DOM CARLOS I, FOTÓGRAFO AMADOR
Rei Dom Carlos I e a sua máquina fotográfica
Museu-Biblioteca da Casa de Bragança. Exposição de Fotografia "Dom Carlos I, Fotógrafo amador". Irá realizar-se na Sala de Exposições Temporárias do Castelo de Vila Viçosa, uma exposição de fotografia, designada “Dom Carlos I, Fotógrafo amador”. Esta mostra estará patente de Junho a Setembro de 2010. O Arquivo Fotográfico do Paço Ducal de Vila Viçosa é constituído por um núcleo de cerca de cinquenta álbuns de família (cerca de 2000 fotos), muitos deles organizados pelo próprio Rei a bordo do Yacht Amélia. Deve mencionar-se ainda um conjunto de maços com fotografias de Dom Carlos I, perto de mil, em que muitas são idênticas, com o objectivo de serem oferecidas, pois estão coladas no cartão, identificadas, datadas e assinadas. Além disto, existem os álbuns e os maços das visitas reais, das fotografias oficiais e das cerimónias protocolares (cerca de 7000), oferecidas pelos melhores fotógrafos da época. De todo este vasto conjunto, decidimos expor a reprodução de sessenta espécies, principalmente da autoria de Dom Carlos I, e distribuí-las por quatro temas: as mais antigas (1887), as experiências (1888) e as ofertas, as fotografias para apoio à pintura e que servem de modelo ao quadro que surgirá mais tarde, as reportagens, cujos títulos ilustram o tema tratado, uma família de fotógrafos. A designação indica a influência que o Rei teve sobre os outros membros da família Real e que aqui se observam excelentes resultados. Dom Luís Filipe foi provavelmente o mais dotado de todos. A ampliação de muitas fotografias, insertas nas páginas dos álbuns, às vezes resistem bem e com nitidez, outras vezes isso não sucede e o resultado torna-se pior que o original, no entanto, vale como documento. Nas vitrinas estarão expostos alguns jornais e revistas da época, assinados pelo Rei, bem como dois álbuns, um de Dom Luís Filipe e outro de Dom Carlos I. Por último, gostaríamos de chamar a atenção para uma lanterna mágica, antecessora do nosso projector de diapositivos e um estereoscópio que permite ver em simultâneo duas imagens para se obter uma única. A mostra que aqui se apresenta, evitando os aspectos técnicos, pretende dar nota de um arquivo que é desconhecido da maioria dos investigadores, mas constitui uma nova perspectiva sobre a vida e os interesses da Família Real, nos últimos anos da Monarquia.
4 comentários:
D. Carlos I era, sem sombra de dúvida, um Rei polivalente.
Joana, era um Rei completo de mais para a época!
Quero ver se vou ver esta exposição mas mais lá para Agosto.
A República sofre de um mal de nascença que não a dignifica.
Diga a República o que disser, o regime nascido a 5 de Outubro de 1910 nunca se deu bem com a sua consciência. Festejar a fundação de um regime com base num crime, o bárbaro assassínio do Rei Dom Carlos I e do Príncipe Dom Luiz Filipe, no dia 8 de Fevereiro de 1908, no Terreiro do Paço, é, obviamente uma pobreza de espírito que ensombrará sempre a República.
Como é que viveríamos hoje se no dia 25 de Abril de 1974, no meio da Revolução dos Cravos se tivesse morto a tiro o Presidente da República que seguia num carro com a sua filha, ela também morta, a mãe a brandir um ramo de flores contra o atirador? E se no Carmo a populaça tivesse conseguido matar Marcelo Caetano, o que é que estaríamos hoje a comemorar?
Comparando estas duas situações fica-se logo a perceber que a República nasceu como se um nado morto ainda vivesse, cheio de tubos, ligado a várias máquinas, a respiração difícil, o dinheiro a escassear para pagar isso tudo…
Um dia, um Republicano decente vai pedir desculpa ao País por aquilo que tantos fizeram na sombra e desde há 100 anos celebram, já nem sabem à custa de quê, de quem. Já não se lembram …ou têm vergonha de o dizer.
Até lá toda a República é cúmplice.
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