quinta-feira, 19 de junho de 2008

RAINHA DONA MARIA PIA, O ANJO DA CARIDADE
A Direcção da Real Associação de Lisboa, e o Presidente da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, têm a honra de convidar todos os interessados para a apresentação do livro “Maria Pia, Rainha Mulher”, da autoria de José Manuel Pavão e João Cerqueira que terá lugar na Biblioteca do Palácio da Ajuda, dia 24 de Junho de 2008 pelas 17h30 horas. A apresentação do livro será feita pelo Exmº Senhor General António Ramalho Eanes.
As figuras do Rei D. Luís I e da Rainha D. Maria Pia estarão representadas respectivamente por Vasco Saldanha e Emanuelle Afonso.
Maria Pia de Sabóia veio para Portugal aos 14 anos, em 1862, para casar com o Rei D. Luís. Filha do primeiro rei da Itália unificada, Victor Emanuel, e mãe de D. Carlos, o penúltimo monarca português, Maria Pia morreu em Itália em 1911, com 64 anos. Os seus restos mortais encontram-se no panteão da família de Sabóia na Basílica de Superga (arredores de Turim) e quando vierem para Portugal serão depositados no Panteão Real, na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Fonte: http://www.real-abranches.blogspot.com/
UM REI ATENTO E PREOCUPADO
Dom Manuel II foi um monarca «atento, preocupado, cauteloso, mas não um tonto, piedoso e orientado pela mãe», como acusavam os republicanos, sustenta a historiadora Maria Cândida Proença, autora de uma biografia do último Rei de Portugal.
«Dom Manuel II era um moderador, cauteloso sem dúvida, e profundamente preso ao juramento que fizeram à Carta Constitucional, a 06 de Maio de 1908, quando assumiu a coroa», disse a investigadora Maria Cândida Proença à agência Lusa.
A historiadora afirmou que o monarca «não era o tonto que a propaganda republicana pretendeu fazer dele», e lamentou o facto «da sua personalidade e acção serem pouco conhecidas dos portugueses que fazem dele uma outra ideia». A sua curta acção política como soberano, de 1908 a 1910, «demonstra preocupação com o país».
«Estudava as pastas até altas horas da noite, e era atento à situação política, pois tentou travar o avanço republicano, ao fazer uma aliança com os socialistas, procurando cativar para a Coroa as massas populares e o operariado».
Para esta biografia que levou cerca de seis meses a concretizar, a historiadora utilizou dois fundos documentais inéditos, o espólio de Dom Manuel II e o que se encontra depositado na Associação Cultural da Casa de Sabugosa e S. Lourenço.
«Estes documentos dão, por exemplo, novas pistas relativamente ao Pacto de Dover que estabelece a pretensão ao trono [assinado em 1912 pelos dois ramos da família de Bragança]».
Relativamente a esta biografia, agora editada pela Temas & Debates, Maria Cândida Proença afirmou que procura «ser esclarecedora relativamente à ideia feita do monarca pela propaganda republicana, traz novos dados da sua atitude política durante o exílio em Inglaterra, e a sua acção na Cruz Vermelha Internacional».
«Dom Manuel tinha um grande amor a tudo o que era português e teve sempre em primeiro plano os interesses patrióticos e dos portugueses, e não os seus», acrescentou.
Dom Manuel II assumiu a trono aos 18 anos, após o assassinato do pai, o Rei Dom Carlos, e o seu irmão mais velho, Dom Luís Filipe, a 01 de Fevereiro de 1908, interrompendo a sua carreira naval à qual estava predestinado.
A 04 de Setembro de 1913 casa em Singmaringen (Alemanha) com a Princesa Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, sua segunda prima, pois ambos eram bisnetos da Rainha Dona Maria II e do Príncipe Consorte Dom Fernando. O Rei morreu a 02 de Julho de 1932 em Twickenham (Inglaterra) não deixando descendentes, assumindo a pretensão ao trono, de acordo com o Pacto de Dover, Dom Duarte Nuno de Bragança, neto de Dom Miguel I.

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