Associação Famílias e Colégio João Paulo II prestam homenagens ao Duque de Bragança
Nesta rápida visita às duas instituições, O Duque de Bragança foi recebido com grande pompa.
O Duque Dom Duarte de Bragança, descendente directo da última dinastia da Monarquia portuguesa, esteve ontem em Braga onde, antes de participar num Jantar de Reis, no Sameiro, visitou duas instituições do concelho: a Associação Famílias (em S. Vicente ) e o Colégio João Paulo II (em Dume), onde foi objecto de homenagens.
Na curta visita à sede da Associação Famílias, Dom Duarte foi presenteado com livros e com um diploma Pró-Família por parte do presidente da instituição, Carlos Aguiar Gomes, que justificou a entrega deste galardão com «o empenho por causas sociais relevantes», em Portugal e além fronteiras (em especial no espaço da lusofonia) que o Duque de Bragança tem tido ao longo dos anos.
O presidente da Associação Famílias teve ainda a oportunidade de resumir ao ilustre visitante o trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos 25 anos pela instituição em prol das famílias mais carenciadas.
Por sua vez, Dom Duarte elogiou o trabalho da Associação, apontando-a como «um exemplo de solidariedade» e que, por isso, merece «um apoio cada vez maior por parte da cidade de Braga e da sociedade civil» de uma maneira geral. E sublinhou a importância de instituições como a Associação Famílias numa altura em que se percebeu que o Estado Social, tal como era conhecido, já não existe. «O Estado Social que apoiava tudo e todos, mas não fazia contas era uma fantasia que deixou de existir e é por isso que a solidariedade tem de partir, cada vez mais, de instituições como esta», disse.
Antes de partir para o seguinte compromisso, escreveu algumas palavras no livro de honra da Associação Famílias.
No Colégio João Paulo II, D. Duarte foi recebido por cânticos, interpretados por alunos do colégio, que o deixaram sensibilizado, em especial o segundo tema, composto propositadamente por um professor e com referências à sua família, a ponto de pedir se poderia ter acesso a um registo em vídeo do momento, para poder mostrar em casa.
Teve ainda a possibilidade de fazer uma rápida visita guiada às instalações do colégio, na companhia do diretor da instituição, Mário Pereira.
Antes de se despedir do colégio, ao qual deixou elogios, considerando-o «um exemplo», Dom Duarte descerrou a inscrição do seu nome na “Árvore dos Amigos do Colégio João Paulo II” – onde já constam os nomes de D. Jorge Ortiga e Artur Santos Silva – e recebeu das mãos dos alunos uma moldura com a sua imagem e referências à Monarquia.
Jantar com 600 pessoas apoia Associação Famílias
Foram à volta de 600 as pessoas que participaram ontem num Jantar de Reis, no espaço Sameiro Eventos, organizado pela Real Associação e que contou com a presença do Duque Dom Duarte. Tratou-se de um jantar solidário, já que a receita reverteu a favor da Associação Famílias, instituição muito querida pelos defensores da causa monárquica em Braga, bem como por Dom Duarte.
Segundo Manuel Beninger, da organização, este evento, para além do carácter solidário, teve ainda como objetivo promover bens tradicionais de excelência, nomeadamente da gastronomia, mas também vinhos e artesanato. Para tal, foram convidadas confrarias, associações de artesãos e empresas de produtos regionais.
Importa ainda referir que este Jantar de Reis foi animado musicalmente pelos cantores José Cid e José Perdigão e por grupos tradicionais, nomeadamente o bracarense Rancho Folclórico Gonçalo Sampaio, um grupo de Barcelos e ainda um quinteto de música clássica.
Capa da edição do jornal "Diário do Minho" de 20 de Janeiro
Jornal "Diário do Minho" de 20 de Janeiro, pág. 5
Fonte: Manuel Beninger
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SELO REAL NO ENSINO
Dom Duarte esteve no Colégio João Paulo II, considerando “excelente”. O Rei português passou a fazer parte da ‘Árvore dos Amigos’ e foi ainda convidado para integrar o conselho consultivo da instituição bracarense.
A imagem de João Paulo II ressalta à vista nesta escola bracarense. Nesta simbiose entre ensino e religião, eis que o selo real passou também a figurar no Colégio.
Por entre os trabalhos expostos dos alunos expostos, eis que na parede do refeitório surge uma fotografia em sépia. O antigo Papa, de braço direito erguido, saudando os fiéis, dava a impressão de estar, ao mesmo tempo, a cumprimentar o Rei. Dom Duarte conheceu as instalações desta unidade de ensino, considerando-as “excelentes”, descerrou uma placa com o seu nome, passando a figurar desta forma na ‘Árvore dos Amigos’ e foi ainda convidado a fazer parte do conselho consultivo da instituição, num gesto que deixou o Rei bastante lisonjeado.
Dom Duarte foi presenteado com a partitura da música criada pelo Colégio para si, bem como com um quadro, uma obra executada na plenitude pelos alunos. Mário Pereira, do Colégio João Paulo II, referiu que “em 2004 assumimos o compromisso com a sociedade bracarense de dar corpo à nobre tarefa de educar. Educar para os valores, valorizando o aspecto académico, mas também o humano, o esforço e a criatividade, a reflexão e a tranquilidade, a razão e a fé”, referiu.
Diga-se ainda que o Duque de Bragança, depois da sua visita ao colégio, dirigiu-se para um Jantar de Reis, igualmente na cidade dos arcebispos, evento que contou com a presença do cantor José Cid e cujo objectivo principal passa pela promoção do património cultural, nomeadamente a gastronomia, o vinho e o artesanato.
ESTEVE QUATRO HORAS RETIDO DEVIDO A UM CORTE NA LINHA
Uma viagem atribulada. A presença de Dom Duarte estava agendada para as 17.30 horas, contudo chegou ao Colégio João Paulo II com mais de uma hora de atraso.
Fez a viagem para Braga de Alfa Pendular, contudo esteve quatro horas retido, devido a um corte da linha, provocado pelo mau tempo.
HINO DO COLÉGIO A ABRIR E MÚSICA EXCLUSIVA NO ADEUS
À chegada, Dom Duarte ouviu 22 alunos do Colégio cantarem o hino da instituição, contudo os apontamentos musicais não ficaram por aqui. Em jeito de despedida, num poema escrito por Hugo Torres, professor de música da instituição e cantor bracarense, o Rei ouviu uma versão exclusiva de ‘El-Rei d’Aquem e d’Além mar’.
Jornal "Correio do Minho" de 20 de Janeiro, pág. 4
Fonte: Manuel Beninger
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