A sobrevivência de qualquer comunidade, da mais circunscrita como a família, à mais alargada como o caso duma Nação depende, de entre outros factores, de uma cultura de serviço e altruísmo, ou noutra palavra, de “amor”. É sobre esta perspectiva que eu descreio profundamente na viabilidade duma Pátria sustentada em contas de mercearia, na disputa de interesses individuais ou corporativos, assente numa cultura de conflito permanente com a sua História, na desconstrução sistemática dos seus símbolos e tradições. Atingida a Idade do sacrossanto indivíduo, democratizado o hedonismo, o grande desafio da democracia, para a sua própria sobrevivência, é a restauração da mística desse “amor”, cimento último de qualquer tribo. Reduzidos por estes dias à figura de Consumidores, com existência circunscrita às estatísticas e sondagens, para toda a sorte de duvidosos interesses, tal metamorfose só será possível através duma inspiradora metapolítica que nos resgate uma causa comum, para voltarmos de novo a ser um Povo.
2 comentários:
...é preciso,falar bem alto e dizer que acima de Tudo está o respeito pelo Outro,...esse Outro tantas vezes desconhecido das realidades dos programas eleitorais...Esse Amor ao Outro,a humildade de se colocar no lugar do Outro,...e a Coragem de sentir que Esse Outro,muitas vezes só Quer,o Maior de todos os direitos,RESPEITO.
Com poucas palavras está aí um valioso concentrado tanto dos males que aflijem muitas nações modernas, como da esperança maior que foi, é e sempre será a solução monarquista para o resgate da dignidade popular.
Um grande abraço.
Philippe Meilhac
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