quinta-feira, 30 de junho de 2011

O FUTURO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Foi com surpresa que li a notícia da remoção de Camilo Castelo Branco dos programas do ensino secundário. Bem, na verdade a noticia em si não foi assim tão surpreendente: são tantos os grandes autores de Língua Portuguesa que algum terá de ficar, necessariamente, para trás. Por um lado é triste mas, por outro lado, também é motivo de orgulho para todos os falantes da Língua de Camões ter tantos e tão bons escritores.
O que surpreendeu foi pensar que muito provavelmente será mantido o estudo de uma obra que não obedece às regras de Língua Portuguesa que qualquer um aprende, desde cedo, na escola.
Ao contrário do que muitos afirmam aquilo não é exemplo de inovação na Língua Portuguesa, que é herança/património de todos os seus falantes. Por conseguinte estes têm o direito e a obrigação de se indignar quando sentem que a sua herança/património está a ser maltratado.
Se algum estudante ousasse sequer escrever num teste ou trabalho como aquela obra foi escrita veria, por certo, um grande traço vermelho sobre o seu texto. Seria considerado incorrecto por desobedecer às regras básicas da Língua e o argumento de ser uma ‘escrita inovadora’ de nada valeria.
Depois de 12 anos a estudar um conjunto de regras da Língua tem-se de estudar a obra que, intencionalmente, não as cumpre? As regras existem para alguma coisa! Que seria de nós se cada um decidisse escrever não respeitando as regras pré-definidas?
É isto o ensino da Língua Portuguesa em Portugal? Que se pode esperar de um ensino assim? Que frutos dará? Certamente uns muito amargos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

MISSA DE SUFRÁGIO PELO CENTENÁRIO DA MORTE DE S.M.F., A RAINHA DONA MARIA PIA

A Casa Real e a Drª Isabel Silveira Godinho, Directora do Palácio da Ajuda, mandam celebrar Missa por alma de S.M.F., A Rainha Dona Maria Pia, na Igreja de S. Vicente de Fora, no dia 5 de Julho, pelas 19h00, na passagem do Iº centenário da sua morte.
Presidirá à Eucaristia S. Exº Revma., o Bispo Auxiliar D. Carlos de Azevedo, Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa.

FOTOS: LANÇAMENTO DO LIVRO "A INFANTA REBELDE" NO PALÁCIO DA INDEPENDÊNCIA - 27.06-2011

Sala do Palácio da Independência onde ocorreu o lançamento do livro de S.A., A Infanta Dona Adelaide de Bragança van Uden - "A Infanta Rebelde".
Dois filhos da Senhora Dona Infanta, D. Francisco e Dona Teresa de Bragança van Uden, com a Sra. D. Maria da Conceição Sande Lemos (de verde), amiga da Família van Uden.
S.A.R., Dom Duarte compra o livro à chegada antes de entrar para a sala de apresentação.
Mesa da apresentação: da esquerda para a direita, Pe. Pedro Quintela, Isabel Stillwell (apresentadora), Raquel Ochoa (autora do livro) e Dr. Marcelo Teixeira, Director da Editora Oficina do Livro.
S.A.R., Dom Duarte esperando pelo livro que estava a ser autografado
Duarte Seabra Calado, Presidente da JML com Raquel Ochoa, autora do livro.
A Infanta Rebelde mostra-nos a vida de uma figura absolutamente ímpar na História Contemporânea de Portugal, mas, acima de tudo, o retrato de uma Mulher que teve a coragem de ultrapassar todos os obstáculos e lutar pelo ideal que dava sentido à sua vida – tornar a sociedade, tal como a sua natureza, mais justa e benévola. Um extraordinário testemunho de humanismo e coragem”. - Raquel Ochoa

(...) "Com uma certa ironia sorridente e simples, o olhar meigo muito simpático mas pesquisador, a opinião sempre esclarecida mas por vezes contundente, Portuguesa a mais não poder, a minha Tia Maria Adelaide tem sido um Exemplo. Vale a pena viver assim!"
Dom Duarte de Bragança, in Prefácio.

"Não ligue às coisas, ligue às pessoas" - Dona Maria Adelaide de Bragança van Uden (99 anos de idade)
Digitalização do livro "A Infanta Rebelde"

terça-feira, 28 de junho de 2011

MONÁRQUICO - AQUI E AGORA

Não sou Monárquico, nem sei bem se na verdade o sou mesmo, mas aqui e agora sinto-me Monárquico.
De um modo geral os países da Europa com Monarquias instituídas não têm tido, nem estão a ter a mesma dose de problemas que têm os países Republicanos, sendo até os mais bem nivelados sócio e economicamente.
É evidente que falo de Monarquias modernas, atualizadas, funcionais, inserida num sistema Democrático Direto e sério, não a uma Monarquia que nos possa levar a uma ditadura ou a um desequilíbrio social pior ainda, muito menos a uma Monarquia de ‘fait divers’ e de ‘jet sets’ carnavalescos que a matariam logo à nascença… mais ‘palhaçadas, já ninguém atura, refiro-me a um regime que represente a nação e o nosso Povo condignamente, com uma imagem mesmo virada para fortalecer o nome/marca Portugal considerando as exportações, pensando também no Turismo direto para eventos reais e indiretos, aliás, não é preciso inventar nada, tudo é feito por aí fora.
Voltando ao cerne da questão e que me parece bem mais importante e interessante que é a comparação, teórico prática, com a República, procurando nos recentes acontecimentos pontos que se possam realmente colocar em cima da mesa.
A Constituição Portuguesa não permite, por qualquer meio legal, aos portugueses poderem optar por outro regime que não o Republicano, ao contrário de outros países, nomeadamente as nações Monárquicas, quase que ‘obrigando’, se houvesse tal movimento e desejo em massa, a um ato de violência, o que não se põe sequer em causa.
Mas no caso da possibilidade da realização de um referendo, por exemplo, estou em crer que a Monarquia teria uma percentagem maior e mais de votantes que os resultados alcançados, pelo atual Presidente da República, nas eleições que lhe permitiram este segundo mandato.
Em Portugal o Presidente da República não consegue uma representação significativa em resultado aos votos obtidos, principalmente quando se trata de um segundo mandato, como temos visto desde 1974 até aos nossos dias, enfraquecendo e limitando o seu poder, assim como a capacidade de poder garantir o normal funcionamento do país em circunstâncias adversas, e, não me refiro a nenhum em especial, senão a todos, por muito que o diga e se esforce um Presidente da República nunca o é de todos os Portugueses.
Antes de mais, como político, oriundo ou não da esfera militar, está sempre comprometido de alguma forma com o sistema político vigente, neste caso, ‘Partidocrático’, onde grassa o tráfico de influências e a corrupção, produto do poder económico financeiro, assim como de grupos e seitas mais ou menos secretas.
Mencionei a situação desde 1974, porque antes desse ano o que aqui relato é ainda mais relevante.
De notar que a República Portuguesa, das que eu conheço, será das únicas, tem enraizada fortemente uma tradição Monárquica, senão vejamos os longos períodos de presidência das personalidades que exerceram o cargo, excepção feita aos conturbados tempos iniciais do regime, antes sem limite e depois do 25 de Abril, com o limite de dois mandatos, sempre cumpridos facilmente, para não dizer docilmente, até agora.
Depois analisemos as funções e verificamos que praticamente poderiam muito bem ser as de um Rei, mas mais, após deixarem o Palácio de Belém em final do limite de mandatos, mantêm pela vida fora mordomias e outras ‘…ias’ como se continuassem a exercer, quase, o cargo, gabinete, secretária/assistente, viatura e motorista… e mais não sei, nem vou querer já saber.
E quanto ao resto... 'é fazer as contas...' como dizia o nosso/deles Engº. António Guterres, mas feitas com os gastos e com as receitas... ah... pois a Presidência da República não tem, nem gera receitas... mas a Monarquia além de gastar menos, gera receitas diretas e indiretas.
Para além de outros motivos, penso que em momentos cruciais durante esta crise económico financeira, social e política, o Povo Português não se revoltou na prática, tanto como nas palavras e nas passeatas, também por receio de que o poder caísse nas ruas e pudesse ir parar a ‘mãos’ menos certas, piores ainda do que nos é oferecido pelo sistema vigente.
Não havia a quem entregar o poder, pelas razões já acima mencionadas, o Povo sentiu-se órfão, esse é o sentimento que não sentiram os chamados ‘acampados’ em Espanha e por isso avançaram e fizeram-se ouvir resultando numa inversão total no resultado das eleições regionais e nas últimas medidas tomadas ontem pelo governo espanhol, que também, obviamente, está a pensar nas sondagens, mas porque lhes tocou fundo o ‘grito’ que o Povo deu.
Mas Espanha que estava no lugar seguinte da fila para o FMI/EU, foi logo prevenindo dentro de moldes já diferentes, mais favoráveis ao Povo e em conjunto com estas últimas medidas as probabilidades são mesmo de que não venha a ser necessária qualquer intervenção de fora.
No caso de um Rei, como o que representa logo por nascimento é a nação e o seu Povo, e, neste caso sim representa mesmo todos os Portugueses, sendo essa a sua primeira prioridade, jurando cumprir e fazer cumprir a Constituição, tudo sempre fará para evitar desvios no sistema Democrático vigente, nunca se chegando a situações tristemente embaraçosas como a que agora chegámos.
Dir-me-ão agora e se um Rei não pensar assim? Se quiser tomar todo o poder? Eu pergunto: e um Presidente da República, não poderá fazer o mesmo?
Claro que sempre poderão existir exceções, em qualquer regime, mas o equilíbrio das forças do Poder do aparelho de Estado bem nivelado sempre defenderá a virtude e no fim está sempre o Povo que é quem deve pôr e dispor, e, não a classe económico financeira que deve servir para a função que lhe é adstrita, gerir os dinheiros do estado e o nosso, seja ele pouco ou muito, tendo por lucro um valor justo, nem um cêntimo a mais, nem um a menos.
Mas quanto a essas exceções, temos sempre que estar atentos!
Nunca pensei chegar a estas conclusões, nem me passava pela cabeça, a não ser pelo lado romântico que nos encanta na Monarquia, mas tenho que ser coerente com a verdade e com a realidade que me rodeia, esta é uma opinião pessoal, mas é a minha, hoje, embora o meu objetivo, o meu ideal seja outro, similar, já mo disseram, mas poderá ter outro nome qualquer.
A meu ver a única, mais rápida e melhor forma de termos uma Democracia Direta e séria é com um regime Monárquico, isto colocando de lado tudo o que envolva violência e confrontos.
Tenham coragem os políticos portugueses e permitam através da Constituição a realização do tal Referendo e verão a vontade que este POVO tem de mudar e rasgar com tradições falsas que lhes têm querido incutir em benefício de uma minoria em detrimento da maioria.
Mas é por estas e por outras que aqui e agora, afirmo, sou MONÁRQUICO!
BLUES ON THE ROCK

segunda-feira, 27 de junho de 2011

CARTA DO INFANTE DOM MANUEL À SUA EXTREMOSA AIA A EXMA. SRA. D. CARLOTA CAMPOS

Paço de Vila Viçosa
2 de Março 1895
Minha querida Dama

Se está melhor e se anda bem nas muletas. Tenho umas pedras lindas, uma parece estar cheia de diamantes, outra tem prata e outra que brilha muito e parece ter ferro. Dóe um dente à Calita? Fomos hoje dar um grande passeio, com a Maria de Menezes e a Carlota. Vimos rios, rios e lagos, fomos pela estrada do Alandroal.
Faz-me muita falta a Daminha, e tenho pena que esteja doente. No passeio lembrei-me que havia de escrever à Daminha.
Um verso.
Um boneco de papelão.
Vai ao malão.
E acha um melão.
Sonetos, petas.
Tenho estado asim, assim.
Mas agora vou estar melhor, foi o conselho que o mano me deu. Tenho uma pedra para dar à Dama. A Patrocínio, teve muita pena de não vir. Daminha, o Marcô não morreu. O mano cortou as cartas espanholas dêle. Temos um vinho óptimo branco de Vila Viçosa. Agora tenho pouca conta na idea. Vi um rebanho de ovelhas, fui ter com êle, o que havia eu fazer, ó Daminha? Fui ter com êle. Todas as pedras, todas têm cristal.
Adeus Daminha, até àmanhã, que lhe vou escrever.
Seu amiguíssimo
D.Manuel
Do livro: O Rei Saudade, de José Dias Sanches

LEMBRAM-SE? TEMOS DE PERGUNTAR!

«Tem vindo a crescer em Portugal um sentimento de insegurança quanto ao futuro, sentimento avolumado por uma crise internacional, económica e social, de proporções ainda não experimentadas pela maioria dos portugueses. São momentos em que importa colocar perguntas à Democracia que desejamos. Admitindo-se que a situação concreta é grave, torna-se necessário encará-la de frente, antevendo todos os aspectos em que os portugueses experimentam dificuldades.
Os tempos de crise vão-nos trazer privações mas também vêm exigir reflexão. Este é o momento de olharmos para o que somos. Para este país tão desaproveitado. Para a sua costa atlântica com Portos tão ameaçados, para uma fronteira tão vulnerabilizada, para um património cultural tão desaproveitado.
Temos de perguntar até onde deixaremos continuar o desordenamento do território, que levou a população a concentrar-se numa estreita faixa do litoral, ocupando as melhores terras agrícolas do país e esquecendo o interior, reduzido a 10% do PIB.
Temos de perguntar à economia portuguesa por que razão os bens de produção são despromovidos perante os “serviços”, o imobiliário, e ultimamente, os serviços financeiros. O planeamento das próprias vias de comunicação se subjugaram a essa visão.
Temos de perguntar até onde o regime democrático aguenta, semana após semana, a perda de confiança nas instituições políticas e uma atitude de “caudilhização” do discurso.
Temos de perguntar até onde continuaremos a atribuir recursos financeiros a grandes naufrágios empresariais, ou a aeroportos e barragens faraónicas que são erros económicos.
Temos de perguntar até onde o sistema judicial aguenta, sem desguarnecer os direitos dos portugueses, a perda de eficácia e a morosidade crescente dos processos.
Temos de perguntar se não deveríamos estabelecer um serviço de voluntariado cívico em que os desempregados possam prestar um contributo à comunidade.
Temos de perguntar até onde as polémicas fracturantes que só interessam a uma ínfima minoria política, não ofendem a imensa maioria das famílias, preocupadas com a estabilidade pessoal e económica.
Temos de perguntar como vamos aproveitar o ciclo eleitoral que se avizinha, a começar pelas eleições europeias, onde será desejável que apareçam independentes que lutem pelos interesses nacionais.
Temos de perguntar se nas relações lusófonas, estamos a dar atenção suficente às relações especiais que sempre existiram entre Portugal e o Brasil.
Para ultrapassarmos as dificuldades, precisamos de todos os nossos recursos humanos em direcção a uma economia mais “real”, mais sustentada, mais equitativa, uma economia em que respirem todas as regiões a um mesmo “pulmão”.
Apesar de tudo, o nosso sector bancário fugiu das estrondosas irresponsabilidades dos congéneres mundiais. Saibam os Governos regulamentar os apoios para as empresas grandes, médias ou pequenas mas que sejam produtivas.
Em regime democrático, exige-se processos e discursos ditados pelo imperativo de responsabilidade. A equidade e integridade territorial só poderão ser obtidas com a participação de todos, e com sacrifícios para todos.
Estamos confiantes que somos capazes de fazer das nossas fragilidades as nossas maiores vantagens. Onde outros tiveram soluções muito rígidas que falharam, nós venceremos promovendo os portugueses que lutam por um país de imensas vantagens competitivas.
Mostremos como somos um grande País, uma Pátria em que todos cabem porque acreditam na Democracia. Portugal precisa de mostrar o seu projecto para o século XXI. Pela minha parte, e pela Casa Real que chefio, estou, como sempre, disponível para colaborar.»
Dom Duarte de Bragança - Discurso de encerramento no I Congresso Marquês de Sá da Bandeira, em 03 de Março de 2009.

domingo, 26 de junho de 2011

CONFERÊNCIA: "DOM SEBASTIÃO - DE DESEJADO A ENCOBERTO"

"Dom Sebastião - De Desejado a Encoberto"
Conferência por Manuel J. Gandra
Quinta da Regaleira
Sábado, 2 de Julho de 2011, pelas 15.30 horas
...D. Sebastião foi desejado de toda a gente. De acordo com um memorialista coetâneo, o seu nascimento, a 20 de Janeiro de 1554, “enxugou […] nossas lágrimas, dando-nos novos espíritos e nova esperança”.
A exaltação do seu carisma providencial fê-lo crescer convicto de que, enquanto “Capitão de Deus”, lhe estavam reservados épicos feitos ao serviço de um cristianismo de cariz gibelino e anti-romano.
Encarnando mitos ancestrais e profecias tradicionais, preparou metodicamente a derrota militar em Alcácer Quibir, condição para, como asseveravam tais prognósticos, emergir enquanto Encoberto e agente histórico da Quinta Idade do Mundo.
Será esta a ocasião para o orador apresentar em Portugal, em primeira mão, documentos confidenciais pertencentes a Arquivos espanhóis, testemunhando de forma inequívoca a sobrevivência do Desejado à batalha dos Três Reis, bem como a sua longa tribulação, Encoberto, até à abdicação, morte e sepultamento em Limoges (França).
A Quinta da Regaleira, cenário desta comunicação, concebida pela visão esclarecida e patriótica de António Augusto Carvalho Monteiro, constitui-se como o guardião derradeiro deste legado que, não obstante os nevoeiros dominantes, no dia e na Hora certos, há-de trazer, de novo, à ribalta, o Destino de Portugal.
Está prevista a apresentação de diversas novas publicações do conferencista sobre o tema em apreço."
"Os documentos, alguns assinados pelo próprio Filipe II, também testemunham que o próprio rei de Espanha estava implicado na ocultação de D. Sebastião com o insidioso intuito de chegar ao trono de Portugal. O Desejado foi reconhecido por diversos italianos e espanhóis. Além de que ostentava os 22 sinais particulares reconhecidos em D. Sebastião, alguns dos quais íntimos e bizarros."
JMGandra

MAIS UMA VERGONHA NACIONAL!!!

Foi decidida a remoção de Camilo Castelo Branco do programa do Ensino Secundário. Forçados à novilíngua e a um obrigatório facilitismo para adequar a estatística aos comparsas da U.E., aproveitam para suprimir Camilo. Politicamente, trata-se de um ajuste de contas, um daqueles desaparecimentos da foto e bem ao estilo da gente que se sabe.
Num país que hoje conta com uma "presidenta" (sic) do Parlamento e onde Sampaio dizia "véstoria", Soares "hadem" e "Húngria", compreendemos o incómodo.
Esta gente perdeu qualquer tipo de pudor. Esperemos agora uma adequada resposta de Nuno Crato, doa a quem doer.
Nuno Castelo-Branco
Estado Sentido

sábado, 25 de junho de 2011

FUNDAÇÃO D. MANUEL II, FOI DISTINGUIDA COMO MEMBRO HONORÁRIO DUMA ASSOCIAÇÃO LUSÓFONA

No dia 22 de Junho, no Palácio da Bolsa, na cidade do Porto, esteve o Primeiro Ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, para o lançamento da Associação - "CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-EIXO ATLÂNTICO-SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE-PAÍSES DO GOLFO DA GUINÉ".
A Fundação Dom Manuel II, a que Sua Alteza Real, o Senhor Dom Duarte preside, foi distinguida como Membro Honorário da Associação. Sua Alteza Real, não podia estar presente e fez-se representar.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

CEM ANOS DE FERIADO DE SÃO JOÃO

Nos cartazes relativos às festas de S. João deste ano colocados pelo município surge uma novidade: os cem anos da festividade oficial. Em bom rigor, as festas joaninas comemoram-se há séculos, com a justaposição da homenagem cristã ao Baptista às festividades pagãs do solstício de Verão. No Porto, as fogueiras tradicionais perdem-se na memória dos tempos. Mas até serem oficializadas, tiveram de esperar muito. A 1ª república pretendeu, logo no seu início, criar os feriados municipais, acabando ao mesmo tempo com os religiosos, numa tentativa de laicizar e "educar" a sociedade. Assim, os municípios e as suas novas vereações republicanas estabeleceram os que eram mais próximos aos munícipes, ou mais convenientes. No Porto, as autoridades camarárias não chegaram a acordo, pela que a decisão acabou por ser referendada, numa "consulta ao povo do Porto" levada a cabo pelo Jornal de Notícias. Havia várias propostas, além do 24 de Junho, já muito festejado: 1 de Maio, 8 de Dezembro, 9 de Julho (entrada das forças liberais no Porto), e outras que não vêm à memória. Acabou por ganhar, com grande maioria , o S. João, que era assim, em 1911, instituído como o feriado municipal da cidade do Porto.
Não deixa de ser irónico que, em plena república laicista e com assomos jacobinos, tenha sido o Santo que baptizou Cristo a nomear um feriado criado por iniciativa de um organismo republicano, mesmo que as festividades fossem sobretudo pagãs. Em todo o caso, é graças a esse referendo municipal de há cem anos que hoje em dia podemos festejar o Baptista e a chegada do Verão, sabendo que no dia seguinte se pode sempre recuperar das mazelas.
João Pedro

quinta-feira, 23 de junho de 2011

SEM REI NEM GREI

Confirma Sousa Bastos que a Procissão do Corpo de Deus, saída da Sé na data da comemoração era a mais afamada de Lisboa, onde se incorporavam os próprios Soberanos de Portugal, o que se atesta nesta fotografia do provisoriamente Derradeiro Deles. Sintoma da nossa decadência é a preparação minuciosa de festejos estar hoje reservada a a alarvidades como o Carnaval, ou a festejos dignos mas com cada vez mais reduzida reflexão te(le)ológica, como os dos Santos Populares. Esta que hoje teria lugar começava um mês antes, com as principais artérias da Capital ostentando as janelas e varandas com colchas e demais panos preciosos dependurados, à maneira do que ainda se faz em Espanha nos momentos festivos e hábito que de cá desapareceu, talvez por não restar muito para celebração. A relevância pública ia a pormenores como a mudança de fardamento dos militares, que iniciavam o uso da calça branca estival nesse dia. Era o evento mais interclassista, com popularíssima afluência, incorporação das elites do Reino, Família Real e Pares à cabeça; e todo o Cabido e Irmandades, marcando a presença das Basílicas e Referências de Culto. Como também transversal em matéria de etnias, fazendo desfilar desde oito dias antes o Estado de São Jorge, composto pela Comunidade Negra tornada Alfacinha. Tudo sob a invocação do Santo nomeado, a da vitória em Aljubarrota, cujo intérprete vinha do Castelo para baixo, após ser içado por guindastes similares aos que faziam montar os cavaleiros e armaduras respectivas no célebre filme de Orson Welles.
Tempos em que o sentimento comunitário era mais do que o pretexto para as risadas escarninhas, de hoje, salvo quando são substituídas pelos apelos a "exercício de cidadania", gritos de impotência e esgares manipulatórios que semeiam cada vez maior aversão.
Paulo Cunha Porto

23 DE JUNHO: DIA DE CORPO DE DEUS

(Clique na imagem para ampliar)
No dia 23 de Junho, a Igreja celebra a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpo de Deus). Em Lisboa, o Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo, preside à celebração eucarística na Sé Patriarcal, às 11h30.
Após a Eucaristia, ainda na Sé de Lisboa, haverá Adoração do Santíssimo Sacramento até às 16 horas. Uma hora mais tarde, às 17h, inicia a Solene Procissão do Corpo de Deus, com o seguinte percurso: Largo da Sé, Rua das Pedras Negras, Rua da Madalena, Rua dos Condes de Monsanto, Praça da Figueira, Rua da Prata, Rua da Conceição, Rua de Santo António da Sé e Largo da Sé.
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como “Corpo de Deus”, realiza-se anualmente desde o século XV e é uma ocasião privilegiada para os cristãos, em todo o mundo, aprofundarem o mistério da Eucaristia.
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HISTÓRIA
Procissão do Corpo de Deus na Baixa de Lisboa
A solenidade conhecida pelo nome de Corpus Christi (em Portugal designada Corpo de Deus) ou do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, só ganha lugar de relevo na Liturgia em 1246, quando o bispo de Liège (Bélgica) instituiu a festa, na sua diocese. Esta primeira “festa oficial” do Corpus Christi surge em consequência das revelações recebidas pela Beata Juliana de Retinne. Pela bula Transiturus (1264), o Papa Urbano IV (que antes fora bispo de Liège) estendeu a festa a toda a Igreja, como solenidade de adoração da Sagrada Eucaristia.
A solenidade do Corpus Christi já era celebrada em Portugal no século XIII, desde o reinado de D. Afonso III. Era, à época, uma festa de adoração, não envolvendo a procissão pelas ruas.
O rito da procissão foi instituído pelo Papa João XXII (1317). Na igreja dos Mártires, em Lisboa, manteve-se, no decurso dos séculos (e apesar das inovações havidas), o rito da festa com exposição do Santíssimo, Procissão, Vésperas solenes e Sermão.
As Câmaras Municipais e as Corporações de Artes e Ofícios acolheram a devota iniciativa, pelo que, a breve trecho, a Procissão veio a tornar-se a mais vistosa e interessante de todas, merecendo o título de “Procissão das Procissões”.
Constituída por cortejo cívico e corporativo, com carros alegóricos, figuras pitorescas, danças, momices e cenas de autos sacramentais, a procissão demorava horas a caminhar, vindo a constituir tanto um evento religioso como um evento social.
As Câmaras, determinando instruções régias, publicaram Regimentos ou regulamentos da Procissão, indicando os usos e os costumes, os modos de vestir, as obrigações de cada Corporação, as danças (entre elas a judenga, ou dança dos judeus), as bandeiras e pendões, as coreografias (anjinhos, folias, figuras sacras...) e o lugar do Clero. Raras foram as sedes concelhias que não tiveram Regimento da Festa, mas as memórias mais expressivas acerca da Procissão ficaram em Coimbra, no Porto e em Lisboa.
Celebrada em Lisboa, a festa do Corpo de Deus incluiu a Procissão, pela primeira vez, em 1389. Eram os tempos da consolidação da autonomia face a Castela e do bom ambiente criado pelas vitórias bélicas de Nuno Álvares e da influência cultural britânica (a ponto de S. Jorge - devoção inglesa, vencedor do Mal, do Dragão - ser considerado Padroeiro de Portugal).
Por isso, à solenidade do Corpus Christi juntou-se a festa de S. Jorge. Desta junção, resultou a magnificência da Procissão da capital. A festa chegou a atingir surpreendente grandiosidade no tempo de D. João V, incorporando a Procissão incorporava, desde logo, as associações socioprofissionais e também as delegações das diversas Ordens Religiosas de Lisboa (Agostinhos, Beneditinos, Dominicanos, Franciscanos, Ordem de Cristo...) e militares. No cortejo, avultava a figura de S. Jorge a cavalo e a Serpe, ou dragão infernal (do tipo chinês, locomovido por figurantes), contra o qual S. Jorge lutava.
Havia paragens para representação das famas ou glórias de S. Jorge; e também para uma série de danças. Representavam-se ainda as tradicionais “estações” do Santíssimo, como hoje ainda se faz na procissão de Sevilha.
No final do cortejo, vinha o pálio, a cujas varas pegavam os mais altos dignitários da Corte e da Câmara, sempre representada por toda a Vereação. Sob o palio, deslocava-se o Bispo de Lisboa, ostentando a custódia com o Santíssimo Sacramento. Era ladeado pelo Rei, ou Chefe de Estado, ou dignitário similar.
Dado curioso a salientar é o da tentação de realização de atentados contra as figuras régias, durante a procissão do “Corpus Christi”. Um deles, contra a pessoa de D. João IV. Sobrevivendo o monarca ao acto, a sua esposa (D. Luísa de Gusmão) promoveu a construção do Convento dos Carmelitas, na Baixa Lisboeta. Edificado no exacto lugar do falhado crime, foi chamado do “Corpus Christi”.
Outro atentado famoso deu-se contra D. Manuel II, perto da Igreja da Vitória, quando a procissão passava na rua do Ouro.
Mas a legislação de 1910, proibindo os dias santos da Igreja (excepto o Natal e o dia 1 de Janeiro), interrompeu o culto público, embora, nas igrejas, continuassem a ser celebradas missas solenes; e solenes pontificiais nas Sés.
Em 2003, a Procissão do Corpo de Deus voltou a percorrer as ruas da Baixa, onde outrora se cumpria. A solenidade, presidida pelo Cardeal-Patriarca, teve começo com a celebração da Missa no Largo da Igreja de São Domingos, no logradouro do palácio da Independência. O término da procissão deu-se na Rua Garrett, diante da Basílica dos Mártires, com a Bênção do Santíssimo Sacramento. Estiveram presentes, na Missa e procissão, mais de cinco mil fiéis - entre os quais autoridades civis e militares.
Iniciamos hoje a publicação de quatro conjuntos de fotografias da Procissão do Corpo de Deus que se realizou em Lisboa no passado dia 7 de Junho.
A primeira série de imagens refere-se ao ambiente que antecedeu o início da Procissão. As restantes fotografias acompanham o percurso desde a Sé Patriarcal até ao Largo do Município.
Apontamento histórico: Departamento da Comunicação e da Cultura do Patriarcado de Lisboa.

TIMOR A QUEM MERECE

CARTA DO CANADÁ
por Fernanda Leitão

No inverno de 1975/76 havia em todo o país um silêncio magoado e estupefacto. Centenas de milhar de pessoas vindas das colónias, algumas apenas com a roupa que traziam vestida, eram despejadas em Portugal por uma ponte aérea. Ninguém queria a continuação da guerra colonial, produto da cegueira política opressiva que dominou 48 anos. Excepção feita a alguns obstinados do regime, todos entendiam como legítima a independência das colónias. Mas ninguém estava preparado para aquela debandada sem honra nem dignidade, aquela entrega de territórios e povos, sem referendo, aos partidos de obediência comunista. Manifestamente, era uma entrega nada inteligente como o tempo se encarregou de demonstrar, e era um acto de crueldade como ficou claro aos olhos do povo português. Entre os milhares de desgraçados que aportaram a Lisboa, estavam os timorenses, esses que o regime actual abandonou depois de ter plantado no território a árvore de frutos envenenados. Foram jogados ao Vale do Jamor, instalados à trouxe-mouxe em casas pré-fabricadas com que a Noruega generosamente acudiu. Fazia frio, chovia muito, o vale era um mar de lama e aquela pobre gente sem agasalhos. O Portugal político remeteu-se a um sepulcral silêncio em torno desta situação. Nunca percebi se era medo, se era indiferença. Má consciência não podia ser porque não a tinham. Só gente sem consciência pode proceder assim e fazer o que fez. E eis que o silêncio foi quebrado por um grito de alarme soltado pelo Príncipe Dom Duarte Pio de Bragança. Foram bastantes os que acorreram ao grito e trabalharam para minorar a desolação e miséria dos timorenses. Lembro-me de muitos, entre eles os familiares do General Silva Cardoso, da Força Aérea, que regressou de Angola, onde ocupou o posto de Alto Comissário, completamente ensopado em amargura e angústia. Não me lembro de alguma vez ter encontrado, no Vale do Jamor, os homens e as mulheres que eram então os donos do regime. Nem um. Nem uma. O Duque de Bragança não mais parou na sua luta em favor do povo timorense. Ramos Horta era presença certa ao seu lado. Uma das mais gratas recordações que guardo foi os timorenses do Vale do Jamor terem acedido ao meu pedido de cantarem a missa solene de celebração do aniversário de Tomar, na Igreja de São João Baptista. Nesse tempo não se celebrava o dia da cidade, porque era herança “fascista”!!!Nem que o cavaleiro templário Gualdim Pais tivesse andado na escola com estes democratas de fancaria... Sem pachorra para aturar coisas estúpidas, celebrei eu e muitos portugueses de antes quebrar que torcer. Presidiu à celebração o Arcebispo Emérito de Luanda, D. Manuel Nunes Gabriel. O filho de um régulo desfraldou junto ao altar uma bandeira portuguesa que a sua tribo tinha escondido durante a ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial. Foi lindo. E inesquecível. Soube agora pela imprensa que a Assembleia Legislativa Ninguém a merece mais nem tanto. É uma decisão feliz e honrosa, este acto de gratidão de um povo que tem todos os motivos para ressentimento e afinal nos quer bem. É um sinal de estarem certos os que, como o Duque de Bragança, procederam de acordo com princípios de Pátria.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

VI VIAGEM AO PAÍS REAL

Exmo. Associado da Causa Real,

A Real Associação de Viseu tem o prazer de anunciar a sua VI VIAGEM AO PAÍS REAL.
Convidamo-lo a participar e a trazer amigos, mesmo que não pertençam à Causa Real ou à Real Associação. Teremos o maior gosto e honra na sua presença.

PODE EFECTUAR A INSCRIÇÃO ATRAVÉS DESTE EMAIL: real.viseu@gmail.com

A INSCRIÇÃO SÓ SERÁ CONSIDERADA EFECTIVA SE RECEBERMOS O VALOR RESPECTIVO, POR CHEQUE (*) OU TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA PARA A CONTA DA RAV COM O NIB 0035 093000 1256564 3014, NOS 3 DIAS SEGUINTES À RESPOSTA A ESTA MENSAGEM.

O TERMO DO PRAZO PARA INSCRIÇÃO SERÁ RESPEITADO.

As melhores Saudações Monárquicas.

(*) Cheque em nome da Real Associação de Viseu, enviado por correio para Quinta do Bosque, Lote 114, 5º Esq, 3510-010 VISEU.

terça-feira, 21 de junho de 2011

JUSTIÇA À PORTUGUESA

A credibilidade de uma Nação mede-se pelo rigor e independência dos seus magistrados.
Aliás, é do mais elementar, num Estado de Direito, haver separação de poderes com legisladores, governantes e magistrados competentes.
Por isso, num país civilizado, não passa pela cabeça de ninguém admitir magistrados desonestos. Excepto em Portugal...
Ficámos a saber que um grupo de candidatos a magistrados copiou no teste de formação, ou seja, decidiu, conscientemente, iludir os seus avaliadores – facto já por si grave, que merece penalização – mas (pasme-se!...) os próprios avaliadores não se importaram e passaram-nos a todos com 10 valores.
Eis uma das razões pelas quais a Justiça é um dos maiores entraves ao desenvolvimento do nosso país. Talvez as mudanças previstas no memorando da “troika” devessem passar também pelo Centro de Estudos Judiciários.
Aura Miguel
Rádio Renascença - 17 de Junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

S.A.R., DOM DUARTE VISITOU A OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL NO PORTO

No dia 4 de Junho, por ocasião da Mostra de Actividades da Instituição, S.A.R., O Senhor Dom Duarte de Bragança visitou a Obra Diocesana de Promoção Social.
De 1 a 4 de Junho, a Obra Diocesana de Promoção Social organizou uma Mostra de Actividades, que pretendeu dar a conhecer ao público em geral as boas práticas da Instituição e o que de melhor se produz nos seus doze Centros Sociais.
A Mostra decorreu nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.
Esta iniciativa foi organizada em parceria com a Câmara Municipal do Porto e PortoLazer, EEM.
FOTOS
S.A.R., Dom Duarte com o Presidente da Obra Diocesana de Promoção Social, Sr. Américo J.C. Ribeiro.
A Obra Diocesana de Promoção Social, fundada em 1964, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, que sublinha, através da acção diária, o quanto é significativo, o quanto é valoroso, ajudar o Próximo.
S.A.R., Dom Duarte assina o livro de visitas
O seu propósito centra-se, fundamentalmente, no abrir novos horizontes de vida, perspectivando esperança e inculcando confiança naqueles, que desprovidos de meios ou requisitos essenciais, não o conseguem sozinhos.
Oferta de presentes

domingo, 19 de junho de 2011

MESMO 100 ANOS DEPOIS

Os monárquicos (principalmente mas não só porque a sensatez não é um exclusivo monárquico) consideram fundamental que os Chefes de Estado sejam imparciais de modo a que consigam exercer as suas funções convenientemente. Por este motivo não se surpreendem ao verificar que os monarcas por essa Europa fora não votam. Como o acto de votar implica necessariamente uma preferência (uma tomada de posição ao lado de determinado candidato) os monarcas ao não votarem estão a mostrar a sua independência, contribuindo assim para a estabilidade dos seus países.
Nas últimas eleições, e como já é hábito há muitos anos, mais uma vez as televisões esperaram para assistir ao momento em que os políticos ‘mais importantes’ votavam. Como já foi referido este é um hábito já antigo, tão antigo que dá para escapar um pequeno (grande) detalhe: a República permite que os seus Chefes de Estado votem! No seguimento do que já foi dito isto parece um tanto incoerente. Será que esta situação não coloca em causa a independência com que o cargo de Chefe de Estado deve ser exercido?
Mais coerente é D.Duarte de Bragança que, embora não reine, já por várias vezes afirmou não votar nem nas Presidenciais (por razões óbvias) nem nas Legislativas por considerar que o Chefe da Casa Real não deve tomar partido de nenhum partido.
Parece que mesmo 100 anos depois, a República ainda tem muito a aprender com a Monarquia!

sábado, 18 de junho de 2011

QUEM NOS ACODE?

Se não tivéssemos, há mais de cem anos, interrompido inconscientemente e ao sabor da conturbada moda da época, uma instituição que nos tinha conduzido, com mais ou menos eficácia, mas tenazmente ao longo de oito séculos de História, não estaríamos agora nesta situação desesperada e sem norte.
Não é a primeira vez que Portugal se encontra com falta de liquidez e com a dívida soberana levada à "glória", por políticos irresponsáveis ou corruptos, não interessa agora. No século XIX, o Fontismo, com a sua política de fomento, com abertura de estradas, construção de pontes e de linhas férreas por todo o País, juntamente com as explorações no interior do Continente Africano, tendo em vista a obtenção de fontes de matérias-primas, poucos anos depois de termos perdido as do Brasil, também levara Portugal à bancarrota financeira, com a ajuda do inevitável conflito com a Inglaterra, que ficou conhecido por "mapa cor de rosa", visto serem eles os nossos principais credores de então.
Nessa época de aflição tivemos um Rei D. Carlos, que imediatamente prescindiu de vinte por cento da Sua dotação orçamental e dirigiu um discurso à Nação, explicando as dificuldades que o País atravessava e exortando os Portugueses a pagar e sobreviver, conservando a esperança no futuro.
Hoje, volvidos que estão cento e um anos sobre a implantação da república, o que temos? No lugar do Rei, temos a sinistra figura que foi, como primeiro-ministro e com dinheiros vindos da Europa, o principal autor material do descalabro a que chegaram a nossa agricultura e pescas, pagando o abate da nossa frota pesqueira e de transportes, bem como subsidiando os nossos agricultores para nada produzirem, tornando um País de escassos recursos, num fornecedor de turismo e serviços, a alimentar-se de produtos importados, gerando um gigantismo do Estado sem paralelo na nossa História.
Com que autoridade brada hoje esse senhor pelo desígnio histórico do mar e pelo regresso dos portugueses à agricultura, que nos forçou a abandonar?
O Estado precisa ser redimensionado à nossa escala e aos capitais disponíveis, todos teremos que fazer sacrifícios.
É tempo de os políticos equacionarem todas as pesadas estruturas que sucessivos governos foram sobrepondo, para compensarem os seus sequazes, após cada vitória eleitoral.
Porque não começamos a racionalização por cima, sabendo, como sabemos, que os custos do Palácio de Belém são superiores aos da Casa Real de Espanha, que é muito maior e mais rica do que este pobre "rectângulo"?
Dom Vasco Teles da Gama *
* Nota: o texto publicado é da exclusiva responsabilidade do autor.
Texto publicado no Diário Digital a 15-Jun-2011
q u i n t a - f e i r a . c o m
A MONARQUIA EM PORTUGUÊS NA INTERNET

sexta-feira, 17 de junho de 2011

IMPRENSA: PROCISSÃO E BODO ENCERRAM AS FESTAS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO COM A PRESENÇA DA FAMÍLIA REAL.

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Revista "Lux" de 20 de Junho de 2011
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Revista "Caras" de 25 de Junho de 2011
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