domingo, 31 de março de 2013

UMA SANTA E FELIZ PÁSCOA PARA TODOS!

Celebrar a Páscoa num momento de grande angústia e sofrimento nacional tem um significado muito especial. Porque a Páscoa é a vitória do mal sobre o bem que, depois de consumada, se transforma na apoteose do bem, sem prejudicar aqueles que fizeram o mal.

Cristo morreu e ressuscitou e, depois de ressuscitado, não se vingou de Caifás, Pilatos ou Herodes, e até converteu o perseguidor Saulo no mais influente dos Apóstolos.

O Senhor ressuscitado vence a morte sem destruir os assassinos.
Esta é a prova definitiva do poder do bem. Não porque o bem vence o mal, mas porque o bem, depois de vencido pelo mal, ressurge numa forma que o mal nunca mais poderá atingir, e convida o mal a ser bom.
Por isso nesta Páscoa de grande angústia e sofrimento nacional, o Senhor ressuscitado nos oferece um novo Papa que nos diz: «Não cedamos jamais ao pessimismo, a esta amargura que o diabo nos oferece cada dia; não cedamos ao pessimismo e ao desânimo: tenhamos a firme certeza de que o Espírito Santo dá à Igreja, com o seu sopro poderoso, a coragem de perseverar» (Discurso ao Colégio Cardinalício, 15 de Março).

Cristo ressuscitou. E Cristo ressuscitado é maior que a nossa angústia e sofrimento.
Santa Páscoa!
Povo - João César das Neves

sábado, 30 de março de 2013

SÁBADO SANTO OU SÁBADO DE ALELUIA


Durante o Sábado Santo, também conhecido como Sábado de Aleluia, a Igreja permanece em pensamento junto ao sepulcro do Senhor, meditando a Sua paixão, a Sua morte e a Sua descida à mansão dos mortos e, esperando na oração e no jejum, a Sua Ressurreição. No dia do silêncio, a comunidade cristã vela como se estivessem junto ao sepulcro. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar nas Igrejas está despojado. O sacrário aberto e vazio. Neste dia, à noite, há uma Vigília Pascal em que os fiéis estão reunidos em oração durante toda a noite até ao amanhecer de Domingo. À meia-noite, é celebrada uma Missa, a conhecida como "a Missa da Aleluia" e é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os sacerdotes e os ministros revestem-se de branco para a Santa Missa. A Vigília de Páscoa, também chamada de Vigília Pascal, é a celebração mais importante do calendário litúrgico cristão, por ser a primeira celebração oficial da Ressurreição de Jesus.

sexta-feira, 29 de março de 2013

SEXTA-FEIRA SANTA OU SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO


Amar até ao fim significa que, no caminho da sua entrega por nós na cruz, Jesus seguiu todas as etapas, sem deixar uma só, e chegou até ao final. As penúltimas palavras que pronunciou na cruz foram: “Tudo está consumado” (Jo 19, 30), antes de clamar: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lc 23, 46).

quinta-feira, 28 de março de 2013

QUINTA FEIRA SANTA

Na Quinta-feira Santa, recordamos a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. Na celebração da Ceia do Senhor, o gesto do lava-pés nos convida à humildade e ao serviço e nos lembra do mandamento que Cristo nos deixou. Depois de lavar os pés de seus apóstolos. Ele proclama: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos ao outros assim como Eu vos amei” (Jo 13,34).

segunda-feira, 25 de março de 2013

17º ANIVERSÁRIO DE S.A.R., DOM AFONSO DE SANTA MARIA, PRÍNCIPE DA BEIRA

S.A.R., Dom Afonso de Santa Maria deposita uma coroa de flores no monumento aos Restauradores de 1640 no dia 1 de Dezembro de 2013.
Celebra-se hoje o 17º aniversário de S.A.R., O Príncipe da Beira, Dom Afonso de Santa Maria de Herédia de Bragança, Filho mais velho dos Senhores Duques de Bragança, Dom Duarte e Dona Isabel.
Hoje é um dia muito especial. Um dia em que dá mais um passo para novos caminhos e conquistas, Por isso quero desejar-Lhe que todos os Seus objectivos se concretizem e peço a Deus que ilumine a sua vida e que seja marcada por bons momentos, alegrias e toda a felicidade que merece.
Parabéns, muitos anos de vida abençoados e felizes!

domingo, 24 de março de 2013

HOJE É DOMINGO DE RAMOS.

O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. É também a abertura da Semana Santa. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os(discípulos). Entrou na cidade como um Rei, mas sentado num jumentinho - o simbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o Rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo.

sábado, 23 de março de 2013

O PENSAMENTO É O AGIR DE UM MONÁRQUICO

«Um só monárquico faz mais do que muitos republicanos» - Aline Gallasch-Hall de Beuvink.

Esta é uma frase que para um monárquico não consubstancia uma mera construção retórica. Esta é uma frase sentida e objectivamente verdadeira e cujo cristalino quilate da sua beleza, simbólico e reconfortante, só é superado pela sagacidade da autora que a proferiu.

O pensamento e o agir de um cidadão monárquico são, indesmentível e diametralmente, opostos ao de um cidadão republicano ou de um cidadão que não conhece sequer o que é ser monárquico em Portugal (a maioria). Há um refinamento distintivo. Traduzem trilhos diferentes. Os 870 anos de História são dados, os quais podem ser consultados e tiradas as devidas ilações.

De facto um cidadão monárquico, ou seja, muitos portugueses antes de 1910 e poucos assumidos após aquela data, mas hoje também um norueguês, um sueco, um holandês, um dinamarquês, um inglês, um canadiano, um japonês, etc, não pensam realmente como um português republicano, um venezuelano, um congolês, um iraniano, um etíope, etc. Há de facto diferenças e, cada vez mais, face ao actual cenário de crise, importa considerar essas diferenças bem como as realidades de todas essas nacionalidades. Essa consideração deve refletir os resultados de excelência que as Monarquias Constitucionais têm ao nível do desenvolvimento humano, na percepção de corrupção, da liberdade de imprensa e da democracia. Temos de questionar se queremos continuar a pertencer ao grupo das repúblicas e, assim, continuar a afundar-nos ou, em alternativa, pertencer ao grupo das Monarquias enquanto modelo dos países mais desenvolvidos do mundo, precisamente, por aqueles motivos enunciados. Sempre há uma alternativa e importa reter isto.

Presentemente, enquanto muitos ainda se envergonham de assumir o seu gosto pela Monarquia portuguesa, os poucos que se assumem destemidamente, traduzem uma realidade de um contra muitos (estes últimos os ditos republicanos). Por isso, quando eram muitos (monárquicos) contra muitos mais, fossem quem fossem, éramos quase imbatíveis. Fomos um Império, por mais de 500 anos, pois tínhamos uma forma de pensar e de agir colectiva completamente diferente daquela que nos foi sendo impingida pelo republicanismo, ou seja, pelo caos e corrupção de 1910 a 1926, pela ditadura de 1926 a 1974 e pela apatia e corrupção de 1974 a 2013. Por isso é que, no final da tarde de 14 de Agosto de 1385, vencemos (com cerca de 7.300 homens), no Campo de S. Jorge, em Aljubarrota, unidos enquanto povo em torno do Rei dos Portugueses, os castelhanos (com cerca de 29.500 homens) numa cifra de 1 para 4; Ou aguentámos as ofensivas, entre 1640 e 1668, 28 anos portanto, do Império Espanhol na Guerra da Restauração. Uma vez mais o povo português soube estar firmemente ao lado do seu Rei, o Rei de Portugal, unidos e destemidos em prol da sua autodeterminação e liberdade.

Por isso preocupo-me especialmente perante esta crise, que é grave, mas não mais grave que outras por que passamos. Preocupo-me especialmente por ainda estarmos em república, ou seja, num contexto de liderança completamente diferente daquele de quando tínhamos Reis que se colocavam à frente para proteger Portugal e os portugueses e não políticos que, complicadamente, enredados em teias complexas de interesses económicos, não nos dão garantia, absolutamente nenhuma, de bom agoiro. Neste formato não vislumbro um bom cenário ou, na melhor hipótese, apenas a repousante retoma na enfastiante mediania dos últimos anos. Enquanto monárquico não é isso que quero para o meu (grande) País.

Vivemos um problema de paradigma e nesse contexto não se pedem pseudo reformas de circunstância conjuntural, pedem-se sim roturas de regime e alterações de formato estrutural. Pede-se que se tire proveito das circunstâncias adversas, para repensar um regime que é dominado por políticos, por interesses económicos, por lóbis e não por magistraturas.

Referendo ao regime, pelo bem da Democracia e dos portugueses!

sexta-feira, 22 de março de 2013

REPTO AOS REFORMADORES DO ESTADO


Quando em 1976 os constituintes desenharam a arquitectura do Estado democrático tiveram a preocupação de obrigar à perpetuação da democracia – através do célebre artigo 288º (“a forma republicana de governo” que, copiado da Constituição francesa, significa realmente a obrigatoriedade da divisão do poder em executivo, legislativo e judicial, uma conquista da Revolução Francesa, mas que entre nós é usado para impedir a mudança de regime – e, no que concerne à chefia do Estado, o corte com as más experiências das duas repúblicas anteriores, o sistema parlamentarista com a eleição por colégios eleitorais da Constituição de 1911 e  da de 1933 depois da revisão de 1959, por sufrágio directo de 1933 até 1959 e o presidencialismo de Sidónio Pais, imposto por decreto e que teve vida efémera. A experiência desses dois sistemas foi má, porque o presidente da república não tinha efectivos poderes de intervenção nos constantes conflitos das forças políticas  no caso do parlamentarismo da I República e Salazar temeu que um presidente hostil ao Estado Novo pudesse ser eleito por sufrágio directo (como poderia ter sucedido em 1958 com Humberto Delgado, não fossem as fraudes do aparelho do regime) e o perigo de uma ditadura pessoal, com o presidencialismo.

Indo, mais uma vez, basear-se na Constituição da V República Francesa, os constituintes instituíram um sistema semipresidencialista, com eleição por sufrágio directo e universal, cabendo ao presidente alguns poderes consideráveis de intervenção, mas competindo ao governo a condução da acção política e governativa. Promulgada a nova Constituição em 1976, logo em 1982 a Assembleia da República, pela primeira vez com poderes constituintes, fez uma revisão em que, para além de expurgar o texto das disposições de tutoria castrense que ficaram da revolução de 25 de Abril de 1974, reduziram substancialmente os poderes presidenciais.

Mas o semipresidencialismo à portuguesa é cada vez mais contestado. De facto, ao invés de ser uma fórmula de harmonia entre as forças políticas e sociais, revelou-se desde o início como meio de conflito institucional entre Presidente e Governo, ou porque ambos pertencem à mesma maioria política e como tal considerados cúmplices pelas oposições, ou porque cada um deles é de cor política diferente, com visões opostas das opções governativas. Foi assim com o Gen. Eanes e a AD de Sá Carneiro e até com o PS que viu nele um possível rival (daí ter aprovado com o PSD e CDS a revisão que retirou poderes ao Presidente), Foi assim com o Dr. Mário Soares que às escâncaras hostilizou o Primeiro-Ministro que, por sua vez o incluiu no que chamou “forças de bloqueio”, foi assim com o Dr. Jorge Sampaio que demitiu o Primeiro-Ministro Santana Lopes, apesar de ser suportado  por uma maioria estável, é assim com o Prof. Cavaco Silva que envia constantes “recados” ao Governo e não deixa de ser suspeito pelas oposições, que contraria ou ignora quanto pode.

São muitos, cada vez mais, os que pretendem um sistema diferente: ou presidencialismo à americana ou parlamentarismo à alemã e italiana, com um presidente eleito por um colégio eleitoral. Estes últimos em maior quantidade. Mas não parecem querer ir ao cerne da questão, que é a origem ideológica e política dos presidentes que nunca poderão ser independentes, nem equidistantes, nem suprapartidários, uma vez que terão de ter o apoio das forças políticas partidárias representadas no colégio eleitoral e a quem devem a sua função.

Aquilo que os defensores do parlamentarismo defendem é, no fim, algo semelhante às Monarquias Democráticas, em que ao Chefe do Estado são atribuídas funções de representação do Estado, interna e externamente, o comando supremo das Forças Armadas, o de arbitragem de conflitos entre as forças políticas e, eventualmente, outros poderes políticos que se revelem necessários e aconselháveis. 

O argumento habitual é a questão da igualdade dos cidadãos, não perante a lei, mas de todos poderem ascender a tão alto cargo, o que é uma falácia. Veja-se o caso recente do Dr. Nobre, que não teve  apoios partidários e se viu completamente marginalizado, ou de Manuel Alegre, que viu o seu próprio partido preteri-lo em favor de um candidato que, à partida, se sabia que dificilmente ganharia. A chefia do Estado exercida por alguém que tem uma posição desigual na origem dos seu poderes constitucionais, assegura e potencia a igualdade dos cidadãos nos seus direitos políticos.

Quando se prepara, ou pelo menos se diz querer reformar o Estado, na sua arquitectura e funções, para uma melhor democracia e eficácia, porque não começar pela sua cabeça?

Daqui lanço um repto aos possíveis e desejados reformadores para que, em nome do Bem Comum e dos interesses perenes de Portugal, abandonados os preconceitos infundados e risíveis, substituam este semipresidencialismo nefasto, por uma Monarquia parlamentar, verdadeiramente democrática. Como disse o Primeiro-Ministro de uma monarquia exemplar e de um dos países mais avançados da Europa, o Rei é o maior defensor da república.

* Nota: o texto publicado é da exclusiva responsabilidade do autor.
Texto publicado no Diário Digital a 18-Mar-2013
q u i n t a - f e i r a . c o m
A MONARQUIA EM PORTUGUÊS NA INTERNET

quinta-feira, 21 de março de 2013

126º ANIVERSÁRIO DE NASCIMENTO DO PRÍNCIPE REAL, DOM LUIZ FILIPE


O Príncipe Real Dom Luís Filipe em visita a Angola, com o Governador-Geral, Henrique de Paiva Couceiro (Luanda 1907).

Príncipe Real, filho de Dom Carlos I e da Rainha Senhora Dona Amélia.
N. em Lisboa, em 21 de Março de 1887, fal. vitima do atentado de 1 de Fevereiro de 1908, assim como seu pai. O seu nome completo era Dom Luís Filipe Mário Carlos Aurélio Fernando Victor Manuel Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Benito. 
Fez o seu juramento como Príncipe Herdeiro do trono, em Junho de 1901, contando 14 anos de idade, realizando-se a cerimónia na Câmara dos Pares, na presença de seus pais, da corte e do parlamento convocado em grande gala. Acompanhou juntamente com seu irmão, o infante Dom Manuel, actualmente rei de Portugal, sua mãe, a rainha senhora Dona Amélia, na viagem feita ao Mediterrâneo, em 1903. Tomou posse do seu lugar no Conselho de Estado em 13 de Abril de 1906, como lhe competia nos termos do artigo 112.º da Carta Constitucional, que dá esse direito ao herdeiro da coroa desde os 18 anos de idade. Em 1906 teve a regência do reino de 11 a 16 de Março, por causa da viagem de Suas Majestades a Madrid. Em 1907 fez uma viagem a África visitando diversas das nossas colónias, acompanhado pelo ministro da Marinha, então o Sr. Conselheiro Aires de Ornelas de Vasconcelos. O príncipe Dom Luís Filipe era Duque de Bragança e de Saxónia capitão honorário de Lanceiros n.º 2. A sua morte trágica causou a mais horrorosa impressão, pois não passou do assassínio de um adolescente, que não a merecia. Um seu biógrafo, traçando-lhe o elogio, jura que na alma daquele mancebo se continham os predicados morais de um futuro grande Rei. E acrescenta: «Ninguém mais lhano e afectuoso do que Ele; ninguém mais cheio de boas intenções. Tinha toda a elegância da bondade (permita-se esta frase), todos os resguardos de um bem intencionado, todas as tolerâncias de um cristão. Á mesa do estudo, dócil e atento, escutando as prelecções de um estudioso, que (à falta de outros méritos) possuía a experiência, e lhe falava sempre franco, à maneira de um avô com um neto era para ver a sagacidade com que pedia explicações, e acompanhava de comentários sensatos as palavras do seu mestre. Com os seus servidores era polidíssimo, e agradecia sempre, com o seu sorriso de Príncipe benévolo, o mínimo serviço que lhe prestavam, um livro que mandara buscar, uma carta que lhe traziam, a mínima coisa. Já cultíssimo, apesar dos seus poucos anos, senhor da História pátria, da Geografia, do Desenho, da Matemática, etc., falava como um nacional o francês, o inglês, o alemão, além de perítissimo no jogo das armas, na equitação, em todas as prendas de um homem da sua esfera. No que dizia, e no que sabia calar por polidez, era um verdadeiro homem do mundo, ele que do mundo apenas conhecia os primeiros passos. Na sua figura nobre e atraente revelasse o Grande e o Bom.»
Portugal - Dicionário Histórico

MONARQUIA VAI À ESCOLA

"TODOS ACHAMOS QUE O MUNDO COMEÇA QUANDO NASCEMOS...MAS NÃO É BEM ASSIM". ESTE FOI O MOTE PARA A DINÂMICA PALESTRA DE JOÃO LANCASTRE E TÁVORA, ORADOR DA CAUSA REAL DE LISBOA*, NA  BIBLIOTECA ESCOLAR DR. JOÃO DE BARROS DA FIGUEIRA DA FOZ, NA MANHÃ DE SEXTA-FEIRA QUE FECHOU O PERÍODO ESCOLAR ANTES DAS FÉRIAS DA PÁSCOA.
AS BANDEIRAS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL PARA OS ALUNOS E CONVIDADOS ENQUADRARAM UM AMBIENTE DE CURIOSIDADE, PROVOCAÇÃO INTELECTUAL E ALGUM REVIVALISMO, AO SOM DE UM VELHO GRAMOFONE E COM UMA EXPOSIÇÃO DE EXEMPLARES DE JORNAIS E LIVROS DE INÍCIO DO SÉC XIX.
A DRª HELENA SANTOS, PROFESSORA DE HISTÓRIA, E ELEMENTO DA EQUIPA DA BIBLIOTECA ESCOLAR, TENDO POR BASE O PROJECTO GLOBAL DE O MUSEU VAI À ESCOLA- EM PARCERIA COM O MUSEU MUNICIPAL DR. SANTOS ROCHA, INTEGRADO NOS SERVIÇOS EDUCATIVOS DAQUELE MUSEU, IDEALIZOU O ALARGAMENTO DOS CONTEÚDOS DO 9º ANO NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA À REALIZAÇÃO DA CONFERÊNCIA DO ORADOR DA CAUSA REAL, JOÃO TÁVORA, COADJUVADO PELO PRESIDENTE DA REAL ASSOCIAÇÃO DE COIMBRA, O ADVOGADO JOAQUIM NORA.
A RESPONSÁVEL BIBLIOTECÁRIA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA ZONA URBANA DA FIGUEIRA DA FOZ, ISABEL LUCAS (MATEMÁTICA E FÍSICO-QUÍMICA),ACARINHOU E DEU VOZ AO PROJECTO, QUE FOI DESIGNADO DE "MONARQUIA, PASSADO E PRESENTE."
A ACTIVIDADE FOI AINDA ARTICULADA COM O DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS.

CERCA DE MEIA CENTENA DE ALUNOS DESTE AGRUPAMENTO TEVE, PELA PRIMEIRA VEZ, CONTACTO COM ALGUNS PERSONAGENS QUE FALARAM NA PRIMEIRA PESSOA DA NOSSA HISTÓRIA.
DECORREU, SIMULTANEAMENTE, UMA MOSTRA DE HISTÓRIAS DA HISTÓRIA, DE SOUSA MARTINS, CONDE DO LAVRADIO, ETC, E DE ALGUNS JORNAIS (FRANCESES E PORTUGUESES (ANTÓNIO MARIA COM BORDALO PINHEIRO) DE 1827 ATÉ AO REGICÍDIO, DA BIBLIOTECA CASTILHO DA COSTA RAPOSO DE MEDEIROS, DE MARTA CARVALHO, DA RETA MONARQUIA DA FIGUEIRA DA FOZ.
OS CONVIDADOS FORAM PRESENTEADOS COM EXEMPLARES DO LIVRO DE JOÃO DE BARROS E DISTRIBUÍRAM O ÚLTIMO EXEMPLAR DA REVISTA DA CAUSA REAL QUE DESTACA DONA ADELAIDE DE BRAGANÇA. OS ALUNOS TAMBÉM TIVERAM DIREITO A BRINDES. UM DOS MOMENTOS ALTOS DA PALESTRA FOI A AUDIÇÃO DE UMA MARCHA REPRODUZIDA NUM GRAMOFONE EM DISCO DE RESINA E COLA.
O OBJECTIVO DA INICIATIVA FOI A ABORDAGEM DO PASSADO HISTÓRICO COM ENQUADRAMENTO DA MONARQUIA NOS DIAS DE HOJE EM CONTEXTO DEMOCRÁTICO.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA ZONA URBANA DA FIGUEIRA DA FOZ
ESCOLA EB 2,3ºCICLOS DR. JOÃO DE BARROS
AVENIDA DOUTOR MANUEL GASPAR DE LEMOS 29, 3080 FIGUEIRA DA FOZ
TELF. 233 401 620
* JOÃO LANCASTRE E TÁVORA NASCEU EM LISBOA, QUE ADORA. EXILADO NO ESTORIL, ALIENADO COM POLÍTICA E COM OS MEDIA, É SPORTINGUISTA DE SOFRER, MONÁRQUICO, CATÓLICO E CONSERVADOR. NO RESTO É UM VENCEDOR:
CASADO, PAI DE FILHOS E ENTEADOS, É EMPRESÁRIO NA ÁREA DA COMUNICAÇÃO E DO MARKETING. PARTICIPANDO EM DIVERSOS PROJECTOS DE PARTICIPAÇÃO CÍVICA, É DIRIGENTE ASSOCIATIVO E PARTICIPA EM VÁRIOS BLOGUES, PROJECTOS DE INTERVENÇÃO E COMUNICAÇÃO POLÍTICA.

 

quarta-feira, 20 de março de 2013

EXPOSIÇÃO SOLIDÁRIA NA CRECHE DA GRAÇA APADRINHADA POR SS.AA.RR., OS DUQUES DE BRAGANÇA


A Fundação Maria do Carmo Roque Pereira, mais conhecida por Creche da Graça, está a organizar uma exposição solidária, no dia 6 de Abril a partir das 17 horas, no local das suas futuras instalações, na Rua da Graça nº31, em Lisboa.

Com esta Exposição Solidária na Creche da Graça pretende-se angariar fundos para fazer todas as obras necessárias para tornar o novo espaço capaz de receber a creche. São precisos novos sanitários, nova instalação eléctrica, nova canalização, pintura de paredes e janelas, entre tantas outras coisas.
Na exposição vão estar à venda obras de diversos pintores e artistas plásticos que doarão uma parte do valor das suas obras para a Fundação.
A Exposição conta com a presença de inúmeros convidados e é apadrinhada por Suas Altezas Reais os Duques de Bragança, Senhor Dom Duarte e Senhora Dona Isabel; a escritora Ana Maria Magalhães; o actor e autor Tozé Martinho; e Teresa Ricou (a conhecida Teté, fundadora do projecto Chapitô).

terça-feira, 19 de março de 2013

domingo, 17 de março de 2013

ÍNDICE DE LIBERDADE DE IMPRENSA

Todos os anos uma organização internacional de jornalistas independentes, "Reporters Without Borders" (Reporters Sem Fronteiras), que zela pela liberdade de expressão, publica um índice de liberdade de imprensa. Infelizmente não existia em 1910, quando o Reino de Portugal estaria certamente entre os primeiros lugares, mas revela que ainda hoje a liberdade de imprensa é protegida de forma mais consistente pela Coroa.

sábado, 16 de março de 2013

O CAMINHO É ESSE, MAS A ACÇÃO DEVE SER COLECTIVA

Há muito venho dizendo que a greve fiscal é o caminho para vergar o regime. Se os privados deixarem de pagar os impostos, o regime será posto de joelhos num período máximo de 3 meses. Porém, um acto individual desses só trará a desgraça ao seu autor. Fernando Melro dos Santos, através da sua corajosa atitude, será martirizado pelo regime e é hora dos homens decentes que ainda restam em Portugal tomarem uma atitude viril: conclamar a greve fiscal e dar o exemplo. Precisamos de um líder e não vejo ninguém mais qualificado para o mando do que o Duque de Bragança. Se assim fizer, a restauração será a consequência pois a isso se seguirá a aclamação popular! 

sexta-feira, 15 de março de 2013

1º DIA: SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO I VAI À MISSA DE ENCERRAMENTO DO CONCLAVE DE AUTOCARRO

Sua Santidade vai à missa junto com os cardeais; preferiu a companhia deles a ir sozinho no veículo oficial. Muito mais que simplicidade: amizade e fraternidade. (foto: Canção Nova)

Sentou-se com Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB (foto: Canção Nova)

quinta-feira, 14 de março de 2013

HABEMUS PAPAM

Vaticano: Francisco, Papa do «fim do mundo», rezou em silêncio na Praça de São Pedro.

Cardeal Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é o primeiro pontífice do continente americano, sucedendo a Bento XVI.

Cidade do Vaticano, 13 Mar 2013 (Ecclesia) – O Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi hoje eleito como novo Papa da Igreja Católica, o primeiro do continente americano, e escolheu o nome de Francisco.
“Sabeis que o dever do Conclave era dar um bispo a Roma: parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo”, disse, na primeira aparição perante cerca de 150 mil pessoas que lotaram a Praça de São Pedro, no Vaticano, que começou pelas 20h22 locais (19h22 de Lisboa).
O novo Papa, religioso jesuíta, surpreendeu os presentes ao pedir “um favor”, antes de dar a sua tradicional bênção neste encontro inicial.
“Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração”, declarou, conseguindo calar a multidão que se encontrava em festa há cerca de uma hora, após a saída do fumo branco da chaminé colocada sobre a Capela Sistina.
A primeira bênção seria, posteriormente, estendida a "todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade".

O Papa começou por desejar uma “boa noite” aos presentes e agradeceu o “acolhimento” da comunidade de Roma.

Francisco começou por propor uma oração pelo Papa emérito, Bento XVI, para que o “Senhor o abençoe”.
A intervenção aludiu depois a um “caminho” que começa, unindo “bispo e povo”, na Igreja de Roma, “aquela que preside na caridade a todas as Igrejas”.
“Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós”, precisou.
Rezemos sempre por nós, uns pelos outros, por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”, acrescentou o novo Papa.
Francisco deixou votos de “este caminho da Igreja” seja “frutuoso para a evangelização desta tão bela cidade (Roma)”.
"Irmãos e irmãs, agora deixo-vos: obrigado pelo vosso acolhimento. Rezai por mim, vemo-nos em breve, amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora para que guarde toda a (cidade de Roma). Boa noite e bom descanso", disse, ao despedir-se.

O fumo branco saiu hoje da chaminé colocada sobre a Capela Sistina a partir 19h06 locais (menos uma em Lisboa).
O sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado, foi eleito no quinto escrutínio da reunião eleitoral iniciada esta terça-feira, à porta fechada, pelas 17h34 (hora de Roma).
Francisco tem menos dois anos do que Joseph Ratzinger quando este foi eleito em Abril de 2005, aos 78 anos.
O agora Papa emérito, de 85 anos, renunciou por causa da sua “idade avançada”.


Agência Ecclésia

quarta-feira, 13 de março de 2013

POR QUE RAZÃO NÃO TEM PORTUGAL UM REI?

Perguntava-me hoje um amigo tailandês por que razão não tinha Portugal um Rei. Aduziu: "vocês, que tiveram o mais longo império, os primeiros e os últimos a abandonar as possessões que tinham em África, na América, na Ásia e na Oceania, gente tão orgulhosa do passado grandioso que tiveram, país tão pequeno que tem uma das línguas mais falados no mundo, que..., que..., que....". Assim se prolongou em perífrase demonstrativa do interesse que lhe suscita o nosso país. Fiquei encantado por assistir a tal lição até que, para terminar, deixou a seguinte observação: "bem, se países tão ricos e progressivos como o Reino Unido, a Holanda, a Dinamarca, a Noruega, a Suécia, o Luxemburgo, o Japão e até a Espanha preservaram as suas monarquias, Portugal talvez a tenha perdido porque perdeu a razão e se esqueceu do que fora". Não encontrei palavras para lhe dizer que assim fora, que um grupo insignificante de pistoleiros e gente mesquinha e medíocre nos havia morto o Rei em plena rua, que desde 1910 Portugal se tinha, primeiro mexicanizado, depois cloroformizado e agora não sabia o que fazer com o futuro. Senti vergonha, confesso, por um siamês nos olhar como uma Albânia, uma Guiné Papua ou uma República Dominicana. Mas tinha razão. Deixamos que se perdesse o arrimo fundamental da autenticidade portuguesa, substituímo-lo por generais sem batalhas, almirantes sem frota, pequenos plumitivos sem obra, agitadores e homenzinhos escolhidos por paixão partidária, impostos pelas espadas ou sorteados por grupos, camarilhas e facções. Perdemos tudo, não ganhámos nada. E não somos só nós: os gregos, os romenos, os húngaros e os búlgaros queixam-se do mesmo. É fácil destruir as Monarquias, mas depois fica para todo o sempre o remorso, o vazio e o sem sentido de toda uma comunidade.

terça-feira, 12 de março de 2013

REAL FRASE DO DIA

Declarações de S.A.R., O Senhor Duque de Bragança à "TV Minho", por ocasião do Jantar de Reis 2013, em Braga a 19 de Janeiro de 2013.

segunda-feira, 11 de março de 2013

INSUBMISSOS


O Rei é a referência máxima, a sua prevalência transcende reinados e regimes. Com o seu exemplo, sempre vivo e presente, aprendemos o dever de respeitar as regras do actual sistema, mas nunca sermos submissos a esse mesmo sistema.

Apenas com a representação de um Rei, aprendemos a ser realmente iguais entre comuns, estabelecendo uma verdadeira paridade entre pares e nunca embarcando na reverência multi-classista que a república delimita para alguém subir na escala hierárquica do destaque societário hodierno. 

Apenas com um Rei passaremos a estar verdadeiramente preparados para trabalhar, colectiva e generalizadamente, para o bem comum.

PPA - Incúria da Loja

domingo, 10 de março de 2013

EXCERTO DA PROCLAMAÇÃO DE S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE NUNO DE BRAGANÇA, FEVEREIRO DE 1959


"O Rei é a garantia do respeito das leis fundamentais da vida pública, o fiador das liberdades naturais e legítimas do Povo e finalmente o zelador da justiça social."

Eu, como herdeiro dos Reis que promoveram os vossos direitos fundamentais e defenderam contra todas as pressões a vossa dignidade, não quero deixar de denunciar em nome dum Passado cujas lições nenhum improviso poderá ofuscar, o erro de todas e quaisquer situações que, fazendo tábua rasa do Direito Público e do princípio institucional, alicerçam o Poder em prestígios pessoais. É em momentos de crise, como aquele que se avizinha, que mais dolorosa se torna a ausência de uma Autoridade que, pela sua origem e natureza transcendentes, tenha o Poder natural de arbitrar e defender o equilíbrio e a unidade nacional.

As experiências politicas e sociais do nosso tempo, longas ou fugazes, têm-me arraigado na convicção de que o Rei, como procurador histórico da Nação, é o mais natural processo de defesa e manutenção das liberdades públicas perante a força, a autoridade e as largas funções que caracterizam o Estado Moderno; o Monarca, não está por natureza enfeudado a uma «direita» ou a uma «esquerda», e por isso ele tem em si o dom de libertar as Instituições sem que perigue a autoridade do Estado. À sombra da Instituição monárquica, o diálogo das opiniões pode prosseguir livremente como elemento fundamental na evolução progressiva do País. No seu próprio interesse e dos seus descendentes, o Rei é a garantia do respeito das leis fundamentais da vida pública, o fiador das liberdades naturais e legítimas do Povo e finalmente o zelador da justiça social.

Creio ser possível, na aparente desorientação dos espíritos, encontrar o denominador comum do pensamento político, da ansiedade popular, das opiniões dos homens cultos e das vitais exigências da grei. Será ele uma síntese política em que a acção dum Governo eficiente e forte exerça no estrito acordo das regras da moral cristã e do Direito Público, respeite como limite os inalienáveis direitos da pessoa humana, faça florescer as liberdades públicas e associativas, e seja condicionado e fiscalizado por uma genuína representação nacional. É esta, aliás, a grande tradição da Monarquia Portuguesa, e creio que Vós, portugueses, sabereis reconhecer a vantagem que a Instituição Real Vos oferece na realização e defesa do harmonioso edifício dum Estado verdadeiramente nacional.

sábado, 9 de março de 2013

DONA MARIA PIA - UMA RAINHA VESTIDA DE OVARINA


A Rainha D. Maria Pia de Sabóia, a quem se refere o texto que apresentamos, mulher de Dom Luís I, parou algumas vezes na Estação de Ovar, com seu marido e seus filhos, onde foram objecto de manifestações populares, particularmente em 25/09/1887.
Casada em 1862, com 16 anos, dizem os seus cronistas que, pouco depois, já dava sinais de sofrimento.
O curioso texto que apresentamos, publicado na Revista "Arquivo Nacional", n.º 59, de 24/02/1933, é uma interessante achega para as memórias carnavalescas de Ovar.
Era preciso distrair a rainha, saudosa da folia italiana em que se invocavam pompas e saraus da Renascença. Em Sintra aborrecia-se, apesar das prestidigitações e das sessões de magia dum bom artista francês, mas o paço arrepiava-a, por aquele Fevereiro de 1865, em que andava grávida de meses, pois logo em Junho nasceria o Príncipe Dom Carlos.
Pensara-se, então, visto se avizinhar o Entrudo, em dar um grande baile de máscaras na qual Dona Maria Pia florescesse toda a sua beleza, se divertisse, se imaginasse na corte opulenta de seu pai.
Escolheu-se a quarta-feira magra, a 15, para a festa, em torno da qual se abordavam fantasias. As damas encomendaram fatos riquíssimos, umas; outras, trajos originais; algumas procuravam na simplicidade o que os seus espíritos requeriam.
A Aline, a célebre modista da corte, trabalhara largamente com o seu esquadrão de costureiras francesas e a rainha não achara bastante rico e magnífico vestido de dama do século XVIII, com o qual se apresentaria no baile. Pouco a pouco, diante da arte e do gosto, do esplendor das pedrarias, afizera-se a usá-lo, mas de súbito, a sua imaginação sacudira-se num desejo novo.
D. Maria Inácia, filha dos Vila Real, mandara fazer um fato de varina; um molho de saias garridas; o corpete, o chapeuzinho, a que daria desenvoltura e graça e o cunho português de uma vendedeira alegre, martelando as suas chinelinhas de verniz.
Logo Dona Maria Pia apeteceu disfarce igual, porque no seu espírito tão feminil se despertara a curiosidade de saber o que diriam os fidalgos da sua corte a uma varina buliçosa, na qual não reconhecessem a sua Rainha.
Atravessaria a sala nas suas vestes, julgando que não a conheceriam, e iria apreciar o espírito dos cortesãos.
Passaria junto deles, de máscara no rosto, meter-se-ia no grupo onde as marquesas empoadas, as grandes damas de outros séculos, as caçadoras gentis, os próprios dominós de seda ocultavam as belezas e ouviria ciciar algumas frases.
Sob as luzes deslumbrantes contemplaria o rei, vestido de guerreiro antigo, de elmo subido, e fixá-lo-ia uns instantes. Seria um Portugal velho, que fizera a conquista, diante da gente trabalhadora, da orla da água, que realizaria o trabalho.
Ela, porém, não pensava mais nessas fórmulas mas apenas na resolução que tomara, na satisfação do seu capricho, na vontade de querer saber como as mulheres, embora da melhor sociedade, se divertiam nos bailes de máscaras, o que sempre seria muito diferente do que sentiam as Rainhas.
Essa ideia começava a diverti-la muito; mais do que a maravilha do seu fato de grande dama, com o qual entrara no salão.
El-Rei escolhera as galas dum cavaleiro do século XVIII e o Infante Dom Augusto, facilmente reconhecível por sua desengraçada estatura de pernalta, era um mosqueteiro. A duquesa de Palmela, casada havia dois anos, por um lindíssimo Abril, vestira-se nas sumptuosidades de Isabel de Inglaterra e guardava o ar imponente, no meio da corte, no qual as formosas damas se disputavam as graças.
Corria no maior esplendor a festa realenga; encheu-se de convivas o salão de mármore, a orquestra da real câmara tocava os belos trechos de música que fazia enlaçar os pares mascarados, a aguardarem as ordens régias para mostrarem seus rostos.
A rainha confiava, cada vez mais, no seu disfarce; apareceria com as tamanquinhas, com as suas vestes de vendedeira, misturar-se-ia no baile, confundi-la-iam com a outra dama, satisfazendo a sua curiosidade. Lentamente o "mágico" Luís da Cunha lia as sinas na palma da mão, não adivinhando a do esplêndido mosqueteiro, que era o conde de Penamacor. Enfim a varina surgiu da banda do salão onde repuxava a água vinda para a bacia de um lagozinho encantador.
Ia finalmente saber da galanteria dos fidalgos da sua corte para com as senhoras que não eram rainhas, escutar-lhes os dizeres elogiosos, as frases, os amavios, numa funda curiosidade de mulher e de princesa, ignorante da vida comum.
Porém, só respeitosas frases ouviu como as outras damas; nem uma só gentileza se permitiram aqueles junto dos quais passava, já porque nos paços a etiqueta se guarda, através de tudo, já porque, decerto, alguém espalhara, muito rapidamente, a ideia da soberana e a sua caprichosa vontade.
Dona Maria Pia quisera sentir o Carnaval nas suas salas, não compreendendo a atmosfera palaciana na qual não se exalta jamais a alegria até ao máximo e se vive em cuidados eternos dentro dos protocolos".

sexta-feira, 8 de março de 2013

AUDIÊNCIA COM S.A.R., DOM DUARTE PIO DE BRAGANÇA, EM LISBOA

No dia 17 de Dezembro de 2012 fui recebido por S.A.R., Dom Duarte Pio de Bragança, na Fundação Dom Manuel II, para falar um pouco da minha vida de jovem escritor e para entregar, oficialmente, os meus livros em mão.
Ruben Correia - 
Com apenas 15 anos, o jovem açoriano Rúben Correia acaba de lançar o seu terceiro livro “O Pinhal dos Segredos”, destinado a um público infanto-juvenil.
Depois da apresentação conjunta de “O Planeta Fogo” (2º livro) e deste último, em Montreal, no pretérito mês de Outubro, Rúben Correia esteve na Casa dos Açores (dia 15), para apresentar o seu mais recente livro. Com apenas 15 anos, este é o terceiro livro do jovem açoriano, que nos convida, agora, à leitura de alguns belos contos sobre o Natal. 
A próxima conquista, será a tradução de um dos livros, ou mesmo dos três, muito provavelmente em inglês, porque, sustenta, “é uma língua universal”.
Com o regresso a Portugal, segue-se a apresentação em Lisboa (dia 19), na livraria Bertrand, no Monumental. Pelo meio, e segundo o próprio, um encontro com Duarte Pio de Bragança, chefe da Casa Real Portuguesa, e ainda antes do lançamento do livro será recebido pelo presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, no Palácio de Belém.
À margem da apresentação, Rúben Correia afirmou que o novo livro destinado a um público infanto-juvenil – e que já foi lançado nos Açores (dia 22 de novembro) – visa transmitir aos mais jovens os principais valores da época natalícia, como a fraternidade, a partilha, a igualdade ou a família.
Depois, há a componente didática por detrás de cada um dos três livros que, justifica, têm uma moral e contêm soluções e incentivam à leitura e à escrita.
Uma interação pessoal com o Outro através da escrita, complementada com o desejo de contribuir para um mundo melhor.
Com gosto pelo que escreve, Rúben Correia não se vê como escritor de profissão, pensando antes em concretizar o sonho de tirar o curso de Direito e, quem sabe, seguir a carreira política.
Num século dominado pelas novas tecnologias, cada vez mais absorvidas pelos jovens, é com alguma surpresa que afirma não gostar de ler no computador ou num ipad. “É mais cansativo ler através de alguma coisa tecnológica”, disse o jovem, preferindo antes destacar a sensação boa de folhear o livro ou sentir o cheiro do papel.
Correio da Manhã, 20 de Dezembro de 2012

quinta-feira, 7 de março de 2013

210º ANIVERSÁRIO DO COLÉGIO MILITAR - 03 DE MARÇO DE 2013

Sobre

Consolidação e o fortalecimento dos laços de solidariedade que unem os antigos e os actuais alunos do Colégio Militar e a intransigente defesa da instituição nos seus princípios, valores e tradições.


Missão

A "Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar", para além das acções de filantropia que estão na sua origem, tem por fim, a consolidação e o fortalecimento dos laços de solidariedade que unem os antigos e os actuais alunos do Colégio Militar e a intransigente defesa da instituição em que ela consiste, nos seus princípios, valores e tradições.

Descrição da empresa
O Colégio Militar é uma instituição de Portugal e da Cidade de Lisboa que entrou no seu terceiro século de relevantes serviços educativos à comunidade.
A Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar orgulha-se de ser guardiã e divulgadora dos valores e identidade da Escola, projectando-a no futuro, através da acção e coesão dos que nesses valores e identidade se revêem.
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Foi celebrada uma Missa de Acção de Graças na Igreja de São Domingos com a presença de S.A.R., Dom Duarte de Bragança.