REI DOM LUIZ I OFERECE CANDEEIROS À C.M.L. - (OUTUBRO DE 1878)
A inauguração da iluminação pública eléctrica na cidade de Lisboa deu-se em Outubro de 1878, quando o Rei Dom Luiz ofereceu à Câmara Municipal seis candeeiros de lâmpadas de arco tipo Jablochkoff, que tinham sido usados pela primeira vez, a 28 de Setembro desse ano, na Cidadela de Cascais, por ocasião das festas de aniversário do Príncipe Dom Carlos.
As lâmpadas eram iguais às que iluminavam, na altura, a praça do Teatro da Ópera em Paris e o Rei deu ordens para a compra de seis lâmpadas desse tipo, para serem experimentadas em Portugal, cuja iluminação pública e particular, na época, era feita a gás pela Companhia de Gaz Lisbonense. Os referidos candeeiros eléctricos foram instalados em Lisboa na rua dos Mártires, no Chiado, no Largo das Duas Igrejas e na varanda do Hotel Gibraltar, que estava situado na actual rua Serpa Pinto. Após esta experiência, a novidade da instalação eléctrica não se impôs logo na cidade, porque a sua expansão implicava muitos custos e a autarquia não estava preparada para esse encargo e porque as relações entre a Câmara e a Companhia de Gás Lisbonense não eram as mais pacíficas e obedeciam a um contrato de fornecimento de gás que só viria a expirar em 1880. A resistência à imposição da luz eléctrica perdurou até 1887, a Lisbonense argumentava ser necessária prudência e observação da nova energia, para além dos custos no encargo com a aquisição de nova maquinaria, no complicado sistema de concessões necessárias a realizar com a Câmara e porque a rede de gás se tinha expandido recentemente para zonas como Belém e Olivais. Devido à dificuldade que existia com a companhia Lisbonense, em Outubro de 1887, a Câmara Municipal de Lisboa celebrou com a empresa belga S.A. d’Eclairage du Centre o contrato por 30 anos de fornecimento de gás à cidade, com a condição de que a iluminação na Av. da Liberdade e na Praça dos Restauradores fosse eléctrica, pagando o mesmo preço que pagaria se esta fosse a gás. Nesse mesmo ano, esta empresa que tomou o nome de S.A. Gaz de Lisboa, instalou em Belém uma fábrica de gás, expandiu a rede de canalizações e colocou milhares de candeeiros na cidade, dando início a uma verdadeira expansão no campo da iluminação pública e preparando o território para a imposição da electricidade.
Finalmente, em Maio de 1889, a iluminação eléctrica é instalada em definitivo no Chiado, Rua do Ouro, Raça Dom Pedro IV, do Município e dos Restauradores e na Avenida da Liberdade, movimentando as famílias e a circulação das pessoas pela zona nobre da baixa, atraídas pela novidade e pelo progresso, tecendo-se comparações com a moderna cidade de Paris. Era o fim da lamparina como se apregoava nas ruas de Lisboa.
A 10 de Junho de 1891, a veterana Lisbonense é agregada à S.A. Gaz de Lisboa e constituiu-se a CRGE, Companhias Reunidas Gaz e Electricidade, que durante 75 anos vão progressivamente desenvolver e expandir a electricidade em Lisboa quer na iluminação particular quer na iluminação pública, onde e aqui o último candeeiro a gás foi “apagado” em 1965.
As lâmpadas eram iguais às que iluminavam, na altura, a praça do Teatro da Ópera em Paris e o Rei deu ordens para a compra de seis lâmpadas desse tipo, para serem experimentadas em Portugal, cuja iluminação pública e particular, na época, era feita a gás pela Companhia de Gaz Lisbonense. Os referidos candeeiros eléctricos foram instalados em Lisboa na rua dos Mártires, no Chiado, no Largo das Duas Igrejas e na varanda do Hotel Gibraltar, que estava situado na actual rua Serpa Pinto. Após esta experiência, a novidade da instalação eléctrica não se impôs logo na cidade, porque a sua expansão implicava muitos custos e a autarquia não estava preparada para esse encargo e porque as relações entre a Câmara e a Companhia de Gás Lisbonense não eram as mais pacíficas e obedeciam a um contrato de fornecimento de gás que só viria a expirar em 1880. A resistência à imposição da luz eléctrica perdurou até 1887, a Lisbonense argumentava ser necessária prudência e observação da nova energia, para além dos custos no encargo com a aquisição de nova maquinaria, no complicado sistema de concessões necessárias a realizar com a Câmara e porque a rede de gás se tinha expandido recentemente para zonas como Belém e Olivais. Devido à dificuldade que existia com a companhia Lisbonense, em Outubro de 1887, a Câmara Municipal de Lisboa celebrou com a empresa belga S.A. d’Eclairage du Centre o contrato por 30 anos de fornecimento de gás à cidade, com a condição de que a iluminação na Av. da Liberdade e na Praça dos Restauradores fosse eléctrica, pagando o mesmo preço que pagaria se esta fosse a gás. Nesse mesmo ano, esta empresa que tomou o nome de S.A. Gaz de Lisboa, instalou em Belém uma fábrica de gás, expandiu a rede de canalizações e colocou milhares de candeeiros na cidade, dando início a uma verdadeira expansão no campo da iluminação pública e preparando o território para a imposição da electricidade.
Finalmente, em Maio de 1889, a iluminação eléctrica é instalada em definitivo no Chiado, Rua do Ouro, Raça Dom Pedro IV, do Município e dos Restauradores e na Avenida da Liberdade, movimentando as famílias e a circulação das pessoas pela zona nobre da baixa, atraídas pela novidade e pelo progresso, tecendo-se comparações com a moderna cidade de Paris. Era o fim da lamparina como se apregoava nas ruas de Lisboa.
A 10 de Junho de 1891, a veterana Lisbonense é agregada à S.A. Gaz de Lisboa e constituiu-se a CRGE, Companhias Reunidas Gaz e Electricidade, que durante 75 anos vão progressivamente desenvolver e expandir a electricidade em Lisboa quer na iluminação particular quer na iluminação pública, onde e aqui o último candeeiro a gás foi “apagado” em 1965.
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