terça-feira, 31 de janeiro de 2012

BENÇÃO APOSTÓLICA PARA INFANTA CENTENÁRIA

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Esta tarde celebra-se uma missa de acção de graças pelos 100 anos de Dona Maria Adelaide de Bragança, na Igreja do Bom Sucesso, em Lisboa
A Infanta Dona Maria Adelaide de Bragança, neta do Rei Dom Miguel I, cumpre hoje 100 anos de vida e recebeu uma Bênção Apostólica especial do Papa Bento XVI.
O Papa recorda o “fecundo século de vida” e elogia o “notável exemplo de tenacidade, coragem e inteligência ao serviço da fé e da Igreja, com clarividente devoção, não abdicando nunca da adesão a Cristo, com risco até da própria vida.”
No decreto fala-se do facto de Dona Maria Adelaide ter sido detida pela Gestapo e condenada à morte, primeiro, e depois ao degredo na Sibéria, “mas, quando em liberdade, entregou-se sempre, inexcedivelmente, ao apoio às vítimas dos bombardeamentos, servindo como enfermeira nos locais e nas alturas de maior perigo.”
Por fim, é referida a criação da Fundação Dom Nuno Álvares Pereira, da qual ainda é presidente e que criou quando veio finalmente para Portugal, através da qual ajudou centenas de famílias e crianças.
“Como prova de paternal reconhecimento por tão altruístas virtudes, fé inabalável, amor e dedicação ao Evangelho, Sua Santidade concede a Bênção Apostólica e une-se, de coração, a Vossa Alteza, a toda a família e a quantos se associam à celebração de acção de graças por tão feliz Centenário Natalício”.
O decreto é assinado pelo Núncio Apostólico em Portugal, Monsenhor Rino Passigato. O mesmo Núncio estará presente esta tarde numa missa de acção de graças a celebrar na Igreja do Bom Sucesso, seguida de jantar. (...)
Por Filipe d'Avillez, 31 de Janeiro de 2012
Renascença

IMPRENSA: UMA HISTÓRIA DE PRINCESA, CENTENÁRIA E HEROÍNA

Perseguida pelos nazis por ajudar a resistência, foi salva à última hora de uma deportação para a Sibéria, voltando para a terra dos seus antepassados que hoje a distingue com uma condecoração.
Faz hoje cem anos Sua Alteza a Infanta Dona Maria Adelaide de Bragança. Neta do rei D. Miguel I de Portugal, nasceu há 100 anos no dia 31 de Janeiro de 1912.
Filha mais nova do Duque de Bragança, conhecido pelos seus apoiantes como D. Miguel II, e da princesa Maria Teresa de Loewenstein, nasceu no exílio, viveu na Áustria, foi enfermeira e assistente social.
Mulher de grande tenacidade e coragem, nunca abdicou dos seus valores, mesmo durante a ocupação nazi, quando se dedicou a auxiliar as vítimas dos bombardeamentos e ajudar a resistência. Por causa das suas convicções foi presa pela Gestapo.
“Um dia estava em casa e veio o guarda que morava ali mesmo ao pé e que me avisou para desaparecer de circulação porque sabia que a Gestapo estava à minha procura. Pus a minha capa verde de caçador, o meu chapéu e desapareci”, explica a Infanta.
Decidiu então afastar-se do local. “Fui para a floresta, da floresta para o comboio e fui para Viena para uma casa que tinha sido de uma tia minha e que tinha sido bombardeada. Não sabia o que fazer, por isso fui-me deitar. Mas como não havia cama, deitei-me na banheira, com a minha capa e dormi. Tinha tapado a janela com tábuas e quando ouvi bater nas tábuas, sabia que era a Gestapo”, recorda.
Depois dos nazis, esteve iminente a sua deportação para a Sibéria, mas graças à intervenção diplomática de Portugal, foi-lhe concedido passaporte português – a ela e aos seus irmãos, um deles Dom Duarte Nuno, pai do actual Duque de Bragança.
Casada com o médico holandês Nicolaas Van Uden, veio para Portugal em 1949 e dedicou-se a uma intensa actividade caritativa de ajuda aos mais pobres.
(...) Destaque ainda para duas mensagens expressamente escritas para esta comemoração – uma do Papa Bento XVI que sublinha a sua coragem e inteligência ao serviço da fé e da Igreja – e outra do Grão Duque do Luxemburgo, primo da homenageada.
Por: Aura Miguel, 31 de Janeiro de 2012
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Infanta Dona Adelaide de Bragança faz hoje 100 Anos
É Tia do Duque de Bragança e a única neta viva do Rei Dom MIGUEL I
No dia do Centenário do Regicídio - 1 de Fevereiro de 2008
É conhecida como a infanta rebelde. Nasceu há 100 anos em St. Jean de Luz, em França, filha de D. Miguel de Bragança e da princesa Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. A infanta, a pessoa mais velha da família Bragança, vai ser hoje homenageada e distinguida com a medalha da Ordem de Mérito Civil.
A infanta Adelaide de Bragança van Uden, viúva do médico holandês Nicolaas van Uden, é tia paterna do duque de Bragança e a única neta viva do rei D. Miguel I de Portugal.
Foto: Centenário do Regicídio - 1 de Fevereiro de 2008
Com o título de Sua Alteza Sereníssima, a infanta pautou a sua vida pelo serviço e o amor ao próximo. Viveu duas guerras mundiais e participou ativamente na resistência nazi. Foi presa e condenada à morte por fuzilamento. Salazar interveio em seu auxílio e reclamou a sua libertação. Criou a Fundação D. Nuno Álvares Pereira para prestar apoio a mães carenciadas.
A vida da princesa é contada no livro "A Infanta Rebelde" de Raquel Ochoa, editado pela Oficina do Livro.

IMPRENSA: A VIDA EXTRAORDINÁRIA DE DONA MARIA ADELAIDE DE BRAGANÇA, PRINCESA DE PORTUGAL

Adelaide de Bragança, a última neta viva do rei Dom Miguel, faz hoje 100 anos e vai ser condecorada. O monárquico João Távora faz o retrato.
Foi há pouco mais de dois anos que num dia soalheiro e húmido de Novembro, por ocasião de uma entrevista para o boletim da Real Associação de Lisboa, com alguma emoção tive o privilégio de privar com a Dona Maria Adelaide de Bragança, Infanta de Portugal, que hoje completa e festeja 100 anos de uma extraordinária vida.
Não deixa de ser algo irónico ter sido numa pequena moradia da “outra banda”, onde fomos tão acolhedoramente recebidos, que nos encontrámos com uma verdadeira Princesa, tão ou mais encantada que as dos romances e do cinema cor-de-rosa. Afilhada do Rei Dom Manuel II e da Rainha Dona Amélia, por insólita conjugação de duas paternidades muito tardias e da sua feliz longevidade, a "Infanta Rebelde", como ficou conhecida, é neta, a última neta viva, do Rei Dom Miguel, esse mesmo, o do tradicionalismo e da guerra civil de 1828-1834.
Filha mais nova do Duque de Bragança Dom Miguel (II) e de Dona Maria Teresa, Princesa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, Dona Maria Adelaide nasceu ironicamente no dia 31 de Janeiro, em 1912, em St. Jean de Luz, no exílio a que todos os da sua família estavam sentenciados, tendo crescido em Seebenstein, na Áustria, em convívio com as mais influentes famílias europeias, sonhando com o país que não lhe era permitido conhecer. Vivia distante de Portugal mas era totalmente português o seu coração. E cresceu com o rigor de orçamentos matemáticos e com o estoicismo próprio dos exilados numa época histórica especialmente conturbada. Uma verdadeira mulher do mundo, vem-lhe da infância a curiosidade pelas questões políticas e humanitárias: a Infanta confidenciou-nos que ainda pequena se escondia atrás de um sofá na sala para ouvir as conversas de seu pai com militares e políticos. Habitando no olho do furacão que varria a Europa Central do início do século XX, a pequena Dona Adelaide de Bragança acabou por viver aventuras e desventuras de pasmar: da Primeira Guerra Mundial recorda o racionamento e as filas para aquisição dos alimentos que então rareavam. “A certa altura, ainda eu era muito pequena, comíamos batatas ao pequeno-almoço, que vinham de comboio e no Inverno congelavam. Uma batata congelada nem um animal consegue comer: ficávamos sem a refeição.” Dona Maria Adelaide ressalva que não chegou a passar fome pois, por ser muito pequena, sempre arranjava qualquer coisa quando passava na mercearia ou no talho. “O meu irmão (Dom Duarte Nuno de Bragança), esse sim: primeiro porque não ‘pedia’, segundo porque não queria receber ‘assim’ os alimentos, e repartia o pouco que tinha, em prejuízo da sua saúde”, que se deteriorou, fazendo perigar os saudosos passeios de bicicleta que a pequena Infanta dava com o irmão, sentada no guiador, recorda. Muito mais nova que as irmãs, não a atraíam brincadeiras e actividades próprias das meninas da época: detestava bonecas, rendas ou culinária.
Em busca de subsistência, a família refugiou-se então numa propriedade de um tio materno na Boémia, que no final da guerra acabou “requisitada” pelos comunistas, com os quais se encantou, “com as suas boinas vermelhas e cavalos altivos”.
Já em Viena, a jovem Infanta estudou Enfermagem e Assistência Social, e habitou numa residência universitária, “uma coisa já natural para uma senhora na altura”. Cresceu de frente para um mundo em convulsão e testemunhou a ocupação nazi, ainda em Viena, onde, como enfermeira, acudia aos feridos entre bombardeamentos.
Apanhada pela Gestapo, foi presa, acusada de ouvir transmissões da BBC. Interrogada, esteve na solitária e foi libertada mediante a intervenção diplomática nacional, tendo-lhe sido concedido um passaporte português. Essa experiência, contudo, acabou por determinar a sua adesão à resistência organizada, no grupo O5, onde o seu nome de código era Mafalda. Já perto do fim da guerra foi presa uma segunda vez, vítima de uma denúncia que custou a vida a vários ingleses e judeus austríacos que se escondiam na sua casa em Seebenstein. Foram extremamente penosos, de fome e dor, os dias dessa prolongada prisão em Viena, então flagelada pelos Aliados, nos derradeiros meses da ocupação nazi. Com os ocupantes nervosos e em debandada, foi na iminência de uma execução sumária que a infanta de Portugal foi libertada pelo exército soviético.
Entre correrias, bombardeamentos e aflições, sem nunca perder de vista a assistência humanitária, conheceu um estudante de Medicina, de seu nome Nicolaas van Uden, com quem casou depois da guerra. “Ele como médico e eu como enfermeira estivemos para ir para África, mas pressionados pela família acabámos por vir para Portugal”, por volta de 1949, ainda antes da revogação da lei do banimento.
Instalada a família numa quinta em Murfacém, perto da Trafaria, Dona Maria Adelaide cedo se entregou a uma intensa actividade, tendo dirigido a Fundação D. Nuno Álvares Pereira, em Porto Brandão, instituição de apoio a mães pobres em final de gravidez e a crianças abandonadas, dedicando a sua vida aos mais desfavorecidos. A sua forma de relacionamento e gestão pouco convencional para a sociedade “chique” do regime chocou algumas mentes mais puritanas, que a acusavam de comunista, facto negado pela sua profunda devoção católica.
Longe das fugazes ribaltas e feiras de vaidades, a senhora Dona Maria Adelaide celebra hoje 100 anos. Celebra-os com uma missa de Acção de Graças pelo dom da vida, na Igreja do Bom Sucesso, e um jantar simples organizado por amigos e família no Centro Cultural de Belém. A Senhora Infanta, como é tratada pelos mais próximos, além de constituir um precioso testemunho vivo, directo e indirecto, da história dos últimos duzentos anos, constitui um verdadeiro exemplo de profunda nobreza, aliada a uma invulgar coragem e irreverência, que tanta falta faz nos dias de hoje.
Jornal i, 31 de Janeiro de 2012

SITES ESTRANGEIROS: A PORTUGUESE INFANTA'S 100TH BIRTHDAY

She is living history: Infanta Dona Maria Adelaide de Bragança van Uden was born on 31st January 1912 as the youngest daughter of [King] Miguel (II), Duke of Bragança and Princess Maria Theresa of Löwenstein-Wertheim-Rosenberg in Saint-Jean-de-Luz, France, and is the last surviving granddaughter of a Portuguese monarch, King Miguel I of Portugal and his wife Princess Adelaide of Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Her godparents were King Manuel II, the last reigning King of Portugal, and his mother, Queen Amélia of Portugal, née Princess of France of the House of Bourbon-Orléans.
Dona Maria Adelaide's siblings were Dona Isabel Maria of Bragança, Infanta of Portugal (1894–1970) who married Franz Joseph, 9th Prince of Thurn and Taxis, Dona Maria Benedita of Bragança, Infanta of Portugal (1896–1971), Dona Mafalda of Bragança, Infanta of Portugal (1898–1918), Dona Maria Anna of Bragança, Infanta of Portugal (1899–1971) who married Karl August, 10th Prince of Thurn and Taxis, Dona Maria Antónia of Bragança, Infanta of Portugal (1903–1973), Dona Filippa Maria of Bragança, Infanta of Portugal (1905–1990) and Dom Duarte Nuno, Duke of Bragança (1907–1976), father of the current head of the Portuguese Royal Family, Dom Duarte Pio.

She was educated in the Sacré Coeur College in Riedenburg, Austria, married in Vienna, 13th October 1945, Dr. Nicolaas van Uden (Venlo, 5th March 1921 – Lisbon, 5th February 1991) a medical biochemist and a great scientific authority in the field of yeast development.
Infanta Maria Adelaide lived in Vienna, Austria, working as a nurse and social assistant. During World War II, when there were bombardments, she was travelled at night to the place to provide aid to the victims. She was part of the Nazi resistance movement, caught by the Gestapo and sentenced to death. Portugal's dictator António de Oliveira Salazar intervened with the Germans, claiming that Infanta Maria Adelaide was a "national heritage". The intervention of the Portuguese diplomacy resulted in the release and her immediate deportation, which settled in Switzerland. It was there that her brother Dom Duarte Nuno, Duke of Bragança, and sister-in-law Dona Maria Francisca , Duchess of Bragança, lived. After the war, the family finally returned in Austria. In 1949, Dona Maria Adelaide could return to her ancestors' home country, Portugal.

According to the official succesion list Infanta Maria Adelaide is 6th in line to the Portuguese throne.

The blog Família Real Portuguesa, always a valuable source of information, published today’s programme for Her Royal Highness’ birthday celebrations.

Feliz aniversário, Sua Alteza Real!
Radical Royalist - January 31st 2012
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Infanta Maria Adelaide de Bragança van Uden turns 100

On January 31st 2012, Infanta Maria Adelaide will celebrate her 100th birthday, she is the sole surviving granddaughter of King Miguel I of Portugal.
 
Infanta Maria Adelaide is the daughter of Miguel II, Duke of Bragança and Princess Maria Theresa of Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, and was born January 31st 1912 in Saint-Jean-de-Luz, France, with Dom Manuel II and Queen Amelia as her godparents. The Infanta, along with her siblings and parents, spent her early life in Seebenstein, Austria, in fairly good conditions until the Austrian Monarchy collapsed due to World War I. The Braganças lived tough times and had to wait on line for food with the masses of people, not afforded any special privileges for their royal titles. The Infanta said she never went hungry because she was young, but that her older siblings including Duarte, Duke of Bragança (Duarte Pio’s father) did go hungry many times.
Even with all the difficulties she went through in her young life the Infanta always strived to help others. She wanted to become a nurse and went to study nursing in Vienna, where she lived in university housing while completing her degree. When Nazis occupied Vienna, Maria Adelaide joined the Nazi Resistance movement and offered care to war victims, because of this she was jailed and sentenced to death by the Nazis. Salazar, the Portuguese Prime Minister at the time, intervened and had her set free. Throughout this time she met a medical student, Nicolas van Uden, whom she married October 13th, 1945 in Vienna.
The couple had six children: Adrian Sergio in 1946, Nuno Miguel in 1947, Francisco Xavier in 1949, Filipa Teodora in 1951, Miguel Inacio in 1953 and Maria Teresa in 1956, all with the surname “de Brangança van Uden”. The young couple thought of moving to Africa, but where convinced by members of her family to move to Portugal, which she did in 1949, with special permission from Salazar, as the Banishment Law which banned all members of the Bragança dynasty from entering Portugal was not repealed until a year later.
In Portugal, her husband worked in scientific research, and she started the Dom Nuno Alvares Pereira Foundation. The foundation is aimed at helping poor mothers and pregnant women and abandoned and orphaned children. She is known amongst all to be a caring and selfless person, always putting others before herself. Due to this special anniversary, the President of the Republic has conceded the Order of Merit to the Infanta for her dedication to other along her whole life.
On January 31st there will be a mass at the Church of Bom Sucesso to celebrate the Infantas life, followed by a dinner at the Cultural Center of Belem. The dinner and mass are open to the public with the dinner having a fee of 20 euros for all who want to attend.
Royal Forums, January 31st 2012
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Princess reaches the century mark
HRH Infanta Maria Adelaide Manoela Amelia Micaela Rafaela of Portugal celebrates her 100th birthday. The youngest of the eleven children of Dom Miguel de Braganza, Infanta Maria Adelaide was born on January 31, 1912 at St. Jean de Luz, France. (Dom Miguel had four children by his first wife, Elisabeth of Thurn und Taxis, who died several weeks after giving birth to a daughter in 1881. He married in 1893 for a second time to Princess Marie Therese of Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.)
Adelaide was named for her paternal grandmother, Princess Adelheid of Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.
During the second world war, the family lived in Vienna, where the infanta worked as a nurse. She was active in the Resistance movement, arrested and was sentenced to death by the Gestapo, after being accused of listening to the BBC. But the Portuguese dictator, Antonio Salzar intervened on the Infanta's behalf, stating that she was someone of national heritage. Infanta Maria Adelaide was a granddaughter of King Miguel. She was also apparently active in a group called O5, where her code name was Mafalda. The group helped to hide Jews from the Nazis.
Thanks to Salazar Maria Adelaide was released and deported to Switzerland, where her brother, Dom Duarte Nuno, Duke of Braganza lived with his wife, Maria Francisca.
After the war, Infanta Maria Adelaide and her family returned to Vienna.
On October 31, 1945 at Vienna, Infanta Adelaide married Nicolaas van Uden (1921-1991), a Dutch national. She and her new husband planned to go to Africa, but after being allowed to return to Portugal before the repeal of the ban against her family, the plans to move to Africa were dropped.
In 1949, Infanta Maria Adelaide and her husband, a doctor specializing in skin diseases, were able to move to Portugal. Unfortunately, Dr. van Uden's medical degree was not recognized in Portugal, and he could not practice medicine. For many years he worked for in a research laboratory and other scientific foundations in Portugal.
Infanta Maria Adelaide and her late husband have six children: Adriano Sergio, Nuno Miguel, Francisco Xavier, Filippa Theodora, Miguel Ignacio, and Maria Teresa.
Her nephew, the Duke of Braganza, is the current head of the royal house of Portugal.
For more information about her role in the resistance, see the book, The Hand of Compassion: portraits of moral choice during the Holocaust by Kristen Monroe.
Yesterday, the Infanta's family celebrated her life with a Mass of Thanksgiving at the Church of Alvalde do Sado. Two of her children, Nuno and Maria Teresa van Uden attended the service.
"These honors are a way to convey what she thinks, fears and makes proposals for the future, passing by Christian values," Nuno van Uden told a reporter.
Today, the Portuguese president conferred the Order of Civil Merit on Infanta Maria Adelaide. She is, according to the official statement, "an example of life by moral stature."
Royal Musings, 31 de Janeiro de 2012

A ÚLTIMA NETA DE UM REI QUE ESTÁ VIVA, FAZ HOJE 100 ANOS!

Sua Alteza Sereníssima Dona Maria Adelaide Manuela Amélia Micaela Rafaela de Bragança van Uden, nascida em 31 de Janeiro de 1912, em St. Jean de Luz (França). Foram padrinhos de Baptismo El-Rei Dom Manuel II e S.M., A Rainha Dona Amélia.
É a diferentes títulos, uma Senhora excepcional, uma Princesa que pautou toda a sua existência pelo serviço e a doação aos outros.
A última filha de Dom Miguel II e neta d'El-Rei Dom Miguel I, viveu sempre tão perigosamente e desagradando mesmo a alta sociedade portuguesa que a considerou sempre pouco adequada a uma pessoa da sua condição, que o seu depoimento tem obrigatoriamente um peso exemplar, pelo humanismo e coragem. “Dona Maria Adelaide de Bragança, a Infanta Rebelde”, presenciou duas guerras mundiais e participou activamente na resistência contra os nazis. Foi presa e condenada à morte por fuzilamento. Salazar interveio e reclamou a libertação da Infanta presa, concedendo-lhe passaporte diplomático.
É nessa atmosfera de fim de guerra que conhece o médico holandês Nicolaas van Uden com quem viria a casar.
No pós-guerra, com o fim do banimento do ramo miguelista, veio para Portugal já casada e aqui deixou uma obra de solidariedade e assistência digna de nota. Criou a Fundação D. Nuno Álvares Pereira, de apoio a mães pobres em fim de gravidez e às crianças até à puberdade, que desapareceu a seguir à revolução de Abril.

"(...)Ter fé, facilita muito o fim da vida". - Dona Adelaide de Bragança van Uden

São estas as pessoas, de actos e não só de palavras, que salvam a humanidade. São estas pessoas que merecem subir aos altares dos que crêem e aos pedestais daqueles que não crêem. A Infanta Dona Adelaide, cujo aniversário centenário se celebra hoje, é merecedora da nossa humilde e insignificante gratidão. Será, talvez, a mais Importante Portuguesa viva. Ao pé dela, milhões de "misseiros" e "água-benteiros" não passam de caricaturas. A Infanta é, exactamente, a Imitação de Cristo.

Os meus sinceros parabéns minha Senhora por este século de vida, que Deus a guarde e Lhe conceda muita saúde e muitas alegrias!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

IMPRENSA: INFANTA DONA MARIA ADELAIDE DE BRAGANÇA É CONDECORADA NO DIA EM QUE FAZ 100 ANOS

Maria Adelaide de Bragança van Uden, neta do Rei Dom Miguel, será condecorada na terça-feira com a Ordem de Mérito Civil, num jantar em Lisboa, no qual celebrará cem anos.
A condecoração será imposta durante o jantar de homenagem à Infanta no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pelo embaixador Pinto da França, chanceler da Ordem de Mérito.
A infanta Dona Maria Adelaide, que será agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito Civil, integrou a resistência austríaca aos nazis, esteve presa e veio viver para Portugal, onde criou a Fundação Nun’Álvares Pereira para apoio aos carenciados.
Maria Adelaide de Bragança “é um exemplo de vida pela estatura moral", disse à agência Lusa Raquel Ochoa, autora de uma biografia da Infanta editada em Maio passado.
Referindo-se à actividade de Maria Adelaide como resistente aos nazis, na Áustria, Raquel Ochoa considerou que é “um acto heróico, mas quando questionada sobre a questão, Dona Maria Adelaide apenas afirma que foi uma reacção natural com algo com que não concordava. Era-lhe impossível viver num mundo assim”.
“A resistência era como respirar, perante a educação que tinha tido e os ideais que tinha. Não resistir é que era uma violência contra ela mesma. Resistir era um acto natural”, explicou a biógrafa.
Maria Adelaide foi detida pelas tropas nazis, tendo sido salva de fuzilamento in extremis e após várias diligências de António Oliveira Salazar, então Presidente do Conselho de Ministros, que se indignou por terem prendido uma Infanta Portuguesa.
A autora sublinhou que Maria Adelaide de Bragança van Uden “teve outros actos heróicos” e referiu o seu trabalho “como assistente social em prol das populações desfavorecidas” na margem sul do Tejo, desenvolvido de “forma discreta”.
“Ela [Maria Adelaide] percebeu que através da discrição não era notada nem perseguida, além de, por educação, não gosta de fazer alarde do que faz, há zero de gabarolice nesta família, o que é a antítese da sociedade em que vivemos”, disse.
Esta acção social foi feita no âmbito da Fundação Nun'Álvares Pereira que se diluiu após o 25 de Abril de 1974.
Referindo-se à posição da Infanta ao regime que antecedeu a revolução de 1974, Raquel Ochoa afirmou que “reconheceu Salazar como quem pôs em ordem as contas do Estado, mas insurgiu-se sempre contra os métodos usados”.
Na obra, intitulada “D. Maria Adelaide de Bragança. A Infanta Rebelde”, com chancela da Oficina do Livro, Dom Duarte Pio de Bragança refere no prefácio que a Tia é “um exemplo”.
Público, 30 de Janeiro de 2012

IMPRENSA: ALVALADE DO SADO, SANTIAGO DO CACÉM, PRRESTA HOMENAGEM A INFANTA DE PORTUGAL

Família celebra centenário da ‘Princesa Rebelde’
Os cem anos da Infanta de Portugal, Dona Maria Adelaide de Bragança, última neta viva do Rei Dom Miguel I, foram ontem assinalados com uma missa de Acção de Graças na Igreja Matriz de Alvalade do Sado, Santiago do Cacém.
Em sua representação estiveram dois dos seis filhos, Nuno de Bragança Van Uden e Maria Teresa de Bragança Van Uden Chaves, e o neto Rodrigo Van Uden Chaves. A infanta era conhecida por ‘Princesa Rebelde’, devido à sua intervenção cívica e também por pertencer a movimentos de resistência ao nazismo.
"Estas homenagens são uma forma de ela transmitir aquilo que pensa, os receios e as propostas que faz para o futuro, que passam pelos valores cristãos", afirmou Nuno de Bragança.
Correio da Manhã, 30 de Janeiro de 2012

FOTOS DO IX ALMOÇO DE REIS EM SANTARÉM - 28 DE JANEIRO DE 2012

O Bolo Rei do Rei
Em Assembleia Geral, foi eleita nova Direcção para a Real Associação do Ribatejo, assumindo a Presidência o Sr. José Carlos Ramalho.
Fotos: Real Associação do Ribatejo Santarém

CONTINUEM ASSIM E VERÃO

Sempre que se fala na eventual restauração da Monarquia em Portugal há sempre alguém com ar de quem foi gravemente ofendido recusar terminantemente essa ideia. A justificação para tal atitude é quase sempre a mesma: acham que ao abdicar da eleição (directa) do Chefe de Estado estão a abdicar da democracia. Mais uma vez aqui se reforça a ideia que uma Monarquia ao estilo ocidental (como seria a nacional em caso de restauração) não é menos democrática por não possibilitar a eleição (directa) do Chefe de Estado. Na verdade até seria mais! Passa pela cabeça de alguém achar que países como Espanha, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica, Suécia, Noruega ou mesmo o distante Japão são menos democráticos só por serem monarquias?
Haverá algum motivo para considerar que uma Monarquia em Portugal seria diferente das suas congéneres ocidentais? Logo Portugal onde já antes de 1910 vigorava um regime democrático? Numa restauração monarquica, só se poderia pensar em aperfeiçoar a democracia.
Fundamentalmente tem de ficar clara a ideia que, caso se restaurasse a Monarquia em terras lusas continuariam a existir eleições livres para as Juntas de Freguesia, para as Câmaras Municipais, para os Parlamentos e Governos Regionais e para o Parlamento e Governo Nacional.
A diferença? Não se iria eleger (directamente) o Chefe de Estado pois este seria (em condições normais) vitalício e hereditário. Caberia, contudo, ao Parlamento eleito pela população confirmar (ou não) cada novo Rei de acordo com a linha de sucessão elaborada a partir de regras consagradas na Constituição.
(Continua…)

domingo, 29 de janeiro de 2012

PRESIDENTE DA CAUSA REAL "FRANCAMENTE CONTENTE" COM FIM DO 5 DE OUTUBRO

O presidente da Causa Real assumiu-se nesta quinta-feira “francamente contente” com a provável eliminação do feriado da República, que “divide o país”, mas lamentou o fim do 1.º de Dezembro, uma celebração consensual e sem “base ideológica”.
“As pessoas, quando olham para estes dois feriados, tentam criar um balanço entre aquilo que é a Republica contra aquilo que é a Monarquia. Claramente, é um balanço que não existe”, disse à Lusa Luís Lavradio, para quem o 5 de Outubro (data da implantação da República em 1910) “divide profundamente o país, e dividiu na altura, e surgiu na consequência do assassinato de um Chefe de Estado de Portugal”.
Luís Lavradio sublinhou que sempre considerou “quase um abuso” a celebração do 5 de Outubro e disse ficar “francamente contente”por ser abolido como feriado nacional.
Já o 1.º de Dezembro, que assinala a restauração da independência em relação a Espanha em 1640, “pelo contrário, não é um feriado com base ideológica, nem com base divisória”.
“É um feriado que une o país à volta de uma questão que para mim e para a Causa Real continua a ser muito importante, que é a nossa independência enquanto país e enquanto nação. Tenho obviamente muita pena que se tenha suprimido esse feriado, mas a Causa Real e eu próprio não deixaremos de continuar a celebrá-lo e a celebrar os heróis da Restauração e aqueles que consolidaram, e a muito custo, a nossa independência enquanto país”, acrescentou o presidente da Causa Real.
O Governo anunciou hoje que vai propor aos parceiros sociais a eliminação do 05 de Outubro e do 1.º de Dezembro da lista de feriados obrigatórios e de igual número de feriados religiosos. O objectivo do Governo é contribuir, com esta medida, para o aumento da produtividade.
O presidente da Causa Real ressalvou que “do ponto de vista político, do ponto de vista económico”, entende “perfeitamente a ideia do Governo” e apontou o caso da Inglaterra, que decidiu que os feriados se celebram à segunda-feira, uma opção que, disse, “talvez seja mais efectiva do que suprir alguns feriados”.
Público, 26 de Janeiro de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

ALVALADE SADO ASSOCIA-SE AOS CEM ANOS DE S.A., A SENHORA DONA MARIA ADELAIDE DE BRAGANÇA VAN UDEN, INFANTA DE PORTUGAL

A Casa do Povo de Alvalade Sado (Freguesia do Concelho de Santiago do Cacém) e a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Alvalade Sado, vão homenagear os 100 anos de vida de S.A., A Senhora Dona Maria Adelaide de Bragança van Uden, Infanta de Portugal, a única neta viva do Rei Dom Miguel I, que passou por Alvalade Sado em 1834 e Mãe da Senhora Dona Maria Teresa de Bragança van Uden Chaves, Presidente da Cáritas Diocesana de Beja, no próximo Domingo, dia 29 de Janeiro, através de uma Missa de Acção de Graças que se realiza na Igreja Matriz de Alvalade Sado, pelas 12 horas, presidida pelo Pároco Darius Pestka.
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Presidente da Cáritas de Beja: "Há pessoas com vida normal e frigorífico vazio"
"O pior está para vir" - A frase é dramática, mas na opinião da presidente da Cáritas Diocesana de Beja, Teresa Chaves, ilustra na perfeição uma realidade cheia de problemas para muitas famílias baixo-alentejanas.
Em tempo de crise, o número de pedidos de apoio à Cáritas Diocesana de Beja tem aumentado?
Sim, o número de pessoas a pedir ajuda tem aumentado bastante. E temos pessoas diferentes a pedir ajuda.
Diferentes como?
São pessoas que estão empregadas, mas viram reduzidos os seus rendimentos e não estão a conseguir fazer face aos compromissos. Nomeadamente pessoas que têm casas por pagar ou funcionários públicos que estão com dificuldades. Outras situações têm que ver com pessoas que viram um dos membros da família em situação de desemprego e também estão com problemas para fazer face às despesas básicas. E para não perderem a casa, estão com problemas alimentares! Há pessoas que pensamos que têm uma vida perfeitamente normal, com um ordenado médio-alto, mas que o frigorífico está vazio.
LEIA A ENTREVISTA DE TERESA CHAVES NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO DE 27 DE JANEIRO DO "CORREIO ALENTEJO", JÁ NAS BANCAS.
CorreioAlentejo

QUEM COMO O REI?

Se dividirmos os Estados democráticos em estáveis e instáveis, de acordo com o critério da continuação ininterrupta de democracia política desde a I Grande guerra, chegaremos à curiosa conclusão de das 12 ou 13 democracias estáveis do mundo 10 são monarquias.
Esta constatação de Seymour Martin Lipset, conhecido cientista político, a nível mundial, é a prova irrefutável da necessidade e urgência da monarquia nos dias de hoje, mais ainda, se pensarmos que 8 destas monarquias representam os países mais desenvolvidos da Europa ocidental.Esta ideia da democracia associada à monarquia, embora antiga de séculos, é ainda hoje olhada de soslaio por muitas pessoas que consideram existir nesta associação ma contradição profunda. Esquecem-se porém que, exceptuando a ocupação durante a II Guerra Mundial, nunca um regime autoritário vingou nos Países monárquicos europeus, neste século.
O mesmo não podemos dizer relativamente às repúblicas, em que os casos alemão, espanhol, português, grego, italiano, francês, e russo são exemplos por demais evidentes. Vamos ainda mais longe ao afirmar que a origem destes regimes autoritários está precisamente na queda das monarquias nesses países e na consequente instabilidade política, financeira, económica e social que se lhe seguiram.Tudo isto acontece porque "o desenvolvimento natural da democracia exige a presença de um poder não nascido das contingências políticas. Em república, os partidos e os grupos de pressão tendem a actuar como correntes a um poder absoluto. Em monarquia pelo contrário, a autoridade independente que cabe ao Rei torna possível o confronto leal e aberto entre as mais diversas forças sociais, políticas e ideológicas. O Rei é o princípio libertador, como o disse Francisco Sousa Tavares. Por isto tudo, a monarquia e democracia antes de se hostilizarem, complementam-se. Hoje a Europa ocidental está em paz e não se temem ocupações. No entanto nunca o receio pela perda de soberania e identidade nacional foram tão profundas como agora. O "sonho europeu" é cada vez mais uma realidade. A integração faz-se a um ritmo avassalador e os estados europeus interrogam-se sobre o futuro enquanto nação. Mais uma vez aqui os países monárquicos encontram-se em vantagem. a figura unificadora do Rei é o garante de uma identidade histórica que não se quer perdida.Quem como o Rei pode assegurar a integridade do seu País apesar das vontades autonómicas e regionalistas, das diferenças étnicas, da diversidade social, política e cultural como acontece com a Bélgica, a Espanha, a Holanda, o Reino Unido e tantas outras monarquias? Ninguém.
O Rei encarna a história e assume-a inteiramente, porque simboliza a unidade do povo no respeito por todas as suas diferenças e para além dos seus conflitos. É pois, em torno da Instituição Real que o povo se une, porque nela se reconhece.A Monarquia estabelece com a Nação um laço permanente, sempre visível e legítimo, que funciona como pólo aglutinador a que se recorre sempre que necessário. Como disse Ivam Illitch: "na hora do desastre só o enraizamento na história pode dar a confiança necessária para transformar o presente".Por tudo isto e por ser também, no dizer de Henrique Barrilaro Ruas, "uma afirmação ética, cultural e até estética, um exemplo vivo e próximo" a Monarquia é necessariamente moderna. Urge pois restaurá-la. Quem com o Rei?
Autor: João Morais, Universidade de Coimbra

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

IMPRENSA: DUQUES DE BRAGANÇA EM SANTARÉM

Os Duques de Bragança, Dom Duarte Pio e Dona Isabel de Herédia de Bragança, vão marcar presença no IX Almoço do Rei, que se realiza no sábado, 28 de Janeiro, no Santarém Hotel, a partir das 13 horas.
O repasto é organizado pela Real Associação do Ribatejo, que pelas 17 horas, no mesmo local, vai realizar uma assembleia geral extraordinária, com dois pontos na ordem de trabalhos: eleição dos novos corpos sociais para o triénio 2012 / 2015, e apresentação, votação e discussão dos novos estatutos.
Estes novos estatutos podem ser consultados previamente na sede da Real Associação do Ribatejo ou no seu site na Internet.
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Correio do Ribatejo de 27 de Janeiro de 2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

FÉ NÃO. PRAGMATISMO MONÁRQUICO

Os portugueses têm um estranho vício de olhar para a Monarquia como uma utopia , ou se preferirmos uma fé. Não a rejeitam com frontalidade, mas desconfiam sempre de que não é viável. Por isso digo, no nosso país não há verdadeiros republicanos, tirando aqueles que foram presidentes da república, o próprio presidente e alguns políticos que ainda o ambicionam ser. Ser ou não republicano não é sequer um tema sério - principalmente quando analisamos os 100 anos de herança deste regime em Portugal, quem é capaz dos defender?Podem dizer-me que há vários historiadores que sempre que o tema se levanta correm de imediato às televisões a desenrolar uma série de feitos da república, nomeadamente no ensino, nos direitos das mulheres, na separação da igreja do estado e por aí adiante. Será que estes feitos são realmente da república? Ou será que são feitos de um povo e da força da modernidade? Também não aconteceram noutros países monárquicos? Parece-me que sim.
Mas voltemos ao tema. Ser monárquico hoje em dia não é nada fácil. Somos herdeiros de um passado histórico de vários bravos resistentes anti-república que em muitos casos se aprisionaram (e muitas vezes apregoaram) a um estereótipo do monárquico que ainda hoje permanece na cabeça da maioria dos portugueses. Para a maioria do povo, somos todos aristocratas ou com pretensões a tal, betinhos, católicos radicais, antiquados, estudámos em colégios e temos como grandes hobbys a tourada e o hipismo. A verdade é que ser monárquico já não é nada disso e a única coisa que nos une enquanto monárquicos é apenas uma: achar que a chefia de estado devia estar entregue a um rei. De resto, somos todos diferentes. Muito, acreditem.
Ser monárquico no século XXI mais não é do que uma questão de pragmatismo, puro e duro. Trata-se de fazer um simples exercício de análise política e constatar que a chefia de estado deveria funcionar como uma força moderadora do regime e da sociedade, ou como o próprio presidente da república o chamou: "um provedor do povo". Fazendo esta análise e recordando a nossa história recente, verificamos facilmente que a chefia de estado republicana por e simplesmente não cumpre essa função. E porquê? É simples, porque nenhum presidente pode ser verdadeiramente independente quando dependeu não só de votos, mas também de apoios, financeiros e políticos, para chegar ao seu cargo - esses apoios, ou se preferirmos favores, mais cedo ou mais tarde são pagos e é aí que a independência do cargo se esvai no jogo político.
O Rei, pelo contrário, ao nascer Rei, tem sobre ele a responsabilidade, a educação e a independência necessária para poder ouvir verdadeiramente o povo do seu país e funcionar como um verdadeiro árbitro do sistema político democrático, sem depender de nada nem de ninguém - apenas do povo, que tem sempre o ónus do poder destituir, como já fez na história de vários países. Isto é pragmatismo político e não uma utopia. Prova disso mesmo é que funciona, principalmente nas mais antigas democracias europeias, muito mais estáveis politicamente do que a maioria das repúblicas.
Há ainda aqueles que em desespero de causa afirmam que Portugal não tem um verdadeiro Rei. Novamente estão enganados. Os monárquicos portugueses há muito que se uniram na figura do legítimo e único pretendente ao trono português, Dom Duarte de Bragança. Homem de reconhecida seriedade e de grande apego ao seu país, que como todos os seus pares (o povo português) estudou, serviu no exército, opôs-se ao fascismo e foi para a guerra. Português reconhecido pela sociedade por ter abraçado várias causas, como por exemplo a de Timor e por ser uma pessoa ponderada nas suas opiniões e ainda mais nas suas acções. Um grande português, que conhece Portugal e o mundo lusófono, que está pronto a servir o seu país e que há muito é reconhecido pelo próprio estado republicano como o legítimo pretende ao nosso trono.
Como ficou provado, a Monarquia é um tema pragmático e actual, que nada tem de utópico. Utopia é pensarmos que se ficar tudo na mesma o nosso Portugal consegue voltar a ser um grande país.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO

Via Facebook, chega-nos a notícia de o PR ter acabado de assinar o despacho que confere a Ordem de Mérito a S.A., A Infanta Dona Maria Adelaide.
Nascida naquela auspiciosa data de 31 de Janeiro, comemorativa da vitória da legalidade constitucional sob a prepotência e sedição desordeira, a Infanta não é propriamente uma "amiga e companheira" daquelas que faz o pleno e exclusivo das novas lendas e narrativas do nosso tempo. Naquela Senhora nada se supõe, não existem mitos, fotografias retocadas ou biografias maquinadas e capazes de granjear chorudas recompensas. Não, a Infanta é mesmo aquela que os testemunhos apontam, é autêntica.
O PR fez o que obrigatoriamente devia e não há que agradecer-lhe por isso, mas tão só notar que quebrou mais um tabu, ciosamente cultivado durante décadas pelos antecessores sátrapas das II e III Repúblicas, sempre vendados a tudo aquilo que lhes pudesse embaciar o espelho onde obsessivamente teimam viver. (...)
Estado Sentido

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A HO(N)RA DE PORTUGAL

Tratar os mortos como se nunca tivessem sequer nascido é um princípio do ateísmo moderno que ameaça fazer-se moda em Portugal. O que somos ou não somos, e temos ou não temos, devemo-lo aos que antes de nós por aqui passaram, a muitos pela positiva, a alguns pela negativa. Uns e outros merecem ser chamados ao presente.
Se numa determinada família se esquecem os mais velhos, ela é um ajuntamento, mas não uma família. Se uma nação passa por cima da história em favor de um qualquer benefício imediato, estamos, mais uma vez, a falar de um aglomerado de seres humanos, mas não de uma nação.
São índices da nossa identidade colectiva enfraquecida: não termos bons políticos, não sabermos falar de uma pátria, não termos ideia do que podemos prometer aos nossos filhos.
Portugal merece ter bons líderes, que, sem se preocuparem com popularidades, apontem os caminhos e sigam adiante; que, persistentes na humilde teimosia do amor, sem ofensas nem imposições, façam o que tem de ser feito para bem de todos. Que nos lembrem quem somos, sem paternalismos nem esquecimentos.
Custa-me que haja tantos portugueses preocupados com um acordo ortográfico, e assim esquecidos de que a nossa identidade não são vogais nem consoantes, que se prestam, noutros fóruns, ao desplante de teorizar soluções que passam por ouvirmos os nossos netos e bisnetos falar castelhano. Somos Portugal. Devemos todos, sem excepção, sentir o dever de respeitar quem antes de nós por nós morreu. Senão que emigrem.
José Luís Nunes Martins
Jornal i, 21 Janeiro de 2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

O DIA DA VIRAGEM...

É sintomático, se calhar mais do que isso: O princípio do fim… Não tenho memória de um representante de Estado vaiado . Pior: num segundo mandato. É indiscutivelmente o toque no fundo: a mais preocupante e grave das ausências de referências nacionais. Estamos mal mesmo, é a confirmação. Mas atente-se, o PR não foi vaiado num local qualquer…estava muito menos próximo do Terreiro do Paço que, em tempos, ditou a morte de Reis e do nosso regime estrutural para o povo durante 767 anos: a Monarquia.
Ele foi vaiado na cidade berço, a cidade onde nasceu Portugal. Uma cidade onde Portugal é um assunto importante, onde a cultura, a nossa cultura, é mais do que tudo. Precisamente onde esse é o reflexo e o reconhecimento, daí ser em 2012 a cidade da Cultura na Europa (que aliás não duvido que seja um sucesso pois os vimaranenses sempre deram espaço continuo a iniciativas destas ao longo da História [e não me refiro apenas ao Guimarães Jazz]), foi o local lógico para fazer um ponto de ordem em relação a quem nos representa: a ré pública. Portugal não é um grupo restrito! Na terra do nosso primeiro Rei e de Reis, no Ducado de Bragança, era preciso o povo dizer basta! E disse-o!
Portugal não é só o Terreiro do Paço. Portugal somos nós, o povo e todas as suas regiões! Portugal são 8 séculos! Portugal é um País de futuro como as nossas ex-congéneres Suécia, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Inglaterra, Espanha, Canadá, Austrália, Japão, etc, que foi arremessado para um atraso em que tudo estamos a perder por esta ré pública ilegítima, que se fundou em sangue de outros contra uma Democracia. Sem referendo: ilegítima…ainda hoje! Aos portugueses que gostam de Portugal é preciso saber isto de uma vez por todas…sob pena de perdemos o nosso estimado País.
Nestas fotos anexas e contrastantes com o faustoso aparato de ontem no Largo do Toural, vê-se a recepção do povo, ao qual faço parte com muito orgulho, o povo genuíno, a quem reconhece não ser actor e que, acima de tudo, gosta de nós: o senhor Duque de Bragança o Herdeiro (e não pretendente a coisíssima nenhuma) ao Trono de Portugal, descendente dos nossos Reis. Um Homem que pensa por si, um bom Homem, um Homem genuíno e discreto. Um de nós! Um Homem que se calhar nem quer ser Rei (como aconteceu com Dom João IV), mas que todos os dias, incessantemente, muitos o chamam. Um Homem que nada tem a ganhar, mas que todos os dias, tirando tempo do seu tempo, estende-se, sem apoios de Estado, para estar com os portugueses comuns, em todas as regiões e em todas as respectivas dimensões culturais que eles defendem e representam. Um Homem que tem o Seu jovem filho, com o inerente sofrimento de pai, a preparar-se, em tenra idade e longe do Seu lar, por nós: o nosso Príncipe da Beira, o da Boa Nova.
Nós não conseguiremos dar a reviravolta aos problemas estruturais que assolam Portugal, neste actual figurino. Disso não haja a menor dúvida. Para sairmos deles e reestruturarmos Portugal temos de ter um regime neutral e apartidário, como só a Monarquia Constitucional nos consegue proporcionar, de modo a encetarmos as verdadeiras reformas estruturais que finalmente colocarão Portugal num eixo de progresso contínuo, de exemplo como já foi e não meramente numa lógica de tapa buracos. O pouco de bom que tivemos nos últimos 101 anos foi isso: ficamos felizes com buracos tapados. Quero mais, devemos querer mais! Não vivemos 150 para perceber o que fomos. Dê-se, ao menos, o benefício da dúvida...isso para os ainda cépticos. É preciso acreditar em nós mesmos, em Portugal!
Por tudo isto brado sem complexos: Viva Portugal, Viva a nossa Cultura, Viva Guimarães, Viva os Duques de Bragança e Viva uma moderna e progressista Monarquia Constitucional!
Post Scriptum: Gostaria de deixar um reconhecimento fraterno e especial a essa grande mulher: a Sra. Merceeira de Guimarães. Um exemplo para mim. Como sempre convicto, serão as mulheres que irão ser capitais para a reposição da Monarquia Constitucional em Portugal. À semelhança de mulheres como foram a: Padeira de Aljubarrota, D. Luísa de Gusmão, Maria da Fonte, D. Maria I, D. Maria II, D. Amélia, etc, etc… Viva às mulheres portuguesas!