sexta-feira, 8 de abril de 2016

FORMAS DE TRATAMENTO

De vez em quando na imprensa com maior peso no mercado, nomeadamente jornais e algumas revistas, além de também vermos o seguinte fenómeno em alguns telejornais, quando falam de Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte Pio João Pedro Miguel Rafael Gabriel de Orleães e Bragança (nome completo), apanhamos com formas de tratamento que deixam muito a desejar.
Coloquei o nome completo do Senhor Dom Duarte de propósito para vermos os erros – que para mim são propositados – na forma como o Herdeiro do Trono de Portugal é tratado.
Muitas vezes vemos desde o simples erro “Dom Duarte Nuno”, à maior aberração possível e que nem em repúblicas mais antigas que a Portuguesa, como a França, se trata um Príncipe, Herdeiro de uma Dinastia que reinou no País: “Duarte Pio”.
Trata-se de uma regra básica de educação, para além do civismo, tratar as pessoas pelo primeiro e último nome, pelo menos!
Se a imprensa, por exemplo, não quisesse utilizar o “Dom” e dizer apenas “Duarte de Bragança”, no mínimo, seria mais correcto, porque efectivamente é o primeiro e o último nome do Senhor Dom Duarte.
Mas, por exemplo, olhando de novo para o exemplo francês, cada vez que Sua Alteza Real o Conde de Paris, Henry d’Orléans vai a um programa de televisão, como um telejornal ou um programa onde é entrevistado, o entrevistador trata-o por “Monseigneur”, aludindo à dignidade natural de se tratar efectivamente de alguém que é descendente, e por isso representa, uma parte da História do País, sendo Príncipe Herdeiro e Representante de uma Casa Real que reinou de facto. Repito, isto acontece em França, um País que é uma República desde a queda do II Império em 1870!
Pelo que, não me venham com “republicanices” a dizerem que o sentimento republicano eventualmente impede de se tratar as pessoas com respeito e dignidade. Qualquer bom republicano percebe que Portugal antes da República já existia e que o actual Herdeiro do Trono de Portugal merece, por ser Representante de uma Herança, de uma História, o respeito devido a alguém da sua condição. Sendo assim, não ficava mal, mesmo a uma imprensa “republicana” (que devia ser neutra nestas e noutras questões!) tratar o Herdeiro do Trono de Portugal, sem erros, e com respeito.
Não é nem “Duarte Pio”, nem “D. Duarte Nuno” – basta aliás estudar a Biografia, lendo, por exemplo, um notável livro entitulado “Dom Duarte e a Democracia” da autoria do Prof. Mendo Henriques, editora Bertrand, lançado em 2006!
E por isso, como Monárquico atento à imprensa, exijo que o Herdeiro do Trono de Portugal seja tratado com dignidade e pelo seu nome, isto é, por Dom Duarte de Bragança, ou e ainda ficava melhor, recordando-me outra vez do exemplo “republicano” francês, O Senhor Dom Duarte de Bragança.
A educação agradece!
David Garcia

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