segunda-feira, 18 de julho de 2011

PAPA MOSTRA PESAR PELA MORTE DE OTTO DE HABSBURG

O último herdeiro do Império Austro-Húngaro e um grande político cristão.
PÖCKING, segunda-feira, 11 de julho de 2011 (ZENIT.org) – O Papa Bento XVI enviou pessoalmente suas condolências à família do Arquiduque Otto de Habsburg, segundo informou a família em uma nota de imprensa.
O Papa enviou, no último sábado, um telegrama ao filho mais velho de Otto de Habsburg, o Arquiduque Karl, no qual expressa sua proximidade à família “neste momento de tristeza, em sua perda dolorosa”.
O Pontífice quis reconhecer o legado deixado à Europa pelo defunto herdeiro dos Habsburg: “Em sua longa e plena vida, o arquiduque Otto foi testemunha da realidade mutável da Europa”, afirmou.
“Confiando em Deus e sendo consciente da sua importante herança, ele foi um europeu comprometido que trabalhou incansavelmente pela liberdade, pela unidade dos povos e pela justiça neste continente.”
“Que o Senhor o recompense pelas suas diversas obras e lhe dê a plenitude da vida em seu reino celestial”, deseja finalmente Bento XVI à família, à qual envia sua bênção apostólica.
O arquiduque Otto de Áustria, filho do último imperador do Império Astro-Húngaro, faleceu no último dia 4 de julho, em seu domicílio familiar de Pöcking (Alemanha), aos 98 anos.
Nascido na Áustria em 1912, filho do imperador Carlos I e sobrinho-neto de Francisco José, aos 4 anos foi jurado como herdeiro do império Astro-Húngaro. Após a 1ª Guerra Mundial, com o desmembramento da Austro-Hungria, a família imperial teve de exilar-se na Ilha de Madeira, onde o imperador Carlos faleceu de pneumonia.
Como herdeiro no exílio, o arquiduque Otto trabalhou sempre pela liberdade da Europa, especialmente durante a 2º Guerra Mundial, e após a queda da Cortina de Ferro sobre os povos que antes haviam pertencido à coroa imperial.
Posteriormente, renunciando à sua posição de herdeiro ao trono, dedicou sua vida e ação política à construção da União Europeia, como deputado do Parlamento Europeu durante 20 anos e como membro do Partido Popular Europeu, que chegou a presidir.
Nunca ocultou suas convicções católicas nem sua luta a favor do reconhecimento das raízes cristãs da Europa. Seus filhos seguiram seus passos na política europeia.
Em 3 de outubro de 2004, pouco antes da sua própria morte, o Papa João Paulo II beatificou o pai de Otto de Habsburg, o Imperador Carlos, de quem foi sempre admirador.
O Arquiduque Otto e Seu Pai, Beato Carlos da Austria

1 comentário:

Anónimo disse...

Presto a minha homenagem ao Homem que com os seus exemplos, sempre soube dignificar os seus valores Pátrios, tão bem transmitidos aos seus descendentes. Mais que os Títulos, Otto Habsburg, foi um exemplo de simplicidade, humildade e inteligência, que mostrou ao seu País e à Europa uma dedicação ímpar.
O meu Bem Haja, por tudo quanto fez e a sua bondade o ensinou.

Edite Cecília Rodrigues