«AVÔ DA CASA DE BRAGANÇA»
E MODELO DA CARIDADE
A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, no dia 6 de Novembro. Em 1401, D. Nuno deu sua filha em casamento a D. Afonso, filho de D. João I, e futuro Duque de Bragança (1442). No dia do casamento, com a permissão de D. João I, doou o título de Conde de Barcelos ao genro. É chamado de «Santo Fundador da Real, Sereníssima e Fidelíssima Casa de Bragança».
A 25 de Julho de 1415, D. Nuno partiu para a conquista de Ceuta como conselheiro militar, acompanhando D. João I e seus filhos.
De regresso ao Reino, atravessou as fronteiras de Portugal, para levar alimentos aos castelhanos que morriam de fome durante uma terrível seca.
A 25 de Julho de 1415, D. Nuno partiu para a conquista de Ceuta como conselheiro militar, acompanhando D. João I e seus filhos.
De regresso ao Reino, atravessou as fronteiras de Portugal, para levar alimentos aos castelhanos que morriam de fome durante uma terrível seca.
Com a paz com Castela firmada a 31 de Outubro de 1411, D. Nuno já pudera dedicar-se com maior intensidade às obras de misericórdia, criando casas de abrigo para doentes, viúvas e órfãos. O seu amor ao próximo não conhecia raça ou crença e assim acolheu nas suas terras, mouros, e judeus, que o chamavam de pai por lhes ter construído Mesquitas e Sinagogas para oração. Destas, ainda se podem visitar a Sinagoga de Tomar e as ruínas de Ourem. Esta atitude era verdadeiramente excepcional na Europa daquela época, e o próprio D. Nuno manifestava-lhes o desejo de que se convertessem ao Cristianismo.
Também fundou sete Igrejas em honra a Nossa Senhora, em Évora, Portel, Sousel, Estremoz, Monsaraz, Mourão e Vila Viçosa. Para esta última mandou ele fazer, na Inglaterra, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição em pedra ançã. O seu 6.° neto, D. João IV, o primeiro Rei da Casa Bragança, em memória da sua devoção à Padroeira, coroou -A Rainha de Portugal a 25 de Março de 1646. Em Julho de 1422, abandonou a sua carreira militar e fixou residência no Convento de Nossa Senhora do Carmo em Lisboa.
Por escritura de 9 de Dezembro de 1433, desapossou-se de todos os seus bens e títulos, e à semelhança de São Francisco de Assis, distribuiu as suas armas pelos seus companheiros, as suas roupas e os seus tesouros pelos pobres e órfãs, e os seus títulos pelos netos. Muitas das suas terras foram também distribuídas pelo povo que as cultivava, mas já anteriormente grande parte fora oferecida a vários mosteiros.
A 15 de Agosto de 1423, D. Nuno tomou o hábito de carmelita Donato (um simples irmão), e ao receber o hábito e o nome religioso de «Frei Nuno de Santa Maria», jurou ele ouvir a imagem de Nossa Senhora do Carmo dizer: «Vinde a mim - usai o meu sinal- e eu farei de vós um santo... sede perfeito... encontrai o meu Filho... imitai-me». Quis ser chamado somente de Nuno de Santa Maria, e viver afastado da Corte e de Portugal, numa terra distante onde ninguém o conhecesse, a mendigar o seu sustento pelas ruas das cidades estrangeiras. Foi impedido de partir pelo Príncipe D. Duarte que achava que tal intento poderia cair mal ao povo.
Assim deste modo, D. Nuno mais uma vez se viu obrigado a contrariar a sua vontade, e deixou que o intitulassem de Condestável, continuando a usar em certas alturas, por debaixo do seu hábito, a espada e a cota de malha que usou nas batalhas. Também foi forçado a consentir em receber uma boa pensão anual da Coroa, para seu sustento mas que ele aplicou no sustento dos seus companheiros e para ajuda aos pobres. Andava frequentemente descalço e seus únicos bens pessoais eram uma samarra de estamenha, o hábito de Donato, uma túnica talar com escapulário e uma cama tosca com uma manta velha.
Por escritura de 9 de Dezembro de 1433, desapossou-se de todos os seus bens e títulos, e à semelhança de São Francisco de Assis, distribuiu as suas armas pelos seus companheiros, as suas roupas e os seus tesouros pelos pobres e órfãs, e os seus títulos pelos netos. Muitas das suas terras foram também distribuídas pelo povo que as cultivava, mas já anteriormente grande parte fora oferecida a vários mosteiros.
A 15 de Agosto de 1423, D. Nuno tomou o hábito de carmelita Donato (um simples irmão), e ao receber o hábito e o nome religioso de «Frei Nuno de Santa Maria», jurou ele ouvir a imagem de Nossa Senhora do Carmo dizer: «Vinde a mim - usai o meu sinal- e eu farei de vós um santo... sede perfeito... encontrai o meu Filho... imitai-me». Quis ser chamado somente de Nuno de Santa Maria, e viver afastado da Corte e de Portugal, numa terra distante onde ninguém o conhecesse, a mendigar o seu sustento pelas ruas das cidades estrangeiras. Foi impedido de partir pelo Príncipe D. Duarte que achava que tal intento poderia cair mal ao povo.
Assim deste modo, D. Nuno mais uma vez se viu obrigado a contrariar a sua vontade, e deixou que o intitulassem de Condestável, continuando a usar em certas alturas, por debaixo do seu hábito, a espada e a cota de malha que usou nas batalhas. Também foi forçado a consentir em receber uma boa pensão anual da Coroa, para seu sustento mas que ele aplicou no sustento dos seus companheiros e para ajuda aos pobres. Andava frequentemente descalço e seus únicos bens pessoais eram uma samarra de estamenha, o hábito de Donato, uma túnica talar com escapulário e uma cama tosca com uma manta velha.
(Clique nas imagens para ampliar)
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O Beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 pelo papa Bento XV, e nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização e tudo indica que seja a 6 de Novembro de 2009.
Obrigada,Augusta,pois nada disto se ensina nas escolas e só sabe quem tem um pouco mais de curiosidade por estes temas, amor ao país e os horizontes mais alargados.
ResponderEliminarBem Haja!
Eu gostava muito de colocar também no meu blog o video sobre as aguarelas do Rei D.Carlos.
Andei à procura no Blog referido como fonte,mas não encontrei e também não sei como se coloca.
Possivelmente, também devo precisar do consentimento da pessoa que fez o video.
Um beijinho.
Sandra