terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

PERFIL DE D. NUNO ÁLVARES PEREIRA
Nasceu em 1360, tendo falecido em 1431. Filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira, entrou aos 13 anos na corte de D. Fernando (rei de 1367 a 1383) como pajem da rainha D. Leonor de Teles. Destacando-se logo em jovem num ataque dos castelhanos a Lisboa, for armado cavaleiro.
A morte do rei criou a crise dinástica, com a possibilidade da coroação de D. João de Castela como rei de Portugal. Um partido nacionalista reuniu-se à volta do mestre da Ordem de Avis, D. João, irmão do rei D. Fernando, que o povo de Lisboa elevou a regedor e defensor do reino. D. Nuno é chamado pelo Mestre para o Conselho de Governo.
Em breve lhe foi entregue o cargo de fronteiro de entre Tejo e Guadiana. Usando tácticas inspiradas na Guerra dos Cem Anos, o fronteiro venceu os Castelhanos a 6 de Abril de 1384, em Atoleiros. Na batalha, Nuno Álvares Pereira conseguiu, com um bando de camponeses, derrotar um forte corpo de cavalaria castelhana. A partir da vitória dos Atoleiros, Nuno Álvares transformou-se num herói popular e conseguiu mobilizar toda a força da revolta camponesa para a defesa da causa do Mestre de Avis. Precisamente um ano depois, este foi aclamado rei D. João I (rei de 1385 a 1433) em Coimbra e no dia seguinte D. Nuno foi nomeado o Condestável do Reino.
Conquistou o Minho para a causa e, depois da vitória de Trancoso em Maio ou Junho, cortou a avançada castelhana com a memorável Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385. As forças portuguesas, dispostas em quadrado, aguentaram o assalto da cavalaria feudal e infligiram-lhe uma derrota que teve consequências políticas definitivas. A realeza do Mestre e a independência portuguesa foram a partir de então factos irreversíveis.
A seguir à crise de 1383-85, o Condestável ficara dono de quase meio país. Quando se estabeleceu a paz, quis entregar uma parte do que recebera aos que mais o tinham ajudado, fazendo-os seus vassalos. O rei não o permitiu e fez recolher ao património da coroa as terras doadas. Depois negociou o casamento de um seu filho bastardo com a filha única de Nuno Álvares; a imensa fortuna do herói voltou assim ao controlo da coroa e foi origem da Casa de Bragança.
Assegurado o reino, Nuno Álvares começou a dedicar-se a outras obras. Mandou construir a Capela de São Jorge de Aljubarrota em Outubro de 1388 e o Convento do Carmo em Lisboa, terminado em Julho de 1389 e onde entraram em 1397 os Frades Carmelitas. Dedicou em Vila Viçosa uma capela à Virgem para a qual mandou vir de Inglaterra uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que 250 anos depois seria proclamada Rainha de Portugal.
A morte da filha, D. Beatriz, em 1414, cortou o último laço com o mundo, e abriu o desejo da clausura. Ainda participou na expedição a Ceuta de 1415, primeiro passo da gesta ultramarina portuguesa, onde o seu valor ficou de novo marcado. Mas em breve olharia para outras fronteiras. Em 1422, distribuiu os títulos e propriedades pelos netos, e a 15 de Agosto de 1423, festa da Assunção, aniversário do seu casamento e dia seguinte ao da Batalha de Aljubarrota, professou no Convento do Carmo.
Frei Nuno de Santa Maria foi um humilde frade, que viveu em oração, penitência e caridade, pedindo esmola pelas casas durante mais de sete anos. Morreu na sua pobre cela, rodeado do rei e dos príncipes.
Foi beatificado pelo Papa Bento XV a 23 de Janeiro de 1918. Padroeiro secundário do Patriarcado de Lisboa, a sua Memória (Festa na Ordem Carmelita, na Ordem dos Carmelitas Descalços e na Sociedade Missionária da Boa Nova) é liturgicamente assinalada a 6 de Novembro.
A 3 de Julho de 2008, Bento XVI autorizou a promulgação de dois decretos que reconhecem um milagre do Beato, abrindo as portas à sua canonização.
Texto - João César das Neves, in “Os Santos de Portugal”, Lucerna; José Hermano Saraiva, in “História Concisa de Portugal”, Europa-América. - http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=23&SubSubAreaId=47&ContentId=277692
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UMA ORAÇÃO AO BEATO NUNO DE SANTA MARIA

Senhor nosso Deus, que destes ao bem-aventurado Nuno de Santa Maria a graça de combater o bom combate e o tornaste exímio vencedor de si mesmo, concedei aos vossos servos que, dominando como ele as seduções do mundo, com ele vivam para sempre na pátria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

Novena do Beato Nuno: http://www.ordem-do-carmo.pt/content/view/23/33/

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Temos experimentado na nossa vida diária, a fidelidade de Deus em resposta a nossa fidelidade através da oração, pois este é nosso único refúgio diante das angústias do mundo! Vemos o quanto Deus opera a Sua vontade em nossas vidas, realizando providências, curas, milagres e prodígios, situações consideradas impossíveis aos olhos humanos. Mas esta é a resposta de Deus e do seu Eterno Amor por cada um de nós. Acreditem no poder da oração! A força da oração está na força interior de quem a eleva e na pureza das intenções. Vamos pedir ao Santo Condestável que interceda por nós, Monárquicos, que há 100 anos lutamos para a restauração da Monarquia em Portugal e que nos conceda a graça de nos dar um Rei na terra. Neste caso, que ajude S.A.R., O Senhor Dom Duarte de Bragança a ocupar o Trono de Portugal que continua vazio à Sua espera!

Bem haja!

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