"ATÉ O REI ÍA AO FADO"
ATÉ O REI ÍA AO FADO - CARLOS MACEDO
Da autoria de Tó Moliças e de Carlos Macedo, que também interpreta este Fado que recorda a figura do Rei Dom Carlos e o seu gosto pela Arte e respeito pela Tradição.
... Fado "Embuçado" é dedicado a Dom Carlos que aprendeu a tocar guitarra e gostava de toiradas e fados.
O fado "Embuçado", da autoria de Gabriel de Oliveira, "é uma homenagem ao Rei que ia muito aos fados e tinha até aprendido a tocar guitarra portuguesa com João Maria dos Anjos", disse à Lusa o fadista Miguel Silva, 91 anos, que conviveu com o poeta, falecido em 1953.
O Gabriel de Oliveira, que ficou conhecido aqui na Mouraria [Lisboa] como “Gabriel, marujo” era um integralista monárquico, e fez o fado para a Natália dos Anjos, que foi sua companheira, cantar, em homenagem ao Rei", disse Miguel Silva.
O tema "Embuçado" tornou-se conhecido na voz de João Ferreira Rosa, que o começou a cantar em 1962, com música de Alcídia Rodrigues, habitualmente designada como "Fado Tradição".
"Quem me deu a letra foi a fadista Márcia Condessa e gravei o fado em 1965, e de facto escolhi pela música do fado Tradição", disse João Ferreia Rosa.
Originalmente, Natália dos Anjos cantava-o na música do "Fado Natália" de autoria de José Marques ‘Piscalarete’.
O musicólogo Rui Vieira Nery afirmou à Lusa "que há de facto essa tradição oral de que o Rei ia aos fados e há documentação relativamente ao facto de ter aprendido a tocar guitarra portuguesa, ainda na juventude, com João Maria dos Anjos".
"Sabe-se que o Rei ia muito a patuscadas, nomeadamente para a Costa de Caparica, e neste contacto com as classes populares era natural haver fado", disse Vieira Nery.
Não há notícia de alguma vez ter tocado guitarra portuguesa em público, adiantou Nery, mas "sabe-se que aplaudiu entusiasticamente o guitarrista Petrolino, quando este actuou na embaixada inglesa em Lisboa, no âmbito da visita de Eduardo VII".
"Sabe-se também que o próprio Rei chegou a convidar o fadista Fortunato Coimbra para cantar no iate Amélia", acrescentou o musicólogo.
Nesta altura, explicou o investigador, começa a tornar-se hábito, fadistas populares serem "expressamente convidados para actuarem nos palácios dos condes de Anadia, de Burnay, de Fontalva, de Pinhel, da Torre ou dos Marqueses de Castelo Melhor para além das casa agrícolas de grandes latifundiários como os Palha Blanco ou Camilo Alves".
O historiador Rui Ramos salientou à Lusa que o gosto de D. Carlos enquadra-se "numa viragem no fim do século XIX em que se revaloriza o que é nosso, a vida rural, as toiradas, o fado, etc."....
O fado "Embuçado", da autoria de Gabriel de Oliveira, "é uma homenagem ao Rei que ia muito aos fados e tinha até aprendido a tocar guitarra portuguesa com João Maria dos Anjos", disse à Lusa o fadista Miguel Silva, 91 anos, que conviveu com o poeta, falecido em 1953.
O Gabriel de Oliveira, que ficou conhecido aqui na Mouraria [Lisboa] como “Gabriel, marujo” era um integralista monárquico, e fez o fado para a Natália dos Anjos, que foi sua companheira, cantar, em homenagem ao Rei", disse Miguel Silva.
O tema "Embuçado" tornou-se conhecido na voz de João Ferreira Rosa, que o começou a cantar em 1962, com música de Alcídia Rodrigues, habitualmente designada como "Fado Tradição".
"Quem me deu a letra foi a fadista Márcia Condessa e gravei o fado em 1965, e de facto escolhi pela música do fado Tradição", disse João Ferreia Rosa.
Originalmente, Natália dos Anjos cantava-o na música do "Fado Natália" de autoria de José Marques ‘Piscalarete’.
O musicólogo Rui Vieira Nery afirmou à Lusa "que há de facto essa tradição oral de que o Rei ia aos fados e há documentação relativamente ao facto de ter aprendido a tocar guitarra portuguesa, ainda na juventude, com João Maria dos Anjos".
"Sabe-se que o Rei ia muito a patuscadas, nomeadamente para a Costa de Caparica, e neste contacto com as classes populares era natural haver fado", disse Vieira Nery.
Não há notícia de alguma vez ter tocado guitarra portuguesa em público, adiantou Nery, mas "sabe-se que aplaudiu entusiasticamente o guitarrista Petrolino, quando este actuou na embaixada inglesa em Lisboa, no âmbito da visita de Eduardo VII".
"Sabe-se também que o próprio Rei chegou a convidar o fadista Fortunato Coimbra para cantar no iate Amélia", acrescentou o musicólogo.
Nesta altura, explicou o investigador, começa a tornar-se hábito, fadistas populares serem "expressamente convidados para actuarem nos palácios dos condes de Anadia, de Burnay, de Fontalva, de Pinhel, da Torre ou dos Marqueses de Castelo Melhor para além das casa agrícolas de grandes latifundiários como os Palha Blanco ou Camilo Alves".
O historiador Rui Ramos salientou à Lusa que o gosto de D. Carlos enquadra-se "numa viragem no fim do século XIX em que se revaloriza o que é nosso, a vida rural, as toiradas, o fado, etc."....
In: Notícia da Lusa/ 28 /01/ 2008, assina Nuno Lopes
Fonte: Blogue fadocravo - http://fadocravo.blogspot.com/ (Clique nas imagens para amliar)
O EMBUÇADO - JOÃO FERREIRA ROSA
ATÉ O REI ÍA AO FADO - CARLOS MACEDO
1 comentário:
Cara Maria,
Muito bom Post.
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