Praça de Camões é o ponto de partida do percurso guiado por Mónica Queiroz
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GONÇALO VILLAVERDE/GLOBAL IMAGENS
Praça de Camões é ponto de partida de um percurso que passa pela ourivesaria oficial da coroa, a Leitão & Irmão, pelo instituto-sede da obra assistencial da rainha, terminando com o regicídio, no Terreiro do Paço
A estátua de Camões serve de ponto de partida para um roteiro que promete seguir os passos da rainha D. Amélia pela cidade de Lisboa. Olhando em redor, apenas uma bandeira azul e branca no segundo andar de um prédio que faz esquina entre a Praça Luís Camões e a Rua da Misericórdia remete para os tempos da monarquia. E esse é de facto um marco na paisagem que a guia, Mónica Queiroz, não tarda em associar à figura de D. Amélia, última rainha de Portugal. Afinal, a bandeira é o sinal exterior da Real Associação de Lisboa, aí instalada.
Mas esta não é a única razão para o roteiro se iniciar neste ponto. "Era no Chiado que a rainha fazia as compras de Natal, que procurava as novidades em lojas como a Ramiro Leão, que já não existe, ou a ainda sobrevivente Paris em Lisboa", conta Mónica Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa, a responsável por este e por vários outros roteiros temáticos que dão a conhecer a cidade e as suas vivências. Mais, revela: "D. Amélia, acompanhada da sua dama Isabel Saldanha da Gama, gostava de passear pelo Bairro Alto para ver pessoalmente como as pessoas viviam."
Nascida em 1865, em Twickenham, nos arredores de Londres, onde a família de Orleães se exilara após Napoleão III ter assumido o trono de França, em 1848, D. Amélia chega a Lisboa, mais concretamente a Santa Apolónia, a 19 de maio de 1886. Este roteiro não passa por lá nem tão-pouco pela Igreja de São Domingos (junto ao Rossio), onde três dias depois se casa com o futuro D. Carlos I.
Fonte: Diário de Notícias
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