domingo, 23 de março de 2014

A CONTINUIDADE COMO GARANTIA DE FUTURO


A tradição e a cultura (língua e obras) são os alicerces duma Nação corporizada por um Povo que a herda, administra e projecta para o futuro. O Príncipe, como primus inter pares, encarna os desejos e expectativas da comunidade que representa e de que procede. Estamos no domínio da meta-política que nos concede superar uma concepção meramente administrativa ou aritmética da Coisa Pública. E repare-se como não estamos obrigatoriamente amarrados a uma questão de Fé: para os não crentes numa ordem transcendente, a questão pode ser perspectivada no âmbito da simbologia, dimensão fundamental para a sustentação de um tácito contrato comunitário, a corporização de uma realidade abstracta, a que se confere a harmonia necessária à adesão emotiva.

Nesse sentido, só pode ser causa de grande júbilo a maioridade que S.A.R. Dom Afonso, Príncipe da Beira alcançará no próximo dia 25 de Março. É a promessa da continuidade na direcção dos nossos filhos e netos, duma noção de Pátria que é acima de tudo espaço, tempo e uma alma enorme de 900 anos.

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