terça-feira, 9 de outubro de 2012

QUE VOLTEM AS BANDEIRAS DA UNIÃO

Anestesiados e vítimas de sucessivas campanhas que anularam a faculdade crítica, obrigados a aceitarem como natural o estado de coisas presente, degradados a extremos na deseducação do brio, do orgulho e amor-próprio, caídos no descalabro do protectorado após décadas em que os centros de decisão foram um a um transferidos ou desvitalizados, usados, enganados e privados de voz, os portugueses chegam a este 5 de Outubro de 2012 brutalmente despertos e com a clara percepção da extensão do desastre em que o regime os precipitou.

Os portugueses têm que escolher entre a liberdade e a servidão, o recobro ou o empobrecimento, a abertura de um novo ciclo histórico ou o colapso. Terão de o fazer agora, sem messianismos e sem a tentação das fórmulas enganadoras que sempre trazem as tiranias - que advogam a paz a todo o custo, até caucionando o extermínio da liberdade - e recuperarem, reaprendendo-o, o sentido da nossa presença no mundo.

No fundo, tudo é simples. Temos uma língua, uma cultura e uma história que nos distinguem como comunidade de destino, conhecemos os objectivos permanentes do Estado português, conhecemos as debilidades tão bem como os argumentos e falácias daqueles que, dentro e fora, concorrem para a nossa perdição. Este foi o último 5 de Outubro, disso não tenho quaisquer dúvidas. Exige-se que entre o caos e a Restauração de Portugal, saibamos a partir de hoje reinvindicar o único caminho para o recobro em liberdade, autodeterminação colectiva que requer - com a máxima urgência - a Restauração da Monarquia.
Miguel Castel-Branco

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