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Revista SIM de 01 de Abril de 2012
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No dia em que foi entronizada confrade da Confraria do Pão-De-Ló, Dona Isabel de Bragança falou da importância de preservação das tradições e no trabalho que a Casa Real desenvolve nesse sentido.
Como recebeu a notícia que ia ser distinguida pela Confraria do Pão-de-Ló?- Há algum tempo, perguntaram-me aqui em Guimarães se gostaria de entrar na Confraria. E eu, como apreciadora de pão-de-ló, aceitei logo. Para mim, é um orgulho estar aqui.
A Família Real é presença habitual neste tipo de iniciativa. Porquê? - Estes produtos fazem parte da alma portuguesa. As Confrarias têm um papel principal na preservação do que é português e dos valores portugueses. Temos o património cultural e temos também o gastronómico. Todos juntos é que fazem o que é ser português. Estas iniciativas são de louvar e todas as pessoas que lutam para preservar as tradições merecem o nosso reconhecimento. Por vezes, há pessoas que não percebem todo o trabalho que é feito pelas confrarias, mas há muitas que reconhecem e compreendem que só assim as tradições se vão manter.
Tanto a Dona Isabel como Dom Duarte estão envolvidos em muitas ações deste género. Quer dar alguns exemplos? - Nós apoiamos várias e tudo o que é promover Portugal no Mundo e mesmo cá dentro tem sido o nosso trabalho, meu e do meu marido [Dom Duarte Pio]. O meu marido defende sempre a história e a cultura portuguesas; muitas vezes, é um pouco incompreendido. E não é só nestes assuntos. Veja o exemplo da Expo e do euro 2004: ele sempre alertou que se estava a gastar demais. As pessoas criticaram mas agora começam a dar razão. Nós trabalhamos bastante, mas talvez não seja tão visto quanto isso.
Mas sente que a Casa Real é reconhecida? - Eu penso que o povo percebe que está ali uma Família que os defende, disso não tenho dúvidas. Há pessoas que não concordam… Penso que o que é importante é que nós temos que nos juntar todos e tentar ajudar Portugal e os portugueses a sair da crise.
Como acha que os portugueses veriam o regresso da Monarquia? - Depende como entenderem. Há pessoas que sabem e que olham para vários países e percebem que são países mais evoluídos. Não é que não tenham crise, mas têm outra estabilidade. Outras pessoas vão um pouco pelas revistas cor-de-rosa e pensam que vivemos num mundo de fantasia… Eu acho que o nosso trabalho, nomeadamente do meu marido, é defender Portugal, as nossas tradições e costumes. Nesta altura, não pensamos muito na questão do regresso da Monarquia; tentamos perceber como ajudar os portugueses a despertar para algo melhor.
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