No passado dia 7 de Agosto de 2011, domingo, foi feita na quinta Wimmer, em Belas, uma extraordinária apresentação do elmo, alegadamente pertencente a Dom Sebastião. Foi um momento único, ao qual assistiram muitos cidadãos, entre eles S.A.R., Dom Duarte, e seu irmão Dom Miguel.
A apresentação esteve a cargo de três pessoas, o embaixador Doutor Jorge Preto, o próprio Rainer Daehnhardt, e o Tenente-Coronel João José Brandão Ferreira.
Segundo a explicação de Rainer Daehnhardt, o ELMO, exposto numa redoma de vidro, é indubitavelmente o elmo de D. Sebastião.
Perante a reprodução do quadro retratando Dom Sebastião, em tópico, com a sua armadura de guerra, coisa que para nossa felicidade, existe abundantemente graças ao facto de sua mãe, estando longe dele e não podendo acompanhar o seu crescimento, ter feito várias encomendas do retrato do filho, ao longo da sua vida, explicou que TODAS as armaduras feitas em Milão eram únicas, em cada uma o fabricante colocava sinais distintivos, os quais estavam presentes em todas as peças amovíveis da respectiva armadura (braços, pernas, peitoral, elmo, etc), permitindo, assim, rastrear cada peça e identificar a que conjunto uma dada peça pertenceria.
A armadura que Dom Sebastião ostenta no quadro, foi fabricada num dado fornecedor de Milão, que fornecia, em exclusivo o Duque de Saboia, pertencente á casa Dinástica de Dom Sebastião – os habsburgos – o qual a ofereceu a Dom Sebastião.
No entanto, sendo esta uma armadura de guerra, oferece-se como válida a tese de que quando o Duque de Saboia encomendou a armadura seria já com a intenção de a ofertar ao Rei Português. Como se chega a esta conclusão ? Rainer explicou que o ELMO em presença tinha uma inovação técnica, que permitia um arejamento de ar no seu interior no dobro dos habituais artefactos do género … por exemplo para climas especialmente quentes, ou seja, para terras africanas.
Ora não tendo o Duque de Saboia nenhuma intenção de ir guerrear em África, e tanto quanto se sabia, na Europa, só Dom Sebastião insistia nessa proeza, está bem de ver quem seria o destinatário final da encomenda do Duque.
Este ELMO para além da inovação tecnológica, tinha outra característica que o torna único – é feito em aço temperado (uma novidade para a época, e só em Milão o faziam) e pesa cerca de 5 quilos. Rainer um dos maiores especialistas em armas antigas do mundo atesta que nunca tinha visto um elmo pesar assim tanto. Aquele artefacto foi feito para o seu detentor sobreviver a qualquer impacto dirigido à cabeça.
Deste modo, concluindo-se, com tanta certeza, sobre o fabricante do ELMO, sobre quem o encomendou (existindo ainda a factura do mesmo), sobre quem o usou, o nosso Dom Sebastião, é simplesmente extraordinário que o mesmo tenha regressado a solo pátrio pelas mãos do providencial RAinier.
É simbólico, porque se trata “apenas” do ELMO, mas Portugal é um País de simbologias pátrias, e sobretudo mátricas, iniciáticas e esotéricas, que, ou muito me engano, ou este símbolo não surge hoje, em Portugal por mera casualidade.
A “leitura” do ELMO diz-nos que armas brancas o espadeiraram cerca de 89 vezes, todas elas na parte dianteira do mesmo, significando que D. Sebastião nunca virou a cara à luta (tal como os templários faziam) e de estocada em estocada, foi avançando até à morte (a qual, para um Templário era mais bela que a vida obtida por covardia).
Portugal “morre” em Alcácer Quibir, porque Dom Sebastião deixa para tráz um tio, que viria a sucedê-lo, traidor da Nação.
Para muitos a obstinação de Dom Sebastião foi um suicídio infantil.
Eu vejo nisso uma acção esotérica, através da qual Portugal tinha de “morrer” para, qual Fénix, renascer das cinzas e atingir o seu esplendor de outrora. Dom Sebastião terá sido o intérprete desse processo. Poucos portugueses se sacrificariam como Dom Sebastião o fez.
A vida deste Rei de excepção, cujas acções poucos a compreenderam, tanto no passado, como no presente, está cheia de anti-factos cuja utilidade foi o denegrir de um homem ciente do seu papel, como português, no mundo.
O renascimento da Fénix Portugal conduzirá ao quinto império, previsto pelo imperador da língua portuguesa o Padre António Vieira, profetizado por Bandarra e cantando por Fernando Pessoa.
Quando Camões, o maior poeta lusitano, de todos os tempos, cantou pessoalmente perante Dom Sebastião, a gesta da lusa gente, vertida nos seus Lusíadas, mal saberia que aquele Rei, que lhe fixaria uma tença anual pelos Lusíadas, haveria de entrar na galeria dos imortais, míticos, lendários, e históricos de Portugal, e do Mundo.
O Elmo já cá está …
Oliveira Dias - Odivelas.comS.A.R., Dom Duarte e Rainer Daehnhardt
S.A.R., O Senhor Dom Duarte, recebeu do Núcleo dos Amigos do Elmo, um estandarte. Fonte: Facebook, Núcleo dos Amigos do Elmo
2 comentários:
Foi com emoção que vi este video. Achei fantástico.
Alguém sabe-me dizer qual a origem e significado do símbolo que está no estandarte que foi entregue a S.A.R. o Sr. D. Duarte?
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