A exposição intitula-se “Fastes et Grandeur des Cours en Europe” ("Fausto e Grandeza nas Cortes Europeias") e decorrerá de 11 de Julho a 11 de Setembro próximos no Espaço Ravel, em Monte Carlo, Principado do Mónaco, comissariada por Catherine Arminjon, conservadora-geral do Património da França.
“Nesta exposição participam várias Casas Reais europeias e de Portugal escolheram o Palácio da Ajuda”, que foi residência real até 1910, disse a directora.
“As nossas colecções, além de serem todas verdadeiras, na medida em que tudo pertenceu e foi escolha da Casa Real e não há acrescentos de bom ou mau gosto, são de excelente qualidade”, sublinhou a responsável.
Para a excelência das colecções do Palácio contribuíram muito as compras da Rainha Maria Pia (mulher de Dom Luís) que “não só adquiriu objectos e peças em todas as partes por onde viajou – França, Itália, Alemanha – como por catálogo”.
Para a excelência das colecções do Palácio contribuíram muito as compras da Rainha Maria Pia (mulher de Dom Luís) que “não só adquiriu objectos e peças em todas as partes por onde viajou – França, Itália, Alemanha – como por catálogo”.
Por catálogo, a Rainha adquiriu “uma extraordinária colecção de pratas americanas, que espantou o próprio Presidente [Ronald] Reagan quando esteve cá”, contou Isabel Silveira Godinho.
Por outro lado, a directora do Palácio salientou que a Rainha tinha um gosto "para os artistas contemporâneos mais arrojados da época".
Relativamente às colecções do Palácio a responsável referiu ainda várias peças de mobiliário, pinturas e tapeçarias do século XVIII, além da baixela Germain.
Por outro lado, a directora do Palácio salientou que a Rainha tinha um gosto "para os artistas contemporâneos mais arrojados da época".
Relativamente às colecções do Palácio a responsável referiu ainda várias peças de mobiliário, pinturas e tapeçarias do século XVIII, além da baixela Germain.
Isabel Silveira Godinho afirmou à Lusa que deverá ser montado em Monte Carlo “um ambiente da corte portuguesa com a maior pompa e circunstância”.
“Vamos mostrar um Portugal rico com a pompa que uma corte no século XIX exigia”, acrescentou.
A directora do PNA afirmou que “há condições para criar este ambiente” e pretende que “a nossa exposição fique no olho do visitante”.
A responsável adiantou que “já houve um primeiro encontro, com um pedido muito alargado e exigente que estão agora a reformular”.
Questionada sobre as normas de segurança, a directora afirmou serem as máximas e as que jamais viu. “É um edifício específico para estes acontecimentos e que tem as condições máximas de segurança que jamais vi”, declarou Isabel Silveira Godinho.
O Fórum Grimaldi apresenta esta exposição como uma “volta à Europa inédita que faz luz sobre soberanos como os Imperadores da Áustria, Francisco José e Sissi, os Reis da Espanha Filipe V e Isabel Farnésio, o Imperador Napoleão e Josefina, assim como a corte monegasca até ao reinado de Rainier III (1949-2005), entre outros.
O Palácio Real da Ajuda foi idealizado por D. João VI que do Rio de Janeiro enviou sugestões para a decoração. Porém, Isabel Silveira Godinho afirmou que foi o casal real Dom Luís e Dona Maria Pia aquele que “moldou o palácio e o tornou a sua marca”.
(ES) - 18-12-2010
Fonte: Jornal HARDMUSICA
6 comentários:
A última vez que o Palácio da Ajuda emprestou alguma coisa, o resultado foi o que se viu: perda de peças de valor incalculável (tanto a nível monetário como a nível histórico). Será que não aprenderam a lição?
Por outro lado mais uma vez se verifica que quando Portugal quer mostrar algo verdadeiramente bom, tem de recorrer ao que a monarquia e os antigos Reis deixaram!
Esperemos que não voltem a "desaparecer" peças irrecuperáveis. O Estado devia mandar reproduzir a joalharia destinada a sair do país para qualquer tipo de exposição. As autênticas devem permanecer em Portugal. Sinceramente, ainda me parece estranha, essa "estória" holandesa.
Pois, espero que não se repita a mesma "cena" como na Holanda... e que Deus me perdoe acho que está "corja republicana" portuguesa metida no assunto....
Peregrino, isso é no Reino Unido, isto aqui é terra queimada!!!
Sim, são países diferentes mas se por cá se deixam influenciar pelos maus exemplos, não se poderiam deixar influenciar pelos bons exemplos também?
Claro que sim, Peregrino! Mas Portugal deixa-se influenciar pelos bons e maus exemplos, mas mais pelos maus. Talvez queira dar-se bem com o diabo e com os anjos...
Que povo este!!!
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