sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

"OS SINOS DA SÉ" CANTAM PARA SUAS ALTEZAS REAIS

S.A.R., Dom Duarte Pio e sua Mulher Dona Isabel, vieram a Braga jantar. Um jantar de Reis. A promoção dos produtos bracarenses e do comércio local eram também temas da visita.
Aqui estamos nós, na rua de São Marcos, junto à casa das Gelosias, conhecida como casa dos Crivos, com forte ligação ao nosso passado muçulmano, a cantar o Hino de Braga.
Dedicámos-lhes este singelo verso:
As memórias dos reinados
Que fizeram Portugal
Estão em versos e bordados
Fonte: Associação Cultural e Festiva "Os Sinos da Sé"

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

MISSA DE SUFRÁGIO POR EL-REI D.CARLOS I E PELO PRÍNCIPE REAL D.LUIZ FILIPE

A Real Associação de Coimbra informa que no próximo dia 1 de Fevereiro (sábado), pelas 11,30 horas, será celebrada na Igreja do Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, Missa de Sufrágio por Sua Majestade, El-Rei Dom Carlos I, e Sua Alteza Real, o Príncipe Real Dom Luiz Filipe.
  
Convidam-se todos os Portugueses a estarem presentes neste piedoso acto em memória do Soberano e do Herdeiro da Coroa de Portugal.
Que Deus Guarde Portugal e a Família Real!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ALUNOS RECEBERAM MEDALHAS DO PRÉMIO INFANTE D. HENRIQUE

Alunos das escolas secundárias Ferreira Dias (Agualva-Mira Sintra) e da Leal da Câmara (Rio de Mouro) receberam na quinta-feira, 23 de janeiro, as medalhas de bronze do Prémio Infante D. Henrique, numa cerimónia que decorreu no Palácio Valenças com a presença do presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, e do Duque de Bragança, Duarte Pio.
O Prémio Infante D. Henrique é um programa internacional de desenvolvimento pessoal e social, dirigido a jovens dos 14 aos 25 anos de idade, que os encoraja a desenvolverem-se como cidadãos ativos e participativos. O programa consiste em quatro secções obrigatórias: Serviço à Comunidade, Talentos Pessoais, Atividades Desportivas e Jornadas de Aventura.


Os jovens premiados fizeram o programa internacional de desenvolvimento pessoal e social durante o ano de 2012 e 2013 e ao longo deste período desenvolveram uma atividade em cada uma das quatro secções obrigatórias.

Diogo Castro, Diogo Lázaro, Madalena Oliveira, Mariana Oliveira, Miguel Bento, Ricardo Costa, Tiago Martins e Vera Algarvio, todos da Escola Ferreira Dias, e Filipa Soares, da Escola Leal da Câmara, e Gonçalo Pinheiro, aluno da Universidade Clássica de Lisboa, mas residente em Sintra, foram os estudantes que receberam as medalhas. 

Durante a cerimónia foram ainda atribuídos certificados de reconhecimento às professoras Antónia Palmeiro, Ana Cristina Ramos e Leonídia Cunha, da Escola Ferreira Dias.

O prémio Infante D. Henrique é a versão portuguesa de “The Duke of Edinburgh´s Award – The International Award for Young People”, fundado na Grã Bretanha em 1956, no qual já participaram mais de oito milhões de jovens em 130 paises.
Em Portugal, o prémio foi fundado no Porto, em 1987 pelo Duque de Brangança, membro fundador e presidente de honra.

www.twitter.com/camaradesintra
Sintra, 24 de janeiro de 2014

S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE NO MUSEU DE AVEIRO NO DIA 8 DE FEVEREIRO

S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE NO MUSEU DE AVEIRO NO DIA 8 DE FEVEREIRO

A pintura terá sido produzida na Flandres entre o final do século XVII e o início do XVIII, eventualmente destinada à Casa Real Portuguesa, ficando num dos seus palácios em Lisboa. Integrou certamente a decoração do Palácio da Ajuda, pela mão e gosto da Rainha D. Maria Pia. Em 1910, aquando do exílio da família real, D. Maria Pia e D. Amélia encontram-se com D. Manuel II e partem de Mafra para o exílio, seguindo a Rainha viúva, conhecida por a Mãe dos Pobres ou o Anjo da Caridade, para a sua Itália natal. A pintura é deixada no Piemonte, no Palácio Stupinigi, até que, por herança, passa a pertencer ao Príncipe Amadeu de Sabóia que a vende em Leilão realizado recentemente em Turim.
No passado dia 25 de Outubro 2013 a AMUSA - ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO MUSEU DE AVEIRO consegue numa última oportunidade para a sua aquisição, concretizada graças ao contributo generoso de diversas pessoas e entidades. Está em Aveiro desde o dia 5 de Dezembro de 2013, e apresenta excelente estado de conservação.

A partir do dia 8 de Fevereiro de 2014 será propriedade do Museu de Aveiro valorizando o seu importante espólio.
Cerimónia Apresentação Pública da Pintura de Santa Joana


No mesmo dia, 8 de Fevereiro, almoço com S.A.R., O Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, às 12h30m, no Hotel Imperial (muito perto do Museu de Aveiro). Participe. Reserve junto da Causa Real - Real Associação da Beira Litoral.

realbeiralitoral@gmail.com
Tel. 932 467 387
Fax. 256 101 272 

SAR, D. DUARTE DE BRAGANÇA PRESENTE NA BEATIFICAÇÃO DA RAINHA MARIA CRISTINA DE SABÓIA EM NÁPOLES


Maria Cristina di Savoia, divenuta Regina delle due Sicilie, è stata proclamata beata con una cerimonia solenne nella Basilica di Santa Chiara, a Napoli, concelebrata dai Cardinali Crescenzio Sepe, Angelo Amato, prefetto per la Congregazione dei Santi, e Renato Martino, Gran Priore dell'Ordine Costantiniano di San Giorgio davanti a circa duemila persone. 
Fonte: Il Mattino / Real Associação de Médio Tejo  

domingo, 26 de janeiro de 2014

REGICÍDIO, 106 ANOS

No próximo dia 1 de Fevereiro de 2014, pelas 19 horas, a Real Associação de Lisboa promove na Igreja de São Vicente de Fora a celebração de uma Missa de Sufrágio pelas almas de Sua Majestade El-Rei Dom Carlos I e de Sua Alteza Real O Príncipe Real Dom Luiz Filipe. Após a cerimónia, presidida pelo Reverendo Padre Gonçalo Portocarrero de Almada, terá lugar a habitual romagem ao Panteão Real, onde Suas Altezas Reais os Senhores Duques de Bragança depositarão uma coroa de flores junto aos túmulos de El-Rei Dom Carlos I e do Príncipe Real Dom Luiz Filipe.
No âmbito desta triste efeméride, precedendo a homenagem, a Real Associação de Lisboa organiza no Palácio da Independência pelas 15 horas uma conferência intitulada “EM TORNO DO REGICIDIO”, que contará com a participação de Carlos Bobone e Mendo Castro Henriques para a qual convidamos todos os nossos associados e amigos. 

1º ANIVERSÁRIO DA TV MONARQUIA PORTUGUESA

A TV Monarquia Portuguesa está de parabéns.
Há exactamente um ano, neste dia, 25 de Janeiro de 2013 nascia este projecto, nascia a TV Monarquia Portuguesa, então denominada de Maria da Fonte TV.


Neste ano, muito se trabalhou, muito se fez, muito de todos nós, desta equipa, foi entregue à Causa Monárquica e os resultados estão à vista de todos. Um tremendo sucesso.

Se há um ano tudo isto não passava de uma utopia, em que poucos acreditavam, neste preciso momento, a fasquia subiu de forma galopante e dizemos mesmo que tudo é já possível.

Conseguimos em menos de um ano, o que à partida estabelecíamos como alcançável em dois, o que não deixa de ser assinalável.

É verdade que muito ainda haverá para fazer e não é menos verdade que nos próximos dias surgirão muitas e significativas novidades, como a mudança da nosso imagem, com um novo brandig, uma nova designação (monarquia.tv), novas parcerias e o anuncio de participação em inúmeras actividades e eventos, alguns deles mesmo com total exclusividade.

Para começar e cumprindo a promessa que fizemos anteriormente, hoje, dia do nosso 1.º aniversário, damos inicio às nossas emissões na rede MEO. 

É verdade que apresentamos ainda uma grelha em fase experimental, mas já com a maior percentagem de conteúdos de produção própria, e que, iremos gradualmente melhorar e tornar mais agradável e apetecível de assistir. É uma promessa que fazemos, e, aqueles que nos seguem, já se habituaram a ver as nossas promessas cumpridas.

Prometemos igualmente sempre lutar por um Portugal melhor, através da passagem da mensagem Monárquica e ainda desempenhando um papel activo na defesa, promoção e divulgação de tudo aquilo que é português.

Por ultimo, queremos aqui reiterar o nosso total apoio àquele que é, sem qualquer sombra de dúvida, o legitimo herdeiro do trono de Portugal, S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE DE BRAGANÇA. Senhor Dom Duarte, a TV Monarquia e a sua equipa está inteiramente ao seu serviço, totalmente ao seu dispor.

VIVA O REI!
VIVA PORTUGAL!

sábado, 25 de janeiro de 2014

"A FIGURA DE UM REI REPRESENTA UM ACRESCENTO À DEMOCRACIA"

“A FIGURA DE UM REI REPRESENTA UM ACRESCENTO À DEMOCRACRIA” - D. Duarte Pio de Bragança

Em visita à cidade de Braga, D. Duarte concedeu uma entrevista ao Igreja Viva. A “Evangelium Gaudium”, a lei do aborto ou a actual crise são alguns dos temas abordados por D. Duarte, referindo a alternativa de um regime monárquico constitucional para Portugal.
Na sua Mensagem para o dia 1 de Dezembro de 2013 refere a Exortação «Evangelium Gaudium» de Papa Francisco como uma referência para católicos e não católicos. Que ensinamentos podemos retirar desta Exortação, na sua opinião?

O Papa Francisco I conseguiu chamar a atenção do mundo leigo actual - em geral muito ignorante e formado por ideias feitas e preconceitos - para a Doutrina Social da Igreja. Ele não diz nada que não esteja na Doutrina Social da Igreja, mas diz de uma maneira muito actualizada, numa linguagem muito simples, sem formalismos e expressões “caras” que os bispos gostam muitas vezes de usar. Há expressões, se reparar, que só os bispos e os padres é que usam – ninguém mais usa, por exemplo, a expressão “hodierno”, já ninguém sabe o que isso quer dizer, e eles continuam a usar essa expressão. Depois, é claro que uma parte dos movimentos, dos grupos de pensamento não católicos geralmente hostis ao catolicismo, alegraram-se muito com frases que ele disse. “Ah! Até que enfim que um Papa diz que não devemos estar obcecados com o homossexualismo, ou que temos de nos preocupar maioritariamente com os pobres”. Porque são muito ignorantes, percebem agora o que a Igreja sempre disse: temos de receber toda a gente, tal como Cristo recebia as prostitutas, ou como foi comer a casa do cobrador de impostos desonesto (que depois acabou por se tornar Apóstolo, S. Mateus). De facto este Papa consegue despertar as pessoas para estas informações muito importantes: o que ele está a dizer tem sido muito útil para os não cristãos, os não crentes, os ateus, perceberem coisas que não conseguiam perceber porque fechavam os ouvidos ao ensinamento da Igreja. É bom que a nossa Igreja em Portugal aprenda algumas coisas práticas com o Papa.

Também vou dizer uma coisa que sei que alguns Bispos vão ficar zangados comigo, se lerem isto: é que eu tenho pena que alguns dos ensinamentos que os Papas têm passado, muitos bispos portugueses e muitos párocos portugueses não queiram nem saber.

O Papa Bento XVI, por exemplo, disse claramente (e escreveu) que não se pode de modo nenhum proibir que se celebrem missas no rito tridentino – nunca foi proibido! Foi somente permitido que se usassem novas liturgias – e há muitas liturgias em uso no catolicismo: na Síria, por exemplo.

E porque não se pode também, em alguma comunidade, celebrar a liturgia tridentina? Depois, por exemplo, o Papa tentou dar o exemplo e pediu que as pessoas, por uma questão de respeito e de manifestação de adoração, se ajoelhassem para comungar; em Portugal os párocos têm muito medo, porque acham que, se fizerem isso ou se derem essa possibilidade, são acusados de serem ultraconservadores. Eu conheço um pároco que fez uma coisa muito inteligente: colocou um genuflexório num lado: quem quiser ajoelha-se, quem quiser fica de pé. Isso é a atitude mais democrática.
Na mesma Mensagem, aborda a actual crise que o país vive, uma crise que ultrapassa em muito o âmbito económico. Parece-lhe que uma mudança de regime, no sentido de uma Monarquia Constitucional, poderia ser o caminho para uma renovação nacional?

A crise portuguesa tem basicamente duas origens: ignorância, por um lado, e imoralidade, por outro (não sei em que percentagem). Os crimes económicos que foram feitos contra a economia nacional nestas dezenas de anos foram somente por ganância e corrupção, ou por ignorância. Qualquer dona de casa sabe que, se gasta mais do que tem, acaba mal; como é que os nossos políticos não perceberam que, se gastavam 5 a 10% mais do que aquilo que o Estado tinha, acabavam mal? Internacionalmente denunciava-se essa situação, o professor Medina Carreira denunciava isto, os economistas sérios também o faziam. No entanto, o Estado continuou a fazer isto, até entrar em falência fraudulenta quando o governo Sócrates teve de pedir ajuda internacional. Agora anda toda a gente muito zangada com o médico que vem tratar das nossas doenças, porque dão-nos remédios muito amargos; mas não pensamos que nós é que andámos estes anos todos a estragar a nossa saúde económica: a matar a capacidade produtiva, a destruir a economia e a gastar os nossos recursos e o dinheiro emprestado pelo estrangeiro, a fazer coisas que não produzem riqueza: as auto-estradas, a Expo de Lisboa, o Centro Cultural de Belém... centenas de obras nas Câmaras Municipais, luxos de país muito rico que mesmo países mais ricos do que nós não têm... fizemos isso tudo e agora não temos dinheiro para pagar os salários da função pública. E então vêm uns sujeitos que não percebo se estão de má fé ou se são ignorantes, que são os Juízes do Tribunal Constitucional, e dizem que “não se pode economizar aqui, não se pode economizar ali”, não se pode cortar nada... qual é a solução? Aumentar os impostos, matando-se a economia produtiva. Qual teria sido a vantagem de Portugal ter um rei? É que, como acontece com os países da Europa mais desenvolvida (países escandinavos, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido), o rei discretamente avisa os governantes e diz “vocês estão a ir por um caminho perigoso”: eu sei que há corrupção aqui... então discretamente ajuda os governos... de modo que há todo um acrescento à democracia, a figura do rei acrescenta qualquer coisa à democracia que as repúblicas não têm porque os presidentes da República, em Portugal, são todos de uma origem partidária. E portanto estão comprometidos com as políticas – com os erros políticos - cometidos com os partidos, não têm a autoridade para denunciarem os erros que estão a ser cometidos – a não ser o general Ramalho Eanes, que hoje quase toda a gente considera o melhor presidente que tivemos, exactamente porque, como ele disse, tentou agir como um rei constitucional (foi a definição que ele deu do seu próprio mandato).

Num regime monárquico constitucional em Portugal, que mudanças veria no âmbito da Liberdade Religiosa e das relações entre a Igreja Católica e o Estado? Como entende a Laicidade do Estado?

Os regimes monárquicos actuais são todos constitucionais e democráticos, com a excepção de alguns emirados árabes. Creio que o único país da Europa que não tem verdadeiramente uma Constituição é o Reino Unido, cuja constituição é a Magna Carta que vem da Alta Idade Média. Onde há ditaduras é quase sempre nas Repúblicas, há muitas repúblicas ditatoriais hoje e há uns anos atrás eram mais, a maioria na América do Sul e África. Acho que a separação da Igreja do Estado é indispensável na nossa época, só em alguns países muçulmanos é que isso não acontece. O que não quer dizer que, se a maioria dos portugueses são de formação e de ética (e, graças a Deus, de prática) católica, o Estado não tenha de respeitar a religião e a moral da maioria dos portugueses: não quer dizer que não tenha de respeitar também as outras religiões: mas não se podem pôr, digamos, em pé de igualdade, por exemplo no sentido de os muçulmanos quererem que as suas datas sejam feriados nacionais. Não faria muito sentido, considerando que são uma pequena minoria. Mas têm de ser respeitados: eu frequento muito a Sinagoga de Lisboa, tenho ido a cerimónias hindus, etc. Eu acho que todas as religiões são um caminho para Deus, só que cada povo tem uma cultura, e o nosso tem uma cultura cristã, e é essa cultura cristã que faz com que o nosso comportamento seja um comportamento caridoso, benévolo, tolerante, e não um comportamento radical, como outros países do mundo têm, com outras religiões.

Também condena a actual lei do Aborto, referindo que “tem provocado um genocídio encorajado pelo Estado e pago com os nossos impostos”. Que posição defende neste âmbito?

Penso que é o problema mais grave que temos em Portugal. Nós ainda hoje queixamo-nos do genocídio que os nazis fizeram na Alemanha, que os soviéticos fizeram, e dizemos que é inaceitável que os povos tenham aceite essas coisas. Nós, em cinco anos da lei do aborto livre conseguimos exterminar uma geração inteira de portugueses, porque foram mortos mais de cem mil crianças pela lei do aborto – pagas por si, pagas por mim, somos todos cúmplices disso, todos temos uma quota-parte neste genocídio. Quando o número de crianças que nasceram no ano passado foi de oitenta mil, em cinco anos matamos cem mil, matamos mais de uma geração. E isto é, do ponto de vista económico perigosíssimo, do ponto de vista social dramático, do ponto de vista moral é um crime colectivo nacional, que nos corta de algum modo da graça de Deus – um país que aceita, porque aceitámos todos, porque não fomos votar, ou votámos erradamente, ou votámos a favor desta lei, e portanto de algum modo somos todos responsáveis por esta situação. E faz-me muita impressão não ouvir mais protestos contra esta lei: há um movimento aqui em Braga, o Partido para a Vida, que se movimenta contra a lei mas... mesmo no dia dos Santos Inocentes, um dia em que toda a gente falou sobre a maneira como as crianças são maltratadas, não ouvi ninguém a escrever que era preciso reformar esta lei. Em Espanha já se está a reformar a lei do aborto livre, vários países europeus estão a voltar atrás, em Inglaterra deputados do Partido Trabalhista dizem que é uma lei que escraviza as mulheres porque as mulheres são obrigadas a abortar, obrigadas pelos pais, pelos amantes, pelos patrões que dizem “você agora não pode faltar ao trabalho durante seis meses, e portanto faça é um aborto”; portanto é uma lei em que em 90% dos casos vai contra a vontade das mulheres. Quase sempre as mulheres prefeririam ser apoiadas e ajudadas em vez de recorrerem a esta solução.

Falando agora um pouco da sua história, em Angola chegou a liderar em 1972 um movimento de oposição ao Estado Novo, organizando uma lista multiétnica e independente à Assembleia Nacional. Tal atitude valeu-lhe a expulsão de Angola por decisão de Marcelo Caetano. Pode contar-nos um pouco sobre este acontecimento?

Eu organizei a lista, não a cheguei a integrar: era uma lista formada inteiramente por angolanos, a maioria negros, alguns europeus, e tinha como objectivo dar uma alternativa à política angolana dizendo que queriam mais democracia, mais participação, mais justiça, mais representatividade das populações angolanas, mas defendendo que a separação dos vários territórios portugueses era um erro enorme e que Angola tinha todo o direito de ser portuguesa como o próprio território português. O Marcelo Caetano – que tinha já preparada uma espécie de conspiração para “despachar” o ultramar - ficou muito aborrecido e muito incomodado e expulsou-me de Angola. Porque ele tinha feito uma combinação com americanos para a independência de Angola – provavelmente menos dramática da que aconteceu em 1974, mas não sendo também a solução ideal. O ideal era reformar, resolver os problemas que incomodavam grande parte dos africanos – como a justiça, a igualdade, a democracia - e depois, mais tarde, fazer um referendo e saber se o povo queria continuar português ou não. É o que o Marcelo Caetano não aproveitou, o que poderia ter feito – caminhou no caminho errado e conduziu o país ao desastre, que foi de facto o que aconteceu em 1974: em nome da restauração da democracia, nós destruímos a vida, a economia, a paz de milhões de pessoas. Foi preciso esperar trinta anos para finalmente terem novamente uma vida normal em Angola, Moçambique, Guiné etc. – embora na Guiné ainda não tenham essa normalidade. E em Timor, enfim, sofreram tanto. Todos esses mortos, toda esta destruição foi provocada por irresponsabilidade e por uma conspiração internacional entre os EUA por um lado e a União Soviética por outro. E é altura de deixar de sermos enganados, de mentirmos pela história, e de assumirmos o que realmente se passou: não podia ter sido pior. Dito isso, acho que é de todo o nosso interesse ter a melhor colaboração possível com os governos dos países da CPLP, e tentar reformar uma fraternidade e, quem sabe, no meu entender uma união lusófona, uma união dos países de língua portuguesa que poderiam um dia vir a ter uma política económica comum, uma política de defesa, uma moeda comum. É um caminho que poderíamos seguir e que não seria totalmente incompatível com a União Europeia.

Nasceu em Berna em 1945, e teve como padrinhos de baptismo, por representação, o papa Pio XII, a rainha-viúva Amélia de Orléans e a Princesa Aldegundes de Liechtenstein. Chegou a conhecer o Papa Pacelli?

Sim, visitei-o por duas vezes, em criança, e fiquei muito impressionado. Acho que é injusto não estar a ser beatificado quando outros Papas mais recentes estão a caminho da beatificação, só porque era muito conservador em alguns aspectos, como era próprio da época dele; mas foi de facto um homem muito santo, e que além disso correu grandes riscos pessoais para salvar a vida de muitíssimos judeus que estavam a ser perseguidos em Itália e na Alemanha.

Na Arquidiocese de Braga estamos a celebrar um ano dedicado à Liturgia. Que sugestões aponta para tornarmos a liturgia mais bela e mais atraente para os fiéis?

Há uns tempos atrás os meus filhos estiveram connosco em S. Tomé e Príncipe e gostaram imenso de ter ido lá à missa. Hoje perguntam-me porque é que as missas em Portugal não são tão bonitas como as missas em S. Tomé – e foi uma missa que durou duas horas! Mas muito bem cantada, muito participada, com todo um cerimonial, etc. Estive há poucos dias na missa de domingo em Díli, Timor: vieram vários portugueses comigo. Todos choravam, de comoção: uma missa belíssima. Nós temos em Portugal missas muito bonitas, é verdade: temos outras que são, enfim, mal cantadas, em que o coro não tem preparação nenhuma, e às vezes há párocos que precisariam talvez de uma reciclagem sobre como se faz um sermão, como se fala hoje numa linguagem que as pessoas entendam. No Minho há missas muito bonitas e muito bem conduzidas. Houve uma época em que se cometeu o que eu considero um erro, que foi o de meter uma música “leiga” porque se achou que os jovens iriam considerar mais animada. Mas na verdade estragou a beleza das missas. Outra coisa: hoje em dia há a tendência de meter umas canções que ninguém acompanha, que ninguém percebe; por exemplo, a missa no Alentejo, a música segue um ritmo alentejano e os cânticos são alentejanos. E toda a gente percebe, e toda a gente pode acompanhar, porque corresponde à cultura de um povo. Quando as missas correspondem à cultura da população, sobretudo nos meios rurais, mas também nos meios urbanos, as pessoas acompanham. Se não, às vezes metem umas cantorias lá pelo meio que se tornam numa espécie de intervalos musicais, de um espectáculo, que não têm muito a ver. Acho que haveria muita coisa a ser discutida e tratada, reunindo teólogos, especialistas musicais e representantes dos fiéis.
Fonte:  

DUQUES DE BRAGANÇA PARTICIPARAM NA MISSA DA SÉ DE BRAGA

Duque de Bragança participou ontem com a esposa na missa na Sé de Braga
O duque de Bragança considerou ontem que, neste momento, não existe em Portugal o risco de haver uma convulsão social motivada pela degradação das condições de vida de milhares de portugueses em resultado das medidas de austeridade, mas alertou para a necessidade de apoiar as comunidades de imigrantes e outras minoritárias que vivem segregadas.
«Acredito que não vai haver essa situação», disse D. Duarte Pio, sustentando a sua convicção com o que tem acontecido em Portugal quando há «situações difíceis»
«É nestas alturas que os portugueses se unem mais e se ajudam uns aos outros. E este trabalho de solidariedade e de caridade tem-se desenvolvido muitíssimo», afirmou.
O descendente da Casa de Bragança lembrou, contudo, que há grandes comunidades de imigrantes em Lisboa e no Porto que «vivem muito segregadas, separadas» e «não se integraram», para as quais, disse, tem que haver um «esforço especial» para que «esses grupos de risco, um pouco marginalizado, não se sintam afastados» [da sociedade].
O duque de Bragança deu o exemplo de imigrantes de origem africaca, que «muitas vezes estão um bocado segregados» e exigem um «cuidado espe cial», e da comunidade cigana que vive em Portugal «há séculos» e «continua segregada».
«É necessário um trabalho positivo da nossa parte, de apoio e de ajuda para que consigam ter o seu papel na sociedade», defendeu.
D. Duarte referiu que não basta praticar a solidariedade para com as pessoas que conhecemos e de quem gostamos, é necessário também ser-se caridoso com aqueles que não conhecemos e precisam de ajuda. «A caridade é por amor a Deus», disse.
O duque de Bragança falava ao Diário do Minho à saída da Sé Catedral de Braga, onde participou, acompanhado da esposa, D. Isabel de Herédia, numa missa, na qual o Arcebispo de Braga apelou à unidade e à vivência dos valores que identificam a nação que, disse, «são de uma verdadeira identidade, uma matriz própria».
No arranque da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, D. Jorge Ortiga pediu aos fiéis que não se limitem a assistir «àquilo que os outros vão fazendo ou construíndo», mas testemunhem os valores da Igreja e proponham com «audácia» e «coragem» aquilo que hoje «faz falta» a Portugal.
«O que faz falta a Portugal é essencialmente esta realidade de determinados valores que a Igreja foi sublinhando ao longo de toda a história», disse o prelado na homilia, acrescentando que «só com a colaboração de todos conseguiremos um Portugal mais justo, mais fraterno, mais igual e fiel a si próprio e sobretudo digno de uma história que é única no mundo inteiro».
A Sé de Braga, onde estão sepultados o conde D. Henrique e D. Teresa, não recebia os duques de Bragança há 17 anos, desde o batismo do seu filho mais velho, Afonso.
O deão da Catedral, o cónego José Paulo Abreu, agradeceu a D. Duarte e D. Isabel por terem participado no jantar em favor das obras do Sameiro, na Colunata do Bom Jesus, e por se terem solidarizado por esta causa desde o primeiro momento.
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A CURTO PRAZO...

Este último fim de semana, falou-se sobre as afirmações do nosso actual primeiro ministro da III República Portuguesa, Dr. Pedro Passos Coelho, das hipóteses de apoio a presumíveis candidatos à Presidência da República da sua área política, ou não, por tudo o que se pode entender das suas palavras, retirou da sua escolha pessoal, um candidato com as características do comentador político de domingo, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Eis uma óptima notícia, que deve ser aproveitada pelos adeptos da Restauração de Portugal pela Monarquia...afinal são os partidos políticos que escolhem os seus candidatos para o mais alto cargo da Nação (se me permitem usar esta designação), colocando-os à escolha de pergunta obrigatória, com quadradinho reservado no boletim de voto, aquando do referido evento, organizado de cinco em cinco anos, com custo acrescido para todos os contribuintes portugueses. Assim, o povo português vota sempre em candidatos pré-seleccionados, alguns com curriculum vitae, ou "cadastro" no palco político, e que igualmente sufragamos de quatro em quatro anos (regra democrática a manter), nomeados ou chancelados pelos respectivos partidos políticos das suas áreas de conforto...são os candidatos do partido A ou do partido B.
Onde estará o voto universal da "ética" republicana, a tal que afirma que é democracia, por redundância... imaginem só, os que não são, Suécia, Espanha, Noruega, Dinamarca, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, etc, sabem? Imagino que sim.
Quem em tais condições pode unir uma Nação envolvendo um projecto nacional, intitulando-se Presidente de todos os portugueses?
A República caiu, mas ainda não sabe...ou já saberá?
"O pensamento republicano é de curto prazo, interessa-lhe resolver os assuntos a quatro anos, até às próximas eleições, é pensamento muito provisório"
D. Duarte Pio de Bragança, in "razões da crise" | correiodominho.pt | 20.01.2014(*)
(*) visita à cidade de Braga - evento Jantar de Reis 2014 [18 e 19 de Janeiro de 2014].
José Peres Silva Bastos

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE ESTARÁ PRESENTE EM AVEIRO NO DIA 8 DE FEVEREIRO

Chegou a 5 de Dezembro de 2013 a pintura de Santa Joana adquirida em Turim, para onde foi levada pela Raínha D. Maria Pia, a qual pertencia agora à colecção do Príncipe Emanuel de Sabóia.

A sua aquisição pela AMUSA (Associação dos Amigos do Museu de Aveiro) apenas foi possível através do contributo generoso de inúmeras pessoas e entidades às quais estamos profundamente gratos! Ganha e enriquecemos o Museu de Aveiro, a nossa cidade e o nosso País com uma peça de grande significado e de boa qualidade, seguramente executada na Flandres a encomenda da Casa Real Portuguesa.

A sua apresentação pública está agendada para dia 8 de Fevereiro próximo, sábado, altura em que se invocará a passagem dos 562 anos sobre o nascimento da Padroeira da Diocese de Aveiro - a Princesa nasceu a 6 de Fevereiro que, em 2014, calha a uma quinta feira, pelo que se optou por passar a celebração para o sábado imediato. Ficam desde já convidados a estar connosco e em data mais aproximada se enviarão os respectivos convites e programa.

Junto partilhamos uma foto de trabalho do momento em que a pintura foi desembalada, tendo chegado em excelentes condições.

Bem hajam!

Amusa - Associação dos Amigos do Museu de Aveiro 

QUARTETO DA ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA, ARTES E ESPECTÁCULO DO PORTO NO JANTAR DE REIS BRAGA 2014

 
Suas Altezas Reais com o Quarteto da Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo (ESMAE) do Porto

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

BRAGA MOSTRA-SE TRADICIONALMENTE MODERNA

Tradição aliada à inovação
A loja do Tesouro-Museu da Sé de Braga foi a última paragem de D. Duarte Pio, antes do Jantar de Reis.
Aqui foram apresentados seis exemplos de empresas de Braga que se têm destacado nos mercados nacionais e também internacionais. Desta lista de empresas de sucesso constam a ‘Hands on Earth’ de produtos biológicos; ‘Fava de Cacau’ que criou bombons com vinho de missa; ‘Bicho de Bravo’ da designer Sílvia Abreu que tem por base temas tradicionais aliado à inovação; a artista plástica bracarense, Margarida Costa; ‘Wings of feeling’, empresa de ourivesaria e ‘Lucente’uma empresa de Braga que criou dois perfumes ‘reais’: Dom Carlos e Dona Amélia.
Na ocasião, foi oferecida a D. Duarte Pio de Bragança, uma peça de cerâmica policromada assinada pela artista plástica Margarida Costa, concebida especialmente para o evento.
Rui Marques, director-geral da Associação Comercial de Braga, destaca a notabilidade destes exemplos de empresas de Braga que estão agora a emergir que “têm a capacidade de inovar, de acrescentar qualidade para se diferenciarem, apresentando propostas de valor competitivas no mercado”.
“Braga Tradicionalmente moderna – Mostra e degustação de produtos tradicionais reinventados por empresas de Braga ”
A Loja do Tesouro-Museu da Sé de Braga, que, nos últimos anos tem trabalhado na promoção e divulgação das pequenas empresas e artesanato local, irá apresentar 6 exemplos de empresas de Braga que se têm destacado quer no mercado nacional quer no mercado internacional com sucesso.
As empresas e a artista Plástica convidada irão apresentar um conjunto de produtos e peças tradicionais reinventados e adaptados ao design e necessidades contemporâneas.
Foram convidados para esta iniciativa as seguintes empresas:
Hands on Earth – empresa de Produtos biológicos detentora de dois prémios internacionais
Fava do Cacau – empresa de chocolates responsável pela criação dos bombons Vinho de Missa
Bicho Bravo – marca liderada pela designer Sílvia Abreu que trabalha temas tradicionais com imagem contemporânea
Margarida Costa – artista plástica, natural de Braga, com projecção nacional,
Wings of feeling – empresa de ourivesaria que alia as tradições portuguesas ao design contemporâneo
Lucente – empresa de Braga responsável pela criação dos perfumes Dom Carlos e Dona Amélia.
De destacar que será oferecida à D.Isabel uma peça de cerâmica policromada da autoria de Margarida Costa e ainda apresentada uma nova linha de design, especialmente desenhada para o evento.
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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

D. DUARTE NO JANTAR DE REIS EM BRAGA - IN PORTO CANAL

O Arcebispo Primaz de braga considera que portugal tem mais assuntos em que pensar além da coadopção e adopção por casais do mesmo sexo. Dom Jorge Ortiga marcou presença no jantar de reis, em braga juntamente com D. Duarte. Para o chefe da Casa Real de Portugal, avançar com o referendo é uma irresponsabilidade.


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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DOM DUARTE ALERTA PARA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO

BRAGA mostrou ontem aos Duques de Bragança o que de melhor existe na cultura e gastronomia da região. Na visita, D. Duarte deixou alguns recados.
Braga mostrou ontem aos Duques de Bragança, D.Duarte Pio e Isabel de Bragança, o que tem de melhor na cultura e gastronomia da região.
O evento, organizado pela Associação Comercial de Braga, pela Associação Industrial do Minho, pela Arquidiocese de Braga e Confraria do Sameiro, decorreu ao longo do dia com várias iniciativas pela cidade que terminou com um jantar de Reis que teve como causa solidária o apoio ao restauro do telhado da Basílica do Sameiro.
D. Duarte Pio participou entusisaticamente na iniciativa, marcada por vários momentos de animação e degustação dos produtos e do trabalho dos artesãos locais, considerando de “ grande interesse, sobretudo pela promoção dos produtos locais, da gastronomia e dos bens culturais e do artesanato e também pelos objectivos de apoio a instituições que fazem o bem”, salientou.
Durante a visita à região e à cidade de Braga, o Duque de Bragança deixou alguns alertas de que “é preciso fazer um esforço para preservar e melhorar a qualidade dos produtos e, além disso é preciso preservar alguma harmonia na arquitectura, não se pode continuar a destruir uma paisagem, destruir uma memória histórica, construindo um caixote de cimento e alumínio no meio de uma praça do século XVIII”. Neste capítulo da arquitectura, o Duque de Bragança D. Duarte Pio disse que “Braga tem algumas obras que não se deve orgulhar, onde foram cometidos erros gravíssimos dando como exemplo “a obra no Campo da Vinha que foi completamente desfigurado por um grupo de gente atrevida sem respeito pelo passado”.
Jornal "Correio do Minho" de 19 de Janeiro, pág. 5
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SS.AA.RR., VISITAM CENTRO SOCIAL PADRE MANUEL JOAQUIM DE SOUSA

"Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa deve servir de exemplo para o país."
Os Duques de Bragança, D. Duarte Pio e D. Isabel de Bragança, visitaram, no passado sábado, o Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa, em Caldas das Taipas, no âmbito do trabalho social que esta instituição desenvolve para crianças e idosos. Nota de destaque para a visita às obras do novo Lar, que será inaugurado em Maio, num projecto global de 2,4 milhões de euros. 

'É um grande exemplo para Portugal, onde podemos constatar o trabalho de apoio que realizam desde bebés a pessoas idosas. Tomara que houvesse mais Centros destes pelo país. A situação Social do país faz com que todos tenhamos de dar as mãos e unir para que o país possa sair desta situação. Não podemos estar sentados à espera de soluções e é preciso agir', referiu D. Isabel de Bragança, após a visita à instituição de Caldelas, concelho de Guimarães. Os elogios foram múltiplos e justificaram a presença dos Duques de Bragança. 
D. Duarte Pio considerou que 'o trabalho desenvolvido por estas instituições, em prol das pessoas mais carenciadas, é muito importante pois não se pode estar à espera que o Estado resolva tudo porque tem um critério diferente. Temos de apoiar as nossas instituições, sendo muito importante a ajuda entre as famílias', salientou. 

Esta visita ficou marcada ainda pela visita às instalações onde ficará instalado o novo Lar de Idosos, com 60 quartos. Trata-se de um projecto arrojado, orçado em 2,4 milhões de euros, já em fase de acabamentos.


A inauguração está prevista para Maio do presente ano, mas o presidente da instituição deixou patente algumas preocupações, sobretudo a ausência do protocolo de colaboração com a Segurança Social. 'O novo Lar de Idosos será inaugurado em Maio deste ano, uma vez que a obra está a decorrer a bom ritmo. A gestão do dia a dia do CSPMJS está garantida, com a ajuda dos pais, mas a obra que estamos a fazer no sentido de dar uma resposta social, à medida as necessidades do concelho e do distrito, sem o apoio da Segurança Social não será possível. Um utente tem um custo real à volta de mil euros e com o apoio da Segurança Social garante mais de 50%. Se não conseguirmos esse protocolo com a Segurança Social torna-se tudo mais complicado. Estamos a realizar uma obra orçada em 2,4 milhões de euros com o apoio de 1,72 milhões de euros ao abrigo do apoio do POPH, sendo que a instituição suporta cerca de 1,2 milhões. É como se nos tivessem dado um presente envenenado. É importante contar com todos os apoios para operacionalidade de uma obra desta dimensão', referiu Ricardo Costa. O presidente do CSPMJS deu conta de um reunião com o director distrital da Segurança Social cujas ilações foram pouco animadoras, deixando passar algumas críticas quanto à falta de apoios na vertente social.

'Num enquadramento nacional e europeu desta situação, não podemos aceitar que nos cobrem taxas de juro a 7% num país como Portugal, sendo que 5 a 6% dos juros que canalizamos para os mercados financeiros podiam ser canalizados de 2 a 3% e o restante servir para ajudar as instituições de solidariedade social, como a educação e saúde. Não podemos ser tão ambiciosos em enveredar pelo caminho da recuperação financeira e esquecer as pessoas.Estou ligeiramente pessimista porque a situação do país não augura nada de bom para o futuro e o Governo, assim como a Segurança Social, tem de perceber que têm de ajudar porque estas instituições existem para ajudar as pessoas', sublinhou Ricardo Costa.

Sensível às causas e projectos do CSPMJS, os Duques de Bragança aderiram ao convite para estarem presentes num jantar solidário a realizar no dia 5 de Abril, onde D. Isabel de Bragança será a embaixatriz deste evento.