Aqui
tenho dito e repetido vezes sem conta: Portugal tem uma solução alternativa
clara ao regime que nos trouxe à humilhação, à fome e à insignificância;
Portugal tem os meios de que necessita para regressar de cabeça erguida ao
concerto das nações; não precisamos de teorizar nem de think tanks do rotundo
intelectualismo; nada há a pensar fora das coordenadas daquelas que foram,
desde sempre, as constantes e linhas de acção e sentimento da nação portuguesa.
Para quem, minimamente habilitado e experiente na análise histórica, se atrever
perder o medo, a resposta é muito simples, tão simples que surge como uma
evidência: monarquia.
Persistem
uns quantos retardatários em pedir calma e paciência, contando com uma menos
que provável recuperação do sonho Europeu, sonho que não passa disso: ilusão. A
Europa tábua-de-salvação, a Europa maná e cornucópia, essa morreu há dois ou
três anos. De agora em diante, vingança das nações, será cada um por si. A
fórmula europeia já não se discute, pois a Europa contra as nações,
descerebrada, envergonhada de si, a que perdeu o orgulho e se refugiou na
reforma dourada da velhice cobarde - pronta a tudo ceder e mutilar-se a
vergonhosos extremos de humilhação - essa acabará dentro de dois ou três anos.
Ou não viram, meus caros amigos, como cheios de cautelas, nos estão já a
preparar para o triunfo de Marine Le Pen em França, para o triunfo das direitas
nacionalistas nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, para a mais que
certa saída do Reino Unido da União, a tal que de união só leva o nome ?
Ainda
há tempo. Ao ler a clarividente entrevista de SAR
o Senhor Duarte a um jornal de Macau, no decurso de uma
viagem que está a realizar pelo Extremo-Oriente - fazendo o que os nossos
pobres diplomatas não sabem, não querem nem podem fazer - só me posso
perguntar:
-
Por que raio mantêm os donos do país o espesso manto da censura, a sistemática
desinformação, o escamoteamento da evidência em torno da questão de uma mudança
de regime que tornasse possível garantir a liberdade, sabendo que ao fatídico e
já irreversível colapso desta III República sucederá uma ditadura?
Fonte:COMBUSTÕES
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