sexta-feira, 5 de julho de 2013

S.A.R., DOM DUARTE APADRINHOU O RECANTO DA ACORDEONISTA EUGÉNIA LIMA

Espaço no Alto da Serra, Rio Maior, é um repositório de memórias da carreira da artista que aos 87 anos continua a manejar o acordeão como poucos.
A conceituada acordeonista Eugénia Lima concretizou mais um sonho, naquele que descreveu como o dia mais feliz da sua carreira artística. Rodeada de amigos, inaugurou no sábado, 29 de Junho, o Recanto Eugénia Lima, um espaço junto ao restaurante Fortaleza, no Alto da Serra, em Rio Maior, que não quer denominar como museu mas que guarda memórias, condecorações e prémios de 83 anos de carreira.
Aos 87 anos Eugénia Lima continua a encantar pela sua jovialidade e pelo sorriso que espalha a quem com ela se cruza. “Eu preciso de todos para viver, porque a minha vida é o público, a minha vida são as pessoas que passam por mim e me dizem adeus e o meu sonho concretizou-se, que era o de tocar acordeão”, afirmou com emoção a acordeonista.
Entre os convidados estavam presentes a presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, Dom Duarte Duque de Bragança e Júlio Isidro. A placa do espaço foi descerrada por Eugénia Lima ladeada por Dom Duarte, que apadrinhou o espaço, e Isaura Morais. A bênção ficou a cargo do padre António Diogo.
A presidente da Câmara de Rio Maior, cidade que acolhe a acordeonista há mais de quatro décadas, oficializou a inauguração do Recanto Eugénia Lima com o corte simbólico da fita e no seu discurso não se cansou de elogiar o talento e a força da natureza que é Eugénia Lima, tanto como artista como pessoa.
Durante a cerimónia de inauguração a acordeonista foi homenageada pelo Duque de Bragança, que a condecorou com a medalha de mérito da Casa Real. À medida que os discursos dos convidados se foram perfilando, os olhos de Eugénia Lima não esconderam a emoção de estar rodeada de todos os que a têm acompanhado ao longo da sua vida.
“Para a Eugénia Lima o que é difícil é para fazer logo. O que é impossível demora mais um bocadinho, mas faz-se também”. Foi assim que Júlio Isidro descreveu Eugénia Lima, ressalvando a felicidade que a acordeonista transmite e o amor que tem pelas pessoas e pelo acordeão.
Desde os quatro anos que Eugénia Lima faz espectáculos e apesar de ter a doença de Parkinson a sua vontade de viver torna-a uma figura incontornável. Apesar de já não suportar o peso do acordeão e de precisar que lho coloquem nas pernas, e de já ter comprado um mais pequeno, a “Rainha do Acordeão” confessa que só há um que tem o “som bonito”, o que o seu pai afinou.
O momento alto chegou quando Eugénia Lima envergou o acordeão e do gingar dos seus dedos se começaram a ouvir as primeiras notas da música “Minha Vida, Meu Sonho” trauteada em uníssono pelos convidados que de pé aplaudiram a genialidade de Eugénia Lima.

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