segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
LIÇÕES DA RESTAURAÇÃO PARA A CRISE ACTUAL
O estudo da polemologia e dos acidentes militares da Restauração é coisa apaixonante. Portugal venceu então grandes desafios e a longa guerra revelou uma sociedade capaz de levar a extremos de heroísmo a defesa da sua liberdade. Contudo, a Restauração foi, sobretudo, um continuado esforço no exercício da boa diplomacia - captando simpatias externas para o reforço dos direitos portugueses - e do bom comércio. Para o sucesso da diplomacia concorreu o preparo das embaixadas, a escolha dos parceiros, a selecção do escol que representou o país. Para o sucesso da política económica, foi relevante aquilo que hoje dá pelo nome de "maximização" dos recursos, mercê da facilitação do acesso e fixação de estrangeiros no país, do baixo preço da tributação nos portos e no trato, da segurança garantida e da formação de agentes comerciais que permitiram abrir novos mercados aos produtos portugueses. Em terceiro lugar, a Restauração foi possível graças ao aprofundamento da dimensão ultramarina: Angola e Brasil assumiram lugar destacado.
Fazendo a possível conversão para o quadro hodierno, todas as políticas que favoreçam a fixação de interesses estrangeiros em Portugal - corresponsabilizando-as pelo sucesso da nossa economia - todas as políticas que visem diversificar os parceiros diplomáticos e comerciais, assim como o esforço legislador que torne atractivo investir com segurança, levarão à repetição do bom sucesso da crise 1640-1667. Isto quer dizer: uma diplomacia moderna e de elite, abatimento da má legislação, promoção dos nossos produtos, reforço prioritário das relações com o Brasil e Angola. Tudo o mais virá por acrescento.
Miguel Castelo-Branco - COMBUSTÕES
sábado, 29 de dezembro de 2012
S.A.R., DOM DUARTE MARCOU PRESENÇA NO JANTAR DE HOMENAGEM A RIBEIRO TELLES
O arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, de 90 anos, foi homenageado, num jantar em Lisboa, onde reuniu vários amigos
A festa contou com a presença de Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, que o distinguiu como "um profeta que mostrou o caminho a seguir, mas nunca foi ouvido". "É uma homenagem mais do que merecida", disse. Para o arquitecto, a homenagem é "a celebração da vida onde entrou muita gente".
Correio da Manhã, 15 de Dezembro de 2012 - Fotos IDP
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
THE OFFICIAL PORTRAIT OF HRH D. ISABEL
Dame Dr. Sofia Marques with the official portrait of HRH D. Isabel she painted and donated for the 40th birthday of the Duchess of Braganza.
Knights and Dames
Knights and Dames
sábado, 22 de dezembro de 2012
O NATAL E OS SEUS SÍMBOLOS
Conheça melhor a tradição cristã do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo e o significado dos seus símbolos
O PRESÉPIO
O presépio é talvez uma das mais antigas formas de caracterização do Natal.
A palavra "presépio", em hebraico, significa "a manjedoura dos animais", sendo também utilizada como sinónimo de estábulo. No Novo Testamento, São Lucas conta que Jesus ao nascer foi reclinado numa manjedoura, como as muitas que existiam nas grutas da Palestina, utilizadas para recolher animais.
Portanto, esta é também a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus num estábulo.
Desde os finais do séc. III que os cristãos celebram a memória do nascimento do Divino Salvador. No entanto, a tradição do presépio na sua forma actual, tem as suas origens no século XIII, ao ser idealizada por São Francisco de Assis, numa gruta da cidade de Greccio. Foi ali, em 1223, que ele montou o primeiro presépio, em tamanho natural. A partir daí, começou gradualmente a difundir-se por toda a Europa e por todo o mundo cristão o hábito de fazer também nos lares um presépio com figuras de barro ou madeira.
ÁRVORE DE NATAL
O pinheiro foi escolhido para ser a árvore de Natal porque nos países frios as árvores estão totalmente desfolhadas na época de Natal, excepto o pinheiro que continua viçoso, com as suas folhas verdes. Para simbolizar a vida, nós o enfeitamos para receber Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira Vida. A árvore de Natal tem um profundo sentido, sobretudo quando a família se reúne em torno dela para comemorar a vinda do Salvador, através da leitura do Evangelho, da oração, dos cânticos natalícios e da confraternização na troca de presentes. Com os presentes debaixo, a árvore de Natal significa também a árvore da Cruz na qual Nosso Senhor nos redimiu e através da qual nos vêm todos os bens.
A ESTRELA DE NATAL
Na ponta da árvore de Natal e muitas vezes sobre o Presépio coloca-se a Estrela de Belém, que simboliza a estrela-guia dos Reis Magos do Oriente. Segundo a narração do evangelista São Mateus, o Nascimento de Jesus foi assinalado pelo aparecimento de uma estrela no céu, que guiou os pastores e os Reis Magos até ao estábulo de Belérn. Nosso Senhor Jesus Cristo é a nossa estrela, pois quanto mais nos aproximamos da Sua luz, mais luz receberemos para guiar os outros ao encontro de Deus.
AS BOLAS COLORIDAS
As bolas coloridas que enfeitam o pinheiro representam os frutos da árvore viva que é Nosso Senhor. Ele veio pregar o Amor, o Perdão, a Verdade, a Justiça, a Fé, a Esperança, a Firmeza, a Integridade e todas as virtudes que advêm como frutos da sublime árvore de Deus. Todas as pessoas unidas a Nosso Senhor também produzem estes frutos.
OS SINOS
O sino é sinal de alegria. Assim como um grande acontecimento é geralmente anunciado com o toque festivo dos sinos, assim também o nascimento de Jesus deve ser anunciado a todos, para salvação da Humanidade.
Os arranjos secos (pinhas, folhas, etc.) trazem uma mensagem de aviso: o que está seco não tem vida. Assim, pois, ao olhar para esses arranjos devemos reflectir sobre o nosso distanciamento d'Aquele que é a verdadeira vida, ou seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele veio até nós para nos trazer a vida eterna e para nos libertar do Mal e da Morte que tão frequentemente nos rodeiam.
OS PRESENTES DE NATAL
Jesus foi o grande presente que Deus nos concedeu. Por isso, no Natal presenteamos aquelas pessoas que nós amamos, lembrando a alegria que estamos a sentir pelo facto de Nosso Senhor ter nascido entre nós. Oferecer presentes para fazer felizes as outras pessoas é viver o amor e a doação que Ele nos ensinou.
AS VELAS DE NATAL
As velas simbolizam a presença de Cristo como Iuz do mundo. Ele próprio disse: “Eu sou a luz do mundo”. As velas que acendemos no Natal, com esta ideia no espírito, vêm alimentar a nossa Fé e desafiar-nos a sermos também luz para o mundo. Nosso Senhor convida-nos, pois, a sermos luz, alegria e felicidade para as outras pessoas por meio de uma entrega total. Assim como a vela se consome ao iluminar, também nós nos devemos "consumir" pela doação de todo o nosso ser.
OS CARTÕES DE NATAL
O envio de cartões de Natal é uma maneira muito bonita de comunicar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e por isso nunca deve perder, entre os católicos, o seu carácter religioso e a alusão ao Nascimento do Divino Salvador. As mensagens de Natal, com efeito, ajudam-nos a lembrar e a compreender que Ele continua vivo entre os Homens.
A CEIA DE NATAL
Na ceia de Natal, as famílias reúnem-se para festejar o Nascimento do Filho de Deus. Costuma colocar-se no centro da mesa urna vela para simbolizar que Nosso Senhor é a nossa luz e que está presente entre nós. Assim, a reunião familiar na noite de Natal para participar da ceia significa a celebração da vida, a partilha do amor e da reconciliação.
AS CANÇÕES DE NATAL
Através das mensagens entoadas nas canções de Natal anuncia-se o Nascimento de Jesus. Algumas dessas canções são tão significativas que não se pode imaginar uma celebração natalícia sem elas, como é o caso da “Noite Feliz” ("Stille Nacht") de Franz Gruber, composta em 1818. As apresentações de corais também são uma característica da época do Advento e do Natal.
Fonte: Arautos d'El-Rei
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
IMPRENSA: FAMÍLIA REAL PORTUGUESA DESEJA BOAS FESTAS
Foto publicada no Facebook oficial de Dom Duarte
Dom Duarte de Bragança e a Família decidiram desejar Boas Festas aos portugueses através do Facebook. A mensagem é ilustrada pelas fotos usadas pela Família Real Portuguesa nos cartões de Boas Festas.
A mensagem foi colocada na segunda-feira na na página oficial do facebook de Dom Duarte de Bragança. "Encarrega-nos S.A.R., O Senhor Dom Duarte de apresentar a todos os seguidores desta página os votos da Familia Real Portuguesa de um Santo e Feliz Natal para todos", pode ler-se na mensagem.
Nas fotos, Dom Duarte e Dona Isabel de Bragança surgem com os três filhos: Dom Afonso, 16 anos, Dona Maria Francisca,15, e Dom Dinis, 13.
Diário de Notícias, de 21 de Dezembro de 2012
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FAMÍLIA REAL PORTUGUESA DESJA BOAS FESTAS
FAMÍLIA REAL PORTUGUESA DESJA BOAS FESTAS
Dom Duarte apresenta a todos os seguidores da página oficial do facebook, os votos da Familia Real Portuguesa de um Santo e Feliz Natal para todos.
Na foto, Dom Duarte e Dona Isabel posam junto dos três filhos, S.A.R., O Príncipe Dom Afonso, de 16 anos, S.A., A Infanta Dona Maria Francisca, de 15 e S.A., O Infante Dom Dinis, de 13 anos.
Fotógrafo oficial da Casa Real: Homem Cardoso
Lux - 20 de Dezembro de 2012
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FAMÍLIA REAL PORTUGUESA DESEJA BOAS FESTAS
Dom Duarte apresenta a todos os seguidores da página oficial do facebook, os votos da Familia Real Portuguesa de um Santo e Feliz Natal para todos.
Publicado às 16:58 de 20 de dezembroCliques: 9
Estatísticas do Facebook:
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Primeiro "Like": 18:03 de 20 de dezembro
Último "Like": 01:33 de 21 de dezembro
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POPULARIDADE NO FACEBOOK
Fama VIP, 20 de Dezembro de 2012
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O POSTAL DE NATAL DOS DUQUES DE BRAGANÇA
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O POSTAL DE NATAL DOS DUQUES DE BRAGANÇA
Uma fotografia de família, onde os duques de Bragança aparecem com os três filhos, Afonso, de 16 anos, Maria Francisca, de 15, e Dinis, de 13. É este o postal de Natal que a família real portuguesa publicou na sua página do Facebook, juntamente com a seguinte mensagem: "Encarrega-nos SAR o Senhor Dom Duarte de apresentar a todos os seguidores desta página os votos da Família Real Portuguesa de um Santo e Feliz Natal para todos".
Caras de 21 de Dezembro de 2011
S.A.R., DOM DUARTE ESTEVE PRESENTE NO 41º DIA NACIONAL DOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
A convite da Embaixada dos Emirados Árabes Únidos, a Confraria de Saberes e Sabores da Beira, "Grão Vasco", esteve presente nas celebrações do 41.º Dia Nacional dos Emirados Árabes Únidos. Marcaram presença cerca de 25 confrades, numa celebração, a nosso ver, muito agradável.
O evento decorreu no passado dia 3 de Dezembro, pelas 19h, no Pavilhão Atlântico/Sala Tejo e contou com a presença de S.A.R., Dom Duarte de Bragança.
Os convidados foram recebidos pelo Sr. Embaixador, Sua Excelência Saqer Nasser Alraisi.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
EXEMPLOS DA "NEFANDA CARIDADE" (3): INSTITUTO DE SOCORRO A NÁUFRAGOS
A chamada "caridadezinha" deixa de sê-lo quando se trata de uma obra bem fundada, com continuidade e pedagogia.
Sabia-se qual era o deplorável estado em que se encontraria quem por fatalidade se "atrevesse a naufragar" junto à costa portuguesa, durante muito tempo apelidada internacionalmente como "A Costa Negra". Houve quem tivesse instituído uma organização de "solidariedade", como hoje se usa dizer para efeitos de cartilha programática daqueles obcecados pelo ataquei à carteira dos demais.
Aqui está o ISN, outra obra da Caridade da Rainha Dona Amélia de Orleães.
Nuno Castelo-Branco
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
FOTOS DE S.A.R., DOM DUARTE NO "ALMOÇO DE CONJURA" EM COIMBRA E APRESENTAÇÃO DO LIVRO "PLANO C"
Sua Alteza Real, O Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, esteve no "Almoço de Conjura" no dia 15 de Dezembro de 2012, organizado pela Real Associação de Coimbra, onde foi também apresentado o livro "Plano C", de autoria conjunta do Instituto da Democracia Portuguesa.
S.A.R. Dom Duarte de Bragança com Fábio Reis, presidente da Real Associação da Beira Litoral.
Fotos: Manuel Beninger
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
LIVRO: DOM MANUEL II, O ÚLTIMO REI DE PORTUGAL
Sinopse: A vida de D. Manuel II, o último rei de Portugal, suscita um enorme interesse É a vida de um Rei cuja figura ficou marcada por um rasto de saudade, quase um mito para monárquicos e nostálgicos, e por um profundo desconhecimento, especialmente dos anos do seu prolongado e frustrante exílio em Inglaterra. Um homem que morreu cedo de mais, em 1932, de forma inesperada, e sem deixar filhos como garante essencial da continuidade dinástica da histórica Casa de Bragança. Chorado por muitos, esquecido e até desprezado por outros, poucos dos seus biógrafos, que em geral se detêm na sua intensa atividade política dentro e fora de Portugal, olharam com detalhe a sua vida no exílio Viajamos no tempo desde a triste queda da Monarquia Portuguesa nos últimos anos da dourada Belle Époque até à crise económica e política que levou à Segunda Guerra Mundial. Descobrimos o vínculo forte que o unia à sua mãe, a Rainha Dona Amélia, a sua relação com a pátria que o acolheu, Inglaterra, e o seu amor profundo por Portugal, um país, um trono a que tentou regressar, mas a que nunca retornaria. Conhecemos grandes personagens como o Rei Jorge V, seu primo e apoio fundamental, Alfonso XIII de Espanha, outro primo que lhe desperta os receios frente às ambições expansionistas, Guillermo II da Alemanha, a sua amada atriz Gaby Deslys, os amigos de diversão na noite londrina, e outras distintas princesas que poderiam ter-se tornado Rainhas de Portugal. A sorte coube à princesa Augusta Vitória de Hohenzollern, leal companheira, ela própria uma figura desconhecida e contestada numa Inglaterra em guerra com a Alemanha. Infértil, talvez devido a uma doença venérea do seu marido, depois da morte deste refaz a sua vida como condessa do desaparecido Império Alemão.
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Sobre o autor:
Ricardo Mateos Sáinz de Medrano é licenciado em Geografia e História, em Tradução e Interpretação, tendo um diploma em Naturopatia. Estuda Psicologia em Barcelona, onde reside desde 1977. Estuda a história e a genealogia das famílias reias da Europa. Colaborou em vários trabalhos publicados em França, Alemanha, Reino Unido e Espanha, e em prestigiosas obras sobre história e genealogias reais. Conheceu e entrevistou príncipes da maioria das Casas Reais. Em 1997 acompanhou na Rússia, os príncipes da família Romanoff, e em maio de 1998, seguiu a visita oficial dos reis de Espanha à Grécia. Autor de vários livros, todos com enorme êxito pela Esfera dos Livros em Espanha. Colabora em várias publicações periódicas e articulista de revistas estrangeiras como Royalty Digest, Majesty e The European Royalty History Journal. Comentador de temas reais na rádio e televisão. Cavaleiro da Orden Constantiniana de San Jorge.
Ricardo Mateos Sáinz de Medrano é licenciado em Geografia e História, em Tradução e Interpretação, tendo um diploma em Naturopatia. Estuda Psicologia em Barcelona, onde reside desde 1977. Estuda a história e a genealogia das famílias reias da Europa. Colaborou em vários trabalhos publicados em França, Alemanha, Reino Unido e Espanha, e em prestigiosas obras sobre história e genealogias reais. Conheceu e entrevistou príncipes da maioria das Casas Reais. Em 1997 acompanhou na Rússia, os príncipes da família Romanoff, e em maio de 1998, seguiu a visita oficial dos reis de Espanha à Grécia. Autor de vários livros, todos com enorme êxito pela Esfera dos Livros em Espanha. Colabora em várias publicações periódicas e articulista de revistas estrangeiras como Royalty Digest, Majesty e The European Royalty History Journal. Comentador de temas reais na rádio e televisão. Cavaleiro da Orden Constantiniana de San Jorge.
ESPERANÇA
Num movimento imparável de crescimento e constatação que a monarquia através da Família Real, consegue aglutinar em torno dela uma relação de afecto e de esperança para Portugal, não será pedir muito a todos (expressamente a "todos"), que se identificam com a Causa Real e os seus propósitos de servir a Pátria sem nada em troca, divulgue sempre que possível, num espírito de humildade, através dos seus amigos todas as ideias e eventos que poderão alargar o "ideário" de restauração monárquica, que tem constantemente adiado sem consulta popular, desde 1910.
Existe uma solução para Portugal.
Restabelecer o laço afectivo da história e da inevitável compreensão daquilo que efectivamente somos: Portugueses.
Em todos os momentos de dificuldade e de ansiedades, tivemos sempre o engenho da superação, quando já ninguém acreditava que o pudessemos executar.
A nossa imensa e grandiosa história é disso uma prova cabal.
Por Portugal, uma Esperança.
Viva a Família Real.
domingo, 16 de dezembro de 2012
A BANDEIRA DE PORTUGAL QUE PERTENCEU À CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
A bandeira que no dia 5 de Outubro estava içada na Camara Municipal de Lisboa e que os republicanos sem legitimidade arrearam.
Aqui está a bandeira a ser colocada no muro do piso superior da SHIP - Sociedade Histórica da Independência de Portugal no dia 5 de Outubro de 2012, dia a Fundação de Portugal!
sábado, 15 de dezembro de 2012
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
ALMOÇO DE CONJURA EM COIMBRA
A REAL ASSOCIAÇÃO de COIMBRA vai realizar no próximo SÁBADO, dia 15 de Dezembro a tradicional REUNIÃO de CONJURA no renovado Hotel Dona Inês, na cidade de Coimbra, para comemorar a RESTAURAÇÃO da INDEPENDÊNCIA de PORTUGAL, ocorrida no 1º. de Dezembro de 1640!
Neste ano de 2012, a Reunião dos CONJURADOS terá lugar ao Almoço, a partir das 13 horas, contará com a presença do Senhor Dom Duarte de Bragança e será enriquecida com a apresentação do Livro "PLANO C", obra de intervenção, composta por vários depoimentos sobre a actual situação do País.
O Livro "PLANO C" tem Prefácio de S. A. R., O Senhor Dom Duarte de Bragança.
O Professor Doutor Mendo Castro Henriques, Presidente da Direcção do I.D.P., fará a apresentação do Combate que o PLANO C constitui.
Para conhecerem melhor o PLANO C, devem todos comparecer no ALMOÇO DE CONJURA que a REAL ASSOCIAÇÃO DE COIMBRA realiza no próximo SÁBADO, dia 15 de Dezembro no HOTEL DONA INÊS, em Coimbra.
Ocorrerão outras intervenções de pessoas interessadas neste Combate.
As inscrições para o Almoço de Conjura devem ser efectuadas para a recepção do Hotel Dona Inês através do telefone n.º 239 85 58 00.
O custo do almoço é de 18,00 €/pessoa
(Os jovens com menos de 30 anos pagam apenas 16 €).
Convidam-se TODOS os PORTUGUESES a participar neste Almoço Comemorativo da RESTAURAÇÃO da INDEPENDÊNCIA de 1640!
Viva o REI!
Viva PORTUGAL!
O Presidente da Direcção da R.A.C.
Joaquim Leandro Costa e Nora
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
NOVA DIRECÇÃO DA JUVENTUDE MONÁRQUICA PORTUGUESA (JMP)
No dia 3 de Dezembro de 2012, foi eleita a nova Direcção Nacional da Juventude Monárquica Portuguesa.
Como Presidente foi eleito Diogo Tomás, João Maciel-Embaixador na Vice-Presidência e António Baião Pinto como Secretário.
Na tomada de posse, a Direcção da Juventude Monárquica Portuguesa (JMP) entendeu dizer o seguinte:
1) O tempo que o país atravessa exige exemplos de seriedade e serviço à Pátria. Por esta razão, a nova Direcção da JMP realça o caminho extraordinário seguido por Sua Alteza Real, o Sr. D. Duarte, Duque de Bragança.
Ao Chefe da Casa Real só se pode reconhecer mérito por nunca se ter vergado a qualquer interesse, mantendo-se firme na luta por um Portugal digno e orgulhoso se si próprio.
Contrariamente aos (des)Governos desta república, O Sr. D. Duarte nunca usou o Estado e os Portugueses para se beneficiar a título pessoal.
2) A JMP quer chegar aos jovens Portugueses e a nova Direcção tem como principal objectivo levar ao seu encontro o exemplo do Rei de Portugal e os benefícios de um regime Monárquico, através de encontros nas escolas, nas associações, em locais públicos, na rua.
3) O Rei é do Povo e para o Povo. A JMP é constituída por jovens de todas as partes de Portugal, de todas as classes sociais, de todos os quadrantes políticos e de todos os meios escolares.
Esta nova Direcção continuará a lutar contra o falso mito de que o regime Monárquico serve para os privilégios de alguns.
A reposição da verdade exige dizer aos portugueses que a Família Real sempre esteve ao Serviço de Portugal e que a Restauração da Monarquia é a solução para livrar a Chefia de Estado dos interesses mesquinhos e dos grupos de pressão.
4) A Direcção da JMP está ao serviço de Portugal, do Rei e da Juventude Portuguesa, colocando-se desde já na posição dos primeiros a servir os Jovens de Portugal, a caminho de um futuro digno e lutando por uma Pátria livre para decidir a cada momento o rumo que quer seguir.
A Direcção Nacional da JMP
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
S.A.R., DONA ISABEL DE BRAGANÇA NA VENDA DE NATAL DA ASSEMBLEIA PORTUGUESA DA ORDEM SOBERANA MILITAR DE MALTA
Foi inaugurada no dia 7 de Dezembro na Sala Vasco da Gama no Hotel Ritz em Lisboa a venda de Natal da Assembleia Portuguesa, cujo produto das vendas reverteu para as Obras Hospitalárias da Assembleia Portuguesa. Foi servido um cocktail oferecido pela Assembleia a inúmeros convidados, tendo contado com a presença de S.A.R., A Senhora Duquesa de Bragança, bem como de diversas personalidades.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
UM 1º DE DEZEMBRO DIFERENTE
Por iniciativa e mobilização do "Movimento 1º de Dezembro", 16 bandas filarmónicas e grupos de todo o país desfilam, tocam e cantam na Avenida da Liberdade para homenagearem o 1º de Dezembro e o espírito da independência nacional junto ao Monumento aos Restauradores. Desfilaram e actuaram 750 músicos de bandas e grupos.
S.A.R., DOM DUARTE ESTEVE PRESENTE NAS COMEMORAÇÕES DO 1º DE DEZEMBRO DE 2012
Fotos de Isabel Santiago Henriques
sábado, 8 de dezembro de 2012
A RESTAURAÇÃO E NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
8 de Dezembro é dia da Imaculada Conceição ou de Nossa Senhora da Conceição. Padroeira de Portugal a partir das Cortes de 1645-1646 do Reinado de D. João IV, 8.º Duque de Bragança, em cujas veias corria o sangue de D. Nuno Álvares Pereira / S. Nuno de Santa Maria. Este Rei devolveu aos Portugueses uma Pátria livre, na sequência da Restauração da Independência Nacional levada a cabo pelos 40 Conjurados no 1.º de Dezembro de 1640.
Este é também o verdadeiro Dia da Mãe.
E é ainda o dia em que se deve fazer o Presépio em Família.
S.A.R., DOM DUARTE NA ENTREGA DOS PRÉMIOS INFANTE D. HENRIQUE À ST. DOMINIC'S INTERNATIONAL SCHOOL
A St. Dominic's International School realizou, esta sexta-feira, a cerimónia de entrega dos Prémios Infante D. Henrique, cuja apresentação esteve a cargo de S.A.R., Dom Duarte, Duque de Bragança.
Durante o discurso, Dom Duarte referiu que «o Prémio Infante D. Henrique é o melhor passaporte para as melhores universidades do mundo. Em algumas situações, vale mais do que certos currículos académicos».
O Prémio Infante D. Henrique é um programa internacional de desenvolvimento pessoal e social, dirigido a todos os jovens dos 14 aos 25 anos de idade, que os encoraja a desenvolverem-se como cidadãos ativos e participativos, fazendo uma contribuição positiva na sociedade, e que os prepara com experiências de vida para marcar a diferença com os próprios, as suas comunidades e o mundo.
O Programa existe em mais de 100 Países. Enquanto o Título do Prémio pode variar, a filosofia e os princípios básicos de funcionamento são os mesmos. Até à data, mais de 6 milhões de Jovens foram motivados a participar.
Lux, 07 de Dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
S.A.R., DOM DUARTE: "50% DA RIQUEZA PRODUZIDA EM PORTUGAL É PARA SUSTENTAR O ESTADO"
Dom Duarte Pio de Bragança é Herdeiro ao trono de Portugal, e detentor do título de Duque de Bragança, reivindicando direitos sobre o tíitulo de Rei de Portugal. É o Chefe da Casa de Bragança e, por inerência, o Chefe da Casa Real Portuguesa.
Nasceu em Berna a 15 de Maio de 1945. Foi o primeiro filho de Dom Duarte Nuno de Bragança e de Dona Maria Francisca de Orléans e Bragança. Os seus padrinhos foram o Papa Pio XII, a Rainha Dona Amélia de Orleães e a Princesa Aldegundes de Liechtenstein.
Estudou em Portugal, no Colégio Nuno Álvares e nos Jesuítas de Santo Tirso. Em 60 ingressou no Colégio Militar. Estudou no ISA e graduou-se pelo Instituto para o Desenvolvimento, da U. de Genebra.
Entre 68 e 71 cumpriu o serviço militar em Angola como piloto da FAP. Em 72 organizou uma lista independente de candidatos à AN o que determinou a sua expulsão do território angolano por ordem de Marcelo Caetano. No 25 de Abril divulgou em comunicado: “Vivo intensamente este momento de transcendente importância para a Nação. Dou o meu inteiro apoio ao MFA e à Junta de Salvação Nacional”.
Foi presidente da Campanha “Timor 87 de apoio à independência de Timor-Leste. Tal iniciativa deu destaque à causa timorense, congregando diversas personalidades. Com esses e outros apoios, Dom Duarte conseguiu a construção de um bairro de quarenta casas para desalojados. Através da Fundação Dom Manuel II enviou ainda ajudas para Timor-Leste no valor de centenas de milhares de euros.
Casou com Dona Isabel Inês de Castro Curvelo de Herédia e tem três filhos.
Quais as ligações afectivas de Dom Duarte de Bragança a Viseu? - Desde criança que me lembro de vir a Viseu com os meus pais, de achar uma cidade lindíssima e com pessoas muito simpáticas. Mas quando o engenheiro Pedro da Silveira me deixou a casa de Santar passei a vir mais vezes e a ter uma actividade muito próxima. Vivi em Santar uns anos, embora fosse muitas vezes a Lisboa, tinha a minha base aqui em Viseu. Entretanto combinei com o meu irmão Miguel e ofereci-lhe a casa de Santar, que agora dirige. A partir daí, sobretudo com o casamento e com a necessidade de resolver vários problemas em Lisboa, no resto do país e no mundo lusófono, acabei por vir menos vezes a Viseu. Mas tenho uma ligação afetiva muito grande à cidade, que tem o mérito de sempre ter conseguido preservar a sua área histórica, com algumas barbaridades pelo meio, mas de modo geral tem tudo bem preservado e isso é a coisa mais difícil nos nossos dias. Temos localidades lindíssimas em Portugal que estão completamente desfiguradas e há sobretudo um problema, as instituições oficiais preocupam-se com os monumentos, mas não tomam em consideração a paisagem. E a cidade de Viseu, com um edifício como, por exemplo, a torre da Segurança Social, destrói muito da paisagem urbana. Uma rua lindíssima, medieval, com o caixote do Siza Vieira no meio perde a sua graça, por mais interessante que seja a arquitectura dele. Não se pode misturar nenhuma área, que tem um conjunto paisagístico, um equilíbrio próprio, que faz parte da nossa memória e desfigurá-la com construções que não têm nada a ver.
Como vê o momento político-económico-social vivido em Portugal? Existe alternativa? - Temos um grande problema de pensamento em Portugal que é causado pelo ensino escolar, pela cultura familiar e que põe de lado o raciocínio lógico. Tomam-se decisões emocionais e pouco lógicas e estamos na situação de uma pessoa que andou anos a comer de mais, a não cuidar da saúde e agora tem que entrar em dieta rigorosa e tomar remédios muito amargos. Esta é a situação do Estado português. Depois ficamos muito zangados com o médico que é muito mau connosco quando, na verdade, temos que nos culpar a nós próprios porque deixamos o nosso Estado, eleito por nós, dar cabo da economia portuguesa por inépcia, irresponsabilidade e, nalguns casos, francamente, por corrupção. Muitas destas obras espaventosas de país muito rico que andámos a fazer durante estes anos todos tinham dois objetivos: Ser simpático para com o eleitorado que gosta de autoestradas, rotundas, de monumentos engraçados e disparatados nas rotundas mas, sobretudo, obras públicas. Mas há um motivo muito pior, estou convencido que muitas dessas obras públicas eram para dar negócios aos amigos, que depois dão emprego aos políticos que tomaram essas decisões, já para não dizer, financiar os partidos políticos a partir de comissões e doações dadas pelas empresas que fizeram as grandes obras públicas. Se em vez de, por exemplo, se ter feito a Expo, em Lisboa, onde se gastaram centenas de milhões de euros numa festa de seis meses, se tivessem restaurado bairros históricos de Lamego, Lisboa, Porto, uma quantidade de bairros históricos em Portugal que estão a cair, dava trabalho a muitas pequenas empresas de construção civil, era muito mais útil para o país, tinha muito mais interesse. Não dava era as tais comissões nem as negociatas que foram feitas à volta da Expo.
O mesmo aconteceu com o Centro Cultural de Belém, estádios de futebol, ponte Vasco da Gama que custou imenso e que estamos a agora a pagar. Na altura o estado estava a pagar as suas despesas com dinheiro do exterior e quem nos emprestava o dinheiro disse: “Então como é que vão pagar isso? Com o vosso nível de vida nunca vão ser capazes de pagar. Só continuamos a emprestar se passarem a ter uma gestão muito cuidadosa e se gastarem menos do que aquilo que ganham”. Mas ainda estamos a gastar mais do que o que ganhamos… Isto era o inevitável causado pela irresponsabilidade e que já tinha acontecido com a primeira República, começaram a fazer a mesma coisa e em 1926, ao fim de 16 anos estavam na falência.
Alternativas… Em primeiro lugar produzir produtos que possam ser vendidos no estrangeiro, darmos o máximo de apoio à produção nacional, agricultura, pesca, indústria, tudo aquilo que nós sabemos fazer bem e que foi negligenciado e destruído e, curiosamente, o único setor que melhorou este ano foi a agricultura. Outro aspecto é saber se o dinheiro que o Estado está a gastar é bem aplicado. Toda a gente tem pena dos funcionários públicos despedidos, claro que é para ter pena, mas será que vale mesmo a pena que nós todos, quem produz riqueza em Portugal, sustentemos 700 mil funcionários públicos, quando em 1975 tínhamos 200 mil? É isso que temos que saber, se queremos pagar isso e provavelmente não, preferimos pagar serviços que realmente recebemos e não a uma data de gente que muitas vezes não se sabe o que está a fazer. E, 80% do orçamento do Estado, são salários do funcionalismo público, do governo central e das câmaras. 50% da riqueza oficialmente produzida em Portugal é para sustentar o Estado e isto começa a ser insustentável. Se cada um de nós trabalha 11 meses, recebe 14, metade do que ganhamos é para sustentar a máquina do Estado. Mas de todas as desgraças se pode tirar um ensinamento e alguma vantagem, neste caso, visto que não soubemos obrigar o nosso Estado a comportar-se como pessoa de bem e sensata, agora não há alternativa. Em vez de cortar naquilo que é útil e produtivo no país, como é o caso de excesso de impostos que vão matar a produção industrial e agrícola, a economia produtiva, e que vão dificultar a nossa competitividade internacional, é preferível menos impostos e mais cortes na despesa do Estado e eu acho que isto é básico e lógico.
E, àqueles que tiverem de ficar desempregados, arranjem-lhes outros trabalhos onde sejam produtivos, onde possam produzir coisas úteis. Quase toda a gente sabe fazer outras coisas, há muita gente que está a abandonar a cidade, a ir para o campo e a criar produtos comestíveis, que são industrializados, que são vendidos aumentando a produção agrícola.
Há dezenas de milhares de estrangeiros, a trabalhar na agricultura portuguesa, porque poucos portugueses estão interessados em fazer vindimas, apanhar azeitona, fazer limpeza florestal. Há muita gente a receber subsídios para não fazer nada. Há câmaras, que eu conheço pessoalmente, como é o caso de Setúbal, onde quem recebe subsídios é obrigado a prestar serviços à comunidade, desde pessoas que ajudam na segurança das escolas, que dão explicações aos alunos com dificuldades, que tratam dos jardins municipais, que restauram prédios degradados, desempregados que têm um certo nível cultural e trabalham nessa área, outros que vão levar comida a casa dos mais velhos que não podem sair de casa…
Milhares de pessoas a fazerem trabalhos para a comunidade em troca dos subsídios que recebem. Isso é um passo muito positivo em todos os aspetos, e para eles em primeiro lugar. Claro que há os falsos desempregados, até há pouco tempo 30% das ofertas de trabalho em Portugal não tinham ninguém interessado nelas. O povo das Beiras tem mais flexibilidade, as pessoas são desembaraçadas, têm experiência de campo, quando perdem o emprego num serviço ou numa indústria sabem fazer outras coisas, podem mais facilmente adaptar-se à situação de crise económica do que, por exemplo, as do Porto e Lisboa.
De que modo poderia a Instituição Real ser um fator de união popular? - Tanto nos países superdesenvolvidos, muito progressistas como os do norte da Europa, países Escandinavos, Holanda, Bélgica e como nos países de terceiro mundo, que são democracias, como a Tailândia, Camboja, etc., mesmo em países onde a sua democracia é completamente diferente da nossa, como os países árabes, mesmo aí comparando a Monarquia com a república, a Monarquia funciona melhor. Marrocos funciona melhor que a Argélia, a Jordânia funciona melhor que a Síria, ou que o Egipto.
Portanto, comparando na mesma região, as Monarquias funcionam sempre melhor que as repúblicas. Estou convencido que um Chefe de Estado Rei teria controlado muito melhor os desmandos dos governos, porque não é suspeito de parcialidade.
Os nossos presidentes, por melhor que tenham sido, quando tentavam dizer ao governo “você está a exagerar, está a disparatar”, eram logo acusados de parcialidade partidária, com a excepção dos militares, como o General Ramalho Eanes que tinha uma verdadeira independência, os outros foram fundadores, presidentes, dirigentes partidários e não se conseguem libertar disso.
As pessoas não acreditam na independência do chefe de Estado, mesmo que eles o tentem ser.
Disse-se que os portugueses perderam a esperança e vivem cada vez mais acabrunhados e desesperados. Partilha desta opinião? - Há muita gente assim e pelas circunstâncias em que vive. É a primeira vez em que a geração mais nova vai, provavelmente, ter que viver com menos e com mais dificuldades que a geração dos seus pais. Até agora, nas últimas dezenas de anos, foi sempre o contrário. Há famílias extremamente angustiadas porque não conseguem cumprir os seus compromissos financeiros e outras já nem conseguem sustentar as necessidades básicas da casa.
Por outro lado está-se a desenvolver muito a solidariedade, o apoio dentro da própria família, o apoio entre amigos, de instituições de solidariedade e de caridade. Vê-se pelo sucesso que o Banco Alimentar, a Cáritas e outras têm e são o exemplo de que é uma grande tradição portuguesa, muito profunda, que está na nossa alma nacional e que tem estado a dar uma resposta muito boa perante as circunstâncias actuais.
O que acha imperioso mudar em Portugal? - Primeiro, na base de todos os problemas está a falta de raciocínio lógico. Em geral temos um comportamento incoerente e ilógico nas nossas decisões. Gastamos o que não deveríamos gastar, compramos o que está fora dos nossos meios, tomamos decisões de escolha de profissão e de curso baseado em modas ou em simpatias e não em vocação ou de perspetiva de futuro e emprego, nas decisões políticas, votamos no “nosso partido”, como se fosse um clube de futebol, mesmo que o presidente seja corrupto e esteja tudo mal, continua-se a votar porque é o “meu clube”.
Numa perspetiva de poder local entreveria com bom grado a hipótese de candidaturas autónomas suprapartidárias? - Acho que seria muito útil e uma acção de civismo muitíssimo interessante. Aconteceu nas presidenciais. Há também pequenos partidos, como o Partido da Terra e outros que têm ideias muito originais e interessantes e que poderiam estar no centro dos movimentos cívicos.
Têm algum descrédito os partidos? - Considero que os partidos são indispensáveis para o funcionamento democrático. A minha dúvida é se o poder todo deve ser controlado pelos partidos ou se não seria melhor ter, por exemplo, o voto uninominal para o parlamento, ou pelo menos metade ou dois terços fosse eleito por voto uninominal.
Que opinião tem sobre os nossos governantes, em geral? - Temos tido, dos vários governos, pessoas de grande qualidade, de grande valor. Do governo actual há ministros com valor intelectual e profissional, mas também temos tido pessoas politicamente menos competentes, mesmo que tecnicamente possam ser bons. Tenho ouvido muitas queixas, no sentido de que a escolha para os cargos políticos não é necessariamente pelos mais competentes, mas por motivos partidários, por motivos de outra ordem.
É pena que cada vez que muda o governo mudem todas as cúpulas das instituições e daquilo que faz funcionar o Estado. Por exemplo, em França, normalmente ninguém vai para ministro sem ter sido aluno das grandes escolas de administração e pelo menos ninguém vai para cargos públicos de administração sem ter passado por essas escolas.
E sobre a figura do Presidente da República? Vota nas presidenciais? - Nunca votei nas presidenciais, por uma questão de princípios, porque se não concordo com a instituição, Presidência da República, não faria sentido votar nela. Voto nas eleições municipais, porque aí conheço os candidatos, sei aquele que merece mais confiança e voto nele como pessoa e não como partido. Eu acho que o actual presidente é uma pessoa de muito valor, muito dedicada e que se esforça para cumprir a sua missão, mas é um cargo difícil, por um lado pela sua origem partidária, que é sempre suspeito de favorecer o seu próprio partido, embora nunca o tenha feito e muitas vezes até incomodou e atrapalhou o próprio partido, mostrando isenção.
Por outro lado, o facto de muitas vezes termos o presidente num partido e o governo noutro tem criado muitos conflitos institucionais à política portuguesa, que é outro dos inconvenientes do sistema republicano. E o pior dos inconvenientes é quando um presidente é muito bom, toda a gente gosta dele e gostaria que ele continuasse, ele não pode continuar porque a Constituição não deixa. Aliás, eu pergunto: porque é que a Constituição não deixa o povo reeleger sempre o mesmo presidente, se o quiser? Essa é a vantagem dos Reis e, de qualquer forma, também podem ser “despedidos”, porque em todas as democracias ocidentais o parlamente tem poder para destituir o Rei.
Qual a figura política portuguesa das duas últimas décadas com a qual tem alguma identificação? - Há bastantes, com quem trabalhei em matéria de política internacional, desde o Dr. Durão Barroso, o Dr. Jaime Gama, o próprio presidente Cavaco Silva, são pessoas com quem eu me dei bastante, o Dr. Mário Soares, enfim, tento sempre manter um relacionamento com eles na medida em que eles podem e que têm disponibilidade de tempo. Por outro lado, há realmente pessoas de grande nível que passaram pelos nossos governos e com quem tive um relacionamento muito interessante. São vários e se começo a citar uns esqueço-me de outros…
Que motivos o levaram em 87 a criar um movimento de apoio a Timor Leste e que relações subsistem atualmente com esse país. - A dada altura Timor estava sob ocupação Indonésia, havia centenas de milhares de mortos e as forças políticas que governavam Portugal achavam o assunto incómodo, que criava problemas com os nossos aliados, Espanhóis, Americanos e outros, e que era um caso perdido. Eu achei que isso não se podia fazer, era uma traição para com o nosso povo irmão e convidei uma série de pessoas para participar numa campanha que tinha como primeiro objetivo realojar os refugiados timorenses que estavam a viver num acamamento provisório no Jamor. E o segundo objetivo, mobilizar a opinião nacional e internacional a favor da causa de Timor e, de facto, tivemos desde o presidente da Câmara de Lisboa, João Soares, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, várias esposas de políticos, havia gente de todos os sectores, Intersindical, UGT, todos apoiaram e a campanha teve um enorme sucesso. O Artur Albarrã teve também um papel importantíssimo. Curiosamente, um grupo de estudantes portugueses, a quem eu fiz uma conferência na Universidade de Brown, em Rhode Island, decidiu lançar uma campanha por Timor, lá onde 15% da população é portuguesa. Então, o senador Kennedy, para ganhar o voto dos portugueses, decidiu apoiar Timor, virou o Senado americano, depois o Congresso americano e a política americana virou por causa dos estudantes portugueses da universidade.
Pequenos movimentos bem organizados podem ter efeitos muito grandes. Em 1997 visitei a Indonésia, tive encontros com os políticos de alto nível, vice-presidente da república, chefes militares, serviços secretos e consegui convencê-los a mudar de política em Timor e foi assim que a Indonésia permitiu a libertação de Timor.
Neste momento que relações subsistem com Timor? - Tenho mantido um contacto muito próximo, tenho lá ido todos os anos, por vezes ano sim ano não e, da última vez, em Março, tive uma grande alegria: o parlamento votou por unanimidade dar-me a nacionalidade Timorense. Depois o presidente Dr. Ramos Horta deu-me uma condecoração e o ministro Guterres deu-me o passaporte diplomático, de modo que agora sou timorense de pleno direito. E também estou em vias de ter a nacionalidade brasileira, porque a minha mãe é brasileira e a presidente Dilma Rousseff é favorável a isso. Sou a favor de que deveríamos ter o conceito de união lusófona ou confederação lusófona. Cabo Verde propôs há bastante tempo o conceito de cidadão lusófono, o que eu me considero. Sigo aquela frase de Fernando Pessoa, “a minha pátria é a língua portuguesa”. Também mais fácil e viável seria fazer um passaporte lusófono, que permitisse aos seus detentores ir a todos os países sem precisar de visto, que seria dado a pessoas que tivessem motivos sérios para o pedir.
Da Monarquia europeia, qual a figura com quem mais se identifica. - Os meus primos mais próximos, com quem me dou muito bem, o Duque Henrique de Luxemburgo, o Rei Alberto da Bélgica, todos eles são bisnetos do rei Dom Miguel, ou o Príncipe reinante de Lichtenstein, Hans Adam. Identifico-me e tenho uma grande simpatia pelo príncipe Carlos de Inglaterra. O seu pensamento e natureza ecológica e social, as grandes propostas que tem para a Inglaterra têm marcado muito o país. Tenho uma grande admiração pelo Rei de Espanha, de facto foi quem aí salvou a democracia, que levou o país pacificamente da ditadura para a democracia, enquanto que, Portugal, sofreu uma revolução que destruiu e atrasou a economia portuguesa, devido às nacionalizações, ocupações, leis disparatadas, que nos tornaram pouco competitivos.
Ou seja, para chegarmos à democracia precisámos de uma revolução que ia dando cabo do país e que deu cabo do ultramar. Os nossos irmãos africanos sofreram anos de guerra civil, miséria, fome, centenas de milhares de mortos, por causa de uma descolonização completamente irresponsável e mal conduzida. A Espanha evitou-o, num país muito mais perigoso e complicado que Portugal. A nível internacional tenho também várias ligações com Reis e Rainhas, como a Rainha da Dinamarca e a sua família, Rei da Holanda, os Reis da Jordânia, o Imperador do Japão, o Rei da Tailândia, enfim mantenho uma relação muito próxima com várias Monarquias.
E de todos os 34 Reis e Rainhas de Portugal, qual o favorito? - Sempre tive uma simpatia muito especial pelo rei Dom Dinis, desde criança. Considero também que houve Reis que foram muito injustiçados na nossa história, como é o caso do rei Dom Miguel.
Todos os livros de História falam mal dele, de uma maneira muito injusta, efectivamente quem estava com programa do progresso, com a democracia e com a modernidade era o Dom Pedro.
O projeto era seguir o modelo Inglês de política democrática moderna, só que o povo português não estava para aí virado e identificou-se com Dom Miguel e foi esse o drama. As elites quiseram a democracia moderna que Dom Pedro propôs. Ambos tinham os seus ideais só que a maneira como a história trata Dom Miguel é completamente injusta e desligada da realidade da época.
Também Dom João VI foi um Rei inteligentíssimo, conseguiu que Portugal e o Brasil se conseguissem salvar das invasões francesas, pelo menos salvar a sua independência, e fez do Brasil um país fantástico.
Existe uma mística que acho muito importante, que é a do Quinto Império, do Império do Espírito Santo, em que a missão de Portugal está por cumprir, não se limitando ao retângulo peninsular, mas é universal e com a missão de levar uma mensagem de fraternidade, humildade e espírito cristão que, de alguma forma, ainda continua a existir.
Que mensagem deixa aos beirões? - As qualidades humanas que encontramos aqui nas Beiras são de facto das melhores que há em Portugal e basta ver a quantidade de personalidades do mundo da cultura, ciência, política, que são da região e que têm tido sucesso. Os portugueses emigrados, maioritariamente destas zonas, têm sucesso para onde vão, Estados Unidos da América, no Luxemburgo, onde 25% da população activa é portuguesa, mostra que as nossas capacidades devem ser bem aproveitadas e bem orientadas.
Acho que foi pena os nossos emigrantes terem gasto muito das suas poupanças em habitações, em geral esteticamente duvidosas, abandonadas e deveriam ter investido em empreendimentos de natureza económica rentável.
Há uma potencialidade muito grande que deve ser melhor aproveitada e encorajada e desde as Câmaras Municipais, às Instituições, locais e nacionais, têm que conseguir orientar as boas iniciativas no campo agrícola, industrial e outras. A informação tem que ser melhorada, o trabalho de extensão rural também deve ser melhorado. As indústrias regionais e a produção agrícola regional deveriam ser preferidas por todos.
Vejo gente ligada à produção agrícola e que depois vai ao supermercado e compra produtos espanhóis, sem sequer se importarem com a sua origem. Tem que haver coerência e eficácia no nosso comportamento para ultrapassarmos a crise económica e criarmos uma nova dinâmica em que o país se torne sustentável.
Temos uma economia de gastos não-sustentável a corrigir e todos contamos com os beirões para introduzir este espírito revolucionário na nossa economia. Se estamos interessados em manter uma cultura e uma identidade cultural própria, e já que temos turismo, temos que salvar a nossa paisagem. Não podemos continuar a destruir a paisagem com construções disparatadas, desenquadradas e depois querermos que os turistas venham ver caixotes. Eles querem é boas aldeias, vilas, bons campos e o papel do agricultor é também o papel de preservar, manter e melhorar a paisagem e isso tem que ser pago.
O agricultor é um defensor da sua paisagem.
Jornal do Centro, 07 de Dezembro de 2012
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