domingo, 10 de julho de 2011

ERA UMA VEZ...

No republicaníssimo Portugal não houve serviço noticioso, durante os últimos dias, que não dedicasse algum tempo ao casamento do Príncipe do Mónaco. Mesmo dias depois a temática continua a estar ‘em alta’. No dia do casamento (religioso), pelo menos duas televisões fizeram directos com direito a ‘comentadores’, enviados especiais, etc. No fundo fizeram a festa como se Nacional fosse. Mais uma vez se verificou algo parecido (mas felizmente com um pouco mais de contenção) ao que aconteceu aquando do casamento real do Reino Unido. Esta situação terá surpreendido até alguns monárquicos. A ideia que fica é que, se calhar, Portugal não é assim tão republicano como querem fazer passar.
Se as pessoas se interessam pelos aspectos mais superficiais das Monarquias (como vai vestida a Rainha ou Princesa tal, que condecorações leva o Rei, etc), será que não era altura de serem informadas também dos aspectos mais profundos e sérios da Monarquia (poder de Representatividade, o seu significado, a estabilidade que proporciona, etc)? Não terão esse direito?
Se existe este nível de interesse perante eventos de Monarquias Estrangeiras, como seria a reacção a uma Monarquia Portuguesa? É que gostar destes eventos monárquicos, vivê-los como se do seu País fossem e depois recusar uma Monarquia na sua Pátria não faz qualquer sentido e só mostra falta de informação. Talvez fosse altura dos serviços noticiosos, em vez darem ‘noticias’ estilo ‘revista cor-de-rosa’, aproveitarem a oportunidade para esclarecer a população, como deve ser seu objectivo (e obrigação). Ou será que a manutenção desta falta de informação interessa a alguém?
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 "A verdade é que não há nenhum conto de fadas que comece com a frase 'era uma vez uma filha de um presidente da República'. - Dom Duarte de Bragança, ao DN.

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