referência os valores por elas proclamados, isto é, a Autodeterminação, a Democracia e o respeito pelos direitos humanos, foram um fracasso. (...) O fim do ciclo do Império não foi se não o termo de uma etapa na relação entre Portugal e a África. Importa que o relacionamento com os Estados africanos se alargue e cresça, pois só desta forma se poderá desenvolver o projecto de uma Comunidade Lusíada influente no mundo», (Mensagem do 1º de Dezembro de 1994, extraída do Correio da Manhã de 02.12.1994).
Textos retirados do livro "Duarte e Isabel, Duques de Bragança", de Nuno Canas Mendes.
2 comentários:
Grande Maria. Muito bom trabalho. Uma vez mais aquela classe e nível que já nos habitou. Muito boa divulgação do pensamento de S.A.R. o Senhor D. Duarte. Há que informar todos acerca de quem é, verdadeiramente, o Duque de Bragança. O seu blogue é a "Lusa" dos monárquicos. Respeitosamente endereço-lhe um bem-haja. Viva a NOVA MONARQUIA. Pela Acção 288 b, Pedro.
Tudo o que SAR O Senhor Dom Duarte vem dizendo desde 1987, está-se a constatar apesar de continuar a repisar sempre na mesma tecla nas entrevistas à imprensa. Portanto desde 1987, SAR alertou-nos de muita coisa.
Obrigada pelas suas visitas e cá me vou esforçando para vos manter sempre a par das notícias da Família Real.
VIVA O REI!
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