Como se escreve no Prefácio desta monografia da autoria do Duque Dom Duarte de Bragança "celebremos os louvores dos homens ilustres, através das gerações. Neles o Senhor realizou uma glória imensa e manifestou a Sua grandeza desde outrora." O autor deste texto de apresentação do livro é o Padre Frei Francisco J. Rodrigues da Ordem Carmelita, Vice-Postulador da Canonização do Beato Nuno.
Na contra-capa, destacamos um texto de Vítor Escudero da região espanhola da Galiza, autor da conferência "D. Nuno Álvares Pereira – 'Alma Mater' do Portuguesismo", como refere a brevíssima Bibliografia final. Aqui, Vítor Escudero salienta que Sua Eminência o Cardeal D. José Saraiva Martins, após reunião com O Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, reunião solicitada a pedido deste para que fosse dinamizado «o processo de canonização do Beato Nuno de Santa Maria», o aconselhou a fomentar «o conhecimento e a devoção do nosso Frei Nuno de Santa Maria, o "Santo Condestável".»
Como escreveu Dom Duarte (neste texto publicado posteriormente a esta conversa com o Cardeal D. José Saraiva Martins), «julgava-se que D. Nuno Álvares Pereira teria nascido no castelo de Cernarche do Bonjardim na festa de S. João Baptista, a 24 de Junho de 1360, recebendo o baptismo, no mesmo dia, no Mosteiro do Bomjardim, fundado por seu pai, D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem do Hospital, que é hoje a Ordem de Malta. O mais provável, porém, é que o seu nascimento tenha ocorrido em Flor da Rosa, junto à bela vila do Crato, que pertencia à mesma Ordem». E, acentua, ainda: «Criado na Corte junto da mãe, D. Iria Gonçalves do Carvalhal, o jovem dedicou-se desde cedo à leitura e à aprendizagem das virtudes da cavalaria » (p.13). E, logo a seguir, sublinha que «aprendeu a amar as virtudes dos santos, sobretudo a pureza, a caridade e a humildade, tendo jurado seguir o código de honra dos lendários Cavaleiros da Távola Redonda» (p.14). E, «nos últimos dias de 1383 "o comum povo livre" proclamou o Mestre de Avis Regedor e Defensor do Reino, o qual organizou o seu Conselho de Governo, chamando Nun'Álvares a fazer parte dele (p.17).
Mais adiante, O Duque de Bragança realça o facto de as Crónicas «narrarem que o célebre Alfageme da Ribeira de Santarém, que corrigiu a sua espada numa só noite, gravou nela uma cruz e uma estrela com o nome da Virgem Santíssima. Levantou esta espada pela primeira vez em defesa da Pátria, na batalha de Atoleiros, a 8 de Abril de 1384, e depois dessa vitória, o Mestre de Avis, concede-lhe o título de Conde de Ourém. A 6 de Abril de 1385, o Conde de Ourém foi nomeado Condestável e Mordomo-Mór do Reino, tornando-se assim guardião máximo da Lei e da Moral nacional (p.19).
Ainda recorrendo às muitas lendas que se formaram a propósito do carácter milagreiro de Frei Nuno de Santa Maria, O Duque Dom Duarte Pio de Bragança, afirma na sua homenagem a este seu longínquo antepassado, que «D. Nuno impedia, com frequência, após as batalhas, os seus homens de perseguirem os vencidos, contrariando assim os usos da época» (p.21).
Nesta contribuição do autor para uma das vertentes da História do Povo português, a história das lendas, tão abundantes na literatura portuguesa, afirma que, no lugar de Fátima, «quando passava de Tomar a caminho de Aljubarrota, a 13 de Agosto de 1385, D. Nuno foi atraído a Cova da Iria, onde, na companhia dos seus cavaleiros, viu os cavalos do exército ajoelhar, no mesmo local onde, 532 anos mais tarde, durante as conhecidas Aparições Marianas, Deus operou o Milagre do Sol» (p.22).
A obra conta 57 páginas e é ilustrada com belos desenhos e pinturas da figura de D. Nuno Álvares Pereira. De notar, a primorosa apresentação do livro de capa dura, magnificamente decorada com uma gravura em que Frei Nuno se apresenta com uma sumptuosa indumentária de guerreiro nobre.
Na contra-capa, destacamos um texto de Vítor Escudero da região espanhola da Galiza, autor da conferência "D. Nuno Álvares Pereira – 'Alma Mater' do Portuguesismo", como refere a brevíssima Bibliografia final. Aqui, Vítor Escudero salienta que Sua Eminência o Cardeal D. José Saraiva Martins, após reunião com O Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, reunião solicitada a pedido deste para que fosse dinamizado «o processo de canonização do Beato Nuno de Santa Maria», o aconselhou a fomentar «o conhecimento e a devoção do nosso Frei Nuno de Santa Maria, o "Santo Condestável".»
Como escreveu Dom Duarte (neste texto publicado posteriormente a esta conversa com o Cardeal D. José Saraiva Martins), «julgava-se que D. Nuno Álvares Pereira teria nascido no castelo de Cernarche do Bonjardim na festa de S. João Baptista, a 24 de Junho de 1360, recebendo o baptismo, no mesmo dia, no Mosteiro do Bomjardim, fundado por seu pai, D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem do Hospital, que é hoje a Ordem de Malta. O mais provável, porém, é que o seu nascimento tenha ocorrido em Flor da Rosa, junto à bela vila do Crato, que pertencia à mesma Ordem». E, acentua, ainda: «Criado na Corte junto da mãe, D. Iria Gonçalves do Carvalhal, o jovem dedicou-se desde cedo à leitura e à aprendizagem das virtudes da cavalaria » (p.13). E, logo a seguir, sublinha que «aprendeu a amar as virtudes dos santos, sobretudo a pureza, a caridade e a humildade, tendo jurado seguir o código de honra dos lendários Cavaleiros da Távola Redonda» (p.14). E, «nos últimos dias de 1383 "o comum povo livre" proclamou o Mestre de Avis Regedor e Defensor do Reino, o qual organizou o seu Conselho de Governo, chamando Nun'Álvares a fazer parte dele (p.17).
Mais adiante, O Duque de Bragança realça o facto de as Crónicas «narrarem que o célebre Alfageme da Ribeira de Santarém, que corrigiu a sua espada numa só noite, gravou nela uma cruz e uma estrela com o nome da Virgem Santíssima. Levantou esta espada pela primeira vez em defesa da Pátria, na batalha de Atoleiros, a 8 de Abril de 1384, e depois dessa vitória, o Mestre de Avis, concede-lhe o título de Conde de Ourém. A 6 de Abril de 1385, o Conde de Ourém foi nomeado Condestável e Mordomo-Mór do Reino, tornando-se assim guardião máximo da Lei e da Moral nacional (p.19).
Ainda recorrendo às muitas lendas que se formaram a propósito do carácter milagreiro de Frei Nuno de Santa Maria, O Duque Dom Duarte Pio de Bragança, afirma na sua homenagem a este seu longínquo antepassado, que «D. Nuno impedia, com frequência, após as batalhas, os seus homens de perseguirem os vencidos, contrariando assim os usos da época» (p.21).
Nesta contribuição do autor para uma das vertentes da História do Povo português, a história das lendas, tão abundantes na literatura portuguesa, afirma que, no lugar de Fátima, «quando passava de Tomar a caminho de Aljubarrota, a 13 de Agosto de 1385, D. Nuno foi atraído a Cova da Iria, onde, na companhia dos seus cavaleiros, viu os cavalos do exército ajoelhar, no mesmo local onde, 532 anos mais tarde, durante as conhecidas Aparições Marianas, Deus operou o Milagre do Sol» (p.22).
A obra conta 57 páginas e é ilustrada com belos desenhos e pinturas da figura de D. Nuno Álvares Pereira. De notar, a primorosa apresentação do livro de capa dura, magnificamente decorada com uma gravura em que Frei Nuno se apresenta com uma sumptuosa indumentária de guerreiro nobre.
Texto de Teresa Ferrer Passos*
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