domingo, 30 de setembro de 2012

UM ELÉCTRICO CHAMADO TRADIÇÃO

Um eléctrico chamado tradição
“Uma das coisas que gosto de fazer é tomar o eléctrico para Colares. Sempre que tenho visitas levo-as neste passeio, que é um dos mais aprazíveis das redondezas. Ainda bem que a ligação foi restabelecida, pois Sintra tem de preservar o seu encanto do século XIX, é essa a sua imagem de marca”.

up magazine, Outubro de 2010
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O eléctrico da Praia da Maçãs - Uma imagem de Marca de Sintra - O eléctrico de Sintra foi inaugurado há 118 anos, a 31 de Março de 1904, com o material circulante encomendado à J.G.Brill Company (Estados Unidos).O percurso, com uma extensão de 8.900 metros, foi prolongado a 10 de Julho desse ano até à Praia das Maçãs, totalizando uma extensão de 12.685 metros. Mais tarde, a 31 de Janeiro de 1930, o eléctrico chegou às Azenhas do Mar.
Na sua já longa vida, o eléctrico, parte integrante da bela paisagem de Sintra, tão acarinhado pelas populações que o vêem passar às suas portas há mais de cem anos, teve ao longo da sua exploração algumas paragens , felizmente sempre retomadas.

O eléctrico da Praia das Maçãs acompanhou diversos ciclos da nossa história. A 1ª tentativa de construção da linha de caminho de ferro entre Sintra e Colares foi em 1886, reinava então D. Luis.
A 2 de Julho de 1900, é constituída a Companhia de Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maçãs SARL, ainda em monarquia, no reinado de D.Carlos.
Anos mais tarde a empresa sofre uma alteração e passa a denominar-se “Cintra ao Oceano”, em 1904 , já no fim do regime monárquico, e mantém-se até 1914, já em pleno regime Republicano, com os eléctricos pintados de amarelo.
A cor azul, surgiu com a Companhia Sintra Atlântico (1914-1975), posteriormente consequência das privatizações que aconteceram após o 25 de Abril de 1974, tendo sido integrada na Rodoviária Nacional (1976-1995).
Em 1995, já em plena democracia, com a onda de privatizações na altura, é adquirida pelo grupo Barraqueiro, que vendeu 20% do capital ao grupo britânico Stagecoach Holding, que acabou por pintar os eléctricos de vermelho.
Nos nossos dias o eléctrico renasceu a partir de 1996, em várias fases , recuperando-se inicialmente o troço Estefânia, Ribeira de Sintra e inaugurando-se posteriormente o troço entre a Ribeira de Sintra e o Banzão a 30 de Outubro desse ano. A passagem da exploração para a Câmara Municipal de Sintra, permitiu retomar a circulação em 2001, e mais tarde fazer chegar de novo o eléctrico à Praia das Maçãs.

sábado, 29 de setembro de 2012

CRIME: QUIOSQUE COM 103 ANOS ESQUECIDO NO LARGO DA ESTRELA

Há cinco anos que o presidente da Junta de Freguesia da Lapa luta para reabilitar o quiosque do Jardim 5 de Outubro

O quiosque do Largo da Estrela, no Jardim 5 de Outubro, vulgarmente conhecido como Jardim da Burra, conta já 103 anos e foi outrora um dos mais bonitos e apreciados de Lisboa. Ao longo dos anos, foi propriedade do já extinto jornal O Século, serviu de apoio à praça de táxis nas décadas de 1960 e 70 e deu abrigo ao funcionário do ponto de abastecimento de combustível nos anos 90. Actualmente, o quiosque tem servido de refúgio a um sem-abrigo e é usado como lixeira.

O exemplar com mais de um século é propriedade particular, que depois da morte do seu proprietário ficou preso num processo de partilhas que se arrasta há 20 anos. O presidente da junta de freguesia, Nuno Ferro, defende uma intervenção da câmara e explica já ter esgotado os mecanismos ao seu alcance para tentar resolver o problema. "Nós andamos de três em três meses a enviar ofícios para a câmara e não obtemos qualquer resposta. Este ano já enviámos dois, dirigidos à vereadora da Cultura e ao vereador Sá Fernandes. Enviamos uma média de dois a três por ano, e nada." O autarca tentou também contactar o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, mas não conseguiu resposta.
Inaugurado em 1909, o quiosque nasceu na época em que a Arte Nova chegava a Portugal e com ela trazia a preocupação com a ornamentação, decoração e exploração dos novos materiais, entre eles o ferro. E o ferro forjado é o material dominante no quiosque. Com uma cobertura de zinco em forma de escamas, elementos rendilhados e compostos por movimento, o quiosque assume-se como um exemplar único de Arte Nova na capital portuguesa.
O estado de abandono do quiosque prejudica o largo, onde a riqueza do património arquitectónico e dos espaços verdes pode ser observada do emblemático eléctrico 28. Os turistas são convidados a reter um cenário de desmazelo e desleixo junto à basílica e ao jardim da Estrela.
O primeiro ofício da junta de freguesia, a alertar para o problema, data de Novembro de 2007. Nesta primeira carta, a autarquia propôs à Divisão de Requalificação do Espaço Público duas soluções: a reabilitação do quiosque centenário ou a colocação de um novo quiosque. A proposta tinha por base o interesse de um particular em explorar o espaço com "a já tradicional ginjinha, café e água".
Três anos depois do primeiro pedido, Nuno Ferro estendeu as cartas ao vereador do Espaço Público e Espaços Verdes, José Sá Fernandes, e à vereadora da Cultura e Turismo, Catarina Vaz Pinto. "O quiosque da Burra não é da câmara, é propriedade privada e estamos a tentar ver como é que resolvemos esse assunto, mas não posso adiantar mais nada", respondeu o vereador José Sá Fernandes. Sobre eventuais planos para o quiosque e a possibilidade de o município o adquirir o autarca apenas disse estar "a estudar o assunto".

Por Liliana Pascoal Borges in Público

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ANIVERSÁRIO DE SS.MM., EL-REI DOM CARLOS E RAINHA DONA AMÉLIA


Dom Carlos I de Bragança nasceu no Palácio da Ajuda, em Lisboa, a 28 de Setembro de 1863, fazia hoje 148 anos. Barbaramente assassinado no Terreiro do Paço, em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 1908 e foi o penúltimo Rei de Portugal.
Em 1864 com apenas cinco meses Dom Carlos foi reconhecido em Cortes como o futuro sucessor de Seu Pai o Rei Dom Luís I e, de certa forma, deu-se início à sua longa educação e preparação para a arte da governação que aconteceria 26 anos mas tarde.
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Dona Maria Amélia Luísa Helena de Orleães, madrinha de Baptismo de S.A.R., O Senhor Dom Duarte de Bragança, nasceu em Twickenham, Inglaterra, 28 de Setembro de 1865, fazia hoje 146 anos, faleceu em Versalhes, França, a 25 de Outubro de 1951. Foi Princesa de França e última Rainha de Portugal.
Viúva de um Rei e Mãe de um Príncipe que viu serem varados pelas balas dos regicidas, foi o único membro da Família Real exilada pela república a visitar Portugal em vida. E o último a morrer. Em França, onde passou os últimos trinta anos de quatro décadas de exílio, a sua memória ainda vive.

FOTOS: CERIMÓNIA DA ENTREGA DO PRÉMIO INFANTE D.HENRIQUE NO FUNCHAL - 26 DE SETEMBRO DE 2012

Jornal da Madeira de 27 de Setembro de 2012

VÍDEO: "UMA EXPERIÊNCIA SINGULAR" PARA A FORMAÇÃO DOS JOVENS

Vídeo: MrMonarquia 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

IMPRENSA:"UMA EXPERIÊNCIA SINGULAR" PARA A FORMAÇÃO DOS JOVENS - COM VÍDEO

40 jovens do concelho do Funchal receberam medalhas de participação no Prémio Infante Dom Henrique.
A Câmara Municipal do Funchal acolheu, hoje à tarde, a entrega de medalhas do Prémio Infante Dom Henrique.
S.A.R., O Duque de Bragança presidiu à cerimónia e destacou o trabalho meritório dos jovens e das escolas participantes, nomeadamente a Escola da APEL e a Escola Básica de 2º e 3º Ciclo dos Louros.
“O Prémio Infante Dom Henrique não é uma competição entre os jovens, mas sim uma forma de cada jovem se superar a si próprio. É uma forma de provar que são capazes de levar a bom termo o desafio que decidiram assumir, no campo da solidariedade, no campo das tarefas pessoais”, entre outros aspectos.
Dom Duarte de Bragança não deixou passar a oportunidade para falar sobre a austeridade por que passa Portugal, dizendo que o Estado tem forçosamente que reduzir os gastos para não sobrecarregar a população. “Temos duas alternativas, ou cortar nos custos ou aumentar a receita à custa dos impostos”, sendo que aumentar a carga fiscal “acaba por estrangular a economia produtiva”.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal mostrou-se igualmente satisfeito com a adesão do concelho ao Prémio Infante Dom Henrique. Miguel Albuquerque defendeu que os jovens, ainda antes de irem para as universidades, deviam ter uma componente de trabalho voluntário na comunidade. “Temos condições ímpares de introduzir no nosso sistema de ensino algo que alguns países mais avançados do Mundo na área da educação já introduziram há muitos anos”.
Refira-se que o Prémio Infante Dom Henrique é um programa internacional de desenvolvimento pessoal e social, dirigido a todos os jovens dos 14 aos 25 anos de idade. O programa arrancou em finais de 2010 com a formação de 30 professores nas escolas secundárias do Funchal.
Os 40 jovens premiados hoje prestaram, durante um ano, voluntariamente, serviço à comunidade em várias instituições particulares de solidariedade social, 30 deles completaram o nível bronze e 10 completaram o nível prata.
Diário Cidade

IMPRENSA: S.A.R., O DUQUE DE BRAGANÇA DEFENDE QUE O "ESTADO GASTA DEMAIS"


Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, defendeu hoje que "o Estado gasta demais". À margem da entrega de medalhas do Prémio Infante D. Henrique, na Câmara Municipal do Funchal, apontou que o caminho passa por "estimular a solidariedade e a imaginação criativa para o país poder produzir melhor".
"Só temos duas alternativas: ou cortamos custos, ou aumentamos as receitas, as receitas à custa dos impostos acabam por estrangular a economia produtiva, e tem de ser nos custos do Estado, o Estado gasta demais", disse, frisando que também as famílias fazem o mesmo. "Durante anos, num ambiente de grande entusiasmo, achávamos que éramos um país rico, quando a nossa produtividade era de um país pobre", sublinhou.
Quando questionado sobre o corte de apoios previsto para a Fundação que preside, a Fundação D. Manuel II, O Duque de Bragança explicou que não recebem normalmente nenhum apoio do Estado, com excepção de uma verba de 2.500 euros que foi paga de cada vez que realizaram um congresso de lusofonia, onde estavam representados todos os países de língua portuguesa, por isso o corte "não fará diferença". "É uma ninharia, em comparação com os milhões de euros pagos a outras fundações", constatou, garantindo que a Fundação trabalha só com meios próprios, menos quando há um programa extra que ultrapassa a capacidade que possuem.
Hoje de tarde, 40 jovens da APEL e da Escola Básica do 2º e 3º ciclos dos Louros receberam medalhas por trabalho desenvolvido na área do voluntariado. Dom Duarte Pio de Bragança recordou que este prémio "é uma competição consigo próprio e não entre os jovens", em que cada um tem de superar-se a si próprio. "É uma forma de provar que são capazes de levar a bom termo o desafio que decidiram assumir, no campo da solidariedade, no campo das tarefas pessoais”, explicou.
O Presidente da Autarquia do Funchal, Miguel Albuquerque, enalteceu a participação dos jovens neste programa e defendeu que os jovens, antes de ingressarem no ensino universitário, deviam ter uma experiência na área do voluntariado.
dnotícias.pt, actualizado ontem às 18:43.

IMPRENSA: DOM DUARTE DE BRAGANÇA DEFENDE MAIS CORTES NA DESPESA DO ESTADO


Dom Duarte de Bragança defende que, nos actuais tempos de austeridade, «só temos duas alternativas: ou cortar nos custos, ou aumentar as receitas».

Num comentário feito à margem da entrega de medalhas do “Prémio Infante D. Henrique”, o Chefe da Casa Real Portuguesa considerou que «as receitas à custa dos impostos acabam por estrangular a economia produtiva, e tem que ser nos custos do Estado, que gasta demais».
Lamentando ainda que «infelizmente, muitas famílias também gastaram demais, passámos a viver acima dos nossos meios», Dom Duarte de Bragança crê que o problema passa por ter havido, durante anos, «um ambiente de grande entusiasmo, em que achávamos que já éramos um país rico, quando a nossa produtividade é de um país pobre».
Dessa forma, neste contexto difícil, apela à estimulação da solidariedade, seguindo o exemplo da Igreja, e da imaginação criativa, «para podermos produzir melhor, dentro das nossas possibilidades».
Quanto ao assunto que o trouxe à Madeira, a entrega de medalhas no âmbito do “Prémio Infante D. Henrique”, o Chefe da Casa Real Portuguesa destacou que esta «é uma competição consigo próprio, não é uma competição entre os jovens, mas cada um dos jovens tem de se superar a si próprio e provar que é capaz de levar a bom termo o desafio que decidiu assumir no campo da solidariedade, mas também do desporto ou dos talentos pessoais».
Por seu turno, na cerimónia da entrega de medalhas a 40 jovens, que decorreu esta tarde no Salão Nobre da Câmara Municipal do Funchal, o Presidente da Autarquia defendeu a necessidade de uma maior aposta numa «vocação de excelência na Educação».
Lembrando que, «na generalidade dos países da Europa os alunos têm de desenvolver um ano de trabalho (Suécia) e/ou de voluntariado (Inglaterra) antes de entrarem na Universidade», Miguel Albuquerque defendeu ser «fundamental existirem outras variáveis que contam na formação pré-universitária, como a experiência de vida, a experiência concreta de trabalho, a vocação e, sobretudo, a experiência que se ganha na ação do voluntariado. Isso faz parte de uma formação pré-universitária que depois vai ser muito útil na vida, quer durante os estudos universitários, quer após a universidade», concluiu.
Jornal da Madeira, 26 de Setembro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"PORTUGAL NÃO ESTENDE A MÃO SENÃO A DEUS"

O espírito de 1640
‎”PORTUGAL NÃO ESTENDE A MÃO SENÃO A DEUS” de Henrique de Paiva Couceiro é uma frase que nunca fez tanto sentido como hoje num Portugal acabrunhado pela lei do credor estrangeiro , a ganância de alguns e a cobardia dos restantes.
Nunca como hoje foi tão evidente a diferença entre o Portugal que se levantou em 1640 e o Portugal que se vai deixando morrer entre ditaduras , festas e democracias pouco democráticas.Nunca como hoje foi tão evidente a diferença entre o português que se lançou ao desconhecido arriscando tudo e o português que se deixa escravizar para não arriscar nada.
A frase representa um pilar da doutrina monárquica que todos os governantes deveriam ter em mente…e os portugueses escrito num papel à cabeceira da cama para nunca esquecerem que não é dinheiro que move os homens que constroem nações nem nunca foi dinheiro ou os “mercados” que fizeram 22 gerações de portugueses e 34 Reis e Rainhas de Portugal penhorarem as suas vidas e o seu bem estar em prol das gerações futuras, em prol de um projecto que muito mais do que um pequeno país foi Portugal , aquele que se estende pelo planeta fora, aquele projecto que Camões e Pessoa (separados por séculos e unidos pela língua e pelo projecto) declararam estar a meio, inacabado, dependente da vontade das gerações do seu tempo…do nosso tempo! Qual torre de babel que coube aos portugueses acabar com os olhos postos no céu e os pés na terra.
Nunca como hoje fez tanto sentido a frase da Fundação:
“O Rei é livre, nós somos livres”

terça-feira, 25 de setembro de 2012

PRESENÇA DE S.A.R., DOM DUARTE DE BRAGANÇA NA SANTA MISSA NA IGREJA DE NOSSA SENHORA DO LORETO EM LISBOA, PELO MÁRTIR SÃO MAURÍCIO

Sua Alteza Real, Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte Pio de Bragança, Cavaleiro Grã-cruz da Ordem de S. Mauricio e Lázaro, Ordens Dinásticas da Casa Real de Sabóia em Portugal.

Santa Missa de 22 Setembro último pelo Mártir S. Mauricio. Alguns Cavaleiros da Ordem, com S.A.R., Dom Duarte, S.E. Bispo de São Tomé, Condes de Nigra, Duque da Terceira, Duque de Favero, sacerdotes do Loreto, Duquesa de Favero, representante da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Dra. Isabel Silveira Godinho, Delegado da Ordem em Portugal: Dr. Paulo Falcão Tavares, entre outros.
Estiveram prsentes tambem as Guardas de Honra italianas e as Guardas de Honra da Casa Real Portuguesa.
S.A,R., Dom Duarte de Bragança, com o Delegado das Ordens da Casa Real de Saboia, na Sacristia da Igreja dos Italianos em Lisboa.

Durante todo o dia estiveram expostas as Insignes Reliquias de S. Mauricio, para veneração dos fiéis e Ilustres Confrades. Chamo a especial atenção que existe Indulgência Plenária, neste dia, para as Damas e Cavaleiros da Ordem. As Insignes reliquias pertenceram à Rainha de Portugal Dona Maria Francisca Isabel de Sabóia, desde a sua vinda para o Reino de Portugal em 1666.
A Indulgência Plenária vinda do Santo Padre, é exclusiva para este solene e especial dia.
A Igreja em causa tambem é designada por Igreja dos Italianos, no Chiado.
Insignias da Ordem de São Maurício e Lázaro
Ordens Dinásticas da Casa Real de Sabóia

BASTA! ESTÁ NA HORA!


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

"QUE MONARQUIA QUEREM?"


" A esta pergunta peregrina queremos responder lealmente aos nossos adversários políticos, dizendo-lhes, como honradamente nos compete, que somente conhecemos uma monarquia. A Monarquia não sofre desvio na inteligência da sua instituição perfeita, porque a sua doutrina assenta, ao mesmo tempo, na tradição e no progresso de cada Povo, vigorando como libertadora do Homem, pelos privilégios da sua grandeza integral e reconhecimento das suas virtudes ancestrais ( ... ) A Monarquia Portuguesa foi sempre hereditária, católica, tradicional, orgânica, popular como representativa das suas gentes, ouvidas nas Cortes Gerais em todos os negócios importantes para os destinos dos povos. ( ... )
A' pergunta feita à falsa fé se queremos o constitucionalismo liberal ou se preferimos a Monarquia das Ordens- e neste ponto foge-lhes a língua para a maior maldade, ao insinuar o absolutismo, que, eles sabem, nunca existiu em Portugal, até porque, devido à constituição social da nossa Monarquia tradicional, este regime assenta no reconhecimento das legítimas liberdades -, respondemos: queremos a Monarquia municipalista e descentralizadora, assente nos foros e respeitadora de todas as mais legítimas liberdades e franquias do homem. "
Fernando de Aguiar, Revista « Tradição »
Cristina RibeiroEstado Sentido

domingo, 23 de setembro de 2012

EM DEFESA DA NAÇÃO

(...) Para lá de qualquer agenda fantasiosa, estou convicto que que urge reunir tantos portugueses quanto possível na defesa e promoção da nossa Casa Real. Acontece que se dá o extraordinário facto de, após um século de desgraçada república, possuirmos uma incontestável Casa Real e com geração. Esse é um património a defender com todas as nossas energias, um significativo privilégio em relação às muitas irremediáveis e decadentes repúblicas europeias. Ler mais»»»
João Távora, Corta-Fitas
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Trabalhos de Hércules
Parece-me inegável que a afirmação do movimento monárquico em Portugal nos últimos anos, vem ganhando fôlego. As acções e debates decorrentes do centenário do regicídio e da implantação da república, uma dinâmica pragmática da Causa Real, sob a direcção duma figura política de peso, a afirmação de outros movimentos de intervenção cívica de tendência monárquica, o irresistível humor das bandeiras hasteadas na Câmara Municipal de Lisboa e no alto do Parque Eduardo VII, a simpatia, mesmo que tímida, manifestada por novas gerações de académicos e fazedores de opinião são sinais positivos que não devemos menosprezar. Hoje, a Lusa, as TVs e os jornais reconhecem as estruturas da Causa Real como interlocutores preferenciais, quando pretendem abordar o tema. Se juntarmos a tudo isto a facilidade de publicação e disseminação de notícias e mensagens através das Redes Sociais, seremos obrigados a reconhecer que algo mudou nos últimos anos. 
E sei bem quanto, apesar disso, estamos muito perto do ponto de partida, e de como o tema “mudança de regime de chefia do Estado” se mantém longe da agenda mediática. Acontece que ela se alimenta da voracidade das disputas pela “governança” do país, dos partidos, das grandes empresas, dos grupos profissionais ou de interesses, questões a que os monárquicos, nessa qualidade, deviam ser alheios. E depois há a “espuma dos dias” e a notícia espectáculo, critérios impiedosos para a sobrevivência desta indústria. Colocarmos a nossa Causa nesses palcos requer não só aproveitamento de oportunidades às quais devemos estar atentos, mas principalmente exige um trabalho profissional sustentado e respectivos meios financeiros. 
Nas nossas mãos está no entanto a determinação na firme recusa em colarmos a Causa a facções, quer ideológicas, religiosas ou de costumes. Estou convencido que, para além dos danos que derivam dos costumeiros rótulos estereotipados que nos colam, os que nos fazem mais mossa são os que resultam da colagem de diferentes planos e motivações de intervenção. Sejam questões da chicana política, remoques históricos, convicções religiosas ou de costumes. Acontece que, neste caso, o resultado de menos com menos dá mesmo menos, e da amálgama desses planos sobra uma suicidária utopia e uma pretensa pureza ideológica que nos isolam e nos projectam para o exterior como excêntricos.
A Instituição Real moderna é, por natureza, abrangente, agregadora e não facciosa. As disputas entre esquerda e direita, religião ou ateísmo, socialismo ou liberalismo, têm que ser esgrimidas com todo o vigor, mas noutras arenas, de modo a não contaminarem a Causa e o nosso Príncipe. Perguntar-me-ão os mais desconfiados: para que serve então o Rei se este não intervém nem revoluciona as políticas e costumes ao seu legítimo e fundamentado gosto? Respondo que, no mínimo, serve para que numa parte pequena mas altamente simbólica da pirâmide do poder resida uma inspiradora e imaculada referência moral e de imparcialidade. Personificação duma improvável realização quase milenar chamada Portugal, a ligação transgeracional aos nossos avós comuns, que contra ventos e marés por tantos séculos o souberam dignificar.
Para lá de qualquer agenda fantasiosa, estou convicto que aquilo que urge é reunir tantos portugueses quanto possível na defesa e promoção da nossa Casa Real. Acontece que se dá o extraordinário facto de, após um século de desgraçada república, possuirmos uma incontestável Casa Real e com geração. Esse é um património a defender com todas as nossas energias, um significativo privilégio em relação às muitas irremediáveis repúblicas europeias. Facto que todos nós deveríamos fazer por saber merecer, não só com palavras mas com actos. 

João Távora in Correio  Real nº 8 

sábado, 22 de setembro de 2012

REAL ASSOCIAÇÃO NO REINO UNIDO


Teve lugar na semana passada, na sede da Causa Real em Lisboa, a primeira reunião desta com um grupo de monárquicos portugueses residentes no Reino Unido, com o objectivo de se vir a instituir a Real Associação Portuguesa do Reino Unido.
No seguimento do diálogo com as comunidades lusófonas nos EUA, Brasil, Bélgica e Suiça, é mais um passo importante na consolidação da estrutura internacional da Causa Real. 

Na fotografia o Presidente da Causa Real com o Senhor António Mercês e mulher.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

S.A.R., O SENHOR DUQUE DE BRAGANÇA PARTICIPA NA CERIMÓNIA DE ENTREGA DE MEDALHAS ALUSIVA AO PRÉMIO INFANTE DOM HENRIQUE


No dia 26 de Setembro, cerca de 50 jovens da cidade do Funchal vão receber as Medalhas nível Bronze e Prata do Prémio Infante D. Henrique. A cerimónia realiza-se, pelas 15h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal do Funchal.
Os alunos premiados pertencem às escolas APEL e Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Loures, sendo que as medalhas serão entregues pelo Senhor Duque de Bragança, Presidente de Honra do Prémio, Miguel de Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal do Funchal, e Rubina Leal, Vereadora da Educação.
O Prémio Infante D. Henrique é um programa internacional de desenvolvimento pessoal e social, dirigido a todos os jovens dos 14 aos 25 anos de idade, que os encoraja a desenvolverem-se como cidadãos ativos e participativos, fazendo uma contribuição positiva na sociedade e que os prepara com experiências de vida para marcar a diferença com os próprios, as suas comunidades e o mundo.
Através do Prémio Infante D. Henrique, os jovens adquirem características essenciais em todo o seu percurso de vida, como autoconfiança, autoestima, responsabilidade, cidadania ativa, liderança, trabalho em equipa, motivação, comunicação, consideração e capacidade de aprendizagem.
Sendo actualmente “um dos melhores” programas de desenvolvimento pessoal e social para os jovens, este é o único programa nacional e internacional que reconhece os jovens por aquilo que eles fazem. Ao todo, o programa compreende quatro grupos de atividades: serviço à comunidade (voluntariado hospitalar, apoio aos idosos ou à infância), talentos pessoais (culinária, música, teatro, informática), actividades desportivas (ginástica, natação, judo, basquetebol), e espírito de aventura (expedições e explorações nacionais, sempre realizadas em grupo e sob orientação de um monitor).
João Toledo, Diário Cidade, 19 de Setembro de 2012; dnotícias.pt

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

RETRATO DO SENHOR DOM DUARTE

S.A.R., O Senhor Dom Duarte com 16 anos e com a farda de aluno do Colégio Militar.
Este quadro encontra-se actualmente no Palácio de São Marcos em Coimbra que foi residência da Familia Real Portuguesa (Foto cedida por Dom Vasco Telles da Gama a João Mattos e Silva).

OS MONÁRQUICOS NA RUA


Irritados uns, incomodados outros, mas certamente supreendidos muitos dos manifestantes do passado sábado ao depararem com as bandeiras azuis e brancas da monarquia constitucional portuguesa um pouco por todo o país.
Que querem os monárquicos portugueses, tanto os que se manifestaram como os que optaram por não o fazer? Querem, acima de tudo e para além da conjuntura política estrita destes dias, manifestar o seu desagrado pelo estado a que chegou esta milenar nação que é a nossa.

A III República está caduca, exaurida, desprestigiada interna e externamente, não sendo mais possível tapar o sol com a peneira culpando o partido A ou o partido B ou todos eles, por acção ou omissão. É o próprio regime, implantado violentamente em 1910 e regenerado em 1974, que carece de alteração no sentido de uma chefia de estado Real, efectivamente desvinculada de interesses particulares e transitórios, e verdadeiramente livre do jugo político-partidário.

Só a Instituição Real, pela sua própria natureza, pode neste momento histórico delicado ser uma alternativa credível à serôdia república em que vivemos, obrigatoriamente vivemos até pela proibição constitucional de referendos sobre o regime político.

Os monárquicos portugueses não querem pompa nem circunstância, nem corte nem cortesãos. Querem uma monarquia do século XXI e para o século XXI, moderna, descomplexada com a história pátria mas não alheada de uma particular continuidade multissecular que faz de nós uma das mais antigas nações europeias. Uma monarquia que, sem virar às costas aos vizinhos europeus, promova a lusofonia em todas as suas vertentes, aprendendo e ensinando simultaneamente com os nossos povos irmãos de Angola a Timor. Uma monarquia que acarinhe efectivamente a notável diáspora portuguesa, apenas lembrada quando convém ou ritualmente no dia 10 de Junho.

Está quebrada sem apelo nem agravo a legitimidade da III República, sendo pois a hora de passar adiante,a hora de interpelar os nossos concidadãos sobre se querem mais do mesmo ou se pretendem uma refundação do regime no único sentido possível: o Rei como garante das liberdades e do desenvolvimento sustentável do país, um Chefe do Estado que não é refém da classe política nem do seu passado político-partidário como vem sucedendo com os sucessivos inquilinos do Palácio de Belém.

Luís Barata - Diário Digital, 18 de Setembro de 2012
Publicado por: Blog Real Associação de Lisboa

O VERDADEIRO CHEFE DE ESTADO!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

UM PEDIDO A S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE



Está na hora da Monarquia em Portugal assumir o Poder.

Dom Duarte Pio de Bragança todos nós estamos à espera que Vossa Alteza faça algum comunicado ao País, fale aos Portugueses.


Dê a sua opinião, mostre a todos os Portugueses que existe uma alternativa para Portugal. Explique a todos aqueles que se recusam a ver que esta República está AGONIZANTE, MORIBUNDA, MORTA!!!

O povo está triste, já não há alegria, nem sonho, apenas a resignação.

Não há ambição.

Não há políticos que ambicionem nada para Portugal e apenas para seu benefício pessoal.

Não há referências de patriotismo, de amor e de dignidade.

A Republica é permissiva à dissolvência de uma Nação, País, território e povo…

Com nove séculos de uma tão gloriosa História.

Pedintes numa Europa que não se afirma, nem o pode fazer, por ausência de identidade

Prisioneiros de um projecto adiado

Nem sequer olhamos para as nossas potencialidades.

Dependentes de empréstimos financeiros para alimentar a ilusão de um nível de vida, que não podemos ter, mas que ninguém tem coragem de reconhecer.

Caminhamos para um abismo, para uma dependência, que ninguém sabe as consequências, mas que todos já prevêem.

Republica falida, sem capacidade de regeneração.

O futuro não será voltar ao passado… mas só poderemos ter um futuro risonho e melhor, se do passado voltarmos a ter orgulho.

Se voltarmos a ter auto estima, motivação e alma.

Tanto que podemos ainda dar ao mundo, se acreditarmos que temos esse desígnio como povo.

Se voltarmos a ter projectos… olhar novamente para o nosso território, o nosso mar, a nossa cultura, os nossos irmãos espalhados por todo o mundo.

Se voltarmos a ter liberdade, exigência, arrojo e dignidade.

E se a isso nos motivarem.

Nunca conseguiremos ressuscitar, se não tivermos a referência unificadora do nosso orgulho, que estimule a nossa auto estima.

Portugal precisa de voltar a ser… UM POVO COM ALMA!

domingo, 16 de setembro de 2012

IMPRENSA: NEWARK - JANTAR REAL NA CASA SEABRA


A Real Associação de New Jersey juntou amigos e membros na Casa Seabra na passada quinta-feira, contando com duas presenças muito especiais: Dom Duarte e Dona Isabel de Bragança
A “Pipa Room” na Casa Seabra acolheu na passada quinta-feira, dia 6 de Setembro, um jantar digno de Reis e Rainhas. Organizado pela Real Associação de New Jersey este jantar trouxe mais uma vez ao Estado Jardim Dom Duarte e Dona Isabel de Bragança.
Elegantemente decorado nos tons monárquicos lusos, o azul e branco, o espaço transformou-se num alegre convívio entre amigos de longa data que partilham a vontade e a esperança de ver o seu país natal ser representado por um Rei e Rainha, num caso mais concreto pelos Duques de Bragança, descendentes do último Rei de Portugal.
Além de um cardápio digno da realeza e da troca de histórias e bem hajas, a noite teve ainda momentos muito especiais como o cantar do hino monárquico - “Deus, Pária, Rei” -, interpretado com muita emoção pelo coro real da Associação, liderado pela presidente Glória de Melo.
Também presente neste jantar de confraternização e companheirismo esteve ainda a fundadora desta Real Associação de New Jersey, Manuela Chaplin, que ainda recorda como tudo começou.
“Eu tinha fundado uma fundação cultural portuguesa com a inspiração do Senhor Dom Duarte. Num dos nossos jantares Ele veio cá; estavam as reais a começarem a formar-se em Portugal e por isso acabamos por resolver assim criar uma Real aqui também. Começámos então a Real em 1994, registámo-nos em 1995. Naquela altura houve muito entusiasmo, tínhamos um grupo muito razoável. Mas os anos passam e muitos dos nossos sócios mudaram-se para um lado ou para outro. Mas hoje tive a boa notícia de que há um grupo de jovens em Nova Iorque que quer começar uma Real e quer fazer um contrato de colaboração entre as duas associações. Estou muito entusiasmada porque é sangue novo e podem desenvolver muito sobretudo entre outros jovens”, conta Manuela Chaplin.
De facto, está para breve a oficialização de mais uma Real Associação na costa leste dos Estados Unidos, a primeira no Estado de Nova Iorque, que segundo os seus membros presentes pretende manter uma ligação estreita e de muita cooperação com a Real do Estado vizinho de New Jersey.
Para este grupo de pessoas, de amigos e colegas, o sonho de ver um dia Portugal regressar à monarquia continua vivo, apesar de fazerem questão de realçar não estarem a falar de uma monarquia absoluta como as de muitos séculos atrás, mas sim uma monarquia moderna à semelhança de tantos outros países europeus.
“Eu acho que hoje em dia as Monarquias estão um bocadinho em crise como está o mundo inteiro. A humanidade está toda em crise. Mas sou daquelas pessoas que acreditam em ciclos e em que há uma onda. Nessa altura haverá uma atitude diferente porque as Monarquias hoje em dia não são forças de poder absoluto; são forças democráticas conjuntamente com o povo. O fim das Famílias Monárquicas hoje é o preservar da realidade histórica que foi o principio das nações. A história é algo que vale a pena preservar e de passar aos mais jovens. É parte da nossa vida. O presente é o continuar do passado”, explica Manuela Chaplin.
CONTACTO - 13 de Setembro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012

PARECE QUE JÁ HÁ MUITA GENTE QUE ACREDITA EM NÓS! SÓ QUEM É CEGO É QUE AINDA ACREDITA NAS REPÚBLICAS!!


Vemos, com muita alegria, o enorme interesse que a questão da Monarquia vai gerando, pois acreditamos que é a única alteração verdadeiramente estrutural que pode vir a facultar as bases para restaurarmos Portugal. Congratulamo-nos pela forma aberta e interessante de quem tem comentado nesta página e pelo seu apoio, que nos ajudou a alcançar mais de 8.000 fãs. A todos, os nossos sinceros agradecime
ntos.

É pena que o nível de alguns dos comentários que vão aparecendo, repletos de preconceitos, chavões e outras tantas crendices, venha desvirtuar aquilo que pretendemos ser um diálogo sério, acessível e construtivo, com monárquicos, republicanos e outros ainda indefinidos. Estamos sempre abertos a aprender com quem comenta, esperamos que o inverso também seja verdade!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ALTERNATIVA PARA PORTUGAL!


Portugal precisa de um norte, de uma forte mensagem de esperança, de um foco de união. Portugal precisa de uma alternativa, uma alternativa que zele pelos interesses da Pátria, uma alternativa Real. 


No dia 5 de Outubro estaremos em Lisboa para relembrar que há uma alternativa ao regime imposto em 1910 e que essa alternativa, olhando o futuro, tem a sua génese num projecto que uniu os primeiros portugueses à volta do seu Rei, assim reconhecido pelo Tratado de Zamora a 5 de Outubro de 1143.

Que Portugal Viva, Sempre!

CAUSA REAL

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O REI AVISOU!


O Chefe da Casa Real de Bragança acusou ontem o regime republicano de ter conduzido o país a uma situação de falência e fez saber que espera agora a criminalização dos políticos responsáveis pela situação económica e financeira em que Portugal de encontra. Dom Duarte Pio deixou claro que os republicanos assumiram os destinos do país num momento em que Portugal era um dos mais ricos da Europa, tendo-o transformado num dos países mais pobres, 101 anos depois, apesar dos muitos milhões e milhões de euros que chegaram da União Europeia.
«Em 1910, a república herdou um país rico. Uma centena de anos depois, e após milhões e milhões de euros que nos foram concedidos pela União Europeia, conseguiu levar o país à falência», acusou o pretendente ao trono português, apontando o dedo «à incompetência e à corrupção» que, no seu entender, tem caracterizado a classe política portuguesa.
O pretendente ao trono português falava à margem de uma visita que efectuou à freguesia bracarense de Oliveira S. Pedro, a convite da Junta de Freguesia local. A deslocação de Dom Duarte motivou a inauguração da primeira réplica dos Marcos da Casa de Bragança existentes na localidade e que testemunham as delimitações de senhorio da Casa de Bragança.
Dinheiro fácil não nos salva
Dom Duarte Pio foi mais longe nas críticas que dirigiu ao regime republicano e deixou claro que o país não pode deixar de responsabilizar os responsáveis pelo descalabro das contas públicas. «Agora, quero ver quem é que vai para a prisão», disse, sentenciando que «não é preciso ser economista para saber que quando um país gasta mais do que produz, acaba por ser confrontado com problemas muito sérios».
Assumindo que os sacrifícios que estão a ser exigidos aos portugueses «são muito violentos», o pretendente ao trono português não deixa de atribuir alguma responsabilidade pela situação às ajudas financeiras que Portugal tem recebido dos seus parceiros europeus.
«O dinheiro dos outros nunca foi salvação, porque é sempre muito mal gasto. O que nos salva é a nossa inteligência e a nossa capacidade de trabalho», continuou o Duque de Bragança, expressando a expectativa de que o país «saiba aproveitar as lições da história para voltar a ser responsável e poder ultrapassar as situações desastrosas a que a república nos conduziu».
Reconhecendo que «a crise é muito dura e muito desagradável», o Duque de Bragança contrapôs que ela é também «uma oportunidade para analisarmos os que fizemos de errado e mudar o rumo dos acontecimentos».
«Quando a situação é difícil, é que somos capazes de olhar o futuro e resolver os nossos problemas», sentenciou Dom Duarte Pio, acrescentando que «espera que as pessoas mais válidas para ajudar o país a criar riqueza não sejam obrigadas a emigrar e que aquelas que já emigraram possam voltar, para ajudar o país a recuperar da crise».
Políticos são problema
O herdeiro de direito ao trono questionou, a propósito, como pode ser compreensível que Portugal tenha sido transformado num dos países mais pobres da Europa, ao mesmo tempo que os portugueses tiveram um papel determinante na transformação do Luxemburgo no país mais rico da Europa. Desfazendo a contradição, o chefe da Casa Real sublinhou que «isso demonstra que o problema não está na falta de capacidade dos portugueses para gerar riqueza, mas na corrupção e falta de qualidade do regime político».(...)
Jornal Diário do Minho - 16 de Outubro de 2011