HISTÓRIA
As crónicas mais remotas sobre Montalvão prendem-se talvez nos visigodos, segundo alguns estudiosos, mais seguramente os mouros. Terão este construído no estratégico monte a sua primeira fortificação. Ibn Máruan, ligado à história de Marvão, pode ter sido o responsável pela construção.
Foi Montalvão doada aos templários de D. Afonso Henriques em 1165, no tempo da conquista cristã dessas terras. Passou depois para a posse da Ordem de Cristo depois da expulsão dos Templários, em 1315, tendo recebido privilégios em 1449, da parte de D. Afonso V, depois ampliados nas cortes de Lisboa de 1459.
A quando das guerras travadas entre este rei e o de Castela, de 1475 a 1478, Montalvão foi violentamente atacada e em parte destruída, apesar das fortificações e muralhas que D. Dinis muito fizera valorizar, a partir dos antigos vestígios.
Em 1512 recebeu foral da parte de D. Manuel I, tornando-se sede de concelho, estatuto que manteve até 1834.
A inquisição, pelos meados do século XVI, fez sentir a sua sinistra acção entre os habitantes de Montalvão.
Inicialmente pertencente ao Bispado da Guarda, Montalvão tornou-se parte integrante do novo Bispado de Portalegre, a quando da sua instituição em 1542, por Bula Do Papa Paulo III.
Dada a sua estratégica situação, foram estas terras e fortificações duramente postas à prova durante a Guerra da Restauração, sobretudo de 1641 a 1646. Mais tarde, no inicio do século XVIII, e também a propósito de outras guerras contra os vizinhos espanhóis, novamente Montalvão seria envolvida nas contendas fronteiriças.
Uma tranquila pausa de quase cem anos foi interrompida pelas invasões napoleónicas e por uma sua sequela, a Guerra das Laranjas. Ficou histórica a heróica resistência de Montalvão, ocorrida a 3 de Junho de 1801.
A quando da extinção das Ordens Religiosas, nos tempos do ministro castelo-vidense Mouzinho da Silveira, muitas terras e baldios de Montalvão passaram para a posse de particulares.
Associação Vamos à Vila
Sem comentários:
Enviar um comentário