Em Cascais, no dia 30 de Julho de 2008, numa sóbria cerimónia, foi descerrada por S.A.R., Dom Duarte de Bragança e pelo Príncipe de Sabóia, S.A.R., O Príncipe Amadeo, uma placa em mármore em memória do Rei Humberto II na residência onde o Rei viveu exílado durante os longos 37 anos, desde 1946. Marcou também, a passagem dos 25 anos do seu desaparecimento. O Rei Humberto II e a família vieram viver para Portugal, à semelhança do que fizeram muitos exilados, devido à situação neutral do país na II Guerra Mundial. Em 9 de Maio de 1946 tornou-se Rei de Itália, após a abdicação de seu pai, numa última tentativa de salvar a Monarquia. Na verdade, reinou apenas durante um mês, pois em 2 de Junho seguinte, os italianos pronunciaram-se, em referendo, pela instauração da república. (Ainda que por uma curta margem de diferença). O rei Humberto II e a Família, instalaram-se em Cascais, nunca lhe tendo sido concedida autorização para regressar a Itália. Devido ao seu estado de saúde, passou os últimos meses de vida, fora de Portugal e veio a morrer na Suiça em 18 de Março de 1983. Era casado com a Princesa Maria José da Bélgica.(Clique na lápide para poder ler)
À chegada à "Real Villa Italia". Actualmente e infelizmente, hoje é um hotel de luxo, "Grande Real Villa Itália - Hotel e SPA". Uma vez que foi uma casa onde um Rei viveu toda a vida e que considerou Portugal como Sua segunda Pátria, teria sido mais justo para a memória histórica não vender Villa Italia e transformá-la em Museu porque também foi uma casa frequentada por algumas Famílias Reais que se encontravam exiladas em Portugal naquela época. A Itália apesar de ser uma república, é um dos países que soube conservar as cores da sua Nação. Só nós portugueses, continuamos a ter aquele "trapo" verde-rubro que nada significa ou talvez como dizia Fernando Pessoa: (...) “contrário à heráldica e à estética, porque duas cores se justapõem sem intervenção de um metal e porque é a mais feia coisa que se pode inventar em cor. Está ali contudo a alma do republicanismo português – o encarnado do sangue que derramaram e fizeram derramar, o verde da erva de que, por direito mental, devem alimentar-se”. O descerrar da lápide em memória do Rei Humberto II de Itália
Depois do descerrar da placa, O Príncipe de Sabóia ofereceu a bandeira de Itália a S.A.R., Dom Duarte. S.A.R., Dom Duarte dobra cuidadosamente a Bandeira do Estado do Reino de Itália (1861-1946).
Dom Duarte e Princesa Sílvia, ouvindo o disurso do Príncipe de Sabóia
Dom Duarte e Princesa Sílvia, ouvindo o disurso do Príncipe de Sabóia
Dom Duarte durante a cerimónia religiosa.
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