Há 900 anos nasceu Afonso Henriques, fundador do reino de Portugal. Os CTT celebram a data com a emissão de um selo e um bloco filatélico, dedicados ao primeiro rei português. O lançamento é feito em simultâneo no próximo dia 24 de Junho em Guimarães, Viseu, Coimbra, Lisboa, Porto, Funchal e Ponta Delgada. O selo, com emissão de 330 mil exemplares, tem o valor de 32 cêntimos. Mostra uma efígie do séc. XII atribuída a D. Afonso Henriques pertencente ao Museu do Carmo. O selo tem ainda inscrita a palavra-sinal Portugal de uma Carta de Doação de 1129, patente na Torre do Tombo.
O bloco filatélico reproduz uma carta de Couto doada ao Mosteiro de Tibães em 1140 e uma ilustração retirada do Apocalipse do Lorvão, manuscrito iluminado que está guardado na Torre do Tombo. O bloco, com emissão de 60 mil exemplares, tem o valor de 3,07 euros. Afonso Henriques nasceu em 1109 do casamento de D. Henrique, filho do duque da Borgonha, que descendia do rei de França, e de D. Teresa, filha de Afonso VI, rei e de Leão e Castela. Corria-lhe assim nas veias sangue real. Herdeiro do Condado Portucalense que seu pai recebera como recompensa pelos feitos de armas contra os mouros Almorávidas e sua mãe conservou ao enviuvar, no ano de 1112. Também deles recebeu o legado da aspiração à autonomia.
O primeiro grande assomo de afirmação expressou-o gestualmente na catedral de Zamora, no ano de 1125 ou 1126, ao tomar do altar as armas de cavaleiro, recusando mãos superiores que o subalternizassem. Era infante e príncipe. A aproximação de D. Teresa à família condal galega dos Travas, a quem se uniu por dois matrimónios consecutivos, descontentou o jovem e seu círculo aristocrático, expresso no afastamento da corte da “rainha”. O Condado Portucalense formara-se com territórios desmembrados da Galiza e corriam o risco de uma reintegração que era preciso atalhar. As forças revoltosas congregaram-se em torno de D. Afonso e passaram à ofensiva militar que se objectivou na Batalha de S. Mamede, perto de Guimarães, em 24 de Junho de 1128, dando a vitória às armas defensoras da identidade autonómica. Foi “A Primeira Tarde Portuguesa”, na expressão de um historiador contemporâneo. A partir de então, D. Afonso Henriques assume a chefia do Condado Portucalense. A partir de 1140, depois da Batalha de Ourique, em que bateu os mouros, D. Afonso Henriques passa a subscrever os documentos exarados pela sua chancelaria com o título de rex.
A habilidade “no manejo das armas” impusera-o como rei Conquistador que importava ser reconhecido. A oportunidade surge na conferência realizada em Zamora, em Outubro de 1143, na qual celebra com Afonso VII um acordo definitivo de paz, o“Tratado de Zamora”, segundo o qual o rei de Leão e Castela reconhece tacitamente a realeza do primo.
Passou a maior parte dos últimos anos de vida em Coimbra, dedicando-se à administração do reino em co-regência com o filho D. Sancho I, nascido do casamento com Matilde de Maurienne e Sabóia. Aí fez o testamento (1179) e veio acabar os seus dias, em 6 de Dezembro de 1185. Elegeu para sepultura o mosteiro de Santa Cruz, onde teve grandes amigos e conselheiros. Deixava como legado o Reino de Portugal politicamente emancipado.
A emissão dedicada aos 900 anos de D. Afonso Henriques completa-se com sobrescritos, aos preços de 55 e 74 cêntimos. A pagela, com o valor de 70 cêntimos, é ilustrada com uma imagem da estátua de D. Afonso Henriques, em Guimarães.
O bloco filatélico reproduz uma carta de Couto doada ao Mosteiro de Tibães em 1140 e uma ilustração retirada do Apocalipse do Lorvão, manuscrito iluminado que está guardado na Torre do Tombo. O bloco, com emissão de 60 mil exemplares, tem o valor de 3,07 euros. Afonso Henriques nasceu em 1109 do casamento de D. Henrique, filho do duque da Borgonha, que descendia do rei de França, e de D. Teresa, filha de Afonso VI, rei e de Leão e Castela. Corria-lhe assim nas veias sangue real. Herdeiro do Condado Portucalense que seu pai recebera como recompensa pelos feitos de armas contra os mouros Almorávidas e sua mãe conservou ao enviuvar, no ano de 1112. Também deles recebeu o legado da aspiração à autonomia.
O primeiro grande assomo de afirmação expressou-o gestualmente na catedral de Zamora, no ano de 1125 ou 1126, ao tomar do altar as armas de cavaleiro, recusando mãos superiores que o subalternizassem. Era infante e príncipe. A aproximação de D. Teresa à família condal galega dos Travas, a quem se uniu por dois matrimónios consecutivos, descontentou o jovem e seu círculo aristocrático, expresso no afastamento da corte da “rainha”. O Condado Portucalense formara-se com territórios desmembrados da Galiza e corriam o risco de uma reintegração que era preciso atalhar. As forças revoltosas congregaram-se em torno de D. Afonso e passaram à ofensiva militar que se objectivou na Batalha de S. Mamede, perto de Guimarães, em 24 de Junho de 1128, dando a vitória às armas defensoras da identidade autonómica. Foi “A Primeira Tarde Portuguesa”, na expressão de um historiador contemporâneo. A partir de então, D. Afonso Henriques assume a chefia do Condado Portucalense. A partir de 1140, depois da Batalha de Ourique, em que bateu os mouros, D. Afonso Henriques passa a subscrever os documentos exarados pela sua chancelaria com o título de rex.
A habilidade “no manejo das armas” impusera-o como rei Conquistador que importava ser reconhecido. A oportunidade surge na conferência realizada em Zamora, em Outubro de 1143, na qual celebra com Afonso VII um acordo definitivo de paz, o“Tratado de Zamora”, segundo o qual o rei de Leão e Castela reconhece tacitamente a realeza do primo.
Passou a maior parte dos últimos anos de vida em Coimbra, dedicando-se à administração do reino em co-regência com o filho D. Sancho I, nascido do casamento com Matilde de Maurienne e Sabóia. Aí fez o testamento (1179) e veio acabar os seus dias, em 6 de Dezembro de 1185. Elegeu para sepultura o mosteiro de Santa Cruz, onde teve grandes amigos e conselheiros. Deixava como legado o Reino de Portugal politicamente emancipado.
A emissão dedicada aos 900 anos de D. Afonso Henriques completa-se com sobrescritos, aos preços de 55 e 74 cêntimos. A pagela, com o valor de 70 cêntimos, é ilustrada com uma imagem da estátua de D. Afonso Henriques, em Guimarães.
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