domingo, 11 de julho de 2010

PALÁCIO DE ALCÁÇOVAS
Existe em Alcáçovas (Viana do Alentejo) um palácio que apesar de ter uma enorme importância arquitectónica e histórica para Portugal, mas que apesar disso encontra-se abandonado e a necessitar de urgentes obras de requalificação.
Alcáçovas foi terra real, ou seja, foi vila pertencente à Coroa Portuguesa e como tal possuiu castelo e palácio que foi palco de grandes cerimónias, de que se destacam os casamentos das Infantas netas de D. João I e de Nuno Álvares Pereira, de D. Isabel com o Rei de Castela D. João II e de D. Beatriz com o Infante D. Fernando.
D. João II fez do palácio de Alcáçovas, a sua residência e foi neste edifício que o tratado de Alcáçovas (1479) foi assinado entre os Portugueses e Castelhanos, assistindo assim à primeira divisão do mundo.
José Hermano Saraiva refere que “o Palácio é um dos mais importantes cenários históricos da nossa história”.
Em toda a sua história, o palácio acolheu D. Dinis, a Rainha Santa Isabel, D. Nuno Álvares Pereira (Santo Condestável), o Duque de Bragança neto do Condestável, o Marquês de Montemor, D. João II e D. Fernando Henriques, o Castelhano que apoiou os Portugueses na guerra contra Castela.
É verdadeiramente uma jóia prima da arquitectura portuguesa e um marco histórico lusitano e do mundo, pois aqui se definiram os destinos do Mundo na época das Descobertas.
Penso que é uma vergonha o estado a que o edifício chegou, tendo possibilidades para acolher um conceituado museu, e que poderia potencializar a região do Alentejo, mas que até ao momento não se verifica.
Tenho efectivamente pena, mas tal como José Hermano Saraiva, espero que o Estado Português desperte para a situação de Alcáçovas.

4 comentários:

Presépio no Canal disse...

Que vergonha! Boa denuncia!

Maria Menezes disse...

Isto está tudo a saque! Gastam tanto dinheiro inultimente e o nosso património está cada vez mais arruinado!!!

Nuno Castelo-Branco disse...

Ai sim? Então dê uma vista de olhos ao Paço de Caxias...

Unknown disse...

Mas porque é que a Fundação da Casa de Bragança não mete"mãos à obra" e inicia um processo de reabilitação com ajuda do público em geral?