quarta-feira, 1 de outubro de 2008

UM LIVRO QUE RECOMENDO
O livro Dom Duarte e a Democracia – Uma Biografia Portuguesa, de Mendo Castro Henriques, com prefácio de S.A.R., O Duque de Bragança e posfácio de Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, foi apresentado em Lisboa por Manuel Alegre no dia 22 de Novembro de 2006, e no Porto no dia 23 de Novembro de 2006, por Paulo Teixeira Pinto. Creio poder afirmar que a escolha destas duas personalidades para o lançamento do livro pretendeu demonstrar que O Duque de Bragança pode unir aquilo que é aparentemente contraditório. Não menos importante é a sensação, transmitida por estes eventos, de que é possível entre nós vencer os velhos facciosismos de que se alimentam as falsas causas e os pequenos ódios históricos que envenenam a nossa relação com o passado e uns com os outros. Daquela possibilidade foi exemplar o discurso proferido pelo ex-candidato presidencial socialista no Teatro Gymnasium, no Chiado, a 22 de Novembro, desmistificando ideias feitas sobre O Senhor Dom Duarte e, em grande medida, sobre a memória histórica da Instituição Real e o seu significado na actualidade. É rara a capacidade demonstrada por um republicano socialista como Alegre de dizer o que, estranhamente, mesmo entre alguns “monárquicos”, nem sempre parece muito evidente: que o Herdeiro da Coroa de Portugal encarna tanto uma tradição dinástica quanto uma tradição de liberdades civis e políticas, nomeadamente aquelas que, aperfeiçoadas sob a Monarquia ao longo do século XIX, a república autoritária de 1933 se esforçou por denegrir, desprestigiar e fazer esquecer – o Estado de Direito, as liberdades de expressão e de associação, o moderno parlamentarismo ou as eleições pluripartidárias. No discurso de Manuel Alegre, tal como na nova biografia por si várias vezes elogiada, ficou patente que O Duque de Bragança tem sabido manter a Causa Real acima de facções – mesmo de facções monárquicas –, apenas se comprometendo com aquilo que entende ser o interesse nacional e esse património já antigo, embora não contínuo, de direitos, liberdades e garantias. Independentemente das preferências de cada um relativamente à forma da Chefia do Estado (electiva ou dinástica), um retrato mais claro do Duque de Bragança e da Causa Real nele encarnada podem agora colher-se no novo livro de Mendo Castro Henriques e no discurso de Manuel Alegre.
Testemunhos que se encontram no livro:
- «Em repetidas oportunidades, tive o ensejo de lhe demonstrar, Senhor Dom Duarte, publicamente, o meu apreço e estima pessoal com a maior sinceridade.» - Máro Soares.
- «Encontrei em Dom Duarte um Príncipe democrata, defensor da autodeterminação dos povos, porque ele próprio proveniente de uma família com história secular de luta pela defesa de identidade própria.» - Pascal Mocumbi , Primeiro-Ministro de Moçambique.
- «A Sua Alteza Real o Duque de Bragança manifesto a minha admiração e a minha homenagem pelo seu apoio contínuo ao Povo e à Igreja em Timor Leste.» - D. Carlos Ximenez Belo , Bispo e Prémio Nobel da Paz 1996.
- «Dom Duarte sabe manter uma actividade pública de constante interesse, preocupação e presença, que não interfere com a do Governo, sensível aos problemas mais candentes e desejando contribuir para o alívio e resolução.» - D. Manuel Fraga Iribarne , Presidente da Junta de Galiza, 1989-2005.
- «Dom Duarte incarna as magníficas qualidades que tornam tão atraente o povo português» - Maurice Druon , Secretário Perpétuo Honorário da Académie Française.
- «Considerámos a visita de Dom Duarte como (…) um aperto de mão simbólico que criou uma ponte por cima dos séculos» - Marc D. Angel , Rabino da “Sinagoga Portuguesa”, Nova Iorque.
- «Sem reivindicar privilégios… Dom Duarte de Bragança tem sabido ser o elo de continuidade que o corpo simbólico do Rei impõe.» - Vasco Rocha Vieira , Governador de Macau, 1991 -1999
- «Dom Duarte de Bragança é o melhor representante de Portugal nas diferentes regiões onde existem marcas da história portuguesa, seja na África, nas Américas ou na Ásia.” - Otão de Habsburgo.
- «É com a maior alegria que me associo às homenagens que se prestam a Dom Duarte.» - Ariano Suassuna , Escritor, Brasil.
- «A paixão e dedicação incessantes de Dom Duarte pelas causas humanitárias têm sido na minha vida uma permanente fonte de inspiração» - Kartika Soekarno , Indonésia.
- «…Creio que na pessoa do Duque de Bragança, Portugal tem um forte defensor dos valores culturais, e dos padrões históricos e tradicionais que são o mais forte legado para a juventude…» -Príncipe Eduardo de Inglaterra , Conde de Wessex.
- «O Duque de Bragança tem sido do maior auxílio em promover as relações entre Fés e Igrejas, entre Portugal e o Reino Unido» - Sir Sigmund Sternberg , Grã-Bretanha.
- «Dom Duarte está bem consciente dos seus legítimos e irrefutáveis pergaminhos e Direitos mas está sobretudo ciente, o que enaltece a sua incontestável posição como Chefe da Casa Real Portuguesa, dos seus imensos e indeclináveis Deveres. - Fernando Nobre , Presidente da AMI.
- «O Rei de Portugal, Dom Duarte, poderá não ser Monarca Reinante mas tem a difícil tarefa de manter vivo o espírito cultural da nação; e isso é mais importante do que usar uma coroa…» - Tenzin Gyatso , 14º Dalai Lama do Tibete.
- «Senhor Duque de Bragança… A grande nação Portuguesa foi vítima de tiranias mortíferas já por várias vezes, e, por isso, com sabedoria e coragem, também abristes a Vossa Ordem a membros, de vários graus, homens e mulheres, de todas as denominações religiosas, que se dedicam a obras de caridade, à educação e ao apoio aos Portugueses, em Portugal e no Mundo.» - Theodore, Cardeal Mc Carrick , Arcebispo de Washington, DC, EUA.
Prof. Mendo Castro Henriques aludiu à necessidade de "estarmos preparados" para a eventual Restauração da Monarquia - "também quase ninguém previu a queda do muro de Berlim em 1989..."
À entrada para o Teatro Gymnasium, no Chiado, onde se realizou o lançamento do livro S.A.R., A Senhora Donha Isabel e o livro "Dom Duarte e a Democracia". No dia do lançamento do livro, S.A.R., A Senhora Dona Isabel fez 40 anos de idade e recebeu um ramo de flores oferecido pela Real Associação de Lisboa
Uma sessão de lançamento, mas sem direito a dedicatórias. Dom Duarte explicou o porquê no anfiteatro do Centro Comercial - "hoje é o dia do aniversário da minha mulher. Não posso sacrificar o convívio familiar. Já assinei e datei muitos exemplares. Quem quiser uma dedicatória faça-me chegar o livro mais tarde, por intermédio da Real Associação de Lisboa", A Senhora Dona Isabel, sentada na primeira fila, sorriu.

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