Tendo começado há dois dias um novo ano civil, o de 2013, está na altura de iniciar uma série de reflexões que tenderão a ter em vista a concretização de um objectivo fundamental e que é, sem margem para dúvidas, um desafio monárquico, que é o de tornar a Monarquia como um fenómeno do presente.
Alguns especialistas da historiografia portuguesa recente, essencialmente situando-se entre os finais da II República e a actual III República, reportam-se à Monarquia como um fenómeno do passado, por um lado, e por outro lado, na procura de revalidar a sua memória positiva.
Começando pela revalidação da memória positiva da Monarquia, é de notar um esforço enorme de investigadores, alguns monárquicos outros republicanos, na procura de evidenciar a herança positiva do regime monárquico. Na blogosfera e nas redes sociais, também há um esforço de cidadãos anónimos em trazerem para a rede o melhor que a Monarquia trouxe para Portugal.
Em grande medida, como Monárquicos militantes, temos muito boa gente nas nossas fileiras a reunirem informações valiosas sobre a desmistificação de muitos episódios da Monarquia e sua Herança.
Mas o mais importante tem que ser feito e com urgência, dado o momento que em Portugal vivemos:
- Encarar a Monarquia como um fenómeno do presente, um regime actualizado, e que, por isso mesmo, tem que ganhar “asas”, para marcar a Agenda Política Nacional.
Assim, eis o que me proponho fazer até ao Verão deste ano, em grande medida, dentro da minha disponibilidade:
a) Analisar a questão constitucional, com base também obviamente, na minha Dissertação de Mestrado em Ciência Política entre outras fontes;
b) Analisar como funcionam as Monarquias Europeias, uma a uma;
c) Apresentar uma proposta, que considerarei ser exequível, no quadro político actual de Portugal, da Europa e do Mundo.
d) Portugal é uma Nação Europeia, logo o modelo de Monarquia não poderá fugir muito aos modelos existentes no Velho Continente, e tendo em conta a Cultura Política existente na Assembleia da República actual, certamente, acredito sinceramente, que será muito próxima ao modelo Sueco e/ou Nórdico.
e) Os dois únicos pontos que me parecem, serão salvaguardados, no quadro da Tradição Monárquica Portuguesa, serão a Aclamação e o “Royal Impeachment” – isto é, a susceptibilidade de as Cortes/Parlamento deporem o Rei que, eventualmente, não esteja a cumprir a Constituição ou por outros motivos a analisar.
f) Finalmente, a Monarquia Portuguesa, no quadro da Lusofonia e da União Europeia.
Estes serão os pontos que procurarei trazer ao Blogue nos próximos tempos, obviamente, já não tanto como textos de opinião, mas sim ensaios com base em literatura. Os tempos são de seriedade, responsabilidade e temos que evitar os discursos de facilitismo e de demagogia, para não cair nos erros da república actual.
A Monarquia tem que ser um fenómeno do presente e marcar o nosso futuro colectivo como nação nos próximos tempos. Temos uma enorme responsabilidade daqui para a frente: salvar Portugal, com um Plano C, de Cidadania, pois só assim teremos uma Monarquia.
David Garcia, Real Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário