domingo, 31 de janeiro de 2010

EXCERTO DO DIÁRIO DE S.M., A RAINHA DONA AMÉLIASem legendas. As imagens dizem tudo!!!
Excerto do "Diário de Dona Amélia de Orleães e Bragança", onde a Rainha lamenta o desaparecimento trágico de S.M., O Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luís Filipe.
Lisboa, Palácio das Necessidades - Sábado, 1 de Fevereiro de 1908.
Escrever para não gritar. Para não perder a razão - sim, para não perder a razão. Para expulsar, por um instante que seja, as terríveis imagens deste dia, e suportar o longo horror desta noite, a primeira de todas as que estão para vir. Escrevo para mim. Escrevo para não enlouquecer, (...) mas a Rainha de Portugal não se entrega à loucura. Ela cumpre o seu dever, ou morre como morreu hoje o Rei de Portugal, Dom Carlos I, como morreu hoje o Príncipe Herdeiro, Dom Luiz Filipe, como ela própria deveria ter morrido sob as balas dos assassinos.Meu Deus, porque permitiste que matassem o meu filho? Protegi-o com todo o meu corpo, expus-me aos tiros, quis desesperadamente que eles me trespassassem a mim. E bastou uma única bala para destruir o rosto do meu filho. (...) A dor cobriu tudo. Esvaziou-me o Espírito. As recordações desapareceram, estou incapaz de chorar. Inerte. (...) Preciso de continuar a escrever até que o dia rompa, em vez de deixar que os pesadelos me invadam num sono inquieto. É preciso descrever a realidade, mais cruel do que o pior dos pesadelos.
S.M., EL-REI DOM CARLOS I (1863-1908) - VIVA O REI!
"El-Rei Dom Carlos, no convívio íntimo, era um homem encantador. Afável, primorosamente educado, desapegado de enfatuações ridículas, de antipáticas vontades, dava gosto e agrado tratá-lo de perto.
Largamente instruído, exprimindo-se com facilidade e elegância, e também com naturalidade e singeleza, sem rebuscar frases ou arquitectar períodos sonoros, não era fácil dar-lhe novidades em qualquer matéria de que se tratasse. De inteligência agudíssima e sólida ilustração, apreendia de pronto qualquer questão e versava-a com agudeza e perspicácia. O seu vasto e lúcido talento dava-lhe aptidões variadas. Era exímio na pintura, em que podia considerar-se mestre. Como atirador, não havia quem o excedesse e dificilmente se encontraria quem o igualasse. Os seus trabalhos oceanográficos provam o seu amor à ciência. Os seus trabalhos agrícolas demonstram o seu amor à terra.
Falava com primor muitas línguas. Era sabido que nas recepções solenes dos dias de gala, no Paço da Ajuda, ou nas que se realizavam quando recolhia das suas viagens ao estrangeiro, El-Rei Dom Carlos conversava com cada um dos membros do corpo diplomático nas suas respectivas línguas.
Apaixonado pelos exercícios físicos, montava bem a cavalo, jogava o pau com destreza e era distinto e forte na esgrima. (...)
Era honestíssimo. Várias vezes, e em diversos lances, tive ensejo de apreciar a direitura do carácter de El-Rei Dom Carlos, a inteireza e a rectidão do seu espírito. Detestava os ladrões, os que não tinham o culto da honra. (...)
Português de lei, queria muito à sua terra e adorava o seu país. (...) o Senhor Dom Carlos tinha notabilíssimas qualidades de Chefe de Estado e de diplomata arguto e hábil, tendo prestado ao seu país altíssimos serviços, que a História há-de registar, reconhecer e premiar, fazendo ao seu nome a devida, a merecida justiça. Aos seus esforços e ao seu prestígio, deveu Portugal a situação internacional vantajosíssima, que ocupou no seu reinado." - A. Cabral, As Cartas

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Foi este Rei, este Grande Homem que os republicanos insultaram, odiaram e por fim mataram.
Passados 100 anos de desgraça, sofrimento e de meia-culpa do Povo Português, pagando pelo acto tresloucado de uns carbonários e jacobinos assassinos, que maior amor e gratidão para com a Pátria amada do que aclamar o Rei, para que Portugal tenha enfim paz e possa de novo vencer obstáculos, sendo de novo respeitado por todos.
Só em torno do nosso Rei poderemos, 102 anos depois, redimirmos da maldição daquele fatídico dia 1 de Fevereiro de 1908 e renascer como uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL.
VIVA DOM DUARTE!
VIVA PORTUGAL!

sábado, 30 de janeiro de 2010

PRÍNCIPE REAL, DOM LUIZ FILIPE - A ESPERANÇA DO REINO DE PORTUGAL!
É injusto que Dom Luís Filipe fique apagado, pois é uma figura interessante e até trágica, a Rainha Dona Amélia ainda insistiu que ele tivesse sido Rei de Portugal, pois morreu depois do Pai, morreu aliás em pé em sua defesa. Aparentemente terá empunhado a pistola, não se agachou, nem fugiu. Não se intimidou!
O regícido vitimou o Príncipe Dom Luís Filipe e o Rei Dom Carlos, mortos a tiros de pistola por Manuel Buíça e Alfredo Costa, na Praça do Comércio quando regressavam de uma estada no Paço Ducal de Vila Viçosa.
Fez-se um esforço muito grande para o tornar um Príncipe exemplar, principalmente por parte da Rainha Dona Amélia, e coloca todas as esperanças no filho mais velho.
A Rainha Dona Amélia adorava o filho e achava que ia ser o grande Rei para Portugal.
O Príncipe teve uma "educação muito exigente" que segue o modelo defendido pelo príncipe Alberto, marido da Rainha Vitória, que propunha que o Rei fosse também um "cavalheiro ilustrado".
Dom Pedro V representou entre nós, o melhor modelo desta educação Saxe-Coburgo-Gotha, introduzida pelo marido de Dona Maria II, Dom Fernando, em que também foi instruído Dom Carlos.
Tudo levava a crer que Dom Luís Filipe, nascido a 21 de Março de 1887, se tornasse "um Rei sério e grave".
Tudo o preparava para ser um Rei consciencioso e com sentido dos deveres de reinado que era uma coisa que tanto a tradição portuguesa como a Rainha Dona Amélia incutiam muito no Príncipe Real.
Era um rapaz muito bem-educado, simpático, calado, tendo deixado muito boa impressão nas colónias, na viagem que realizou em 1907.
Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Bragança Saxe-Coburgo-Gotha, de seu nome completo, teve uma "educação esmerada" no Palácio tal como o Pai.
Após os primeiros estudos literários, a educação do Príncipe é entregue ao herói das guerras de África, Mouzinho de Albuquerque, nomeadamente o treino militar.
Dom Luís Filipe foi jurado Príncipe Herdeiro do trono em Julho de 1901 e a partir de 13 de Abril de 1906 passou a fazer parte do Conselho de Estado.
O Príncipe exerceu a regência quando Dom Carlos se ausentou em visita protocolar a Espanha, França e Inglaterra. - Rui Ramos
O REGICÍDIO VISTO POR EL-REI DOM MANUEL II
A 1 de Fevereiro de 1908, no regresso de mais uma estadia em Vila Viçosa, o Rei Dom Carlos e o Princípe Herdeiro Dom Luís Filipe, são assassinados em pleno Terreiro do Paço. De um só golpe, Costa e Buiça, decapitavam a Monarquia portuguesa, deixando o trono nas mãos de um inexperiente Dom Manuel, sem capacidade nem margem de manobra para gerir uma situação política explosiva que culminaria com a queda da Monarquia e a implantação da república a 5 de Outubro de 1910. A 21 de Maio de 1908, quase 4 meses após o regicídio, o já então Rei Dom Manuel II, descreveu a forma como viveu este trágico acontecimento, sob o título de "Notas absolutamente íntimas", de que apresentamos o excerto que se segue:
«Há já uns poucos de dias que tinha a ideia de escrever para mim estas notas intimas, desde o dia 1 de Fevereiro de 1908, dia do horroroso atentado no qual perdi barbaramente assassinados o meu querido Pae e o meu querido Irmão. Isto que aqui escrevo é ao correr da pena mas vou dizer franca e claramente e também sem estilo tudo o que se passou. Talvez isto seja curioso para mim mesmo um dia se Deus me der vida e saúde. Isto é uma declaração que faço a mim mesmo. Como isto é uma historia intima do meu reinado vou inicia-la pelo horroroso e cruel atentado. No dia 1 de Fevereiro regressavam Suas Magestades El-Rei Dom Carlos I a Rainha a Senhora Dona Amélia e Sua Alteza o Principe Real de Villa Viçosa onde ainda tinha ficado. Eu tinha vindo mais cedo (uns dias antes) por causa dos meus estudos de preparação para a Escola Naval. Tinha ido passar dois dias a Villa Viçosa tinha regressado novamente a Lisboa. Na capital estava tudo num estado excitação extraordinária: bem se viu aqui no dia 28 de Janeiro em que houve uma tentativa de revolução a qual não venceu. Nessa tentativa estava implicada muita gente: foi depois dessa noite de 28, que o Ministro da Justiça Teixeira d'Abreu levou a Villa Viçosa o famoso decreto que foi publicado em 31 de Janeiro. Foi uma triste coincidência ter rubricado nesse dia de aniversário da revolta do Porto. Meu Pae não tinha nenhuma vontade de voltar para Lisboa. Bem lembro que se estava para voltar para Lisboa 15 dias antes e que meu Pae quis ficar em Villa Viçosa: Minha Mãe pelo contrário queria forçosamente vir. Recordo-me perfeitamente desta frase que me disse na vespera ou no próprio dia que regressei a Lisboa depois de eu ter estado dois dias em Villa Viçosa. "Só se eu quebrar uma perna é que não volto para Lisboa no dia 1 de Fevereiro. Melhor teria sido que não tivessem voltado porque não tinha eu perdido dois entes tão queridos e não me achava hoje Rei! Enfim, seja feita a Vossa vontade Meu Deus! Mas voltando ao tal decreto de 31 de Janeiro. Já estavam presas diferentes pessoas politicas importantes. António José d'Almeida, republicano e antigo deputado, João Chagas, republicano, João Pinto dos Santos, dissidente e antigo deputado, Visconde de Ribeira Brava e outros. Este António José d'Almeida é um dos mais sérios republicanos e é um convicto, segundo dizem. João Pinto dos Santos, é também um dos mais sérios do seu partido. O Visconde de Ribeira Brava, não presta para muito e tinha sido preso com as armas na mão no dia 28 de Janeiro. Mas o António José d'Almeida e João Pinto dos Santos não podiam ser julgados senão pela Câmara como deputados da última Câmara. Ora creio que a tensão do Governo era mandar alguns para Timor tirando assim por um decreto dictatorial um dos mais importantes direitos dos deputados. O Conselheiro José Maria de Alpoim par do Reino e chefe do partido dissidente tinha tido a sua casa cercada pela policia mas depois tinha fugido para Espanha. Um outro dissidente também tinha fugido para Espanha e lá andou disfarçado. Outro que tinha sido preso foi o Afonso Costa: este é do pior do que existe não só em Portugal mas em todo mundo; é medroso e covarde, mas inteligente e para chegar aos seus fins qualquer pouca vergonha lhe é indiferente. Mas isto tudo é apenas para entrar depois mais detalhadamente na história íntima do meu reinado.Como disse mais atrás eu estava em Lisboa quando foi 28 de Janeiro; houve uma pessoa minha amiga (que se não me engano foi o meu professor Abel Fontoura da Costa) que disse a um dos Ministros que eu gostava de saber um pouco o que se passava, porque isto estava num tal estado de excitação. O João Franco escreveu-me então uma carta que eu tenho a maior pena de ter rasgado, porque nessa carta dizia-me que tudo estava sossegado e que não havia nada a recear! Que cegueira!Mas passemos agora ao fatal dia 1 de Fevereiro de 1908 sábado. De manhã tinha eu tido o Marquês Leitão e o King. Almocei tranquilamente com o Visconde d'Asseca e o Kerausch. Depois do almoço estive a tocar piano, muito contente porque naquele dia dava-se pela primeira vez "Tristão e Ysolda" de Wagner em S. Carlos. Na vespera tinha estado tocando a 4 mãos com o meu querido mestre Alexandre Rey Colaço o Septuor de Beethoven, que era, e é uma das obras que mais aprecio deste génio musical. Depois do almoço à hora habitual quer dizer às 13:15h comecei a minha lição com o Fontoura da Costa, porque ele tinha trocado as horas da lição com o Padre Fiadeiro. A hora do Fontoura era às 17:30h. acabei com o Fontoura às 15 horas e pouco depois recebi um telegrama da minha adorada Mãe dizendo-me que tinha havido um descarrilamento na Casa-Branca, mas não tinha acontecido nada, mas que vinham com três quartos de hora de atraso. Vendo que nada tinha acontecido dei graças a Deus, mas nem me passou pela mente, como se pode calcular o que havia de acontecer. Agora pergunto-me eu aquele descarrilamento foi um simples acaso? Ou foi premeditado para que houvesse um atraso e se chegasse mais tarde? Não sei. Hoje fiquei em dúvida. Depois do horror que se passou fica-se duvidando de muita coisa. Um pouco depois das 4 horas saí do Paço das Necessidades num "landau" com o Visconde d'Asseca em direcção ao Terreiro do Paço para esperarmos Suas Magestades e Alteza. Fomos pela Pampulha, Janelas Verdes, Aterro e Rua do Arsenal. Chegámos ao Terreiro do Paço. Na estação estava muita gente da corte e mesmo sem ser. Conversei primeiro com o Ministro da Guerra Vasconcellos Porto, talvez o Ministro de quem eu mais gostava no Ministério do João Franco. Disse-me que tudo estava bem.Esperamos muito tempo; finalmente chegou o barco em que vinham os meus Paes e o meu Irmão. Abracei-os e viemos seguindo até a porta onde entramos para a carruagem os quatro. No fundo a minha adorada Mãe dando a esquerda ao meu pobre Pae. O meu chorado Irmão deante do meu Pae e eu deante da minha mãe. Sobretudo o que agora vou escrever é que me custa mais: ao pensar no momento horroroso que passei confundem-se-me as ideias. Que tarde e que noite mais atroz! Ninguem n'este mundo pode calcular, não, sonhar o que foi. Creio que só a minha pobre e adorada Mãe e Eu podemos saber bem o que isto é! Vou agora contar o que se passou n'aquella historica Praça. Sahimos da estação bastante devagar. Minha mãe vinha-me a contar como se tinha passado o descarrilamento na Casa-Branca quando se ouviu o primeiro tiro no Terreiro do Paço, mas que eu não ouvi: era sem duvida um signal: signal para começar aquella monstrosidade infame, porque pode-se dizer e digo que foi o signal para começar a batida. Foi a mesma coisa do que se faz n'uma batida às feras: sabe-se que tem de passar por caminho certo: quando entra n'esse caminho dá-se o signal e começa o fogo! Infames! Eu estava olhando para o lado da estatua de D. José e vi um homem de barba preta, com um grande "gabão". Vi esse homem abrir a capa e tirar uma carabina. Eu estava tão longe de pensar n'um horror d'estes que me disse para mim mesmo, sabendo o estado exaltação em que isto tudo estava "que má brincadeira". O homem sahiu do passeio e veio se pôr atraz da carruagem e começou a fazer fogo. Quando vi o tal homem das barbas que tinha uma cara de meter medo, apontar sobre a carruagem percebi bem, infelizmente o que era. Meu Deus que horror. O que então se passou só Deus minha mãe e eu sabemos; porque mesmo o meu querido e chorado Irmão presenceou poucos segundos porque instantes depois também era varado pelas balas. Que saudades meu Deus! Dai-me a força Senhor para levar esta Cruz, bem pesada, ao Calvário! Só vós, Meu Deus sabeis o que tenho sofrido! Logo depois do Buíça ter feito fogo (que eu não sei se acertou) começou uma perfeita fuzilada, como numa batida às feras! Aquele Terreiro do Paço estava deserto nenhuma providência! Isso é que me custa mais a perdoar ao João Franco. Se durante o seu ministério sobretudo na parte da ditadura cometeu erros isso para mim é menos. Tenho a certeza que a sua intenção era muito boa; os meios é que foram maus, péssimos, pois acabou da maneira mais atroz que jamais se poderia imaginar. Quando se lhe dizia que isto ia mal que havia anarquistas no nosso País ele não acreditou. O primeiro sintoma que eu me lembro de ter havido foi a explosão daquelas bombas na Rua de Santo António à Estrela. Recordo-me perfeitamente a impressão que me fez quando soube! Foi no Verão estávamos então na Pena. Quem me diria o que havia de acontecer 6 ou 8 meses depois! Mas voltando novamente ao pavoroso atentado. Sei de um dos comandantes da polícia o Coronel Correia estava muito inquieto e o João Franco não acreditava que pudesse ter lugar qualquer coisa desagradável, quanto menos um horror destes, e infelizmente não estavam tomadas providências nenhumas. Imediatamente depois do Buíça começar a fazer fogo saiu de debaixo da Arcada do Ministério um outro homem que desfechou uns poucos de tiros à queima-roupa sobre o meu Pai; uma das balas entrou pelas costas e outra pela nuca, que O matou instantaneamente. Que infames! para completarem a sua atroz malvadez e sua medonha covardia fizeram fogo pelas costas. Depois disto não me lembro quase do resto: foi tão rápido! Lembra-me perfeitamente de ver a minha adorada e heróica Mãe de pé na carruagem com um ramo de flores na mão gritando àqueles malvados animais, porque aqueles não são gente «infames, infames»!. A confusão era enorme. Lembra-me também e isso nunca poderei esquecer, quando na esquina do Terreiro do Paço para a Rua do Arsenal, vi o meu Irmão em pé dentro da carruagem com uma pistola na mão. Só digo d'Ele o que o Cónego Aires Pacheco disse nas exéquias nos Jerónimos: «Morreu como um herói ao lado do seu Rei»! Não há para mim frase mais bela e que exprima melhor todo o sentimento que possa ter. Meu Deus que horror! Quando penso nesta tremenda desgraça, ainda me parece um pesadelo! Quando de repente já na Rua do Arsenal olhei para o meu queridíssimo Irmão vi-O caído para o lado direito com uma ferida enorme na face esquerda de onde o sangue jorrava como de uma fonte! Tirei um lenço da algibeira para ver se lhe estancava o sangue: mas que podia eu fazer? O lenço ficou logo como uma esponja. No meio daquela enorme confusão estava-se em dúvida para onde devia ir a carruagem: pensou-se no hospital da Estrela, mas achou-se melhor o Arsenal. Eu também, já na Rua do Arsenal fui ferido num braço por uma bala. Faz o efeito de uma pancada e um pouco uma chicotada: foi na parte superior do braço direito. Agora que penso ainda neste pavoroso dia e no medonho atentado parece-me e tenho quase a certeza (não quero afirmar porque nestes momentos angustiosos perde-se a noção das coisas) que eu escapei por ter feito um movimento instintivo para o lado esquerdo. Na segunda carruagem vinham os Condes de Figueiró e o Marquês de Alvito e na terceira o Visconde de Asseca, o Vice-Almirante Guilherme A. de Brito Capelo e o Major António Waddington. Quando vínhamos a entrar o portão do Arsenal a Condessa de Figueiró entrou também na nossa carruagem e lembra-me que o Visconde de Asseca e o Conde de Figueiró vinham ao lado da carruagem. Dentro do Arsenal saí da carruagem primeiro e depois a minha adorada Mãe. Foi verdadeiramente um milagre termos escapado: Deus quis poupar-nos! Dou Graças a Deus de me ter deixado a minha Mãe que eu tanto adoro. Sempre foi a pessoa que eu mais gostei neste mundo e no meio destes horrores todos dou e darei sempre graças a Deus de me A ter conservado! Quando a Minha adorada Mãe saiu da carruagem foi direita ao João Franco que ali estava e disse-lhe ou antes gritou-lhe com uma voz que fazia medo «Mataram El-Rei: Mataram o meu Filho». A minha pobre Mãe parecia doida. E na verdade não era para menos: eu também não sei como não endoideci. O que então se passou naquelas horas no Arsenal ninguém pode sonhar! A primeira coisa foi que perdi completamente a noção do tempo. Agarrei a minha pobre e tão querida Mãe por um braço e não larguei e disse à Condessa de Figueiró para não a deixar. Contudo ia entrando muita gente da Casa, diplomatas, os ministros e mesmo ministros de Estado honorários. Estava-se ainda na dúvida (infelizmente de pouca duração se ainda viviam os dois entes tão queridos! Estavam lá muitos médicos entre outros o Dr. Bossa (que me parece foi o primeiro que chegou) o Dr. Moreira Júnior e o Dr. D. António Lencastre. Contou-me depois (já alguns dias depois) o Dr. Bossa que logo que chegou acendeu um fósforo e ainda as pupilas se retraíram. Quando porém repetiu a experiência nem mesmo esse pequeno sinal de vida lhe restava. Descansa em paz no sono Eterno e que Deus tenha a Tua Alma na sua Santa Guarda! De meu Pai e mesmo meu Irmão não tinha grandes esperanças que pudessem escapar. As feridas eram tão horrorosas que me parecia impossível que se salvassem. Como disse já lá estava o Ministério todo menos o Ministro da Fazenda Martins de Carvalho. Isso é que nunca poderei esquecer é que fazendo parte do Ministério do meu querido Pai quando foi assassinado não foi ao Arsenal! Diz-se (não o quero afirmar) que fugiu para as águas-furtadas do Ministério da Fazenda e ali fechou a porta à chave! Seja como for há agora seis meses que Meu Pai e Meu Irmão de chorada memória foram assassinados e nunca mais aqui pôs os pés! Acho isso absolutamente extraordinário!... para não dizer mais. Preveniu-se para o Paço da Ajuda a minha pobre Avó para vir para o Arsenal. Eu não estava quando Ela chegou. Estavam-me a tratar o braço na sala do Inspector do Arsenal. Quando a Avó chegou foi direita à minha Mãe e disse-lhe «On a tué mon fils!» e a minha Mãe respondeu-lhe: «Et le mien aussi!» Meu Deus dai-me força. Mas antes disto houve diferentes coisas que quero contar. A minha pobre e adorada Mãe andava comigo pelo Arsenal de um lado para o outro com diferentes pessoas: Conde de Sabugosa, Condes de Figueiró, Condes de Galveias e outros falando de sempre num estado de excitação indescritível mas fácil de compreender. De repente caiu no chão! Só Deus e eu sabemos o susto que eu tive! Depois do que tinha acontecido veio aquela reacção e eu nem quero dizer o que primeiro me passou pela cabeça. Depois vi bem o que era: o choque pavoroso fazia o seu efeito! Minha Mãe levantou-se quase envergonhada de ter caído. É um verdadeiro herói. Quem dera a muitos homens terem a décima parte da coragem que a minha Mãe tem. Tem sido uma verdadeira mártir! O que eu rogo a Deus sempre e a cada instante é para m'A conservar! Pouco tempo depois de termos chegado ao Arsenal veio ainda o major Waddington dizendo que os Queridos Entes ainda estavam vivos; mas infelizmente pouco tempo depois voltou chorando muito. Perguntei-lhe «Então?» Não me respondeu. Disse-lhe que tinha força para ouvir tudo. Respondeu-me então que já ambos tinham falecido! Dai-lhes Senhor o Eterno descanso e brilhe sobre Eles a Vossa Luz Eterna Ámen! Pouco depois, vi passar João Franco com o Aires de Ornelas (Ministro da Marinha) e talvez (disso não me lembro ao certo) com o Vasconcelos Porto, Ministro da Guerra, dirigindo-se para a Sala da Balança para telefonarem que se tomassem todas as previdências necessárias. São isto cenas, que viva eu cem anos, ficarão gravadas no meu coração. Agora já era noite o que ainda tornava tudo mais horroroso e sinistro: estava já então muita gente no Arsenal, e principiou-se a pensar no regresso para o Paço das Necessidades. No presente momento em que estou escrevendo estas linhas estou repassando com horror, tudo no meu pensamento! Entrámos então para o landau fechado, a minha Avó, minha Mãe e o Conde de Sabugosa e eu. Saímos do Arsenal pelo portão que deita para o Cais do Sodré onde estava um esquadrão da Guarda Municipal comandado pelo Tenente Paul. Na almofada ia o Coronel Alfredo de Albuquerque: à saída entregaram ao Conde de Sabugosa um revólver; minha Avó também queria um. Viemos então a toda brida para o Paço das Necessidades. À entrada esperavam-nos a Duquesa de Palmela, Marquesa do Faial, Condessa de Sabugosa, Dr. Thomaz de Mello Breyner, Conde de Tattenbach, Ministro da Alemanha e a Condessa, e muitos criados da casa. Foi uma cena horrorosa! Todos choravam aflitivamente. Subimos muito vagarosamente a escada no meio dos prantos e choros de todos os presentes. Acompanhei a minha pobre e adorada Mãe até ao seu quarto e deixei a minha pobre Avó na sala.»

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

JANTAR DE APOIO ÀS VÍTIMAS DO HAITI
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CONSUL DO SIÃO EM LISBOA, TESTEMUNHA OCULAR DO REGICÍDIO
O regicídio, eventualmente o mais importante acontecimento da história portuguesa contemporânea pelos efeitos imediatos que produziu e pelas ondas de choque que ainda hoje se repercutem, teve um grande impacto na corte siamesa, que foi colhida de espanto e requereu de imediato aos seus embaixadores e cônsules na Europa detalhada informação sobre a tragédia. Da consulta da abundante correspondência diplomática a que tenho acedido, o processo respeitante ao assassinato do Rei Dom Carlos e do Príncipe Dom Luís Filipe parece corroborar as conhecidas versões, mas também abrir novas pistas para a compreensão dos factos ocorridos no fim de tarde daquele dia ameno de Inverno de 1 de Fevereiro de 1908.
Trinta e seis horas após o crime, o Príncipe Devawongse Varoprakan, irmão do rei Chulalongkorn do Sião e Ministro dos Estrangeiros siamês, foi informado em Banguecoque da gravidade da situação portuguesa. O telegrama vinha de Paris e fora enviado pelo embaixador siamês em Paris, Príncipe Charon. Informava laconicamente que o Rei de Portugal fora alvo de atentado e que não sobrevivera. Sugeria o Príncipe Charon que o Rei Chulalongkorn fosse informado com a máxima urgência e que fosse enviado telegrama de condolências à Rainha Dª. Amélia, à Rainha Mãe [Maria Pia] e ao novo Rei D. Manuel. Na manhã seguinte, o Cônsul Geral de Portugal em Banguecoque informava o MNE siamês da ascensão ao trono do Infante D. Manuel, pedindo às autoridades siamesas que proclamassem luto em memória do Rei falecido. O titular dos Estrangeiros siamês respondeu ainda nessa tarde ao representante português junto da corte, informando-o que o Rei Chulalongkorn fora acometido de grande pesar pelas terríveis novas.
No dia 14 de Fevereiro, num longo e detalhado relatório, o Príncipe Charon dava conta ao monarca siamês dos acontecimentos. O então cônsul siamês em Lisboa, Pinto Basto, era amigo pessoal do Rei D. Carlos e fora testemunha presencial do atentado, pelo que a informação transmitida por Charon provinha de fonte absolutamente fidedigna e com acesso a altas instâncias do Estado e da corte portugueses. O Príncipe Charon, ao saber do regicidio, apanhara de imediato o Sud-Express e chegara a Lisboa ainda se faziam preparativos para as solenes exéquias. Pinto Basto lavrou o seu testemunho. Desse, avultam os seguintes elementos, que estimamos importantes:
1. Pinto Basto encontrava-se a cerca de 35 metros do landau que transportava a Família Real.
2. Ao iniciar-se o tiroteio, Pinto Basto correu em direcção ao centro do tiroteio e verificou que a polícia atirava em todas as direcções, tendo escapado por pouco ao fogo dos agentes, que pareciam desnorteados e incapazes de seleccionar alvos.
3. Pinto Basto participou na caçada aos regicidas e agarrou um deles, entregando-o à polícia que inexplicavelmente o abateu no próprio local.
4. Pinto Basto entrou no Arsenal e ajudou a retirar os corpos do Rei e do Príncipe Real. Verificou que o Rei se encontrava morto, pois recebera fatal disparo na medula. O Príncipe Dom Luís Filipe agonizava e não resistiu por muitos minutos aos ferimentos recebidos.
Quanto às causas do regicídio, Pinto Basto esclarecia:
1. O Atentado não fora obra de anarquistas, mas decorrera de um vasto complot de revolucionários profissionais, bem organizados, muito bem adestrados e dotados de armamento de grande precisão.
2. A finalidade do atentado era a de matar por atacado toda a Família Real, bem como o Presidente do Governo.
3. Depois de desenvolver os seus pontos de vista muito críticos a respeito de João Franco, Pinto Basto não deixava de tecer elogios às reformas que o chefe do governo desenvolvia, bem como destacar as qualidades de serviço e honestidade que sempre evidenciara.
4. Os assassinos eram portugueses e alguns destes parece terem sido contratados para executar o crime. O número de criminosos envolvidos seria muito superior ao dos terroristas abatidos pela polícia. Pinto Basto afirma que ao longo de todo o trajecto havia atiradores de atalaia - todos envergando capas ou longas samarras - e que ninguém parece ter-lhes prestado atenção.
Chulalongkorn recebeu e leu o longo relatório e informou posteriormente o seu MNE que ficara muito abalado e perplexo com tudo o que lera. O Sião e Portugal iniciavam um longo afastamento que só seria emendado em finais da década de 1930.
Fonte: COMBUSTÕES

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ESCLARECIMENTO DA CASA REAL PORTUGUESA

Recebemos da Casa Real Portuguesa o esclarecimento de S.A.R., Dom Duarte, Duque de Bragança que de seguida transcrevemos:

«Tenho verificado que algumas pessoas ficaram perturbadas com o texto publicado pela Agência Lusa, após a conversa que tive com uma simpática jornalista durante o “Almoço dos Reis “ em Santarém.

Gostaria de lembrar que esse texto é um resumo da conversa e que necessariamente omitiu uma parte das minhas afirmações. Por isso talvez não se perceberá tão facilmente a sua ironia, em mostrar que a esperança actual da sociedade portuguesa não reside no ideal republicano cujos heróis foram homens dispostos a morrer por uma causa em que tudo correu mal.

Obviamente que nunca faria um elogio das actividades terroristas, sejam as da Carbonária no séc. dezanove ou as actuais! Por isso, e considerando que os militantes da Carbonária foram os mais dedicados, generosos e consequentes elementos da revolução de 1910, segundo historiadores republicanos (Prof. Fernando Rosas, etc.), as homenagens previstas para este ano deveriam principalmente ser-lhe dedicadas. O que deveria levantar problemas a quem condena o terrorismo. Esta a subtileza que a jornalista eventualmente não entendeu!

É verdade que eu afirmei respeitar as pessoas que são capazes de dar a vida em defesa dos seus ideais, mesmo quando esses ideais não coincidam com os meus. Não posso aceitar é que se gaste uma fortuna paga pelos nossos impostos a homenagear duvidosos ideais que redundaram em bombas e crimes que ajudaram a mergulhar o país numa crise política e social gravíssima.»

Dom Duarte

Fonte: REAL ASSOCIAÇÃO DE LISBOA

"PORTUGAL ESTARIA MELHOR SE FOSSE UMA MONARQUIA" (Clique na imagem para ampliar)
A CHEFIA DO ESTADO (Clique na imagem para ampliar)

DUQUE DE BRAGANZA - EL JEFE DE LA CASA REAL PORTUGUESA EN BARCELONA: «A REINA SOFÍA ES UNA MUJER EXTRAORDINARIA»

Parece que a la familia real sueca se le van sumando los escándalos, pues tras las fuertes críticas a los Príncipes herederos Victoria y Daniel por su fastuoso viaje de novios pagado por un multimillonario sueco el verano pasado, la nueva biografía del Rey Carlos XVI Gustavo, revela ahora su participación en todo tipo de encuentros sexuales en situaciones embarazosas y habla de un Rey con limitada inteligencia y poco interés por el cargo, y en breve se anuncia otra biografía, en este caso de su consorte la Reina Silvia, titulada “Silvia, Reina por encima de todo”, que ya está despertando un enorme interés en la prensa y en la opinión pública del país escandinavo. Entre tanto el Duque de Braganza, jefe de la casa real de Portugal, que por razones desconocidas no fue invitado el verano pasado a la boda real sueca, ha pasado unos días en Barcelona invitado por el Círculo del Liceo, el prestigioso club social asociado al gran teatro del Liceo.
Don Duarte, que como jefe de la familia real lusa mantiene muy buenas relaciones con el estado portugués, que siempre cuenta con su presencia en las cenas de estado ofrecidas a monarcas extranjeros de visita en el país, llegó a Barcelona el pasado 9 de noviembre y al día siguiente dio una conferencia en la citada institución en la que disertó sobre la historia de la dinastía portuguesa y su íntima vinculación con España.
Recibimiento y reencuentro
En su intervención el Duque de Braganza, que fue muy bien recibido por la buena sociedad barcelonesa y que se reencontró con su prima la Princesa Elisalex de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, destacó su deseo de haber querido disertar en catalán, lengua que conoce y aprecia, la importancia de Cataluña en la historia de la restauración de la monarquía portuguesa en 1640, y su gusto por revisitar la ciudad condal a la que su esposa y sus hijos viajan con frecuencia camino de las pistas de esquí de Andorra. Hombre de clara vocación política que trabaja con interés por el fomento de una comunidad lusófona internacional, el Duque de Braganza mantiene, en virtud de su jefatura de la familia real portuguesa, estrechos vínculos políticos con las antiguas colonias portuguesas en África, países a los que viaja con frecuencia, y se hace presente en la vida política y social de Portugal donde en fechas recientes fue invitado por el presidente de la república a algunos de los actos oficiales organizados con ocasión de la visita a su país de sus primos los grandes Duques de Luxemburgo.
Persona de acendrada religiosidad compartió su gran admiración por la figura del papa Benedicto XVI,que meses atrás canonizó a su antepasado Nuño Alvares Pereira, y cuya visita a Barcelona dijo haber seguido con gran interés. Pariente de la mayor parte de las actuales casas reales en ejercicio, el Duque de Braganza resaltó su buena relación con sus primos lejanos el Rey Juan Carlos, a quien trató mucho en sus años de juventud en Portugal, y la Reina Sofía, alabando su excelente labor y la extraordinaria personalidad de Doña Sofía, a quien frecuenta más en los últimos años y a quien calificó de “persona extraordinaria”. Así mismo puso un gran énfasis en el importante papel que el conjunto de las casas reinantes de Europa están teniendo actualmente en la promoción del fomento de políticas sociales, de los microcréditos, y de la adopción de medidas en el ámbito internacional para la promoción de la ecología, el desarrollo sostenido y todos los temas relacionados con el medio ambiente.
Don Duarte, que en próximas fechas viajará a Bruselas para asistir a la boda religiosa del nuevo Duque de Parma, se interesó por los cambios de los últimos años en Barcelona, que no visitaba desde la boda de la Infanta Cristina, y paseó por el centro histórico de la ciudad.
Fonte: Extra Confidencial.com - 17-11-2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

REGICÍDIO AUSENTE DAS CELEBRAÇÕES (Clique na imagem para ampliar)
S.A.R., DOM DUARTE NO ALMOÇO DOS REIS (Clique na imagem para ampliar)
SENSIBILIDADE E BOM SENSO
«Olhamos impassivelmente para as doutrinas republicanas, como olhamos para as monárquicas. Não elevamos nenhuma a altura de dogma. Não nos cega o fanatismo, nem perguntamos qual delas tem mais popularidade. É já tempo de examinar friamente, e de discutir com placidez, qual dos dois princípios pode ser mais fecundo para assegurar a liberdade e, depois da liberdade, a ordem e a civilização material destas sociedades da Europa, moralmente velhas e gastas. Persuadidos de que a monarquia, convenientemente modificada na sua acção, resolverá melhor o problema, preferimo-la sem nos irritarmos contra os seus adversários; sem os injuriarmos, sem acusar as suas intenções, recurso covarde de quem desconfia da solidez das próprias doutrinas. A nossos olhos a monarquia existe pelo povo, e para o povo, e não por Deus e para Deus. A existência de um poder público, de um nexo social, é o que se estriba no céu, porque a sociabilidade é uma lei humanitária. A revelação divina confirmou este facto achado também no mundo pela filosofia política. “Por mim”, disse a voz do Senhor, “reinam os reis, e os legisladores promulgam o que é justo”. A sabedoria suprema supôs a autoridade na terra: não curou de que fosse só um que a exercesse, ou que fossem muitos. Aprendamos a tolerância política nas divinas páginas da Bíblia.» - Alexandre Herculano
"Sensibilidade e bom senso": a monarquia segundo Alexandre

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

S.A.R., DOM DUARTE, DIVERTE-SE NA BTL PILOTANTO UM HELICÓPETRO...(Clique na imagem para ampliar)

domingo, 24 de janeiro de 2010

JANTAR DE TOMADA DE POSSE DA JUVENTUDE MONÁRQUICA DE LISBOA(JML)
Conforme já foi anunciado neste blogue, realizou-se no dia 21 de Janeiro p.p., o Jantar da nova Direcção da Juventude Monárquica de Lisboa no Palácio da Independência que contou com 100 pessoas. No final do jantar, tomaram posse e foi apresentado publicamente o plano de actividades para 2010.

Direcção da Juventude Monárquica de Lisboa : Presidente - Duarte Seabra Calado (camisola verde), Vice Presidente - Francisco Franco de Sousa (camisola encarnada), Vogal - Pedro Miguel Lira (camisa rosa), Secretário - Pedro Rodrigues de Castro (camisa branca), Vogal - João Júlio Teixeira (camisa azul escura), Vogal - Filipa Xavier, Tesoureiro - Tomaz de Mello Breyner (camisa azul claro), Vogal Suplente - Mariana Guimarães (de encarnado e de lenço rosa), Vogal Suplente - Pedro Lopes Martins (camisola encarnada) e Vogal Suplente - Joana Sarmento Bordalo.

Mesa do Presidente da RAL, Presidente da JML e convidados.

Discurso do Presidente da Real Associação de Lisboa (RAL), Dr. João Mattos e Silva

Caros amigos militantes e simpatizantes da Juventude Monárquica de Lisboa

O tempo não é, neste início do ano do centenário da República, de palavras, mas de acção. Por isso não irei alongar-me em considerações de retórica supérflua. Mas também não poderei deixar de dizer o que penso sobre o grave momento que Portugal atravessa e sobre o que esperamos dos jovens que, com uma nova direcção e novos objectivos, querem contribuir para essa mudança. Passados cem anos da implantação pela força de uma minoria revolucionária, do regime republicano, o que vemos? Um país que no concerto das nações europeias está nos últimos lugares em quase tudo, nos índices económicos, nos índices educativos, nos índices científicos e tecnológicos, nos índices da aplicação da Justiça, nos índices sociais. Entretanto, na Europa onde estamos desde sempre e a que pertencemos, Monarquias como a do Reino Unido, as escandinavas, a da Bélgica, a da Holanda e até a da Espanha, que passou por duas repúblicas e uma ditadura, estão muito à nossa frente em todos esses índices de desenvolvimento. Se os que ainda se dizem defensores da República não conseguem ver estas diferenças e não conseguem perceber que a estabilidade política que a Instituição Real confere ao Estado é factor de unidade na pluralidade, é motor de coesão nacional e, assim, motor de progresso, nós estamos cientes que é a falta do Rei que nos torna pequenos quando já fomos grandes e que Portugal sem a Monarquia, que é uma arquitectura em que Nação e Estado se entrelaçam de forma harmoniosa e dinâmica, não alcançará o seu lugar entre os países mais desenvolvidos, porque a sua construção, o seu desenvolvimento, todo o seu percurso, se fizeram na aliança entre o Rei e o Povo. Por isso somos Monárquicos e não apenas realistas. Porque estamos convictos de que a mudança do regime não é apenas tirar um Presidente e substituí-lo por um Rei, é mudar a filosofia da hierarquia dos poderes, num projecto nacional, é ter, não apenas um chefe de Estado dinástico no topo dessa hierarquia, é ter o Chefe natural da Nação em cada geração, fazendo a ligação do passado com o presente e o futuro, é coroar o sistema de liberdades – a democracia - com o seu primeiro defensor, o Rei.

Caros amigos, é urgente, é decisivo para nós, como velha Nação europeia que “deu mundos ao mundo”, retomar o fio da História que estes cem anos interromperam e voltar a dar a Portugal um Rei que seja, para além do mais, “ a Pátria com figura humana”. É porque temos essa convicção profunda que nós, dirigentes da Real Associação de Lisboa, aceitámos o serviço do Rei, que é para nós também o serviço da Pátria. E é porque entendemos que este serviço é de todas as gerações, que entendemos que as novas gerações, com horizontes temporais mais alargados, têm um papel fundamental. Por isso decidimos também apostar na juventude e dar-lhe os meios possíveis, porque escassos também para nós, para encetar uma nova etapa na luta comum. Como Presidente da Direcção da Real Associação de Lisboa, dou simbolicamente posse à nova direcção da Juventude Monárquica de Lisboa. Foi escolhida pelas provas dadas de entrega e de realização. Confiamos nela e confiamos que saberá criar em torno de si um entusiasmo e uma dinâmica de serviço a Portugal e ao Rei que arrastará não só os mais novos mas também os mais velhos. Assim como nós, possais vós ver nela a guarda avançada de uma imensa força que nos levará, o mais brevemente possível, à vitória.Como não se tem cansado de repetir o Presidente da Causa Real, Paulo Teixeira Pinto: É A HORA.

Discurso do Presidente da Juventude Monárquica de Lisboa, Duarte Seabra Calado

Caros Monárquicos, marimbistas e republicanos em processo de evolução…

Começo por agradecer o apoio e amizade que esta nova direcção tem sentido da parte de todos vós. Em particular de toda a direcção da Real Associação de Lisboa, na pessoa do Senhor Presidente, João Mattos e Silva.Toma posse esta direcção num ano de muita importância e trabalho para nós monárquicos. Começamos com a responsabilidade de não perder uma única oportunidade de contrapor a superioridade da Monarquia à Republica no ano das suas comemorações. Ainda que consideremos que estes Cem anos, não são de todo comemoráveis e não os podemos deixar passar em branco… Eu quero um Rei, e não quero um Rei porque esteticamente fica melhor ao Pais, mas sim porque considero que ninguém pode defender um povo se não for livre, e um presidente da Republica não é de todo livre, nem defende a totalidade dos portugueses. Prova disso é que o actual presidente da Republica representa, defende e agrada apenas a 20% dos portugueses. O regime que actualmente impera em Portugal, alimenta a discórdia e a divisão do nosso Povo, cria um campo de batalha de 4 em 4 anos, divide os portugueses em volta da escolha da mais alta figura de estado. A ideia de que qualquer português pode chegar ao mais alto cargo da nação, é claramente mentira!!! Sem carreira partidária não é possível: nada melhor que a História mais recente para o comprovar. Ao analisarmos o percurso político dos presidentes da Republica, defrontamo-nos sempre com o apoio Partidário. Actualmente vivemos num estilo de família InReal – Rosa-laranja, Rosa-laranja, e a representação de todos os portugueses não passa disto.Em 2010 vão comemorar-se 16 anos de anarquia + 48 anos de ditadura + 36 á deriva = a 100 anos de republica. Mas nós Monárquicos não, vamos mudar o rumo, acabar com a soma de desgraças, e mostrar que há solução e um caminho, um REI. Caminho esse que já deu provas no nosso País: basta olhar para 800 anos de História da Monarquia Portuguesa. É isto que temos que fazer, colocar o povo português a pensar se vale a pena comemorar esta república decadente ou mudar…É esse o objectivo desta direcção, fazer tudo por tudo para colocar o Rei no seu devido lugar, O TRONO! Peço a vossa ajuda na defesa da Causa, colocando-a no dia-a-dia dos portugueses. Os portugueses têm que perceber que somos a solução para esta inércia que nos encaminha para o abismo!

Caros amigos

Esta direcção conta convosco. Assinámos no passado dia 7 com a Real Associação de Lisboa um protocolo, onde a direcção da RAL se compromete a ceder a casa da Rua do Carrião, sua antiga sede, para sede da JML. E esta direcção desde logo se responsabiliza a fazer obras na mesma e a colocá-la em actividade. Há objectivos muito concretos para o local. Não será uma mera sede administrativa, mas ali terão lugar tertúlias, debates, exposições e os jantares mensais com oradores convidados. Para além da instalação da sede, a criação de núcleos da JML em faculdades e escolas secundárias, organização de debates com juventudes partidárias, sessões de esclarecimento em associações e escolas, são alguns dos focos para onde queremos apontar. Mas estes projectos só poderão ser concretizados com a vossa colaboração e participação activas. Conto desde já com cada um de vós. E cada um de vós pode começar hoje, associando-se na RAL. Só será possível ter êxito se todos nos unirmos à Causa Real e às Reais Associações. Conto convosco, contem connosco.

Viva O Rei,
Viva Portugal

Pedro Rodrigues de Castro, Secretário de Direcção da JML, um pequeno discurso de improviso e com muito humor. Apresentou depois uma projecção em slides sobre os objectivos e plano de actividades da Direcção da JML.

E assim, foi "restaurada" a Juventude Monárquica de Lisboa, no Plácio da Independência.

MENSAGEM DA NOVA DIRECÇÃO DA JML
Este ano de 2010, tão simbólico para todos os monárquicos portugueses, inicia-se com uma nova Direcção à frente da Juventude Monárquica de Lisboa. Estamos aqui para, com a ajuda de todos os que ousarem arriscar, defender: Um Portugal Azul e Branco, Um Portugal de que nos orgulhamos, Um Portugal melhor, maior e principalmente, de todos.

sábado, 23 de janeiro de 2010

S.A.R., DOM DUARTE DE BRAGANÇA TAMBÉM APOIA O HAITI (Clique na imagem para ampliar)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

MISSA POR ALMA DE S.M., El-REI DOM CARLOS E S.A.R., O PRÍNCIPE DOM LUIZ FILIPE
Lembrando, no ano do centenário da república, o assassinato do Rei Dom Carlos e do Príncipe Real, percursor da implantação do regime republicano, a Real Associação de Lisboa manda celebrar Missa sufragando as suas alma no próximo dia 1 de Fevereiro pelas 19.00h, na Igreja da Encarnação, Largo das Duas Igrejas, ao Chiado.
A alteração do tradicional local da Missa e o facto de não haver romagem à Lápide que assinala na Praça do Comércio o local do Regicídio, deve-se às obras que decorrem tanto na Igreja de São Vicente de Fora e Panteão da Casa de Bragança como na referida Praça.
Convidam-se todos os Monárquicos a estarem presentes nesta celebração em memória do Soberano e do Herdeiro da Coroa de Portugal, recordando e homenageando o seu sacrifício ao serviço de Portugal.
DO SARAU SOLIDÁRIO AO I FORUM JV (Clique na imagem oara ampliar)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FOTOS DO ALMOÇO DE REIS DA REAL ASSOCIAÇÃO DO RIBATEJO - SANTARÉM (16-01-2010) O discurso do Rei
O Rei com representantes da Câmara Municipal de Santarém
O Rei agradecendo os presentes
A mesa do Rei
Dr.Orlando Góis, Presidente da RAR, discursando.
Chegada dos presentes para o Rei. Na tribuna, o Presidente da Real Associação do Ribatejo Os presentes oferecidos ao Rei
O Rei e o Bolo Rei

A mesa do Rei sem o Rei, o casaco do Rei, o quadro do Rei e os presentes do Rei
O Rei à conversa

(Clique nas imagens para ampliar)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

VIVA O REI
Às voltas por Portugal, o Movimento 1128 foi dar com estas imagens em Évora. Já têm algum tempo, mas nunca é tarde para recordar que a Monarquia em Portugal está viva, às vezes em formas mais ou menos agradáveis, mas viva. O Movimento 1128 não apela ao vandalismo. No entanto daremos conta de todas as mensagens Monárquicas, publicitaremos todas as intervenções que demonstrem genuinidade, intervenção, objectividade mas sobretudo que ajudem os Portugueses a não esquecerem as suas origens, e que mais opções têm para o futuro.
Fonte: Movimento 1128

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

MONARQUIA: UMA VONTADE NACIONAL

MonarquicosNortenhos - Letra de: Fernando Tavares Rodrigues e Música de: José Campos e Sousa

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Agradeço aos MonarquicosNortenhos terem elaborado um bom vídeo com esta linda música patriota - DEUS, PÁTRIA, REI - e que me faz tremer de emoção. Bem haja! "SE DEUS QUISER, HÁ-DE BRILHAR DE NOVO A COROA... assim espero! VIVA O REI!

LISBOA CANDIDATA-SE A CAPITAL MUNDIAL DO LIVRO DA UNESCOA cidade portuguesa é candidata a Capital Mundial do Livro da UNESCO para 2013, afirmou hoje em Paris o embaixador português junto daquela organização.
(...) O ex-ministro da Cultura acrescentou que a candidatura de Lisboa a Capital Mundial do Livro ficou definida após encontros recentes com o presidente da CML, e Paulo Teixeira Pinto, que lidera actualmente a APEL. (...)
Fonte: http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=96&did=87738