O Rei Dom Sebastião sobreviveu à batalha de Alcácer-Quibir e reapareceu no ano de 1598 em Itália, onde foi mais tarde preso em Veneza, Florença e Nápoles, com a cumplicidade dos espanhóis. Quem o escreve é a historiadora Maria Luísa Martins da Cunha no terceiro volume do livro ‘Grandes Enigmas da História de Portugal’, que foi lançado ontem e a que o CM teve acesso.
Segundo acrescenta a investigadora, "a maioria dos historiadores tem aceite sem discussão a versão oficial da História de Dom Sebastião" que foi criada "durante o período da dominação filipina com claros intuitos políticos". Houve "uma destruição continuada e premeditada da imagem do Rei ".
Entre as provas que sustentam que Dom Sebastião não morreu em Alcácer-Quibir, Maria Luísa Martins da Cunha cita "várias testemunhas que atestaram que o viram sair vivo da batalha, entre os quais Sebastião Figueira, que declarou ter saído dela com o Rei" e que "o reconheceu em Veneza na pessoa do Cavaleiro da Cruz, ou, como ficou para a História, como ‘Dom Sebastião de Veneza'." Mais: "Para além de outros indícios muito fortes, um indício importante de que Dom Sebastião sobreviveu" foi "o achamento, no século XIX, de uma medalha de ouro com a inscrição ‘Sebastianus Primus Portugaliae Rex' num túmulo da capela de S. Sebastião do Convento dos Agostinhos de Limoges, onde segundo a tradição estava sepultado um Rei português do mesmo nome." A obra, da Ésquilo, foi lançada ontem, às 19h00, na Fnac do Colombo, em Lisboa.
Correio da Manhã, 13 de Dezembro de 2011
4 comentários:
Ja tinha lido algo a respeito disso mesmo creio que no "genneall"!
Deve ser um livro muito interessante, que espero tenha provas cientificas e nao somente suposicoes!
O título e o conteúdo desta notícia no CM deixou-me perplexo. No domínio das investigações sebásticas, nada do que Maria Luísa Martins da Cunha terá dito aqui é novo, repetindo apenas, quase "ipsis verbis", o que Mário Saraiva nos deixou em vários escritos que reuniu sob o título "Dom Sebastião na História e na Lenda" (Universitária Editora, ISBN: 972-9214-14-7).
José Manuel Quintas
Nada de novo no «reino» de Portugal.
O talentoso escritor Fernando Campos
desenvolve uma ficção semelhante no romance A ponte dos Suspiros.
Queria dizer ao José Manuel Quintas que pode alargar o seu leque de espantação, uma vez que o escritor Fernando Campos desenvolve o mesmo assunto no romance A Ponte dos Suspiros.
Seria interessante verificar que diferenças substanciais existem em cada uma das obras - se é que as há - e qual a ordem cronológica da publicação de cada uma.
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