UMA RAINHA COM CAUSAS NUM PAÍS EM TUMULTO (1)
(...) Em Abril de 1892, na sequência de um temportal destruidor que vitima em plena faina mais de uma centena de pescadores, é por esforço da Rainha que se cria o Real Instituto de Socorros a Náufragos. A 4 de Julho desse mesmo ano, o Papa Leão XIII outorgaria a Rosa de Ouro à Rainha Dona Amélia.
Nada havia de sólido no país em matéria de socorros a naufragos. A costa marítima portuguesa, a mais ocidental da Europa, extensa e mal provida de faróis, criara fama de perigosa entre a marinharia internacioal que apelidara de «Costa Negra». Os portos de Lisboa e do Porto concentravam a maioria da navegação e os náufragos eram frequentes. A única iniciativa estruturada de socorro fora instituída na Foz do Douro, em finais da década de 1830, com a Real Casa de Asilo dos Náufragos, que servia à recolha dos salva-vidas.
A própria Rainha Dona Amélia vem a envolver-se numa acção pessoal de salvamento, quando, a 30 de Outubro de 1900, passeando na praia do peixe em Cascais, vê que a rebentação virara uma lancha e que esta, ao tombar, ferira e prenderia o seu tripulante, que se debatia com as ondas. Sem hesitar, a Rainha lança-se à àgua e ajuda a resgatar o aflito pescador. A imprensa faz eco do acontecimento e Dom Carlos propõe condecorar a Rainha pela Sua abnegação, mas esta recusa. Informações dos diplomatas creditados em Lisboa estariam na origem de outras condecorações que lhe seriam atribuídas, pelo mesmo feito, pelo Imperador da Alemanha, Guilherme II e pelo Rei da Suécia, Gustavo V.
A própria Rainha Dona Amélia vem a envolver-se numa acção pessoal de salvamento, quando, a 30 de Outubro de 1900, passeando na praia do peixe em Cascais, vê que a rebentação virara uma lancha e que esta, ao tombar, ferira e prenderia o seu tripulante, que se debatia com as ondas. Sem hesitar, a Rainha lança-se à àgua e ajuda a resgatar o aflito pescador. A imprensa faz eco do acontecimento e Dom Carlos propõe condecorar a Rainha pela Sua abnegação, mas esta recusa. Informações dos diplomatas creditados em Lisboa estariam na origem de outras condecorações que lhe seriam atribuídas, pelo mesmo feito, pelo Imperador da Alemanha, Guilherme II e pelo Rei da Suécia, Gustavo V.
Texto e imagens de Eduardo Nobre
Real Instituto de Socorros a Náufragos - Paço D'Arcos
6 comentários:
Que história!
A Rainha Dona Amélia não era madrinha de Dom Duarte?
Dionatan da Silveira Cunha
Sim S.A.R., Dom Duarte era afilhado de Baptismo da Rainha Dona Amélia e o padrinho, o Papa Pio XII.
Está anunciado no blogue na coluna da direita.
Saudações!
Perdoe-me a distração Sra. Maria.
Quem são os padrinhos de casamento de S.A.R., Dom Duarte? Sabe me dizer se S.A.I.R. Dom Luiz esteve no consórcio?
Obrigado.
Dionatan da Silveira Cunha
D. Amélia. A minha favorita entre todas. Tinha qualquer coisa de mágico.
Boa noite.
De facto,meu caro Nuno, esta grande senhora tinha qualquer coisa de mágico...faltam-me as palavras pra descrever esta grande senhora...marcou, e continuas a marcar várias gerações...foi uma senhora que deu muito de si a este país, mas também foi uma senhora cravejada pela injustiça e pela infelicidade...morreu no exílio, na sua França natal, mas, que ao morrer disse: "Morro em França, mas por favor levem-me para o meu querido Portugal..."sem dúvida, pra mim, foi uma grande Raínha, uma grande mulher, e uma grande mãe...viu morrer o seu amado filho, o Príncipe Real Dom Luís Filipe, barbaramente assassinado pela corja republicana...o seu filho que tanto amava...imagino o que esta senhora terá sofrido...viu morrer o seu filho mais novo, El Rei Dom Manuel II...enfim, uma série de tragédias que esta grande senhora assistiu, mas, que nunca se vergou...sem mais palvaras...esteja onde estiver, Senhora Raínha Dona Amélia, está presente diariamente nos corações de milhares de portugeses...
Saudades grande Dona Amélia...
Paz à sua alma
Rainha Dona Amélia, a minha Rainha favorita, pela sua grandeza de sentimentos e em tudo! Uma Senhora! Uma grande Rainha! Até antes de morrer também foi ao pronunciar estas palavras: "Quero bem a todos os Portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal". Só esta frase depois de tudo o que passou foi duma nobreza de sentimentos que até me dá arrepios!!!
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