Foi um Rei que "não estava de modo nenhum preparado para ser Rei", diz a biógrafa Maria Cândida Proença. Mas Dom Manuel II foi o Monarca português durante dois anos, os últimos da monarquia em Portugal, terminada em 1910. Tinha apenas 18 anos. Os anos seguintes, até 2 de Julho de 1932, data da sua morte, foram passados em Twickenham, nos arredores de Londres, no exílio - sem perder o "grande amor a Portugal e a tudo o que era português".
Foi um Rei jovem, mas não "era tonto", ao contrário do que a propaganda republicana de então quis passar, diz a autora de "D. Manuel II", editada em 2008. "Compreendia muito bem o que se passava, era um rapaz inteligente e conhecedor dos assuntos, embora sem experiência nas lides com as velhas raposas políticas".
A sua acção foi influenciada pelo contexto em que assumiu o trono (depois do assassínio do Pai, Dom Carlos I): "Dom Manuel II procurou seguir a máxima constitucional de 'O Rei reina, mas não governa'. Nunca quis ter um papel interventivo, atribuindo o trágico fim de seu Pai, precisamente ao facto de ter tido uma intervenção forte na governação". Apesar do contexto, "estava profundamente interessado nos problemas políticos, sociais e económicos do país, estudando os assuntos até altas horas da noite".
No exílio, Dom Manuel II pôde explorar os seus interesses, que iam da música ao ténis, passando pelo então emergente futebol e pela jardinagem. "Foi sempre um estudioso e tornou-se um erudito bibliófilo. Como homem, era religioso, caritativo, considerado inteligente, de fortes convicções e espirituoso, apesar da sua trágica condição, por alguns dos políticos influentes do seu tempo, como Winston Churchill".
"Durante a Primeira Grande Guerra, mostrou interessar-se profundamente pelos problemas dos mutilados e pelos avanços da ciência ortopédica para cujo desenvolvimento contribuiu colaborando com Sir Robert Jones", acrescenta.
"Mesmo no exílio, algumas vezes procurou ajudar o país, intervindo junto do governo britânico e junto da Santa Sé", refere. Na 1ª Guerra Mundial, prestou auxílio aos soldados portugueses, "oferecendo equipamento para um hospital de campanha, uma casa de repouso e recuperação para os feridos e enviando para os soldados que estavam na frente frequentes encomendas" e pediu "aos monárquicos para não tentarem acções revolucionárias, enquanto durasse o conflito, para não causarem mais embaraços ao Governo e apoiarem o esforço de guerra português". A atitude "não agradou a todos os monárquicos".
Foi um Rei jovem, mas não "era tonto", ao contrário do que a propaganda republicana de então quis passar, diz a autora de "D. Manuel II", editada em 2008. "Compreendia muito bem o que se passava, era um rapaz inteligente e conhecedor dos assuntos, embora sem experiência nas lides com as velhas raposas políticas".
A sua acção foi influenciada pelo contexto em que assumiu o trono (depois do assassínio do Pai, Dom Carlos I): "Dom Manuel II procurou seguir a máxima constitucional de 'O Rei reina, mas não governa'. Nunca quis ter um papel interventivo, atribuindo o trágico fim de seu Pai, precisamente ao facto de ter tido uma intervenção forte na governação". Apesar do contexto, "estava profundamente interessado nos problemas políticos, sociais e económicos do país, estudando os assuntos até altas horas da noite".
No exílio, Dom Manuel II pôde explorar os seus interesses, que iam da música ao ténis, passando pelo então emergente futebol e pela jardinagem. "Foi sempre um estudioso e tornou-se um erudito bibliófilo. Como homem, era religioso, caritativo, considerado inteligente, de fortes convicções e espirituoso, apesar da sua trágica condição, por alguns dos políticos influentes do seu tempo, como Winston Churchill".
"Durante a Primeira Grande Guerra, mostrou interessar-se profundamente pelos problemas dos mutilados e pelos avanços da ciência ortopédica para cujo desenvolvimento contribuiu colaborando com Sir Robert Jones", acrescenta.
"Mesmo no exílio, algumas vezes procurou ajudar o país, intervindo junto do governo britânico e junto da Santa Sé", refere. Na 1ª Guerra Mundial, prestou auxílio aos soldados portugueses, "oferecendo equipamento para um hospital de campanha, uma casa de repouso e recuperação para os feridos e enviando para os soldados que estavam na frente frequentes encomendas" e pediu "aos monárquicos para não tentarem acções revolucionárias, enquanto durasse o conflito, para não causarem mais embaraços ao Governo e apoiarem o esforço de guerra português". A atitude "não agradou a todos os monárquicos".
Editado por Pedro Rios
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PAZ À SUA ALMA E VIVA A MONARQUIA!
Fonte do texto: Rádio Renascença - 02-07-2009
Boa tarde.
ResponderEliminarPor este texto já se viu muito bem a personalidade deste nosso querido 36º e último Rei de Portugal...Bem hajam por este blog!
Viva El Rei Dom Manuel II, que, enquanto for vivo, para sempre permanecerá no meu coração...
(Belíssima foto que desconhecia, apesar de ter em meu poder livros da Família Real Portuguesa)
Paz à sua alma
Maria Augusta, bravo! está a dar um contributo extraordinário a todos nós.
ResponderEliminarPena a Causa Real não ter a nível nacional... um jornal...uma rádio...um canal TV para chegar ao POVO, principal base da MONARQUIA.
Alguém se lembre arrancar com uma EMPRESA,S.A. que pelo menos 15.000 accionistas arranjavam-se de imediato.
Muito bem pensado José Carlos! Já tive essa ideia, inclusivamente começar por um simples jornal para ser vendido nas bancas de jornais e livrarias. Para começar até pode ser em papel reciclado ou então uma simples folha A3 com artigos frente e verso. O presidente da Causa Real até pode perfeitamente financiar e ajudar-nos no "arranque"... é uma questão de se falar neste assunto porque o seu projecto é de agarrar!
ResponderEliminarA divulgação na net já está feita e temos que partir para a divulgação de rua porque nem todos têm computadores e preferem sempre ler os jornais.
Abraço!
MUITO BOA ESSA IDEIA JOSÉ CARLOS!
ResponderEliminarMARIA TENTE FAZER ISSO QUE SERIA ÓPTIMO PARA MOSTRAR AO POVO O QUE É VEREDADEIRAMENTE A MONARQUIA.
Caro Pedro Daniel
ResponderEliminarNão é só a Maria do blogue da FRP. Há muitos monárquicos e eu já tenho uma responsabilidade muito grande com este blogue que graças a Deus está a ajudar muita gente a "abrir os horizontes", juntamente com outros blogues e sites monárquicos espalhados na net.
Para quando uma cabal e cientifica explicação para a morte d´El Rei D.Manuel?Até hoje tudo o que se publicou sobre a sua morte não convenceu ninguem,a mim pelo menos não.
ResponderEliminarQuanto á ideia de divulgar por um meio mais "fisico",o ideal monarquico parece-me uma boa ideia mas estando o povo portugues tão arredio de tudo o que diz respeito a Portugal,á sua historia e tradicões,depressa seria esse jornal apelidado de reaccionário(palavra medonha desculpem),extremista e direitista.
Cara Maria Augusta apenas lhe peço que aconteça o que acontecer não deixe de continuar com este blog,que na minha opinião,é um dos melhores blogs monarquicos.
Peço desculpa Maria! Eu sei que não e so você. Continue.
ResponderEliminarTem razão quanto à morte do nosso Rei Dom Manuel II. Cá para mim, O Rei foi envenenado porque o seu corpo entrou logo em decomposição e não foi embalsamado...
ResponderEliminarQuanto ao possível jornal, enquanto já há cada vez mais monárquicos, a republicanice que ainda resta e continua embrutecida, começa a ter medo da Monarquia...
Continuarei com o blogue da FRP até ao dia da Restauração de Portugal!
VIVA O REI!
A propósito da ideia do Sr. José Carlos Ramalho, ainda há pouco tempo sugeri ao Secretariado da Casa de Bragança que SS.AA. RR. tivessem pelo menos um canal no Youtube.
ResponderEliminarHá muitos Portugueses confusos, desinformados ou interessados em saber mais sobre a Monarquia e faz falta haver um meio de comunicação directo com o Povo, como muito bem diz.
Eu próprio, sem estar ligado a nenhuma organismo monárquico, já tenho recebido questões através do meu Canal do Youtube, só por ter alguns vídeos sobre reis...
A "fome" é muita, e eu próprio já tenho interrogado algumas associações monárquicas sobre projectos ou dúvidas, mas a maior parte das vezes nem recebo resposta ou tarda consideravelmente.
Por isso também sugeri que fosse feito por quem sabe, um F.A.Q.(Frequently Asked Questions) com as questões, dúvidas, etc. mais comuns sobre Monarquia, oferecendo-me para colaborar.
O Secretariado da Casa de Bragança teve a gentileza de me responder, e, iriam considerar as minhas sugestões.
Não há dúvida que a Internet ajudou bastante a divulgar os ideais monárquicos e aproximou os seus simpatizantes, como é o caso deste magnifico Blog, nunca é demais salientá-lo.
No entanto, a TV é ainda o grande meio de divulgação; quanto a jornais, só se forem gratuitos, e ainda assim... faz-me lembrar o "Avante"... ;D