Em 23 de Maio de 1179, o Papa Alexandre III, através da Bula Manifestis Probatum, reconhece como ‘Rex Portucalensis’– Rei de Portugal – El-Rei Dom Afonso Henriques, então com 70 anos de idade e 51 de governação (pois Portugal tinha ganho a sua Independência e soberania enquanto Estado no 5 de Outubro de 1143).
Na Bula acima referida, o Papa ao aceitar que Dom Afonso Henriques lhe preste vassalagem directa, reconhece não só, definitivamente, a independência do Reino de Portugal, como o Rei de Portugal fica livre de prestar vassalagem ao Rei de Leão e Castela, Imperador de toda a Espanha, porque nenhum vassalo podia ter dois senhores directos.
‘Alexandre III Bispo de Roma e Servo de Deus, ao Caríssimo Afonso, Ilustre Rei dos Portugueses, e aos seus herdeiros, para sempre.
Com claros argumentos está provado que tu, intrépido extirpador dos inimigos do Nome de Cristo e diligente propagador da Fé Cristã, pelo esforço da guerra e por acções de cavalaria, tens prestado multíssimos serviços à tua Mãe, a Sacrossanta Igreja, como bom filho e Príncipe católico, assim deixando aos vindouros nome digno de memória e exemplo a imitar. Deve a Santa Sé amara com sincero afecto os que a Providência Divina escolheu para governo e salvação do Povo, sendo tu Afonso, pessoa ornada de prudência, particularmente dotada de justiça e idónea para reger o Povo. Por isso tomamos a tua pessoa sob a protecção de S. Pedro e nossa e concedemos e confirmamos o teu domínio sobre o Reino de Portugal, com inteiras honras de Reino e com a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que arrancares aos muçulmanos.
Alexander Episcopus’
Estava, assim, reconhecido Dom Afonso I Henriques como Rei de Portugal, o Seu direito às conquistas e estabelecida a independência do Reino sob a protecção de Roma.
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
Sem comentários:
Enviar um comentário