RAINHA SANTA ISABEL - 4 DE JULHO DE 1336
D. Isabel de Aragão, filha de Pedro III de Aragão e de D. Constança de Navarra, e neta de Jaime I, o Conquistador, terá nascido em Saragoça por volta de 1270 e morrido em Estremoz no dia 4 de Julho de 1336.
Foi Rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Dinis, tendo ficado conhecida por Rainha Santa Isabel.
Desde nova mostrou tendência para a meditação e solidão, rezas e jejuns. Entre os seus pretendentes contavam-se Eduardo I de Inglaterra, Roberto de Anjou e D. Dinis de Portugal. Foi este quem o seu pai escolheu pois oferecia-lhe desde logo um trono. O contrato de casamento foi concertado em 24 de Abril de 1281 e tinha a particularidade de ser o primeiro celebrado em Portugal com escritura antenupcial, segundo o direito romano. Por ele, a nova rainha recebeu Óbidos, Abrantes, Porto de Mós com todas as suas rendas, e ainda 12 castelos. O seu pai, por seu turno, dotou-a com 10 mil maravedis e jóias. Ficou célebre o cortejo que acompanhou a nova rainha a Portugal depois do casamento, realizado por procuração na cidade de Barcelona em 1288. De Bragança, onde era aguardada pelo infante D. Afonso, a comitiva, onde se incorporavam nobres portugueses, seguiu para Trancoso onde D. Dinis a esperava e onde, a 24 de Junho, se realizou a cerimónia de casamento que os cronistas celebrizaram.
Em 1304 regressou à sua terra natal quando D. Dinis aí teve de se deslocar como medianeiro do conflito entre Fernando IV de Castela e Jaime II de Aragão. Também em Portugal era constante a sua presença junto do marido nas deslocações que este fazia pelo reino; esse facto trouxe-lhe grande popularidade junto do povo, pois nessas alturas dava esmolas aos pobres, a raparigas pobres e distribuía alimentos. Não se alheou dos problemas políticos nacionais, interferindo na guerra civil que opôs o rei ao príncipe herdeiro D. Afonso; acusada pelo marido de favorecer os interesses do filho foi mandada sob custódia para Alenquer. No entanto, continuou a interessar-se pelo problema e foi por sua influência directa que se assinou a paz de 1322; no ano seguinte evita o reacender da luta colocando-se entre os exércitos preparados para a batalha. Depois da morte de D. Dinis (1325) recolheu-se nos Paços de Santa Ana, junto a Santa Clara de Coimbra.
Até à sua morte promoveu uma série de obras pias fundando ou ajudando à fundação de hospitais (Coimbra, Santarém, Leiria), asilos e albergarias (Leiria, Odivelas), mosteiros, capelas (Convento da Trindade em Lisboa, claustro em Alcobaça, capelas em Leiria e Óbidos). Deixou em testamento grandes legados a muitas destas instituições. Foi sepultada por sua vontade no Convento de Santa Clara e, no século XVII, o seu corpo foi trasladado para o novo mosteiro fundado por D. João IV em substituição do antigo, ameaçado pelas águas do Mondego, e depositada num cofre de prata e cristal.
O povo, desde cedo, considerou-a santa, atribuindo-lhe inúmeros milagres. A pedido de D. Manuel I, foi beatificada por Leão X (15-4-1516) e, em 1625, foi canonizada por Urbano VIII.
D. Isabel de Aragão, filha de Pedro III de Aragão e de D. Constança de Navarra, e neta de Jaime I, o Conquistador, terá nascido em Saragoça por volta de 1270 e morrido em Estremoz no dia 4 de Julho de 1336.
Foi Rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Dinis, tendo ficado conhecida por Rainha Santa Isabel.
Desde nova mostrou tendência para a meditação e solidão, rezas e jejuns. Entre os seus pretendentes contavam-se Eduardo I de Inglaterra, Roberto de Anjou e D. Dinis de Portugal. Foi este quem o seu pai escolheu pois oferecia-lhe desde logo um trono. O contrato de casamento foi concertado em 24 de Abril de 1281 e tinha a particularidade de ser o primeiro celebrado em Portugal com escritura antenupcial, segundo o direito romano. Por ele, a nova rainha recebeu Óbidos, Abrantes, Porto de Mós com todas as suas rendas, e ainda 12 castelos. O seu pai, por seu turno, dotou-a com 10 mil maravedis e jóias. Ficou célebre o cortejo que acompanhou a nova rainha a Portugal depois do casamento, realizado por procuração na cidade de Barcelona em 1288. De Bragança, onde era aguardada pelo infante D. Afonso, a comitiva, onde se incorporavam nobres portugueses, seguiu para Trancoso onde D. Dinis a esperava e onde, a 24 de Junho, se realizou a cerimónia de casamento que os cronistas celebrizaram.
Em 1304 regressou à sua terra natal quando D. Dinis aí teve de se deslocar como medianeiro do conflito entre Fernando IV de Castela e Jaime II de Aragão. Também em Portugal era constante a sua presença junto do marido nas deslocações que este fazia pelo reino; esse facto trouxe-lhe grande popularidade junto do povo, pois nessas alturas dava esmolas aos pobres, a raparigas pobres e distribuía alimentos. Não se alheou dos problemas políticos nacionais, interferindo na guerra civil que opôs o rei ao príncipe herdeiro D. Afonso; acusada pelo marido de favorecer os interesses do filho foi mandada sob custódia para Alenquer. No entanto, continuou a interessar-se pelo problema e foi por sua influência directa que se assinou a paz de 1322; no ano seguinte evita o reacender da luta colocando-se entre os exércitos preparados para a batalha. Depois da morte de D. Dinis (1325) recolheu-se nos Paços de Santa Ana, junto a Santa Clara de Coimbra.
Até à sua morte promoveu uma série de obras pias fundando ou ajudando à fundação de hospitais (Coimbra, Santarém, Leiria), asilos e albergarias (Leiria, Odivelas), mosteiros, capelas (Convento da Trindade em Lisboa, claustro em Alcobaça, capelas em Leiria e Óbidos). Deixou em testamento grandes legados a muitas destas instituições. Foi sepultada por sua vontade no Convento de Santa Clara e, no século XVII, o seu corpo foi trasladado para o novo mosteiro fundado por D. João IV em substituição do antigo, ameaçado pelas águas do Mondego, e depositada num cofre de prata e cristal.
O povo, desde cedo, considerou-a santa, atribuindo-lhe inúmeros milagres. A pedido de D. Manuel I, foi beatificada por Leão X (15-4-1516) e, em 1625, foi canonizada por Urbano VIII.
-------------------------
A verdadeira lenda do milagre das rosas é muito conhecida e uma das mais belas lendas religiosas. Serve de base a esta que escrevi, sem que se possa considerar uma nova versão, não devendo sequer ser comparadas. Pretendo apenas contar uma estória com algum humor.Nessa manhã a rainha Dona Isabel tinha distribuído pão e algum dinheiro pelos pobres, como era seu hábito, aproveitando a ausência de seu marido, o Rei D. Dinis. regressava ao palácio, depois da sua benfeitora visita.Dona Isabel caminhou para o palácio e estava já a chegar, quando para lá se dirigia também um cavaleiro. Rapidamente alcançou a rainha. Era D. Dinis que regressava de Leiria.
Ele tinha proibido a rainha de dar esmolas aos pobres, mas sempre desconfiou que ela o fazia quando ele se ausentava e, agora vendo o volumoso regaço achou que a tinha apanhado em flagrante. Provavelmente levaria pão e algumas moedas, pensava ele. Perguntou-lhe:
“- Que levais no regaço, minha mui nobre esposa?
- São rosas, senhor, são rosas. – Respondeu a rainha, deixando o rei irado, já com a certeza da desobediência da rainha. Era impossível haver rosas naquela época do ano.
- Podeis mostrar-me essas rosas de Janeiro? – Perguntou D. Dinis ironicamente.
- Se só vendo acreditais na minha palavra... – Dizendo isto abriu o regaço e surgiram as lindas rosas, que deixaram o rei, incrédulo, a exclamar:
- Milagre! Milagre! Em Janeiro não há rosas, só pode ser um milagre. Milagre!
A verdadeira lenda do milagre das rosas é muito conhecida e uma das mais belas lendas religiosas. Serve de base a esta que escrevi, sem que se possa considerar uma nova versão, não devendo sequer ser comparadas. Pretendo apenas contar uma estória com algum humor.Nessa manhã a rainha Dona Isabel tinha distribuído pão e algum dinheiro pelos pobres, como era seu hábito, aproveitando a ausência de seu marido, o Rei D. Dinis. regressava ao palácio, depois da sua benfeitora visita.Dona Isabel caminhou para o palácio e estava já a chegar, quando para lá se dirigia também um cavaleiro. Rapidamente alcançou a rainha. Era D. Dinis que regressava de Leiria.
Ele tinha proibido a rainha de dar esmolas aos pobres, mas sempre desconfiou que ela o fazia quando ele se ausentava e, agora vendo o volumoso regaço achou que a tinha apanhado em flagrante. Provavelmente levaria pão e algumas moedas, pensava ele. Perguntou-lhe:
“- Que levais no regaço, minha mui nobre esposa?
- São rosas, senhor, são rosas. – Respondeu a rainha, deixando o rei irado, já com a certeza da desobediência da rainha. Era impossível haver rosas naquela época do ano.
- Podeis mostrar-me essas rosas de Janeiro? – Perguntou D. Dinis ironicamente.
- Se só vendo acreditais na minha palavra... – Dizendo isto abriu o regaço e surgiram as lindas rosas, que deixaram o rei, incrédulo, a exclamar:
- Milagre! Milagre! Em Janeiro não há rosas, só pode ser um milagre. Milagre!
Fonte: Infopédia
Sem comentários:
Enviar um comentário