É curioso que ciclicamente hajam grupos a apoiar uma ideia que já teve o seu curso na pequena história das experiências politicas falhadas.
A ideia da Peninsula Ibérica unida já teve o seu momento entre 1585 e 1640 e nem o constante e abundante fluxo de ouro e movimento de tropas impediu a natural evolução em direcção à divisão.Na verdade foi um desastre politico económico e social que explica em grande parte o que levou os restos daquilo que ainda eram o Reino de Portugal e o seu povo a apoiar e arriscar tudo na Independência pela Restauração.
Basta lembrar as palavras de D. Duarte num comentário à ideia do semanário SOL (de que 30% dos portugueses apoiaria semelhante federação): "isto mostra já a profunda ignorância das consequências de uma pessoa perder a sua Pátria".
Por outras palavras os portugueses que são favoráveis a semelhante projecto ou querem vincar o seu descontentamento afirmando preferir ser espanhois ou por e simplesmente não sabem o que é não ter uma pátria, e se for este o caso é grave porque a História está juncada de povos que pereceram por não terem uma Pátria. Pátria é mais do que o solo que nos sustenta, é também a memória, a identidade e a cultura e estas não são passiveis de anexação, ou sobrevivem ou perecem.
(22 de Agosto de 2009)
A união ibérica, uma ideia que tem feito o seu caminho
«Europa Espanha e Portugal sempre viraram as costas. Algum sonham com uma reaproximação Confederação Ibérica?
A ideia está a ganhar terreno. Isso é reconfortante, mas não se trata de uma unificação da Espanha e de Portugal para a Alemanha, pela simples razão de que os dois vizinhos têm destinos distintos desde meados do século XII - excepto num um parêntesis comum, com Filipe II [Filipe I,II e III], entre 1580 e 1640. Mas o projecto de uma união entre os dois países ibéricos que sempre os afastou tem feito o seu caminho.
Uma prova, um estudo publicado pela Universidade de Salamanca, uma cidade de Castela perto da fronteira com Portugal. Ela mostra que 40% de Portugueses apoiaria semelhante federação, contra apenas um terço dos espanhóis, que são indiferentes a ela, tanto quanto os seus opositores.
Não é tão assim tão mau para os dois vizinhos presos no passado (a fronteira é a mais antiga da Europa), que se ignoram brilhantemente.
Juiz de si mesmo: apenas 1% dos espanhóis vivem em Portugal, contra 2,8% de falantes de Português entre os falantes de espanhol. E, enquanto metade do Portugueses sabe o nome do chefe de Governo espanhol (José Luis Zapatero), não mais que 7% dos espanhóis têm ouvido falar do seu homólogo português, José Sócrates!
Castelhano obrigatório
Ao olhar mais de perto para o estudo, parece que esses estranhos vizinhos ibéricos são favoráveis a uma aproximação. Assim, metade dos Portugueses vê com agrado o castelhano obrigatório nas escolas, dois terços dos espanhóis preferem a eles que a língua de Camões como disciplina opcional.
O estudo sondou a opinião em torno de temas do que seria a substância de uma federação ibérica. Ela mostra que dois em cada três espanhóis (e três de quatro Portugueses) apoia a supressão das restrições à mobilidade dos trabalhadores e das empresas. Composição também é maioritária na homogeneização do sistema fiscal, a fim de melhorar a cooperação judiciária ou militar, para uma reunião trimestral entre os dois governos. Mesmo maioritária, no que se trata de apoiar um Mundial de futebol (talvez 2018), os Jogos Olímpicos ou campeonatos de atletismo
É demasiado cedo para saber se esse sentimento se traduz em iniciativas políticas públicas. Mas agora, os governos podem constatar a ideia de uma união especifica. Em 2006, o semanário Sol em Lisboa indicava que 28% de Portugueses apoiaria uma tal federação, contra 39% hoje.
A maioria deles, que têm uma relação de amor-ódio com o gigante espanhol, visão que se tem tornado cada vez mais confiante contra o vizinho. Mesmo quando nos últimos anos, grandes empresas de Espanha (Zara, a Telefonica, Corte Ingles ...) têm adquirido posições maioritárias em muitos grupos Portugueses. Os espanhóis, no entanto, são menos entusiastas, mas a sua indiferença está a diminuir com o tempo. Por exemplo, na ajuda de Lisboa na luta contra os terroristas da ETA, 87% querem um comando militar e policial unificado.
Então, para quando a lua de mel? A união ibérica pode não ser iminente, mas pelo menos é ilusão. François Musseau, Madrid»
http://realfamiliaportuguesa.blogspot.com/
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Fonte deste texto: http://www.somosportugueses.com/
1 comentário:
É certo que fomos dominados, é este o termo certo, dominados, durante 60 anos por Reis Espanhóis...pelo que aprendi no ensino preparatório, foram 60 anos de servidão total e absoluta por parte dos "Filipes"...o que á certo e sabido, é um grupo de conjurados, souberam acabar com esse domínio castelhano...atenção que nada tenho a dizer conra isso...mas o que também é certo, é que esses mesmos conjurados souberam, e muito bem, mudar o rumo da História para o que somos hoje: independentes!!!União Ibérica??Não, obrigado!!
Vivam os conjurados de 1640...e também, vivam, os conjurados de 2009!!!Bem hajam a todos...estamos muito gratos!!!
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