TRAÇAR AS ORIGENS DE COLOMBO
DURHAM, N.C. - Há dezoito anos, Manuel Rosa embarcou numa jornada que poderá mudar a história americana, da forma que é ensinada.
Rosa fez a sua missão pessoal de provar que Cristóvão Colombo, descobridor do continente americano, não era genovês, mas muito provavelmente português.
As suas pesquisas levaram-no a ler mais de 1.000 livros, analisar uma infinidade de documentos e a viajar à volta do mundo - desde a República Dominicana à Polónia - em busca do que ele entende ser a verdade.
"Chegou a altura de acabar com 500 anos de conceitos errados," adiantou Rosa a O Jornal. "O meu objectivo é que as pessoas não perguntem se ele era português, mas sim como é que ele poderia não ser português."
Rosa acredita que um elo crucial, mas frequentemente esquecido, na história do navegador é a sua vida passada em Portugal.
"Ao se ter passado por cima da vida portuguesa de Colombo e da sua esposa portuguesa, como isto sendo insignificante, uma parte importante da identidade de Colombo foi apagada e escrita de novo," alega Rosa.
O investigador mantém que ao ter pesquisado a componente portuguesa de Colomo não só conseguiu encontrar incoerências na "fantasia" do navegador ser um genovês pobre, como conseguiu encontrar os elos necessários para colocar em perspectiva toda a expedição de Colombo.
"Cristóvão Colombo era um agente duplo a trabalhar para o Rei João II, cujo objectivo era distrair a Espanha do seu monopólio da troca de ouro em África e da rota para a Índia, à volta de África, que dentro em breve iria ser usada."
Rosa sustenta que Cristóvão Colombo não foi o nome dado à nascença. Traduzido de várias maneiras, o nome escolhido foi Cristoval Colon ou Colom, mas o seu verdadeiro nome ainda é desconhecido.
Rosa mantém que o descobridor estava profundamente ligado ao estreito círculo do Rei João II, por matrimónio. Familiares de Filipa Moniz Perestrelo, esposa de Colombo, faziam parte da corte real e da residência real.
"Os historiados e documentos alegam que Cristobal Colon era meramente um tecelão pobre," adiantou Rosa. "Faltava-lhe a posição nobre exigida para casar com um membro da nobreza, como aconteceu muito antes da sua viagem histórica."
O investigador alega ainda que o navegador continuou a comunicar-se com o rei de Portugal durante as suas expedições, apesar da história declarar que ficou zangado e sentiu-se traído quando o rei se recusou a financiar a sua viagem.
"Ele mentiu continuamente aos reis de Espanha, ajudou os portugueses e navegou com mapas encomendados pelo rei português," salientou.
Rosa nasceu em Madalena do Pico, Açores, em 1961. Imigrou para os Estados Unidos, com a família em 1973, tendo se radicado em Somerville, Massachusetts. Presentemente trabalha como perito de informática na Duke University, na Carolina do Norte.
Ele adianta ser o único historiador luso envolvido com os testes ADN que estão a ser feitos aos ossos de Colombo, na Universidade de Granada, Espanha.
"Nem um dos 477 indivíduos Colombo da Itália, Espanha e França testados compartilhavam semelhanças com o ADN de Colombo," frisou.
Todavia, foi estabelecida uma ligação plausível às origens portuguesas.
O ADN de D. Duarte de Bragança - herdeiro do trono português se existisse presentemente monarquia em Portugal - mostrou ser semelhante ao do navegador.
"Embora os resultados não sejam decisivos, é algo que não deixa negar a linhagem portuguesa," realçou.
"É importante deixar as pessoas fazerem perguntas e responder se estão erradas ou certas," acrescentou. "Uma vez que as pessoas conhecem um bocadinho da história e factos, começa a fazer sentido."
Rosa salientou que foi o primeiro investigar a provar a falsidade do Testamento de Colombo, elaborado em 1498.
"Mostrei 22 provas de falsificação do documento, o único que diz que ele nasceu em Génova," referiu. "O testamento foi falsificado por pessoas que estavam a tentar herdar o seu posto em Espanha."
Rosa acredita que o enigma da identidade de Colombo tem sido tão difícil de resolver porque o navegador não podia dizer quem era na realidade. O investigador formulou uma teoria que defende que Colombo pertencia à família de Vladislau III, rei da Polónia.
O reinado de Vladislau III foi difícil desde o início. Reza a história que foi morto na Batalha de Varna em 1444, quando o Império Otomano, sob a liderança do Sultão Murad II, derrotou as armadas da Polónia e Hungria.
No entanto, de acordo com uma lenda portuguesa, Vladislau III sobreviveu à batalha e radicou-se na Madeira, após uma viagem à Terra Santa. O Rei Afonso V de Portugal ofereceu-lhe algumas terras naquele arquipélago, onde era conhecido por Henrique Alemão e casou com Senhorinha Anes. O rei português foi seu padrinho e o casal teve dois filhos.
Rosa acredita que um desses filhos era Colombo, daí a estreita ligação do navegador à realeza portuguesa.
Os achados de Rosa foram compilados nos livros "Mistério Columbo Revelado" e "Colombo Português - Novas Revelações." O primeiro, editado em 2006, esgotou. O segundo, uma versão mais pequena do primeiro com algumas actualizações, foi lançado em Abril último em Portugal e está a vender muito bem, segundo o autor.
Os dois títulos foram recebidos com elogios e críticas favoráveis.
O Professor Joaquim Veríssimo Serrão, Catedrático da Universidade de Lisboa e ex-presidente da Academia Portuguesa de História, que redigiu o prefácio do segundo livro, adiantou que ficou convencido do argumento apresentado por Rosa, após ler e reler o seu primeiro livro.
"Posso dizer que estou 99 por cento de acordo com os pontos que oferece para o leitor contemplar," adiantou Serrão.
A historiadora portuguesa Fina D'Armada realçou que o trabalho de Rosa devia ter sido feito pelas universidades portuguesas.
"Acontece que as nossas universidades são conservadoras e para perseguimento de carreiras os mais novos são seguidistas dos mais velhos... vai dar muito trabalho aos historiadores daqui para a frente continuarem a afirmar que era um tecelão genovês sem demonstrarem má fé ou ignorância," escreveu a historiadora.
O Dr. Luciano da Silva, de Bristol, R.I., que há muitos anos que pesquisa as raízes portuguesas do navegador e também já escreveu um livro sobre o assunto, elogiou a investigação de Rosa.
"Ele tem feito um trabalho admirável para divulgar a verdade, que o navegador era 100 por cento português," salientou Silva. "Tem sido um lutador para trazer a lume a verdade. Só tenho que louvar com muito respeito e entusiasmo o trabalho que tem feito."
Por sua vez, o jornalista José Rodrigues dos Santos referiu que "A investigação de Manuel Rosa vem confirmar que, qualquer que seja o seu verdadeiro nome, é a origem nobre portuguesa que melhor explica as enigmáticas contradições em torna da vida de Colon."
Rosa sublinhou que é difícil contestar a sua teoria porque se baseia em inúmeros documentos.
"Sou muito realista," frisou. "Tento clarificar todas as dúvidas, levar cada problema o mais longe possível. Se analisar tudo de uma forma realista, só posso chegar a uma conclusão - ele era português. Espero que ao lerem o meu livro se apercebam que não têm outra opção senão dizer a história ainda está por resolver.
19-06-2009
O livro está à venda em amazon.com - http://www.amazon.com/gp/product/989809253X/sr=11-1/qid=1241828962/ref=olp_product_details?ie=UTF8&me=&qid=1241828962&sr=11-1&seller=DURHAM, N.C. - Há dezoito anos, Manuel Rosa embarcou numa jornada que poderá mudar a história americana, da forma que é ensinada.
Rosa fez a sua missão pessoal de provar que Cristóvão Colombo, descobridor do continente americano, não era genovês, mas muito provavelmente português.
As suas pesquisas levaram-no a ler mais de 1.000 livros, analisar uma infinidade de documentos e a viajar à volta do mundo - desde a República Dominicana à Polónia - em busca do que ele entende ser a verdade.
"Chegou a altura de acabar com 500 anos de conceitos errados," adiantou Rosa a O Jornal. "O meu objectivo é que as pessoas não perguntem se ele era português, mas sim como é que ele poderia não ser português."
Rosa acredita que um elo crucial, mas frequentemente esquecido, na história do navegador é a sua vida passada em Portugal.
"Ao se ter passado por cima da vida portuguesa de Colombo e da sua esposa portuguesa, como isto sendo insignificante, uma parte importante da identidade de Colombo foi apagada e escrita de novo," alega Rosa.
O investigador mantém que ao ter pesquisado a componente portuguesa de Colomo não só conseguiu encontrar incoerências na "fantasia" do navegador ser um genovês pobre, como conseguiu encontrar os elos necessários para colocar em perspectiva toda a expedição de Colombo.
"Cristóvão Colombo era um agente duplo a trabalhar para o Rei João II, cujo objectivo era distrair a Espanha do seu monopólio da troca de ouro em África e da rota para a Índia, à volta de África, que dentro em breve iria ser usada."
Rosa sustenta que Cristóvão Colombo não foi o nome dado à nascença. Traduzido de várias maneiras, o nome escolhido foi Cristoval Colon ou Colom, mas o seu verdadeiro nome ainda é desconhecido.
Rosa mantém que o descobridor estava profundamente ligado ao estreito círculo do Rei João II, por matrimónio. Familiares de Filipa Moniz Perestrelo, esposa de Colombo, faziam parte da corte real e da residência real.
"Os historiados e documentos alegam que Cristobal Colon era meramente um tecelão pobre," adiantou Rosa. "Faltava-lhe a posição nobre exigida para casar com um membro da nobreza, como aconteceu muito antes da sua viagem histórica."
O investigador alega ainda que o navegador continuou a comunicar-se com o rei de Portugal durante as suas expedições, apesar da história declarar que ficou zangado e sentiu-se traído quando o rei se recusou a financiar a sua viagem.
"Ele mentiu continuamente aos reis de Espanha, ajudou os portugueses e navegou com mapas encomendados pelo rei português," salientou.
Rosa nasceu em Madalena do Pico, Açores, em 1961. Imigrou para os Estados Unidos, com a família em 1973, tendo se radicado em Somerville, Massachusetts. Presentemente trabalha como perito de informática na Duke University, na Carolina do Norte.
Ele adianta ser o único historiador luso envolvido com os testes ADN que estão a ser feitos aos ossos de Colombo, na Universidade de Granada, Espanha.
"Nem um dos 477 indivíduos Colombo da Itália, Espanha e França testados compartilhavam semelhanças com o ADN de Colombo," frisou.
Todavia, foi estabelecida uma ligação plausível às origens portuguesas.
O ADN de D. Duarte de Bragança - herdeiro do trono português se existisse presentemente monarquia em Portugal - mostrou ser semelhante ao do navegador.
"Embora os resultados não sejam decisivos, é algo que não deixa negar a linhagem portuguesa," realçou.
"É importante deixar as pessoas fazerem perguntas e responder se estão erradas ou certas," acrescentou. "Uma vez que as pessoas conhecem um bocadinho da história e factos, começa a fazer sentido."
Rosa salientou que foi o primeiro investigar a provar a falsidade do Testamento de Colombo, elaborado em 1498.
"Mostrei 22 provas de falsificação do documento, o único que diz que ele nasceu em Génova," referiu. "O testamento foi falsificado por pessoas que estavam a tentar herdar o seu posto em Espanha."
Rosa acredita que o enigma da identidade de Colombo tem sido tão difícil de resolver porque o navegador não podia dizer quem era na realidade. O investigador formulou uma teoria que defende que Colombo pertencia à família de Vladislau III, rei da Polónia.
O reinado de Vladislau III foi difícil desde o início. Reza a história que foi morto na Batalha de Varna em 1444, quando o Império Otomano, sob a liderança do Sultão Murad II, derrotou as armadas da Polónia e Hungria.
No entanto, de acordo com uma lenda portuguesa, Vladislau III sobreviveu à batalha e radicou-se na Madeira, após uma viagem à Terra Santa. O Rei Afonso V de Portugal ofereceu-lhe algumas terras naquele arquipélago, onde era conhecido por Henrique Alemão e casou com Senhorinha Anes. O rei português foi seu padrinho e o casal teve dois filhos.
Rosa acredita que um desses filhos era Colombo, daí a estreita ligação do navegador à realeza portuguesa.
Os achados de Rosa foram compilados nos livros "Mistério Columbo Revelado" e "Colombo Português - Novas Revelações." O primeiro, editado em 2006, esgotou. O segundo, uma versão mais pequena do primeiro com algumas actualizações, foi lançado em Abril último em Portugal e está a vender muito bem, segundo o autor.
Os dois títulos foram recebidos com elogios e críticas favoráveis.
O Professor Joaquim Veríssimo Serrão, Catedrático da Universidade de Lisboa e ex-presidente da Academia Portuguesa de História, que redigiu o prefácio do segundo livro, adiantou que ficou convencido do argumento apresentado por Rosa, após ler e reler o seu primeiro livro.
"Posso dizer que estou 99 por cento de acordo com os pontos que oferece para o leitor contemplar," adiantou Serrão.
A historiadora portuguesa Fina D'Armada realçou que o trabalho de Rosa devia ter sido feito pelas universidades portuguesas.
"Acontece que as nossas universidades são conservadoras e para perseguimento de carreiras os mais novos são seguidistas dos mais velhos... vai dar muito trabalho aos historiadores daqui para a frente continuarem a afirmar que era um tecelão genovês sem demonstrarem má fé ou ignorância," escreveu a historiadora.
O Dr. Luciano da Silva, de Bristol, R.I., que há muitos anos que pesquisa as raízes portuguesas do navegador e também já escreveu um livro sobre o assunto, elogiou a investigação de Rosa.
"Ele tem feito um trabalho admirável para divulgar a verdade, que o navegador era 100 por cento português," salientou Silva. "Tem sido um lutador para trazer a lume a verdade. Só tenho que louvar com muito respeito e entusiasmo o trabalho que tem feito."
Por sua vez, o jornalista José Rodrigues dos Santos referiu que "A investigação de Manuel Rosa vem confirmar que, qualquer que seja o seu verdadeiro nome, é a origem nobre portuguesa que melhor explica as enigmáticas contradições em torna da vida de Colon."
Rosa sublinhou que é difícil contestar a sua teoria porque se baseia em inúmeros documentos.
"Sou muito realista," frisou. "Tento clarificar todas as dúvidas, levar cada problema o mais longe possível. Se analisar tudo de uma forma realista, só posso chegar a uma conclusão - ele era português. Espero que ao lerem o meu livro se apercebam que não têm outra opção senão dizer a história ainda está por resolver.
19-06-2009
http://colombo-o-novo.blogspot.com/2009/05/colombo-genoves-trafulhice-do-mayorazgo.html
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=232455
O Professor Manuel Rosa tem feito um grande serviço ao reino de Portugal e à nossa história.
ResponderEliminarGostava de agradecer terem metido aqui este artigo porque eu tinha já lido o livro e achei-o importantíssimo para a verdade histórica. É muito claro na forma como o Professor Manuel Rosa prova que a história de Colombo estava errada e devemos começar a insistir com o Ministério da Educação para que as escolas parem de ensinar aos nossos filhos as mentiras do passado. Qualquer um que leia este livro ficará surpeendido como este erro conseguiu perdurar por mais de 500 anos.
Os meus cumprimentos
Paula Valente, Porto